FBA-CIEBA: Revista Matéria-Prima
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A Revista MATÉRIA-PRIMA publica artigos originais na área de Educação Artística com o objetivo de debater e disseminar a inovação e a investigação nesta área do conhecimento. A revista MATÉRIA-PRIMA assume como línguas de trabalho o português, o castelhano, o galego o catalão, e o inglês, incentivando a descentralização cultural e a promoção do encontro de práticas que podem ser mais próximas no contexto da geografia atual.
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- Experiências artísticas integradas no ensino profissional, cursos nível IV: a metáfora da viagem como filosofia formativaPublication . Charréu, L.; Ghira, MadalenaEste texto trata essencialmente da fundamentação teórica de um relato de experiência que envolve a utilização de expressões artísticas integradas em cursos de formação profissional de nível IV do ensino profissional de uma escola portuguesa. Então, a partir dos conceitos de “evento como pedagogia” e da “metáfora da viagem” foi pensado um conjunto de atividades expressivo-artísticas que tiveram como corolário uma apresentação pública por parte dos alunos envolvidos. Um processo informal de observação etnográfica participante permitiu aferir o alto impacto do projeto na vidas estudantes assim como o modo como sentiram a experiência a partir do que foi vivido.
- As culturas do remix e da contribuição no ensino de artes: uma experiência de criação de social videos online com alunos do ensino secundárioPublication . Aristimuño, FelipeO objetivo deste artigo é discutir a experiência realizada na disciplina Oficina Multimédia, do décimo segundo ano do ensino secundário, na escola António Damásio, Lisboa. Apresentamos nossa proposta para a criação de social videos em aula, pensando sua relevância em uma cultura da participação. Essa prática insere-se no projeto de investigação Educação Visual em Média Social, do doutoramento em Arte Multimédia da FBAUL.
- Matéria-Prima, vol.1, nº1 (Jan./Jun. 2013)Publication . Queiroz, João; Barreto, Umbelina; Machado, Alexsandro dos Santos; Eça, Teresa; Calado, Margarida; Loponte, Luciana Gruppelli; Nunes, Ana Luiza RuschelNas páginas desta primeira Matéria-Prima apresenta-se primeiro um dossier editorial, com artigos de pares académicos da revista que foram desafiados a publicar. Na secção seguinte, dedicada aos artigos originais a concurso, apresentam-se os artigos selecionados, por arbitragem cega, pelos pares académicos, após a chamada de trabalhos. Uma vez estabelecida a seleção e apreciado o conjunto de artigos, verifica-se que podem ser agrupados segundo três eixos temáticos: — Pós modernidade e cidadania, — Práticas supervisionadas e modelos curriculares, — Inovação e recursos educativos. Como tudo o que é apresentado nesta revista, o desafio Matéria-Prima nasceu dentro de uma sala de aula. Entre os alunos do curso de Mestrado em Ensino das Artes Visuais da Universidade de Lisboa, no decorrer da aula de Introdução à Prática Profissional II, debatíamos formas de apresentar e partilhar propostas concretas nos modos de materializar Unidades de Trabalho através da sua planificação e concretização, da sua gestão e da sua prática. Começámos por apresentar e debater os assuntos na aula, para depois apostarmos, todos, num novo formato mais comunicativo, incidente sobre as “práticas artísticas na sala de aula.” A Revista Matéria-Prima é um dos resultados práticos desta forma particular de desenvolvimento curricular do curso de formação de professores em Ensino das Artes da Universidade de Lisboa.
- Matéria-Prima, vol.1, nº2 (Jul./Dez. 2013)Publication . Queiroz, João; Schlichta, Consuelo Alcioni Borba Duarte; Oliveira, Elisabete Silva; Montoya Hortelano, JosepMais Matéria-Prima. O segundo número desta revista procura confirmar um local de disseminação das práticas do ensino das artes na sala de aula. Instância de partilha, onde o educador regista e pode documentar as suas intervenções pedagógicas. Também, e sobretudo, um lugar de descoberta: cada professor confronta as suas práticas e interpretações curriculares com as dos seus pares, quer do seu país, quer de outros contextos. A Matéria-Prima é ainda um campo recetor da investigação: artigos por pesquisadores, autores de programas, professores universitários, e responsáveis por programas formação de professores, ao nível da licenciatura, mestrado e doutoramento. E é um lugar de desafio e estímulo aos novos professores em formação: podem ensaiar e propor artigos descrevendo as suas práticas no terreno lectivo, que apresentam sempre a frescura das novas gerações em transição. A revista apresenta, na abertura, o habitual Dossier Editorial, com três artigos dos autores internacionais convidados Consuelo Schlichta (Brasil), Elisabete Oliveira (Portugal) e Josep Montoya (Espanha). A secção de artigos originais a concurso reúne depois 32 artigos selecionados em arbitragem cega. Após confrontar os artigos aqui presentes é possível detectar neles uma textura global, em torno de alguns temas fundamentais: — Recursos e inovação pedagógica: abordagens criativas, — Pós modernidade e cidadania: entre a identidade e a globalização, — Supervisão pedagógica: experiências do formador e do formando. Nesta revista estuda-se a Matéria-Prima. Mostra-se a novidade dentro da aula. A inovação pedagógica é o maior desafio. As possibilidades são quase infinitas, porque falamos de ensino das artes. Talvez nenhuma outra disciplina permita o exercício de criatividade e de cidadania a um nível tão abrangente e diversificado como o que o Ensino Artístico permite.
- Matéria-Prima, vol.2, nº3 (Jan./Jun. 2014)Publication . Queiroz, João; Frade, Isabela; Calado, Margarida; García González, Silvia; Tasquetto, Angélica D'Avila; Mendonça, Elisa; Henriques, Sandra; Matalonga Jorge, Sofia; Bento, Armando Augusto Dias Castro; Machado, Ana Filipa Sérgio Romão; Afonso, Salomé Ferreira; Zanini, Gina; Schvambach, Janaina; Bila, Maria; Trindade, José Pedro; Bahia, Sara; Liberato, Aline Fernanda Huber Vicente; PEREIRA, CLAUDIA MATOS; Trindade, Sueli Perazzoli; Sopelsa, Ortenila; Maddonni, Alejandra; Fernandes, Sandra Isabel Rosado; Nogueira, Susana Gabriela Marques; Adrover, Magdalena Jaume; Guimarães, Alexandre Henrique Monteiro; Bonilha, Caroline Leal; Reis, Jorge dos; Souza, João Wesley deO terceiro número da Revista Matéria-Prima afirma-se como mais uma plataforma de disseminação e de registo na área da educação e ensino artísticos. Ao propor-se o desafio da Matéria-Prima está a lançar-se um repto de intervenção e partilha a três tipos de intervenientes na educação pela arte: — Os professores, profissionais experimentados; — Os que se iniciam na profissão, através da frequência de mestrados e estágios formativos; — Os investigadores e professores universitários desta área. Esta chamada coloca em cima da mesa a partilha das experiências didácticas em sala de aula, a pesquisa sobre práticas profissionais. Experiências, algumas bem-sucedidas, outras menos, porventura, todas com um mérito substancial, que é a vontade de estabelecer comunidade entre os interessados pela educação artística. Este conjunto de textos poderá ajudar a cartografar práticas que se observam bastante distintas, entre as realidades dos países representados, Portugal, Espanha, Brasil, Argentina. Observa-se também que a prática dos educadores está longe de ser homogénea. É surpreendente determinar as diferenças entre contextos e regiões. Se umas são mais metódicas, e por isso consistentes, outras abrem-se à descoberta. Em todas um ponto de encontro: a revista Matéria-Prima, que assim assume cada vez mais o seu nome como um desígnio de intervenção.
- Matéria-Prima, vol.2, nº4 (Jul./Dez. 2014)Publication . Queiroz, João; Oliveira, Ronaldo Alexandre de; Maneschy, Orlando; Barreto, Umbelina; Dias, Andreia; Bonilha, Caroline Leal; Frazão, Carla Reis; Rahim, Shakil Y.; Rodrigues, Ana Leonor Madeira; Paulo, Ana Cristina Lourenço de Sousa; Pessanha, Ana; Simões, Anabela Vieira de Freitas; George, Inês Almeida Mendes Moura; Martins, Maria Filomena Bernardo; Egas, Olga; Martins, Mirian Celeste; Magueta, Lúcia; Ramos, Maria da Conceição Fernandes; Paulino, Elisa Maria Duarte; Moreira, Agostinha da Conceição Ribeiro; Marques, Elsa Carina Galvão; Ertel, Tatiane; Reis, Ana Sofia; Porta Rodriguez, Pilar; Paz García, María Begoña; Lopes, Rosangela Almeida; Casal, Cristina Varela; Demarchi, Rita de Cássia; Moreira, Manuel Fernando de Sousa; PEREIRA, CLAUDIA MATOS; Alvarenga, Ana Maria de Oliveira; Hofstaetter, Andrea; Santanna, MíriaA matéria-prima de que trata esta revista é base de trabalho para um ensino artístico alargado, estendendo-se fora dos limites da aula, transgredindo os limites formais dos curricula, implicando património e riqueza cultural, sensibilizando para o imaterial, criando públicos apreciadores e também agentes criadores. É toda uma comunidade que se interliga através dos valores imateriais que sempre foram os da arte. A tarefa do educador é muito alargada: exige-se que esteja à altura deste desígnio humanista, que é também um desafio ao destino da humanidade: pela educação artística constroem-se futuros, e sem arte há intolerância, materialismo, indiferença, alienação, morte. Os tempos que se vivem são exigentes. As questões da pós modernidade estão muito acesas, desde as que nos obrigam ao desassossego, como a sustentabilidade e a poluição, como as que nos implicam politicamente, como a justiça, os direitos civis, a desigualdade. Tudo isto é matéria com a qual se amassa um barro que pode ser mais ou menos criativo: trata-se de extrair a matéria-prima com que se pode fazer os blocos que constroem o futuro. Aos profissionais da educação e do ensino, esta consciência, ao mesmo tempo desamparada – os cortes da economia neoliberal transformaram a arte em indústria, e a sua educação em criação de consumidores – e ao mesmo tempo vigilante e interventiva. Os artigos que responderam a esta chamada, respondem, cada um a seu modo, a este desassossego, a este desconforto, a este mal-estar contemporâneo. Dispuseram-se segundo uma sequência que se articula com base em temas afins que se podem descrever sucintamente: Todos os que participaram neste número mostraram a sua matéria-prima, a sua reação à falta que a arte nos faz. A chamada soa, e ressoa, e é necessário que seja por todos ouvida, em todos os países. É simples: as artes estão em perigo. Perigo porque há menos horas, menos professores, menos opções, menos conhecimento. As reduções no horário, a eliminação de disciplinas tão importantes como a história da arte, fazem de cada professor um agente da resistência, um ser mais implicado na sobrevivência da chama da criação. Matéria-prima: matéria para resgatar a verdade humana, a arte, a expressão mais valiosa da sua vaidade. Resgatar o homem que Michel Foucault (1988: 412) vê ameaçado, como um rosto na areia, desenhado à beira-mar.
- Matéria-Prima, vol.3, nº1 (Jan./Jun. 2015)Publication . Queiroz, João; Barbosa, Ana Mae; Pereira, Maria Dilar da Conceição; Martins, Pollyanna Motta; Marcellán Baraze, Idoia; Silva, Mônica Sueli Caetano da; Souza, Marise Berta de; Brasil, José Umbelino de Sousa Pinheiro; Oliveira, Luciano Carmo de; Frade, Marta; Cabeleira, Helena; Araújo, Jorge Miguel Rodrigues Pinheiro; Diniz, Francisco; Ramos, Maria Conceição; Charréu, L.; Argôlo, Inês; Ré, Sofia; Gil, Carla; Fonseca Da Silva, Maria Cristina Da Rosa; Durante, Adriana; Guimarães, Alexandre Henrique Monteiro; Oliveira, Miriam Fernandes Pestana; Costa, Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da; Castro, Rosana Andrea Costa de; Jesus, Pedro Miguel Teixeira de; Santos, Pedro Miguel Carvalho Duarte dos; Vilela, Teresinha Maria de Castro; Victorio Filho, AldoSobre a Matéria-Prima, há novidades e perigos. O tempo vivido na Europa e no contexto global tem vindo a acentuar a urgência das prioridades quantificadas, com um discurso dominante onde há menos política (pessoas) e mais representação económica (coisas). O correlato entre pessoas e coisas é, como sabemos, o dinheiro, ou trabalho reificado. A crise europeia, em torno da dívida soberana e dos maiores orçamentos do mundo, da capacidade da sua gestão na linguagem dura dos mercados e das taxas de juro veio modificar os objetivos imediatos da Europa, que em 2000 eram ambiciosos — “a sociedade mais competitiva do mundo em 2010” — para uma estratégia de emergência, agora chamada horizonte 2020. Este é o panorama ideal para colocar o ensino artístico em risco. Os fóruns internacionais passaram a valorizar os resultados da educação em rankings e sondagens de aproveitamento, cuja principal estratégia e preocupação é a mensurabilidade e comparabilidade, como são exemplo os relatórios PISA: avaliam-se em todos os países, as competências em Ciências, Matemática e Língua Materna. A matéria-prima de amanhã corre riscos de desaparecer gradualmente, pelos cortes de carga horária, pela concepção extracurricular da educação artística, pela sua perceção menorizada em função das concepções competitivas da sociedade contemporânea globalizada.
- Matéria-Prima, vol.3, nº2 (Jul./Dez. 2015)Publication . Queiroz, João; Calado, Margarida; Oliveira, Elisabete Silva; Pessanha, Ana Maria Araújo; Leal, Alda Maria Encarnação Rodrigues; Liberato, Aline Fernanda Huber Vicente; Albuquerque, Isabel; Mira, Maria José Estevez; Ramon, Ricard; Frazão, Carla Maria Reis Vieira; Góes, Jaildon Jorge Amorim; Aguiar, Mônica de Mendonça e Sica Martins; Silva, Maria Leticia Miranda Barbosa da; Rebouças, Moema Martins; Gonçalves, Maria Gorete Dadalto; Arriaga, Amaia; Matalonga Jorge, Sofia; Josué, José Ricardo da Silva Gomes; Paz García, Maria Begoña; Casal, Cristina Varela; Monego, Sónia; Dias, Andreia; Coelho, Tiago Pinto; Trindade, José Pedro; Bahia, Sara; Ezquieta Llamas, Iciar; Herres Terraza, Cristiane; González Vida, María De Los Reyes; Silva, Alexandra Moura daA educação pela arte faz-se através dos seus materiais, da sua operação, da transformação das matérias em ideias novas, em novas coisas. No seu sucesso está implicada uma literacia, uma capacidade interpretativa, ou crítica, sobre a semiosfera cada vez mais povoada, saturada de mensagens parasitárias. A educação implica uma leitura do mundo (Paulo Freire), que se projeta na interpretação de todas as camadas de expressão contemporânea, muitas vezes massificada, por vezes ainda identitária e significativa. Fala-se aqui de valorizar a identidade, exercer a pedagogia da diferença através de uma capacidade problematizadora. No seu contexto, podem exercer-se pedagogias que exploram a visão crítica do artista em interação com a escola, o artista em residência, no movimento A/ R/ Tography. Ou também exercer-se uma pedagogia triangular, centrando a arte, o contexto, a produção e a sua leitura como uma metodologia (Ana Mae Barbosa). O contexto contemporâneo é pós digital, os conteúdos não pesam nos suportes, e transmitem-se por “dentes azuis” ou redes com muitos Gs (G de Geração sem peso que sucede ao peso da aceleração gravítica). Neste campo pode delinear-se uma metodologia que alicerça o projeto ancorado nos estudos críticos sobre Cultura Visual (Fernando Hernández). Digamos que as práticas pedagógicas se cruzam em diversas direções, tacteando eficácias, expressões, capacidades, inovação. O contexto é cada vez mais voraz: a pele da cultura gosta de massagens (Kerkhove; McLuhan). A Matéria-Prima de que se fala nesta revista é aquela que devolve ao seu lugar um ponto crítico da pós modernidade: o do significante. Os sintagmas são sempre processos, e neles se formam as subjectividades, ou seja, as identidades: no desenrolar do ser, onde se produz verdadeiramente o sentido, bem junto do aqui-e-agora onde está a Matéria-Prima (Foucault).
- Matéria-Prima, vol.4, nº1 (Jan./Abr. 2016)Publication . Queiroz, João; Charréu, L.; Martins, Mirian Celeste; Mastroberti, Paula; Fortuna, Pedro Matos; Duarte Piña, Olga María; Santos, Geraldo Magela dos; Silva, Roseli Aparecida; Dias, Debora Mirtes dos Santos Ravagnani; Friedrich, Márcia; Feio, Maria Helena Afonso; Rocha, Ana Mafalda Conde da; Sérvio, Pablo Petit Passos; Tavares, Jordana Falcão; Ramos, Filipa de Burgo de Lima; Consiglieri, Joana; Hofstaetter, Andrea; Martins, Thayse Ludwig; Aristimuño, Felipe; Fonseca, Adriano Santos; Amaral, Thais; Mello, Regina Lara Silveira; Reuter, Edson; Lowchiovscy, Thalis; Dias, AndreiaO crescimento carece de uma pedagogia, e educar é ao mesmo tempo algo de muito antigo, e de muito diferente. Neste ensejo, assinalam-se dois polos: o professor, os alunos. Mas a educação faz-se num contexto social, cultural, tecnológico, ambiental. Sobre isto conhecem-se alguns pontos de fixação que tornam a educação mais consequente e humanista. A Matéria-Prima, na Educação Artística, é exatamente o que parece: os materiais à espera de serem utilizados, os processos experimentados, as vivências significadas e sentidas. O professor de artes tem uma grande possibilidade de diferença.
- Matéria-Prima, vol.4, nº2 (Mai./Ago. 2016)Publication . Queiroz, João; Calado, Margarida; Pessanha, Ana Maria Araújo; Leal, Alda Maria Encarnação Rodrigues; Barbosa Moreira, Francisco Edilberto; Vitelli, Celso; Frazão, Carla Maria Reis Vieira; Frade, Marta; Marques, Carla Maria Costa Ângelo Metello; Gil, Carla Marina Fernandes; Delgado, Mariana; Barbosa De Oliveira, Mariza; Monego, Sónia; Contino, Susana; Martelli, Susana; Barbera, Flávia; Vieira, Mariana Perry da Câmara; Rito, Cristina Luísa Miranda; Burset, Silvia; Bosch, Emma; Duarte, Luísa; Albuquerque, Isabel; Barros, Luísa Cristina Dauphinet; Morán, Margarida Paula Botelho AlexandreA educação artística passa por circunstâncias paradoxais, que se originam na sua essencialidade plástica: o desenho cada vez é menos praticado no papel e cada vez é mais praticado no ecrã. A experiência plástica do corpo a corpo, da “afinidade” através da convenientia, da aemulatio, da analogia, e das simpatias (Foucault), pode já ser cada vez mais reduzida, ou mesmo residual. Hoje a experiência digital antecede a experiência analógica desde a mais tenra idade, e este é um novo contexto que nos mostra águas desconhecidas. Haverá uma “fraqueza analógica” contemporânea? Como fundar uma experiência quando o digital já quase antecede o analógico, na educação e no desenvolvimento da criança?Como compreender o desconhecido com base no desconhecido? Diga-se, no mínimo, que em Educação Artística, a Matéria-Prima complicou-se. Os 18 artigos aqui presentes dão um contributo vivo para uma reflexão, tanto sobre a sua operacionalização como sobre a sua concetualização, atenta às contradições e paradoxos, disponível para os novos contributos, as novas intervenções.