FL - Dissertações de Mestrado
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Browsing FL - Dissertações de Mestrado by Field of Science and Technology (FOS) "Arqueologia"
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- O 4º e o 3º milénio a.n.e. sítio da Ota (Alenquer) : perscrutando por entre colecções antigas e projectos recentesPublication . Lopes, André Texugo; Sousa, Ana CatarinaA Ota tem sido, recorrentemente, integrada em mapas, em discursos e dados empíricos sobre as mais diversas temáticas, em muito devido à sua larga diacronia de ocupação - Neolítico Final ao Período Islâmico – essencialmente baseada no espólio do “Castro” de Ota, em depósito no Museu Hipólito Cabaço (Alenquer). Este foi integralmente apresentado em 1956, por Ernani Barbosa num artigo expositivo, funcionando, ainda nos dias de hoje, como base ilustrativa do espólio existente. O estudo presente nesta dissertação conjuga as duas realidades disponíveis até à data, a coleção do Museu e o resultado do projecto COTA – Canhão Cársico de Ota – procurando o seu enquadramento sociocultural e cronológico. O vazio de conhecimento existente sobre as estruturas e espaços do sítio, em toda a diacronia, tornou de extrema utilidade esta abordagem, procurando compreender, e relacionar, a paisagem antrópica dos períodos Neolítico/Calcolítico, com a “Macro” Região da Estremadura Portuguesa e com a região imediata perfilada pela bacia hidrográfica dos rios de Alenquer, Grande da Pipa e Ota, que partilham a mesma base geológica – Jurássico “Lusitaniano”. Apesar da fragilidade resultante da ausência de contextos, a procura de paralelos com os sítios mais reconhecidos, em áreas limítrofes, permitiu o estabelecimento de uma caracterização cronológica relativa e genérica dos materiais arqueológicos. A sua análise seguiu muitas das propostas de outros autores, ainda que se tenha procurado desenvolver alguns aspectos em particular, gerando interpretações e justificações preparadas para lidar, em alguns casos, com possíveis adaptações locais. O arqueossítio da Ota terá sido, acreditamos nós, em finais do IV milénio e nos séculos seguintes do III, vivenciado mais intensamente por um conjunto de comunidades, cuja tipologia de ocupação do espaço, ainda se encontra por determinar, em especial porque pode ganhar ritmos diferenciados consoante a cronologia. Ainda que, segundo os dados disponíveis, as actividades agrícolas e florestais se encontrem, minimamente, fundamentadas, em associação ao elevado número de elementos de tear que poderão, também, suportar uma possível ocupação enquanto povoado, do local em estudo. Simultaneamente, as comunidades revelam a manutenção de contactos inter-regionais, lidos através de algumas matérias-primas encontradas, quer seja devido a um intenso grau de mobilidade ou relacionado com redes de troca. Esta influência encontra-se registada em materiais como o anfibolito, os metais, o xisto e algumas tipologias cerâmicas. É certo que esta abordagem careça de um estudo futuro de proveniências, a fim de alargar o conhecimento acerca das matériasprimas em questão, ainda assim parecem-nos bons pontos de partida. A Ota representa assim, mais do que um regresso a um sítio clássico, um regresso à Estremadura Portuguesa, que carece de novas visões, dados, abordagens e preconceitos.
- Ânforas da Idade do Ferro na Quinta do Almaraz (Almada)Publication . Olaio, Ana Catarina Saltão; Arruda, Ana MargaridaAs ânforas assumem-se como uma categoria cerâmica de enorme relevância no âmbito da caracterização das dinâmicas comerciais dos povoados. Face ao recente avanço no estudo destes recipientes na área do estuário do Tejo, a abordagem ao conjunto da Quinta do Almaraz (Almada), povoado estrategicamente localizado na foz daquele rio, tornava-se indispensável. Por ser um conjunto amplo, onde estão representados a maioria dos tipos que presumivelmente se produziram no estuário do Tejo durante o 1º milénio a.n.e., o seu estudo permitiu contribuir para a definição cronológica desta produção e simultaneamente evidenciar as particularidades que marcaram a evolução dos recipientes anfóricos na área. Possibilitou ainda uma análise à cronologia de Almaraz, bem como compreender a dinâmica interna do povoado ao longo da Idade do Ferro.
- Carta arqueológica do concelho de Arruda dos VinhosPublication . Lopes, Jorge Eduardo Moreira Castilho Ferreira; Alves, Ana Catarina de FreitasO presente trabalho constitui-se como uma proposta de Carta Arqueológica do Concelho de Arruda dos Vinhos, abrangendo a ampla diacronia de ocupação do território. Nele se apresenta uma análise sobre o território e respetivo povoamento, resultante da compilação e revisão da informação sobre o património já conhecida e publicada, bem como a identificação/relocalização e caracterização de novos sítios arqueológicos. O inventário aqui proposto resulta da conjugação de várias fases e trabalhos decorrentes da investigação arqueológica: a investigação prévia em função das referências documentais, bibliográficas, toponímicas e orais que indiciavam a presença de eventuais ocorrências arqueológicas, os trabalhos de prospeção de superfície e o trabalho de criação de base de dados. Apesar dos escassos dados obtidos, e tendo em conta a lacuna histórica de informação arqueológica deste território, esta sistematização da informação, permite aprofundamento do conhecimento do património arqueológico deste concelho - ainda que de forma ténue, contribui para o conhecimento de ocupação antiga na Península de Lisboa - e, possibilita uma melhor preservação, salvaguarda, promoção e valorização do mesmo. Assume-se também, como sendo um importante contributo para a gestão do território municipal. Para além da reflexão teórica, a realização do projeto Carta Arqueológica de Arruda dos Vinhos, proporcionou a experiência prática de aproximação da comunidade, nomeadamente os jovens, às questões de salvaguarda e valorização do património cultural local, conjugando o trabalho de campo e o tratamento dos dados.
- A cerâmica de cozinha africana de Monte Molião: Monte Molião, LagosPublication . Pereira, Álvaro Paulo Alves; Arruda, Ana MargaridaMonte Molião fica situado na margem esquerda do estuário da Ribeira de Bensafrim, em Lagos. Teve uma ocupação pré-romana, tendo sido densamente povoado durante toda a época romana. Neste trabalho, analisam-se os fragmentos de cerâmica de cozinha africana recolhidos no sítio, em escavações arqueológicas. O conjunto engloba 2005 fragmentos classificaveis, no entanto, apenas 1767 foram passíveis de tipificação (de acordo com as propostas de Tortorella, Hayes e M. Bonifay), tendo sido analisados também de acordo com a sua posição estratigráfica, o que permitiu retirar informação sobre a sua cronologia absoluta e integração nas diferentes fases de ocupação romana do sítio. Todos foram também abordados do ponto de vista do fabrico, concretamente no que se refere à cor e à estrutura física da pasta, numa tentativa de aproximação aos centros produtores. 161 exemplares, considerados representativos do conjunto, foram desenhados e tintados. O circuito da cerâmica de cozinha africana no sul de Portugal foi proposto com base nos dados do sítio de Lagos, mas também com outros provenientes de distintos locais algarvios, tendo-se concluído que aqueles em que esta cerâmica se tinha registado eram litorais ou facilmente acessíveis por rio.
- A cerâmica islâmica de Alcariais dos Guerreiros de Cima (Almodôvar)Publication . Silva, Sara Ruela Garrido da; Viegas, CatarinaO sítio dos Alcariais dos Guerreiros de Cima foi objecto de escavação em 2001 pela equipa da empresa Era-Arqueologia, tendo sido anteriormente intervencionada no contexto de uma acção de arqueologia de contrato, com vista à minimização do impacto da construção da auto-estrada A2 no património arqueológico. Esta escavação colocou a descoberto um conjunto de casas islâmicas rurais e respectivos materiais. O objectivo desta dissertação foi em primeiro lugar estudar os materiais cerâmicos do Edifício 5, que correspondia à estrutura mais interessante a nível arquitectónico, realizando-se, em simultâneo, uma pequena abordagem às restantes construções presentes neste sítio. Os Guerreiros situam-se no Baixo Alentejo, em Gomes Aires (Almodôvar), sendo a sua localização relevante na organização do território do Garb al-Andalus e das vias de comunicação entre os vários assentamentos rurais e cidades.
- A gruta artificial das Lapas (Torres Novas) : contributo para o conhecimento das práticas funerárias dos 4º e 3º milénio a.n.e. na Estremadura PortuguesaPublication . Vagueiro, Cátia Saque Delicado Olivares; Sousa, Ana Catarina de Freitas Alves Bravo deO presente trabalho tem como objectivo a análise dos materiais recolhidos durante as escavações do hipogeu das Lapas, enquadrando o local no panorama das práticas funerárias do 4º e 3º milénio a.n.e. Procurou-se ainda reconstituir a estrutura funerária de onde provieram restos osteológicos humanos e diversos artefactos. No caso de escavações antigas, como é o caso do hipogeu das Lapas, o recurso aos cadernos de campo e fotografias do arquivo pessoal de Manuel Heleno, tornaram-se essenciais. O hipogeu das Lapas foi escavado entre Junho e Setembro de 1935, em Torres Novas, na pequena freguesia de Lapas. Primeiro pelo Padre E. Jalhay e depois por Manuel Heleno. Do sepulcro foram exumados seis indivíduos, determinados pelo estudo antropológico realizado. O conjunto artefactual conta com cerca de 400 elementos. Estão assim presentes na indústria de pedra lascada, lâminas (elaboradas sobre as técnicas de pressão e percussão), lamelas, geométricos, uma alabarda e punhais em sílex. Em pedra polida surge a presença de enxós, machados, um formão, um escopro e uma goiva de pequenas dimensões. Relativamente aos elementos de adorno, este é um conjunto vasto, constituído por mais de 200 contas. Existem no conjunto contas de colar elaboradas sobre concha, azeviche, calcite e calcário detrítico, que demonstram a existência de contactos com áreas costeiras e conhecimento do ambiente regional onde a necrópole se insere. Os artefactos votivos representados por placas de xisto e grés, enxó encabada em calcário e figuras de lagomorfos testemunham contactos com o Alentejo e Estremadura. Estão presentes dois vasos hemisféricos e dois elípticos. A fraca ocorrência cerâmica encontra paralelos com os hipogeus Alentejanos. O motivo desta ausência ainda necessita de ser compreendido.
- L' insieme di monete di Monte Molião: o conjunto numismático de Monte MoliãoPublication . Muccioli, Giovanni; Arruda, Ana Margarida; Ruivo, José da SilvaDurante as cinco campanhas de escavação realizadas entre 2006 e 2011 em Monte Molião (Lagos), no âmbito de um projecto arqueológico plurianual dirigido pela Universidade de Lisboa, a Uniarq (Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa) e a Câmara Municipal de Lagos, foram recuperadas 44 moedas de época romana, das quais cinco eram inclassificáveis. O estudo comparado da evolução estratigráfica de Monte Molião, associado à análise das evidências numismáticas, permitiu seguir a evolução histórica do sítio algarvio durante duas das suas fases mais importantes: o período romano republicano e a época imperial. À fase romana mais antiga, enquadrada entre o final do século II e início do I a.C., encontram-se associados 19 moedas de bronze e chumbo. A maior parte destas moedas correspondem a cunhagens de chumbo de origem algarvia; seguem-se em ordem de importância percentual outras cunhagens peninsulares, enquanto que os numismas provenientes directamente de Roma, representados por uma única moeda, são minoritários. A fase romana imperial, que no sítio abraça sobretudo o século I e II d.C., está representada por 20 moendas de bronze, que por sua vez se enquadram num arco cronológico que se estende entre o reinado de Augusto e o de Marco Aurélio. Neste grupo de bronzes imperiais é de destacar uma certa importância das cunhagens provinciais. A análise integrada do conjunto de moedas de Monte Molião permitiu discutir uma série de problemáticas relativas à realidade numismática romana-republicana e imperial do sul peninsular e, em particular, da costa algarvia.
- Moreiros 2 (Arronches) : as leituras possíveis dos fossos interioresPublication . Peace, Richard Andrew Veríssimo; Sousa, Ana Catarina; Boaventura, RuiO presente trabalho tem como objetivo estudar os recipientes provenientes das intervenções de 1998 e 1999 em Moreiros 2, um sítio de fossos em Arronches, no Nordeste Alentejano. Pretende-se abordar os mesmos de um ponto de vista ligado à tipologia e à forma e enquadra-los culturalmente e cronologicamente no âmbito do tema dos recintos de fossos e da pré-história recente do Sudoeste da Península Ibérica. Com este propósito serão feitas comparações entre os resultados das análises do sítio em si e outros sítios cujas características permitam uma certa base de comparação. Será também efetuada uma tentativa de relacionar os dados com as características do sítio em si, avançando propostas para o seu faseamento.
- Necrópole romana do Porto dos Cacos, Alcochete-PortugalPublication . Monteiro, José Luís de Negreiros; Fabião, CarlosA necrópole romana do Porto dos Cacos (CNS S-4143) situa-se na herdade de Rio Frio, concelho de Alcochete. O sítio arqueológico foi descoberto em 1984 tendo decorrido seis campanhas de escavação, entre 1985 e 1990, durante as quais se identificou uma olaria que, durante cerca de quatro séculos produziu maioritariamente ânforas mas também cerâmica comum. A necrópole foi identificada em 1987, num cabeço anexo à olaria, confirmando a presença de uma população ali estabelecida de modo permanente. Após a sua detecção e até 1990 quando, por diversas razões, se optou pela interrupção dos trabalhos de campo, tinham sido identificadas 37 sepulturas de distintos tipos, correspondentes exclusivamente ao ritual funerário de inumação. Destas, apenas foram escavadas 26, de cujo estudo, tanto da tipologia construtiva como do mobiliário funerário, resultou o presente trabalho. Esta necrópole, ou a fracção que dela se conhece na actualidade, ilustra parte da diacronia de ocupação deste território, entre os séculos IV e V da nossa Era. Outros vestígios apontam para uma continuidade de ocupação deste espaço até ao século VIII.
- O sítio do Monte da Laje (Salvador, Serpa): fossas e fossos na transição do 4º para o 3º milénio A.N.E. na Bacia Média do GuadianaPublication . Monteiro, Nuno Miguel Freitas; Sousa, Ana CatarinaO projecto de dissertação de mestrado tem como intuito o estudo do sítio pré-histórico do Monte da Laje, localizado na freguesia de Salvador, concelho de Serpa, distrito de Beja. Os trabalhos arqueológicos foram dirigidos por Lídia Baptista, da empresa História & Tempus, Lda. no âmbito do Sistema Global de Rega Alqueva, que cedeu o espólio para estudo. A intervenção arqueológica, iniciada a 23 de Outubro de 2009, permitiu identificar 25 estruturas negativas, numa área total de 120.37 m2, das quais apenas foram escavadas 23 de onde foi recolhido espólio composto por fragmentos de recipientes cerâmicos, artefactos cerâmicos, líticos e fauna. Tratam-se de um conjunto de estruturas negativas de perfis variados, com cronologias do Neolítico final e Calcolítico inicial e pleno e Idade do Ferro: treze sondagens foram interpretadas como sendo do 3º milénio a.n.e., apresentando planta semi-circular e circular; cinco fossas são estruturas em negativo tipo “valado”, apresentando uma planta sub-rectangular; destaca-se uma estrutura em negativo de planta tipo “osso”; e por último, uma estrutura em negativo de planta sub-rectangular com uma inumação individual (Idade do Ferro). Saliente-se que apenas será estudado todo o espólio exumado das fossas que foi balizado no 3º milénio a.n.e. A partir do espólio, tendo em conta o estudo tipológico e funcional da cultura material, consubstanciado pelo estudo da morfologia da ocupação, verificaremos o grau de dispersão dos materiais nas estruturas negativas, cujos materiais se encontram contextualizados pela sequência estratigráfica das mesmas. Por sua vez, permitir-nos-á inserir este sítio na realidade dos sítios de fossos existentes no seu entorno. Os sítios de fossos correspondem a uma realidade, que nas últimas duas décadas se veio tornando cada vez mais num novo modelo de povoamento para a região do Sul de Portugal da transição do 4º para o 3º milénio a.n.e. Apesar do elevado número de sítios de fossos identificados no concelho de Serpa, poucos foram alvo de estudos de espólio, razão pela qual se distingue estudo do Monte da Laje. Trataremos de ver respondidas algumas questões tais como: Qual a relação das estruturas negativas do tipo fossa com as do tipo fosso? Será que este sítio teve uma ocupação de longa ou curta duração? Quais os indicadores da existência de espaços domésticos? Que relação têm estas estruturas com o espaço habitacional? Como se insere na rede de povoamento da transição do 4º para o 3º milénio a.n.e. no concelho de Serpa?