FP - Teses de Doutoramento
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Recent Submissions
- Por vezes somos "uns" e por vezes somos “outros”Publication . CRISTINO, NÁDIA; Oliveira, José Manuel Palma; Marques, Leonel GarciaA Psicologia Social possui um amplo corpo de investigação sobre a tendência do indivíduo a percecionar o seu grupo como mais variável, heterogéneo, e o grupo externo como menos variável, homogéneo. Todavia, poucos estudos analisam o efeito da complexidade do self na perceção de variabilidade de grupos sociais. Esta dinâmica de homogeneidade do grupo externo, cujas consequências psicossociais são muito estudadas, nomeadamente na perceção de migrantes, poderá ser qualificada pela complexidade do self. Na presente investigação, em três experimentos, testamos como a indução de complexidade do self altera a perceção individual de variabilidade de grupos sociais (Linville, 1982). Os resultados sugerem que os participantes induzidos à menor complexidade do self exibem maior extremidade do julgamento, percecionando o grupo interno como heterogéneo e o grupo externo como homogéneo. Por sua vez, os participantes induzidos à maior complexidade do self evidenciam menor extremidade no julgamento, ou seja, percecionam maior variabilidade no grupo externo comparativamente aos participantes induzido à baixa complexidade do self. Estes resultados destacam a importância da complexidade do self como um preditor de comportamento relevante para futuras investigações. Para além do efeito da complexidade do self na variabilidade percebida, a nossa investigação também explora experimentalmente a interdependência entre a complexidade do self (i.e., nível pessoal da representação do self) e a complexidade da identidade social (i.e., nível do self coletivo). Segundo Linville (1982), a complexidade do self varia na quantidade de aspetos do self e na redundância entre esses aspetos. Deste modo, se perante o mesmo número de aspetos do self existe alta redundância, resultará na baixa complexidade do self. Porém, se existir baixa redundância para esse mesmo número de aspetos do self, evidenciar-se-á a alta complexidade do self. A complexidade da identidade social (Roccas & 2002) reflete o grau de sobreposição percebida entre os grupos. Quando a sobreposição dos vários grupos de pertença é percebida como elevada, o indivíduo mantém uma estrutura de identidade relativamente simplificada através do qual as associações a grupos diferentes convergem para formar uma única identificação com o grupo interno. Os resultados demonstram que os participantes induzidos à menor complexidade do self evidenciam menor complexidade da identidade social, percebendo baixa sobreposição entre o seu grupo e os grupos de imigrantes. Por outro lado, os participantes induzidos à maior complexidade do self evidenciam maior complexidade da identidade social, o que se traduz numa maior perceção de sobreposição entre o seu grupo e os grupos de imigrantes. A nossa investigação é inovadora ao testar e analisar, no mesmo indivíduo, a complexidade do self e a complexidade da identidade social, que se adaptam de forma síncrona, quando, tradicionalmente, estes dois níveis de representação do self são analisados separadamente. Os resultados salientam a importância de serem desenvolvidas mais investigações com foco nestes dois níveis de representação, assim como, as respetivas medidas para uma melhor compreensão da perceção e do comportamento intergrupal, num mundo cada vez mais global.
- As práticas amigas da família e os seus contornos individuais e organizacionaisPublication . Geraldes, Daniela; Soares, Maria José Chambel; Carvalho, Vânia Sofia Gomes deEm resultado das alterações sociodemográficas no mercado de trabalho, a introdução da tecnologia que tem vindo a alterar a forma como os trabalhadores vivenciam os limites entre o seu domínio profissional e familiar/pessoal e, ainda, mais recentemente, a consolidação do teletrabalho, a problemática das práticas amigas da família estabelece-se como uma matéria da Psicologia da Saúde Ocupacional. Neste cenário, importa explorar o modo como o contexto organizacional pode favorecer o uso de práticas amigas da família de forma a que uma gestão mais eficaz dos papéis profissionais e familiares possa ser alcançada. O projeto apresentado integra três estudos empíricos que procuram desenvolver a temática das práticas amigas da família e os contornos da sua implementação e eficácia, em particular, para a relação trabalho-família e para o bem-estar dos trabalhadores. Todos os estudos incluídos neste projeto de investigação foram enquadrados pelos modelos teóricos de referência da Psicologia da Saúde Ocupacional, onde se podem destacar a Teoria da Conservação dos Recursos (Conservation of Resources Theory, COR) e o Modelo das Exigências e Recursos (Job Demands-Resources Model, JD-R). Adicionalmente, o projeto integra diferentes modelos teóricos no domínio da relação trabalho-família, destacando-se a teoria de Conflito Trabalho-Família (CTF) e Enriquecimento Trabalho-Família (ETF), bem como a teoria das fronteiras. O primeiro estudo, com uma amostra de profissionais de uma instituição bancária (N = 222) permitiu-nos avaliar o ETF e CTF em dois momentos separados por um ano, antes e após a divulgação de práticas amigas da família já existentes na organização. Deste modo, verificou-se que a utilização destas práticas influenciava positivamente o ETF. Foi ainda possível observar que o controlo de fronteiras TF explicava a forma como as práticas amigas da família se revelam adequadas para beneficiar o CTF e, concomitantemente, que os comportamentos de segmentação de fronteiras podem atenuar a relação entre as práticas e o controlo percebido, demonstrando-se a importância das condutas individuais dos colaboradores, a par com as intervenções existentes nas organizações. O segundo estudo procurou aprofundar os contornos do uso das práticas amigas da família. Para o efeito, realizou-se uma revisão sistemática com 40 estudos empíricos que avaliaram a relação entre o suporte do supervisor e o uso de práticas amigas da família. Os resultados evidenciaram que o apoio do supervisor é fundamental ao sucesso das práticas, e que estas, por sua vez, impactam o bem-estar dos colaboradores, as suas atitudes organizacionais (e.g., compromisso, intenção de saída da organização) e a positiva interconexão entre os domínios profissionais e familiares (i.e., através da diminuição de CTF e níveis mais elevados de ETF). O terceiro estudo envolveu um desenho longitudinal através de amostras recolhidas em três anos consecutivos e contou com 341 profissionais de uma instituição bancária. Os resultados sugeriram a eficácia da utilização das práticas amigas da família na redução do conflito entre o domínio familiar e laboral (CTF). Alem disso, foi reforçada a simbiose entre a relação trabalho-família e o bem-estar dos colaboradores, verificando-se que em situações de incompatibilidade (i.e., CTF), os indivíduos apresentam maiores níveis de exaustão e, por sua vez, em situações de enriquecimento trabalho-família (ETF), a perceção de work engagement1 e superior. Estes estudos contribuem para o conhecimento científico e prática psicológica no que diz respeito à compreensão dos determinantes necessários para a criação de ambientes familiarmente responsáveis. Especificamente, este projeto de investigação permite a reflexão sobre a importância da integração e implementação de variáveis de cariz organizacional, como as práticas amigas da família, ainda que alertando para a necessidade de adaptar os contextos e os seus intervenientes (e.g., chefia) para que o custo-efetividade se demonstre relevante. Em suma, este trabalho permite a constatação de que, com as ferramentas necessárias, podemos melhorar a experiência laboral e os níveis de bem-estar dos indivíduos – palavras de ordem no contexto atual e para as futuras gerações no mundo do trabalho.
- I, other, and othersPublication . Vaz, André; Mata, André; Critcher, Clayton R.Research on comparative biases has long shown a better-than-average effect—whereby people tend to believe themselves to be better than the average other person—as well as a tendency to judge individuals more favorably than groups. Whereas self-other differences have been extensively studied, less is known about individual-collective differences: what features of others best predict when asymmetries occur, what processes explain those asymmetries, and what sources of information people draw from in their judgments. In three empirical chapters, I seek to provide answers to these questions. I found that singularity (i.e., the target’s status as a mere individual versus multiple individuals) is sufficient to generate different judgments. In three different paradigms, adapted from very different areas of research, I consistently find that individuals are judged more benevolently than collectives—even when the individuals are described with no further individuating information than collectives (i.e., participants simply know they are making judgments about a single individual, as opposed to members of a collective). In Chapter II, I introduce a novel measure of the valence of moral judgments, clearly distinguishing whether people (self or other people) are judged positively or negatively. Whereas people consistently display self-positivity (i.e., they see themselves as morally adequate), others are perceived negatively or positively as a function of whether they are a collective or a single individual. We replicated this effect of singularity with additional paradigms, showing that people (a) perceive the attitudinal responses of an individual as more authentic than those of the group the individual belongs to (Chapter III); and (b) put greater value on individual lives than on the lives of collectives when assessing casualties (of wars or other events; Chapter IV). Moreover, whereas previous research showed that people rely on target-related attributes (e.g., population base rates and target-idiosyncratic information) when making social judgments, these studies show evidence for perceiver-related influences on judgment: In Chapter II, we show that participants’ anticipated feelings about misjudging others predict the moral judgments they make about those people. Specifically, participants expected to feel worse when misjudging an individual versus a collective, and this explains why their judgments are benevolent for individuals. In Chapter III, we measured participants’ attitudinal conflict towards various social groups (i.e., the fact that their automatic attitudinal responses were sometimes more negative than their controlled responses) and showed that this conflict influenced perceptions of the authenticity of others’ attitudes: When participants themselves were conflicted about a group, they tended to perceive others’ attitudinal responses toward that group as less authentic. In the final chapter, I discuss the main contributions and societal implications of this work and reflect on open questions and future research that my findings inspire.
- “Na sombra da doença”Publication . Nogueira, Alexandra; Ribeiro, Maria TeresaOs cuidados paliativos pediátricos representam uma realidade emergente na sociedade, mas a sua provisão tem sido limitada a nível nacional e internacional, por razões organizacionais, sócioculturais e económicas. Para além disso, as particularidades da doença em idade pediátrica, a multiplicidade de diagnósticos e a dispersão geográfica das famílias também influenciam a falta de respostas adequadas. Na maioria dos países europeus, não são disponibilizados os dados epidemiológicos, sendo estes obtidos através de diferentes critérios, comprometendo a identificação das necessidades reais das famílias. Estima-se que, em Portugal, existam aproximadamente 7828 crianças e jovens com doenças ameaçadoras ou limitantes de vida, sendo este o país da Europa com a evolução mais rápida em termos da provisão dos cuidados paliativos pediátricos. A prestação de cuidados deve ser assegurada por uma equipa interdisciplinar, que deve incluir os psicólogos, e promover uma intervenção holística e centrada na família, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida e bem-estar. Sublinha-se que a literatura científica tem vindo a dedicar-se ao estudo das experiências dos familiares de crianças com necessidades de saúde complexas, onde se incluem os pais cuidadores, os irmãos saudáveis e os avós. Não obstante, é evidente a escassez de estudos nacionais e internacionais sobre a experiência dos irmãos e dos avós, assim como sobre o impacto das doenças não-oncológicas. A presente investigação surge na sequência da necessidade de aprofundamento científico e reflexão que contribuísse para uma integração cada vez mais profícua da intervenção psicológica nos cuidados de saúde a crianças e famílias em cuidados paliativos pediátricos. O conjunto de estudos apresentados nesta tese pretende contribuir para esta área do conhecimento, através do desenvolvimento de protocolos de avaliação psicológica e de intervenção clínica para pais, irmãos e avós. Uma vez que as famílias tendem a preferir os cuidados interdisciplinares domiciliários (sempre que as circunstâncias o permitam), os recursos de avaliação e intervenção psicológicas devem conseguir acompanhar a diversidade de contextos de atuação (e.g., instituição hospitalar, domicílio, online). Neste seguimento, esta tese, enquadrada numa abordagem de complexidade ecossistémica, pretende acrescentar quatro contributos globais à área da investigação sistémica em cuidados paliativos pediátricos: 1) o desenvolvimento de três protocolos de avaliação psicológica qualitativos para a experiência psicológica de doença, respetivamente, por parte dos pais cuidadores, dos avós e dos irmãos saudáveis em idade escolar; 2) uma maior clareza e compreensão da experiência psicológica dos pais e dos avós de crianças com doença crónica complexa, com base em dimensões previamente definidas; 3) o desenvolvimento de três protocolos de intervenção psicológica orientados para uma experiência de doença mais harmoniosa, respetivamente, dos pais, dos avós e dos irmãos; e 4) a identificação de algumas evidências preliminares sobre os efeitos da implementação dos protocolos de intervenção propostos ao nível das estratégias de coping dos pais, da ansiedade-traço dos irmãos e da ansiedade, depressão e stress dos avós. De forma transversal a toda a investigação, o foco na experiência psicológica dos pais cuidadores recai sobre 10 dimensões específicas: confronto com o diagnóstico; representação da doença; impacto emocional; desafios no dia-a-dia; impacto na família; recursos e suporte social; estratégias de coping; crescimento pós-traumático; representação do(a) filho(a) com doença; e perspetivas sobre o futuro. De igual forma, as propostas metodológicas centradas na experiência dos avós focam-se nas seguintes 10 dimensões: representação da doença; representação do(a) neto(a) com doença; alterações na rotina e vida após o diagnóstico; impacto na família; contributo dos avós no sistema familiar; suporte social e estratégias de coping; impacto emocional; “tripla preocupação”; identificação de necessidades; e crescimento pós-traumático. Por último, em relação aos irmãos saudáveis, tanto o protocolo de avaliação como o protocolo de intervenção psicológica assentam no estudo de oito dimensões principais, nomeadamente: compreensão da doença; representação do irmão com doença; impacto emocional; ocupação de tempos livres e responsabilidades; perspetivas sobre o futuro; relação fraterna; dinâmicas familiares; e fratria imaginária. A leitura integrada da revisão de literatura e dos estudos realizados permitiu destacar seis desafios interconectados no âmbito da investigação, avaliação e intervenção psicológicas com famílias em cuidados paliativos pediátricos: Ampliar a visibilidade científica dos cuidados paliativos pediátricos, Estimular a colaboração entre as famílias e os profissionais, Personalizar a intervenção às idiossincrasias das famílias; Dar voz ao sistema familiar e a cada subsistema, Investir na formação Profissional, e Acolher o (auto)cuidado dos psicólogos e da equipa. Apesar das suas limitações conceptuais e metodológicas, este trabalho sugere diversas pistas para a prevenção e intervenção junto das famílias, por parte dos psicólogos e de outros profissionais de saúde, assim como para a continuidade da investigação futura nesta área.
- A perturbação do stress pós-traumático em políciasPublication . Campos, Fernanda; Chambel, Maria José; Lopes, Sílvia PereiraA presente tese pretendeu investigar a Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT), caracterizada como uma morbidade decorrente da exposição direta ou indireta a eventos relacionados à ameaça à vida e à integridade física, entre polícias, os quais compõem um grupo ocupacional de maior risco. Pretendeu-se investigar a incidência da PSPT dentre polícias militares do Rio de Janeiro, e, ainda, investigar, tanto nesta corporação policial brasileira, como em uma corporação portuguesa, como recursos contextuais, nomeadamente o apoio social no trabalho, e sua associação a outros recursos contextuais e individuais, contribuem para a atenuação da referida perturbação dentre os seus profissionais. Optou-se por utilizar a Teoria de Conservação de Recursos como modelo teórico de referência no presente projeto, cujos pressupostos conferem ao contexto social e organizacional um papel fundamental na disponibilização de recursos valiosos para a resposta ao trauma. A investigação, composta por um conjunto de três estudos empíricos, procurou enfatizar a importância de se analisar diferentes aspetos do apoio social no contexto policial e a PSPT, e o processo através do qual as relações sociais influenciam desfechos decorrentes de incidentes típicos da atividade policial. Com este objetivo em vista, o primeiro estudo procurou realizar a análise das associações entre variáveis preditoras, nomeadamente aspetos demográficos (i.e., idade, género, estado civil e habilitações) e ocupacionais (i.e., posto/graduação, função, antiguidade na instituição, unidade de lotação) com a PSPT entre polícias do Rio de Janeiro (N = 3.577), de forma a identificar um perfil ocupacional de risco nesta população. Através de análises de regressão logística, verificou-se que os profissionais de mais baixas patentes apresentam maior probabilidade de desenvolver a perturbação, e que polícias em funções operacionais táticas, mais valorizadas institucionalmente, apresentaram menor risco de serem por ela cometidos. O segundo estudo pretendeu analisar o efeito de diferentes tipos de suporte social no trabalho (i.e. instrumental, informacional e emocional) sobre a PSPT em polícias militares do Rio de Janeiro (N=329), e, igualmente, o seu papel como fator de sustentação e incremento de passagens de recursos no ambiente laboral, por meio do efeito de mediação da ligação afetiva dos profissionais com a organização (i.e. compromisso organizacional afetivo) na atenuação dos efeitos de situações potencialmente traumáticas. Por meio de análises de Modelagem por Equações Estruturais, observou-se que apenas o apoio emocional apresentou uma relação negativa significativa com os níveis de PSPT reportados. Adicionalmente, o compromisso afetivo apresentou um papel mediador contribuindo para explicar a relação entre o apoio emocional e a PSPT. O terceiro estudo, com polícias da Guarda Nacional Republicana portuguesa (N=383), visou investigar a interação de recursos contextuais de apoio no trabalho (i.e., apoio de chefes e de colegas) com recursos individuais (i.e. Capital Psicológico) sobre a PSPT. Os resultados obtidos, também por meio de Modelagem por Equações Estruturais, demonstraram que ambas as fontes de suporte analisadas oferecem um papel de proteção contra a PSPT, e esta relação parece ser mediada pelo capital psicológico nesta população. Os estudos realizados ratificam a saliência do apoio emocional no contexto do trabalho e a importância do fomento de trocas sociais positivas entre agentes de diferentes níveis hierárquicos nas respostas traumáticas decorrentes da atividade policial, nomeadamente a PSPT, representando insumos teóricos e práticos para o planeamento e aperfeiçoamento de políticas institucionais de gestão de pessoas e ações de saúde ocupacional nestas corporações.
- Promoting physical activity in women survivors of breast cancerPublication . Sequeira, Margarida; Alvarez, Maria João; Pereira, Cícero RobertoPromoting physical activity (PA) is recommended for women survivors of breast cancer and its benefits and recommendations are identified. However, these women are not active enough, and it is necessary to identify the psychological and social components of an intervention that facilitates behavioral change among these women, towards a more regular practice of PA, that can be used by health professionals, namely physiotherapists. Moreover, the models that explain health behaviors, including PA, have mostly been tested between subjects. In this sense, it was hypothesized that the models that explain health behaviors among groups of individuals can also be explicative and effective in promoting PA behavior among individual survivors of breast cancer, when singular characteristics and individual predisposition for behavioral change towards a regular practice of PA are considered. Hence, one qualitative and two quantitative studies were performed. The first, a qualitative study based on individual interviews, aimed to identify the factors that Portuguese women survivors of breast cancer perceive to influence their regular engagement in PA activities, but also the personal strategies perceived as effective for their regular PA practice, endorsing the selection of some Behavior Change Techniques (BCT). The second, a N-of-1 longitudinal study, aimed to test how the constructs of the Health Action Process Approach (HAPA) model changed over time and how this change predicted PA intentions and daily PA in a group of women survivors of breast cancer. This second study also allowed a deeper analysis of the individual data, aiming to identify whether the pattern of relationships among the more robust constructs of the HAPA model in predicting daily PA, in a group of women survivors of breast cancer, happens in similar or different ways for each of the participants over time. The third study was a N-of-1 Randomized Controlled Trial (RCT), informed by the first ones, that tested the effectiveness of an individual intervention, based on two HAPA constructs/BCT (planning and self-monitoring, the association of both and control conditions), in promoting PA among individual women survivors of breast cancer. The results confirmed that women survivors of breast cancer value different factors according to their particular characteristics, choices, and individual predisposition for behavioral change towards a regular practice of PA. So, the cultural context with some of its idiosyncratic perceived determinants and the identified BCT should be considered by health of PA for breast cancer survivors. Additionally, although study two only partially confirmed the HAPA model at the intrapersonal level, the results obtained provide preliminary evidence that the HAPA can be used at the individual level to understand the specific individual correlates of PA in a population of survivors of breast cancer. Finally, by testing two BCTs, the last study provided a starting point for developing tailored PA interventions for women survivors of breast cancer, revealing that these women do not react the same way to the same active ingredients of an intervention, even when well supported in previous studies and recommendations, since the response to the intervention highlighted intraindividual differences, both in the group and individual analysis performed. Moreover, the identified toolscan enrich physiotherapists’ knowledge and competency for delivering the information and the behavior change interventions, influential for the effectiveness and the adherence to PA recommendations among survivors of breast cancer.
- When 1 + 1 does not equal 2Publication . Reese, Jonathan; Santos, Ana Sofia Correia dos; Palma, TomásStereotypes (and their consequences) have been widely examined across contexts and cultures with thousands of articles from various disciplines detailing their effects over the better part of a century. While similar stereotypic content may be applicable to multiple individuals from differing social groups (e.g., both men and professors may be perceived as competent), individuals and researchers alike tend to focus on a singular category, rather than the intersection of multiple categories. Intersectional stereotypes, on the other hand, are a more recent development based on the theory of intersectionality and have seen increased attention over the past few decades. This extension of basic stereotyping was created to better understand the process in which multiple social categories may influence the stereotypes applied to certain social groups. A majority of the research on intersectional stereotyping has focused on the most prevalent groups in society, opting to include gender (e.g., men or women), race (e.g., white or black individuals), or common sexual orientation categories (e.g., gay men). While this is not inherently wrong, because in order to understand an effect, we must first identify patterns using the most visible groups, this has led to the underrepresentation of certain social categories such as immigrant status (e.g., native versus foreign individuals) or other sexual orientations (e.g., lesbian women). Therefore, the main goal of this thesis is to dive into the contradicting effects of intersectionality and intersectional stereotyping using various social groups. Importantly, we examined different groups throughout the projects included in this thesis although the running theme throughout was intersectionality. The identification of intersectional stereotypes for various immigrant groups and nationalities is first examined in Chapters 2.2 and 2.3.1 by developing an adaptation of Petsko and Bodenhausen’s (2019) methodology regarding the de-racialization of intersectional individuals. We found comparable results in which gay immigrants were perceived as less prototypical of immigrants, experiencing a “de-immigrantization” effect, but this effect was not replicated when examining lesbian immigrants (who were prototypically similar to immigrant women), adding complexity to the conceptualization of multiple minority members. The effect of deimmigrantization was also explored with a different paradigm meant to bring findings from conceptual, to a realized, point of view, by using fictional candidates’ curricula veritas (CVs) in Chapter 3.4. In conditions that promote heuristic processes, straight Brazilian immigrants were stereotypically evaluated and penalized, while being gay seemed to protect Brazilian immigrants from receiving such prejudiced evaluations. Next, Chapters 4.2 and 4.3.1 examined the vocal categorization and stereotyping of straight or gay immigrants in Portugal; notably, we found that participants made stereotypical judgements of individuals based on their voices, when speaking both English and Portuguese. Gay voices were perceived as being more feminine and Brazilians speaking in English were evaluated the worst on stereotypical measures, supporting the notion behind stereotyping multiple identities, but, Portuguese speaking English individuals were recalled the least, bringing into question the applicability of intersectional theories in different paradigms. Finally, Chapter 4.4.3 continues the theme of evaluative judgements, adding further contents to the methodologies used in stereotype assessment research, while acting as a pretest for the former two subchapters. When testing stereotypical and counterstereotypical behaviors, we found that stereotypical individuals (e.g., masculine straight men) were perceived as prototypical of their main groups (e.g., straight men) while counterstereotypical individuals (e.g., feminine straight men) were not. The overall findings of this thesis provide not only the contextualization of prior literature to a Portuguese context, but also show support for theories of intersectional stereotyping, the implicit inversion theory, the prototypicality of various social groups, and how external indicators (i.e., voice) may influence the categorization of individuals from multiple social categories. While there is yet work to be completed in the Portuguese context and abroad, this thesis provides a strong starting point for which intersectionality, and its contradicting effects, may be examined in regard to immigrant status and sexual orientation.
- ”You’re too young to understand”Publication . Santos, João O.; Cardoso, Sara Loureiro Nunes; Marques, Leonel Garcia; Dunham, YarrowYou’re too young to understand! Have you ever been told that when you were a kid? More importantly, have you ever felt discriminated simply for being a child? We often think about and strive to address discrimination targeting other minorities, but have we ever wondered if children could be discriminated? In Chapter 0, we review historical and social psychological data supporting the thesis that children are discriminated (as a social category). The historical record suggests that discriminated minorities may have been likened to children as a means of legitimizing their oppression. Looking at the social psychology literature we wonder if the power differential between children and adults puts the former at risk of being discriminated by the latter. Moreover, knowing people internalize prejudice through system justification, we wonder if children who internalize childism grow up to perpetuate it. To that end we launched an investigation into childism (i.e., prejudice and discrimination directed at children) aiming to understand: people’s perceptions of children (Goal 1); what childist behaviors take place today (Goal 2); and explore potential consequences of childism for children (Goal 3). Chapter 1 presents data from a qualitative study where we asked participants if they recalled experiencing childism (or seeing other children experiencing it). Participants reported different childist experiences which we thematically analyzed in order to better understand childism, and plan future studies. Chapter 2 features a set of studies, where we explored adults’ affect towards and stereotypes of children (Study 2.1), as well as their associations with definitional child-related concepts (Study 2.2). We found adult’s views of children to be overwhelmingly positive, but also prevalent and stereotypical. Moreover, there were some neutral and negative associations with child-related concepts. Specifically, the views of the definitional trait “immature” were somewhat negative on average. In Chapter 3, we saw how people blame children more frequently than adults for age-ambiguous mishaps (Study 3.1). However, this bias did not manifest itself as an illusory correlation (Studies 3.2a and 3.2b). Chapter 4 aimed to test if people perceive discriminatory statements targeting children as more acceptable than when directed at other minorities. Results from Study 4.1a, and its replication Study 4.1b, showed this is indeed the case. Finally, in Chapter 5, we tested if adults would consult an adult-partner more frequently than a child-partner, even in situations where the child-partner could hold critical information (Study 5.1). Results showed no evidence of childist biases. Still, this was our first study with this paradigm, and we believe the procedure needs to be refined. Throughout the thesis we point to parallels between our findings and those of the social psychological literature. In Chapter 6, the global discussion, we take stock of investigation as a whole. We discuss potential societal and theoretical implications of our findings, while calling and making suggestions for future social psychological research on childism.
- Spontaneous trait inferences under a linguistic lensPublication . Marcelo, Daniel Filipe Segurado; Marques, Leonel Garcia; Orghian, Diana; Matos, Maria Gabriela Ardisson Pereira deAs one of the most researched effects in Social Cognition, Spontaneous Trait Inferences (STI) research has been focusing on how it works, what causes it and what it might disrupt it. After Marcelo, Garcia-Marques & Duarte (2019), there was evidence that language and Grammar could play a bigger part in STI, since it is considered an encoding effect. Language has been a key element in researching STI from the beginning, with the encoding material being one of the main sources of information to convey the situation and explicit traits. We created this project with the purpose of understanding how deep and important the connection between STI and Linguistics goes. For this, we created four linguistic perspectives that produce a robust and complete picture of how STI and language might interact with each other: an analysis on linguistic complexity (using the main components in Language models – Syntax, Semantics and Phonology), an analysis on structure vs. meaning elements in a sentence through one of the most interest cases of Syntax-Semantics systems clashing, an analysis on contextual time through verbs and adverbial phrases, and an analysis on sound communication as a means for inference. Overall, our data indicates that STI uses the language system on encoding, following linguistic structures and principles of comprehension. Although structural hierarchy in language use is respected and can affect STI, it is in meaning structures, such as thematic role and entity number that we see bigger STI trends. The data allowed us to create a prototypical model – the CRT model – that could explain STI from encoding until attribution using both language comprehension models, previous evidence of STI and this project’s data. This could be a starting point to further help both Social Cognition and Linguistics to develop their frameworks and create more links that connect theory and everyday effects that use language and information.
- Contraste mental com intenções de implementaçãoPublication . Matias, Maria Alzira da Cunha; Simão, Ana Margarida da Veiga; Paulino, Ana Paula de OliveiraEnsinar estratégias metacognitivas em contextos de aprendizagem tem revelado uma elevada eficácia para o sucesso escolar. Nesta investigação pretende-se estudar o impacto do ensino explícito da estratégia Contraste Mental com Intenções de Implementação em alunos do ensino básico e secundário. Esta estratégia agrega dois procedimentos metacognitivos: Contraste Mental que confronta mentalmente aspetos positivos do futuro (metas) e obstáculos do presente (impedimentos à obtenção dessas metas) com Intenções de Implementação que orienta os comportamentos para metas através de planos do tipo «se...então» (e.g., se surgir X então faço Y). Foram explorados efeitos do ensino da estratégia nas metas e planos estratégicos, nas crenças de autoeficácia e valor da tarefa, nas estratégias motivacionais e de controlo do desempenho e nos resultados escolares dos alunos. Exploram-se ainda diferenças entre anos de escolaridade e género e pesquisam-se níveis de sofisticação na autorreflexão dos alunos sobre definição de metas, identificação de obstáculos e planeamento estratégico para os ultrapassar e também nas autorreflexões dos alunos. A amostra foi composta por 110 alunos do 7º e 10ºanos, 45 rapazes e 65 raparigas com idades entre os 12 e os 17 ano (M = 14,39; DP = 1.89), aleatoriamente distribuídos por diferentes grupos: no grupo DREP não houve ensino explícito da estratégia e no grupo DROP procedeu-se ao ensino explícito da estratégia. Este ensino explícito da estratégia foi articulado com a estrutura autorregulatória do modelo trifásico de Zimmerman e integrado nos conteúdos curriculares das disciplinas de Ciências da Natureza e de Biologia/Geologia. Decorreu durante dois períodos letivos em contexto das aulas destas disciplinas, num design quasi-experimental. Utilizaram-se questionários de resposta fechada e de resposta aberta e aplicaram-se medidas de pré e pós-teste. Os resultados obtidos no grupo em que foi aplicado o ensino explícito da estratégia revelam uma melhoria ao nível do valor da tarefa, dos planos estratégicos, dos resultados escolares e da sofisticação da autorreflexão. Discutem-se limitações e implicações para a investigação e intervenção em contexto educacional.