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Nunes Nunes, Naidea

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  • Português Língua de Herança e Português Língua Não Materna: (Re)construção de Identidades através da Experiência de Ensino- Aprendizagem no Curso Intensivo de Verão para Lusodescendentes da Universidade da Madeira
    Publication . Camacho, Idalina; Nunes, Naidea
    Este artigo enquadra-se no tópico “Experiências de ensino-aprendizagem de PL2/PLE/PLH”. A (re)construção de identidades dos lusodescendentes e outros participantes do Curso Intensivo de Verão para Lusodescendentes (CIVLD), antes e após a frequência do curso, foi objeto de estudo, por meio de inquéritos e da realização de entrevistas para o registo das respetivas Histórias de Vida. Para isso, foram elaborados dois inquéritos, um para os alunos preencherem no início do curso e o outro, na última aula do mesmo, sendo que a reconstrução identitária foi ocorrendo ao longo da experiência de ensino-aprendizagem. Recolheram-se dados sobre a sua motivação para a frequência do curso, as suas expectativas em relação ao mesmo e à aprendizagem da Língua Portuguesa (LP), as suas visões da Madeira e da sua cultura, antes e após o curso, bem como as principais dificuldades sentidas, quer a nível de integração linguística, quer a nível social. Destes lusodescendentes, os que têm o Português como Língua de Herança expressam-se com muitas interferências fonéticas, lexicais e morfossintáticas do Espanhol da Venezuela ou do Inglês da África do Sul. O curso integra também 6 venezuelanos (não-lusodescendentes), casados com lusodescendentes madeirenses. Estes sentem a sua vinda para a Madeira como uma oportunidade de criar um novo lar, tendo também o desafio de (re)construírem a sua identidade, em contacto com a Língua e a Cultura Portuguesas.
  • A linguística histórica e o léxico diferencial: variação dialetal e sociolinguística de alguns regionalismos do Português falado na ilha da Madeira
    Publication . Nunes, Naidea
    Apresentamos os resultados qualitativos e quantitativos de um inquérito semântico-lexical sobre regionalismos madeirenses, aplicado junto de estudantes naturais da ilha da Madeira que frequentaram o primeiro ano do ensino superior na Universidade da Madeira, no ano letivo de 2016/2017, para aferir o (re)conhecimento e uso de alguns regionalismos característicos do Português falado na Madeira. Para observarmos a vitalidade dos regionalismos enquanto património linguístico e cultural com valor identitário da sociedade madeirense, comparamos os dados recolhidos junto dos estudantes oriundos de diferentes localidades e respetivos concelhos, tendo em conta o fator geográfico (rural vs. urbano), mas também os resultados obtidos do ponto de vista do fator de variação sociocultural sexo ou género. O fator dialetal ou variável geográfica pode ser bastante relevante, no caso das palavras mais antigas, conservadas nas áreas mais isoladas, por oposição às mais comuns ou correntes, usadas também na cidade do Funchal, capital do Arquipélago da Madeira, presentando, por isso, maior prestígio social. Assim, podemos aferir até que ponto as novas gerações tenderão a deixar de (re)conhecer e usar os vocábulos marcados como regionais e sentidos como ruralismos.
  • O Léxico da Cultura Açucareira na Construção do Mundo Atlântico: Madeira, Canárias, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Brasil, Venezuela e Colômbia
    Publication . Nunes, Naidea
    A ilha da Madeira desempenhou um importante papel no desenvolvimento da produção açucareira, transplantada do Mediterrâneo para o Atlântico, e na transmissão desta cultura às ilhas atlânticas das Canárias, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e ao Brasil. As Canárias também contribuíram para a expansão desta atividade ao outro lado do Atlântico, nomeadamente às Antilhas espanholas, à Venezuela e à Colômbia. O açúcar foi um dos primeiros produtos globais no comércio atlântico, promovendo trocas linguísticas e culturais entre as várias áreas açucareiras, sobretudo nas ilhas atlânticas e no novo mundo latino-americano. Por isso, hoje, temos uma terminologia açucareira comum aos dois lados do Atlântico, que importa conhecer, valorizar e salvaguardar.
  • Regionalismos madeirenses: estudo lexicológico da variação dialetal e sociolinguística na ilha da Madeira
    Publication . Nunes, Naidea
    Neste artigo, apresentamos os resultados de inquéritos semântico-lexicais aplicados junto da população da cidade do Funchal e de áreas rurais da ilha da Madeira (Portugal), para aferir o (re)conhecimento e uso de alguns regionalismos madeirenses. O principal objetivo deste estudo é observar a vitalidade deste léxico diferencial enquanto património linguístico e cultural com valor identitário da sociedade madeirense. Para isso, comparamos os dados recolhidos nas diferentes localidades, tendo em conta o fator geográfico (rural vs. urbano), mas também descrevemos os resultados obtidos do ponto de vista dos fatores de variação sociocultural: sexo/género, idade e escolaridade (geralmente associada ao nível socioeconómico da população). O estudo do léxico diferencial de uma região contribui para um melhor conhecimento da lexicologia histórica e, consequentemente, da História da Língua Portuguesa, permitindo compreender melhor a formação do Português regional e a mudança linguística histórica e atual. Muitos regionalismos madeirenses são resultado do conservadorismo de léxico do Português antigo (arcaísmos), mas também existem neologismos regionais (lexicais e semânticos), como podemos verificar através do registo e identificação de novos vocábulos ou significados nas respostas aos inquéritos realizados. Deste modo, pretendemos observar a importância do fator dialetal, que pode ser bastante relevante, sobretudo no caso das palavras mais antigas, conservadas nas áreas mais isoladas ou rurais, por oposição aos vocábulos mais comuns ou correntes, usados na cidade do Funchal, capital do Arquipélago da Madeira, apresentando, por isso, maior prestígio social. De igual modo, podemos aferir até que ponto os fatores de variação sociocultural se revelam marcantes, no que diz respeito às diferenças lexicais e semânticas, no (re)conhecimento do vocabulário, entre os falantes dos dois géneros, das várias faixas etárias e níveis de escolaridade, sobretudo nos meios rurais, mas também na área urbana.
  • Da oralidade à escrita: a transcrição grafemática ou ortográfica de memórias/histórias de vida de mobilidades Madeira/Brasil
    Publication . Nunes, Naidea
    A questão da passagem da oralidade à escrita é muito pertinente na transcrição grafemática ou ortográfica das entrevistas realizadas, no âmbito do projeto Nona Ilha, aos emigrantes madeirenses, aos que ficaram à espera dos que partiram, assim como aos imigrantes que vieram para o Arquipélago da Madeira. Esta investigação enquadra-se na História Oral ou “História vista de baixo” que permite recolher toda a riqueza expressiva do registo oral, com as características da oralidade, as particularidades do Português falado na Madeira e as formas populares (geralmente associadas à baixa escolarização), bem como observar interferências das línguas dos países de acolhimento, possibilitando o estudo da língua falada enquanto identidade sociocultural no espaço e no tempo.
  • Variação Sociocultural de Alguns Regionalismos Madeirenses na Comunidade de Fala do Bairro da Nazaré (São Martinho, Funchal)
    Publication . Nunes, Naidea
    Depois da realização de alguns inquéritos léxico-semânticossobre alguns regionalismos madeirenses, no centro do Funchal e noutros concelhos rurais da Madeira, surgiu o interesse em fazer um trabalho semelhante num contexto considerado de periferia social, neste caso no Bairro da Nazaré (BN), freguesia de S. Martinho, no Funchal. Trata-se de um estudo dialetal com contributos da sociolinguística, numa perspetiva sociocultural desta comunidade periférica pouco afastada do centro do Funchal, no âmbito do Português falado no Arquipélago da Madeira. Este artigo tem um carácter exploratório, possibilitando fornecer informações parciais e colocar hipóteses, a partir dos dados apresentados. Os informantes da nossa amostra nasceram no Funchal, em diferentes freguesias deste concelho, mas os seus pais e/ou avós, na sua maioria, são provenientes de localidades rurais da ilha da Madeira, o que poderá explicar o facto de alguns falantes conservarem regionalismos madeirenses como parte da sua identidade local e regional. As mulheres das três faixas etárias consideradas conhecem mais regionalismos do que os homens, tendo um comportamento linguístico mais conservador, provavelmente devido ao seu papel tradicional na comunidade e ao facto de não estarem inseridas na vida ativa. Os homens fornecem mais significados não documentados, ou seja, diferentes aceções não-padrão dos regionalismos e um deles, que trabalha fora do BN, no Funchal, é o que indica mais significados da norma padrão, no caso dos regionalismos semânticos. No que se refere à idade, como era de esperar, os falantes mais jovens são os que menos regionalismos conhecem. A variável escolaridade mostrou-se pouco relevante, bem como o fator localidade, uma vez que existem diferenças pouco significativas entre os falantes. Assim, através da variação lexical e semântica de alguns regionalismos madeirenses, o BN revela-se um espaço simultaneamente de conservação e de inovação linguística.
  • O Curso Intensivo de Verão para Lusodescendentes: ‘Língua Portuguesa, Literatura e Cultura Madeirenses’ no Contexto de Mobilidade da Venezuela.
    Publication . Nunes, Naidea
    O curso intensivo de verão para lusodescendentes, criado em 2013, pela Universidade da Madeira, em parceria com o Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações (CCMM) do Governo Regional da Madeira, é uma formação em contexto intercultural, que visa acolher várias gerações de migrantes madeirenses de diferentes partes do mundo. Nos últimos dois anos, é frequentado, quase na totalidade, por luso-venezuelanos em contexto de mobilidade, que procuram a sua integração sociocultural e laboral na Região Autónoma da Madeira (RAM). São indivíduos vulneráveis que fogem da atual crise política da Venezuela, com graves consequências socioeconómicas e humanitárias. Além das aulas de Língua Portuguesa (LP), com destaque para o desenvolvimento das competências de comunicação oral, através do Português em (inter)ação, os estudantes têm a oportunidade de realizar várias atividades socioculturais e trabalho de campo em instituições governamentais, museus, bibliotecas, associações culturais e em empresas regionais, conhecendo a realidade madeirense, como forma de inserção socioeconómica na RAM. Palavras-chave – Língua Portuguesa, Migrantes Luso-venezuelanos, Educação Intercultural, Linguística Sociocultural, Região Autónoma da Madeira.
  • Antigas Canções de Namorados/Old Love Songs (1921/1992), de Mónica Reis Pestana (1902-1996)
    Publication . Ferreira, Jo-Anne; Nunes, Naidea
    Neste artigo, transcrevemos todas as quadras do livrinho publicado em 1921 e em 1992 por Mónica Reis (1902-2006), conservando a escrita fonética (que revela a fraca escolarização característica da época) e a linguagem popular da publicação da autora, o que, pela sua grande riqueza, permite identificar particularidades linguísticas, fonéticas, lexicais e semânticas, populares e regionais do Português falado no Arquipélago da Madeira, na época da infância e da juventude da autora, antes de emigrar com os pais para Trindade & Tobago. A par desta transcrição, apresentamos a sua normalização gráfica, visto que para muitos leitores seria difícil compreender o texto original. Não introduzimos alterações na pontuação, nem marcas de diálogo, conservando, sempre que possível, a pontuação original dos versos, conforme foram publicados.
  • A identidade sociocultural e linguística madeirense através da memória da ‘Festa’ e dos arraiais religiosos e populares no contexto das mobilidades e do turismo
    Publication . Nunes, Naidea
    A identidade é uma realidade inseparável da memória que, por sua vez, é constituída pela língua, cultura e/ou tradição, religião e festividades de um povo, sendo cada vez mais um elemento diferenciador importante para a autenticidade dos destinos turísticos regionais e sobretudo insulares, uma vez que o turista, cada vez mais, procura experiências genuínas. Neste contexto, propomo-nos abordar algumas memórias identitárias de migrantes madeirenses no que se refere à sua religiosidade, principalmente às festas do Natal e dos Reis, mas também aos arraiais ou festas populares regionais. A «Festa» madeirense, período que vai de 8 de dezembro (dia de Nossa Senhora da Conceição), com a matança do porco, às festas de Santo Amaro (no dia 15 de janeiro), com o «varrer dos armários», incluindo as «missas do parto» (novenas a Nossa Senhora da Conceição), o Natal, o Fim do Ano e os Reis, tal como os arraiais são cada vez mais realidades turísticas importantes da ilha da Madeira. Por isso, importa resgatar a genuinidade das tradições e vivências populares madeirenses. Os migrantes madeirenses recordam com muitas saudades as suas memórias da infância: a pobreza da família, a dureza do trabalho rural, mas também a alegria da «Festa» e dos arraiais. Quando regressam à ilha como visitantes e turistas, vêm à procura dessa realidade ancestral, enquanto vivências da sua identidade. Trata-se de um imaginário histórico, sociocultural e linguístico, do mundo insular que, pelas suas contingências geográficas e orográficas, as dificuldades do isolamento, a dureza da vida e a necessidade de subsistência, fazem da religião e das festas populares, sobretudo do Natal, elementos fundamentais da sua identidade coletiva e individual.
  • Insularidades linguísticas, geográficas e socioculturais: variação semântica de algum léxico diferencial na ilha da Madeira
    Publication . Nunes, Naidea
    Pretendemos observar a variação semântica de algum léxico diferencial na ilha da Madeira junto de estudantes madeirenses do ano letivo 2016-2017, que frequentaram o terceiro ano da licenciatura em Estudos de Cultura na Universidade da Madeira. Os informantes apresentam diferentes origens geográficas (localidades e concelhos) e socioculturais dentro da ilha da Madeira, sendo dez do concelho do Funchal (capital do arquipélago da Madeira, onde reside cerca de metade da população), doze de outros concelhos (principalmente de áreas rurais) e três que nasceram fora da Região Autónoma da Madeira (RAM), nomeadamente dois na Venezuela e um em Inglaterra. Aplicámos um inquérito semântico-lexical aos estudantes na unidade curricular de Práticas de Investigação em Estudos de Cultura, de forma a aferir o conhecimento do léxico em estudo. O inquérito é constituído por uma primeira parte de identificação do informante: género, idade, escolaridade, profissão, naturalidade, incluindo a dos pais e dos avós, assim como contactos linguísticos. A segunda parte do inquérito apresenta uma lista de palavras e expressões de forma a testarmos o seu (re)conhecimento e uso. Os resultados obtidos mostram que não existem diferenças significativas no conhecimento e uso semântico do léxico testado por localidades e por género (nem mesmo por idade, no caso das três mulheres mais velhas, duas delas já com frequência de ensino superior anteriormente na RAM). Esta continuidade linguística entre as variedades urbana do Funchal e rural das outras áreas geográficas da ilha dever-se-á ao facto de as localidades representadas da capital serem sobretudo zonas periféricas, rurais até há poucos anos, logo mais conservadoras, por oposição ao centro, mais aberto a contactos linguísticos com o exterior. Por outro lado, demonstrará um sentimento de identidade e de pertença linguística e sociocultural dos inquiridos ao Português falado na ilha da Madeira.