FL - CEComp - Livros e Capítulos de Livros
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- A 1ª República na intervenção sonâmbula de José Gomes FerreiraPublication . Carmo, Carina Infante doReveladora de uma forte consciência histórica, a obra autobiográfica de José Gomes Ferreira (1900-1985) elege I República como matriz do século XX português, consciente de que lhe cabe sobretudo escrever «para a eternidade efémera da História dos Momentos Ignorados». Em A Memória das Palavras (1965) e Revolução Necessária (1975), é particularmente notória a forma como situa a raiz do fascínio revolucionário no espaço nacional e lisboeta da sua aprendizagem infantil, em detrimento do exemplo mais previsível, a Revolução Russa de 1917. Dessa forma assume a filiação jacobina das barricadas, sedimentada nas leituras literárias do romantismo social e na admiração pelo pai, que foi político republicano e maçónico empenhado.
- Acariciar a mais longínqua das estrelas: contributos para uma poética háptica em Eugénio de AndradePublication . Soeiro, Ricardo GilMúsico da palavra, artesão de sílabas depuradas até ao “sangue dos espelhos”, Eugénio de Andrade fitou o coração do sol e regressou, incólume, para declamar o nosso sobressalto. Estelar e extática, rugosa como as mãos que a fizeram nascer, a leveza do labor de Eugénio sempre se alimentou de uma contínua decantação, cerzindo ávidos versos de uma rara beleza. Como se, de súbito, o mundo nascesse pela primeira vez. É para esse horizonte messiânico, dédalo de perpétuo rejuvenescimento ontológico e renovação do canto, que aponta a magistral Música mirabilis eugeniana: “Talvez a ternura/crepite no pulso,/talvez o vento/súbito se levante,/talvez a palavra/atinja o seu cume,/talvez um segredo/chegue ainda a tempo//– e desperte o lume.”
- Afrodite no Labirinto – Ecos clássicos em poemas de Irene LisboaPublication . Barbosa, SaraVários são os textos de Irene Lisboa (1892-1958) que fazem eco de uma apropriação de mitos, símbolos e personagens ligados às culturas da antiguidade clássica e os aproximam de uma tradição que se desloca, se desfaz e se refaz, revelando a sua dúctil vitalidade. Através da leitura de alguns poemas, pretende-se dar conta do modo como esta autora modernista, inovadora tanto a nível formal como temático, representou o seu conhecimento da tradição greco-latina. Seleccionam-se textos que ilustram o devir heraclitiano, revelam a tradução de mitos como o de Sísifo ou de Narciso e desenvolvem uma reflexão a partir da estátua de Afrodite, de Praxíteles. Deseja-se, assim, contribuir para o conhecimento da permanência e expressividade de elementos da cultura clássica no imaginário de autores modernos e contemporâneos.
- Ângelo de Lima: obra reunidaPublication . Lima, Ângelo de, 1872-1921; Braga, Duarte Drumond; Lopo, RuiEm nome de Ângelo de Lima, este volume apresenta agora, pela primeira vez, todos os poemas que Fernando Guimarães em 1971 já coligira, mas também as diversas versões que se conhecem, tal como o seu autor as lavrou. As cartas familiares já conhecidas e outras, a sua colaboração na imprensa como cronista e ilustrador e ainda um inclassificável inédito em prosa – registo que não se sabia ter sido por Lima cultivado – além de muitas outras produções artísticas inéditas, traduções e ilustrações a carvão encontradas num seu exemplar de La Légende des Siécles, de Vítor Hugo, ou um conjunto de desenhos em preito a Camões destinados a um concurso público de estampilhas comemorativas do Centenário da Índia. Além disso, compulsam-se os decisivos processos escolar, militar, judicial e clínico que esclarecem as complexas tribulações sociais a que Ângelo foi sujeito. Recupera-se também um largo conjunto de textos testemunhais, memoriais e críticos que dão conta do modo como o Poeta foi sendo integrado na Cultura Portuguesa Contemporânea por autores tão diversos como Fernando Pessoa e Albino Forjaz Sampaio, incluindo um estudo psiquiátrico inédito de António Lobo Antunes e Inês Dias. Este poemário e acervo documental é acompanhado por um exercício de compreensão de Ângelo de Lima feito por Duarte Drumond Braga e Rui Lopo.
- AntiexotismoPublication . Machado, Everton V.
- António Patrício: Versos incompletos (ou, melhor, cenas incompletas)Publication . Reis, Amândio
- Artes de amar no feminino – Em torno do sucesso de Namorados (1921), de Virgínia VictorinoPublication . Barbosa, SaraPartindo da leitura dos sonetos que constituem a primeira colectânea editada em 1921 por Virgínia Victorino (1895-1967), Namorados, tenta-se investigar a recepção da obra e construir hipóteses justificativas do seu estrondoso sucesso. Neste sentido, observam-se as representações da mulher e do amor que a poesia de Victorino oferece e as diversas possibilidades de leitura.
- Aurélien d’Aragon ou le masque de la mortePublication . Basílio, Kelly
- Autopsie d'une littérature: Le portugais des écrivains goanaisPublication . Machado, Everton V.O concanim, a língua nativa de Goa, sobreviveu após a partida dos pornrgueses em 1961, e os seus escritores sempre tiveram dificuldade em constituir um campo literário próprio, tendo as suas obras sido produzidas à margem da literatura portuguesa. Uma outra razão para a morte da chamada literarura “indo-portuguesa”, prometida para breve, estaria (para além do fato, evidentemente, do número bastante reduzido de luso-falantes, mesmo no tempo da presença colonial de Portugal) na incapacidade de seus escritores em realizar uma literatura indubitavelmente local a partir dos aspectos lá tomados pela língua portuguesa. Ao contrário do que ocorrera no Brasil e na Africa lusófona, esses escritores nunca se preocuparam em promover uma verdadeira "descolonização literária', preferindo, antes, prolongar o culto do português metropolitano, com exceção talvez de um Francisco João da Costa (1864-1901), o autor de Jacob e Dulce (1896). Romance imperfeito (mas saborosa e divertida crítica de costumes), esta obra nos apresenta uma sátira da média-burguesia da Goa católica e portuguesa, muito servil para com a Europa. Mas o ponto forte deste livro - em todo caso, para o que aqui nos interessa - é que o seu autor emprega vocábulos e construções do português dialetal, um exemplo que poderia ter sido seguido pelos outros escritores com o objetivo de construir uma literatura verdadeiramente original e intrinsecamente goesa do ponto de vista da mestiçagem cultural.
