DC - Teses de Mestrado
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- Ex vivo evaluation of povidone-iodine and heat for presurgical disinfection of the equine hoofPublication . Correia, José Pedro Portásio; Lamas, Luís Ressano Garcia PardonThis experimental study evaluated the effectiveness of a two-step presurgical disinfection protocol in equine cadaveric hooves, combining povidone-iodine (PI) and heat application. Samples were collected from the hoof wall (HW), sole (S) and frog (F) at three time points: baseline (T0), after PI disinfection (T1), and after surface heat application (T2). Temperature at the distal phalanx was controlled using a probe thermometer. Bacterial loads were quantified as colony-forming units per gram of tissue (CFU/g). Statistical analyses included Friedman tests, Wilcoxon signed-rank tests and linear mixed-effects modelling. PI significantly reduced HW contamination between T0 and T1 (p < 0.001) but had a limited impact on the S (p = 0.142) and F (p = 0.408). Heat application significantly reduced bacterial loads in the S and F between T1 and T2 (both p < 0.001), with no additional effect in the HW (p = 0.220). By T2, adjusted mean CFU/g ranged from 101.17 to 104.08 across all sites. Final temperature measurements remained within safe limits (mean = 25.7 °C; range 17.0 – 39.2 °C). The sequential PI and heat application were more effective than previous methods, highlighting the potential of heat as an adjunct to equine hoof surgical site preparation
- Doença hemorrágica epizoótica (DHE) : caracterização do surto ocorrido em Portugal entre 2023 e 2025 sob a perspetiva de uma amostra de produtores e médicos-veterináriosPublication . Borralho, Ana Raquel Branco; Stilwell, George Thomas; Costa, José Miguel Leal da (Tutor)A Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE) é uma arbovirose emergente de impacto crescente em ruminantes domésticos e selvagens, causada pelo Vírus da Doença Hemorrágica Epizoótica (EHDV) e transmitida por vetores do género Culicoides. O surgimento da DHE em Portugal, em 2023, motivou o presente estudo, cujo objetivo é caracterizar epidemiologicamente e clinicamente o surto ocorrido. O estudo baseou-se na aplicação de inquéritos a produtores de bovinos e médicos veterinários (MV) portugueses, tendo-se obtido 43 e 40 respostas, respetivamente. O questionário desenvolvido incluiu questões sobre os sinais clínicos observados, o diagnóstico, o tratamento sintomático, as medidas de prevenção, o impacto do surto e as atitudes e crenças dos produtores face ao tratamento e vacinação da DHE. Foram descritos, inclusive, relatos subjetivos relativos à utilização do MultiSolfen® no tratamento de DHE. Os resultados evidenciaram uma elevada morbilidade e reduzida letalidade nas explorações afetadas, particularmente em bovinos de carne e nas regiões do Alentejo e do Algarve. A maioria dos inquiridos relatou sinais clínicos compatíveis com as formas aguda e crónica da doença, destacando-se as lesões ulcerativas, a claudicação e a sialorreia. Contudo, menos de metade dos casos suspeitos foram confirmados laboratorialmente devido a constrangimentos financeiros. O tratamento adotado foi predominantemente sintomático, sendo que as substâncias ativas Oxitetraciclina, Meloxicam e Carprofeno foram consideradas as mais eficazes no controlo dos sinais clínicos pelos MV. Em termos de impacto da doença, o surto foi descrito como prejudicial à produção animal, com realce para as consequências económicas e sequelas verificadas em animais anteriormente afetados pela DHE. Quanto à profilaxia, verificou-se uma aceitação moderada da vacinação, sendo o custo da vacina por animal um fator preponderante para os produtores. Este trabalho contribui para a compreensão multidimensional da DHE em Portugal, reforçando a importância de uma abordagem integrada que combine vigilância epidemiológica, educação contínua dos agentes envolvidos e ferramentas preventivas como as vacinas
- Efeito do laser terapêutico classe IV no processo da cicatrização de feridas pós-cirúrgicas em Canis familiaris e Felis catus : estudo preliminarPublication . Lopes, Ana Rita Claro; Carreira, Luís Miguel Alves; Azevedo, Pedro Ricardo Almeida SantosO presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos terapêuticos do LASER Terapêutico de classe IV no processo de cicatrização de feridas cirúrgicas em cão e gato. Foram incluídos 49 animais (N = 49), sendo 25 cães e 24 gatos, de ambos os géneros, e de diferentes faixas etárias. Utilizou-se um modelo experimental intraindividual do tipo split-wound, no qual a metade cranial/proximal da incisão cirúrgica recebeu aplicação de LASER (CL) e a metade caudal/distal não recebeu qualquer tipo de fototerapia (controlo – SL), isolando a aplicação do LASER como variável independente. O protocolo terapêutico adotado variava consoante a área incisional a ser irradiada apesar emitir sempre as frequências de 1, 2, 10 e 25 kHz. A cicatrização foi avaliada com base numa escala validada que considerou seis parâmetros cutâneos: espessura, coloração, hematoma, temperatura, elasticidade e fluídos. As avaliações realizaram-se em três momentos diferentes: T0 (pós-operatório imediato), T1 (48 horas pós-cirurgia) e T2 (8 dias pós-cirurgia). Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) em todos os parâmetros na área tratada com LASER (CL), indicando efeitos positivos no controlo da inflamação, revascularização, reorganização da matriz extracelular e da viabilidade celular. Tais efeitos são atribuídos à ação do LASER na cadeia mitocondrial e na modulação de citocinas e de fatores de crescimento. Não foram observadas diferenças significativas entre espécies, géneros, idades ou condição corporal, sugerindo uma resposta fisiológica uniforme. Os resultados obtidos sugerem que a técnica de fotobiomodulação com LASER Terapêutico de classe IV é eficaz, consistente, não invasiva e promissora na cicatrização de feridas cirúrgicas no cão e no gato
- Estudo retrospetivo sobre o papel da patologia cutânea como fator de prognóstico em doentes com mastocitomaPublication . Félix, Eduarda Maria Silva; Carreira, Luís Miguel Alves; Pereira, Elsa Maria Rodrigo, (Tutora)O mastocitoma cutâneo é um dos tumores malignos mais frequentes em canídeos. Apresenta um comportamento biológico complexo e a sua etiologia não é totalmente compreendida. O objetivo deste estudo foi investigar se a presença de doença dermatológica prévia influencia o prognóstico de doentes com mastocitoma, estudando a sua possível correlação com o grau histológico, a metastização e a sobrevida. A análise envolveu 33 cães com diagnóstico definitivo de mastocitoma cutâneo por análise histopatológica. A amostra foi dividida em 2 grupos de comparação: canídeos com história clínica dermatológica (n=16) e sem história clínica dermatológica (n=17). Foi ainda avaliada a perspetiva dos tutores dos doentes em estudo quanto a sinais sugestivos de dermatite atópica, tais como prurido e eritema, através da realização de um inquérito, com vista à identificação de um eventual subgrupo com doença dermatológica por diagnosticar. Com recurso ao teste exato de Fisher, foi avaliada a associação entre a história clínica dermatológica e a idade ao diagnóstico de mastocitoma (p=0,362) e o grau de Kiupel (p=0,699). Não foi demonstrada uma associação estatisticamente significativa entre a história dermatológica pregressa e o grau histológico do mastocitoma (p>0,05). A análise da associação entre os resultados do inquérito e o grau de Kiupel também não apresentou resultados estatisticamente significativos (p>0,05)
- Uso de analgésicos e antibióticos em ovariohisterectomias eletivas de cadelas e gatas pelos médicos veterinários portuguesesPublication . Melgás, Beatriz Araújo; Alves, Ana Clotilde de Oliveira Teixeira; Dias, Graça Maria Leitão FerreiraA escolha de fármacos analgésicos e antibióticos em ovariohisterectomias de cadelas e gatas pelos Médicos Veterinários portugueses é um tema pouco documentado. A diversidade de fármacos disponíveis permite múltiplas associações analgésicas, tornando importante a análise das práticas adotadas. Este estudo teve como objetivos descrever os protocolos analgésicos e antibióticos utilizados em ovariohisterectomias eletivas de cadelas e gatas, verificar a sua conformidade com as diretrizes mais recentes e identificar potenciais lacunas na prática clínica. Para tal, foi conduzido um inquérito disponibilizado por via informática, respondido por 134 Médicos Veterinários, abrangendo questões sobre analgesia, antibioterapia e perfil sociodemográfico e técnico-científico dos participantes. Os resultados revelaram uma diversidade considerável nos protocolos analgésicos, com tendência predominante para abordagens preventivas e multimodais. Os opioides e os agonistas α-2 adrenérgicos são amplamente utilizados na fase pré-cirúrgica, enquanto os anti-inflamatórios não esteróides predominam no período pós-cirúrgico. Observou-se, contudo, uma subutilização de analgesia intra-cirúrgica, com 37,9% (44/116) dos Médicos Veterinários a não administrar qualquer fármaco analgésico em cadelas e 53,2% (67/126) em gatas. Em relação à antibioterapia, 58,2% (78/134) dos Médicos Veterinários administra antibióticos em cadelas e 56,7% (76/134) em gatas. O protocolo mais adotado (46%, 36/78 em cadelas e 35/76 em gatas) consistiu na administração em dois momentos: pré e pós cirúrgico, destacando-se o uso de amoxicilina associado ao ácido clavulânico. A prescrição profilática de antibióticos apresentou associações estatisticamente significativas (P < 0,05) com o género do Médico Veterinário, a realização de formação adicional em cirurgia, a atuação em outras áreas da Medicina Veterinária além da clínica de pequenos animais e a duração das cirurgias em gatas, conforme demonstrado por testes de associação e modelos de regressão logística. Conclui-se que, embora se reconheçam esforços para práticas baseadas em evidências científicas, persistem lacunas na uniformidade dos protocolos e na aplicação das recomendações. Incentiva-se a formação contínua e a sensibilização para o uso adequado e racional dos fármacos analgésicos e antibióticos, de modo a contribuir para a evolução dos cuidados Médico-Veterinários peri-cirúrgicos em Portugal
- Idade à ovariohisterectomia e o desenvolvimento de neoplasias malignas não reprodutivas em cadelasPublication . Carreira, Olívia Catarina Duarte; Vicente, Gonçalo Eduardo Vítor; Mateus, Luísa Maria Freire LealEm 2019, a ovariohisterectomia e a orquiectomia eram as cirurgias mais frequentes em cães, com vantagens no controlo populacional, na gestão de diversos comportamentos caninos, na prevenção de doenças do aparelho reprodutor e de neoplasias mamárias. No entanto, a gonadectomia tem vindo a ser associada a um vasto conjunto de problemas. São exemplos disso os riscos da cirurgia em si e de possíveis complicações pós-cirúrgicas, a obesidade, bem como afeções do trato urinário, endócrinas, ortopédicas e imunitárias. Além disso, tem vindo a ser associada ao aparecimento de determinadas neoplasias, tais como tumores prostáticos, mastocitoma, hemangiossarcoma, linfoma, osteossarcoma e carcinoma do urotélio. As alterações endócrinas precipitadas pela remoção das gónadas poderão influenciar a dimensão dos problemas associados, dependendo da idade na qual é realizada a cirurgia. Assim, este trabalho teve como objetivo principal verificar se a ovariohisterectomia (OVH) e a idade na qual é feita poderá estar associada, de forma transversal, ao desenvolvimento de neoplasias malignas não reprodutivas (dos órgãos reprodutivos e mamárias), em cadelas. Este estudo retrospetivo de caso-controlo emparelhado, incluiu 64 casos e 64 controlos, com dados obtidos de relatórios de análise patológica e das plataformas de registo do Hospital Escolar Veterinário – Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Lisboa. Foi calculado o Odds Ratio usando a regressão linear condicional e o teste de McNemar. Numa amostra com 21 tipos histológicos de neoplasia e com 20 raças diferentes (incluindo sem raça definida), as cadelas esterilizadas apresentaram um risco 3 vezes superior (P<0,01) de desenvolver as neoplasias em estudo. Quando a OVH foi feita até aos 2 anos de idade, este risco foi 7 vezes superior (P<0,05) em relação às cadelas esterilizadas depois dos 2 anos e inteiras. Verificou-se também um aumento no risco de neoplasias hematopoiéticas e linfoides (mastocitomas e linfomas) com a esterilização até aos 2 anos de idade. Este estudo demonstra um impacto transversal da OVH, principalmente quando ocorre até aos 2 anos de idade, sobre as neoplasias investigadas, que poderá ir além das neoplasias com maior foco na literatura
- Avaliação do microbioma oral de coelhos (Oryctolagus cuniculus) com e sem doença dentáriaPublication . Almeida, Francisco Serra e Sousa; Reisinho, Ana Teresa Severino Caldeira; Oliveira, Maria Manuela Castilho Monteiro deAs doenças dentárias são frequentes em coelhos domésticos, podendo afetar cerca de 15% dos animais e comprometendo gravemente o seu bem-estar. Embora a microbiota bacteriana oral desta espécie já tenha sido descrita, as alterações do microbioma associadas à doença dentária permanecem pouco esclarecidas. Este estudo teve como objetivo caracterizar e comparar o microbioma oral do coelho doméstico através da sequenciação de terceira geração (Oxford Nanopore ®) do gene 16S rDNA. Foram analisadas amostras da mucosa oral de 27 animais, divididos equitativamente por três grupos: coelhos saudáveis (n=9), com doença dentária (n=9) e com abcesso dentário (n=9). Foi avaliada a diversidade microbiana (alfa e beta) e a composição taxonómica em cada grupo, identificando diferenças significativas associadas à presença de doença oral. Apesar das amostras de cada coelho doente apresentarem uma redução estatisticamente significativa da diversidade microbiana oral, a diversidade total de espécies bacterianas encontradas em todos os coelhos doentes combinados foi maior do que nos coelhos saudáveis. Esta aparente contradição foi explicada pela diversidade beta, que demonstrou que a composição da comunidade microbiana variou mais entre coelhos doentes do que entre coelhos saudáveis. Nos coelhos saudáveis predominaram os géneros Bibersteinia e Rodentibacter (20,25% e 13,05%, respetivamente), enquanto os coelhos com doença dentária apresentaram um microbioma dominado por bactérias oportunistas. Em particular, registou se um aumento marcado de Streptococcus (16,21%) e de anaeróbios estritos nos grupos com doença avançada, nomeadamente Porphyromonas (de 0,6% nos saudáveis para >7% nos doentes). Contudo, a presença de Streptococcus diminuiu acentuadamente nos casos de abcesso (2,51%). A análise de diversidade beta mostrou a ocorrência de perfis microbianos distintos entre grupos: os coelhos saudáveis exibiram microbiomas mais homogéneos entre si, ao passo que os animais com algum tipo de alteração dentária apresentaram maior heterogeneidade, evidenciando alterações na estrutura da comunidade microbiana associadas à progressão da doença. Estes resultados demonstram que a doença dentária em coelhos está associada a alterações significativas no microbioma oral e sugerem potenciais biomarcadores microbianos para o diagnóstico e intervenção terapêutica nas doenças dentárias em coelhos
- Feline chronic rhinitis versus feline nasal lymphoma : diagnostic issues and pitfallsPublication . Gaspar, Renata Malveiro; Leal, Rodolfo Assis Oliveira; Noiva, Rute Marina Garcia daThe clinical manifestations of chronic rhinitis (CR) and nasal lymphoma (NL) in cats are similar, and neither rhinoscopy nor computed tomography (CT) scans results are pathognomonic to one or another. Both are extremely prevalent in day-to-day practice, and the only methods to distinguish between them are nasal biopsies, histopathology and, in some cases, immunohistochemistry (IHC). In everyday practice, it can be particularly difficult to distinguish between CR and NL; this is partly due to similarities in the cell populations of biopsy specimens. Another contributor to the difficulties in diagnosis is the absence of pathognomonic findings in CT scans, many of which are linked to NL but overlap with those in CR. Although diagnostic imaging and histopathology are important for a prompt diagnosis, there are some commonly recognized pitfalls that compromise an accurate medical approach. The current study intends to review imaging, histopathology and IHC findings. It also aims to retrospectively revise final diagnoses, correlating with histopathology, IHC biomarkers (CD3, CD20, Pax5, STAT5, MLH1, MSH6) and outcome, as well as and retrospectively characterize cases pertaining to cats with nasal disease, between 2017 and 2022, for general data, signalment, age, and other pertinent data. 35 cases of cats with a final diagnosis of CR or NL diagnosis from the Veterinary Teaching Hospital (Faculty of Veterinary Medicine, University of Lisbon) were included in this study. Nasal discharge (28/35; 80%) was the most common clinical signs, followed up by sneezing (21/35; 60%). Regarding histopathology and IHC, these revealed to be useful in differentiating these conditions. CR cases demonstrated predominantly chronic inflammatory processes with milder structural alterations, while NL was characterized by more aggressive tissue destruction and a distinct lymphoid neoplastic profile. As for IHC, CD20/Pax5 and MLH1 antibodies showed potential for enhancing diagnostic accuracy (p=0.024 e p=0.001, respectively), and although not statistically significant, STAT5 and MSH6, showed potential in diagnostic NL as well (p=0.509 e p=0.051, respectively). These findings, besides helping determine a diagnosis, appear to be useful as prognostic factors; however, further studies are needed. Although preliminary, these results reveal that some of these markers, such as STAT5 and CD20, could be used to develop new therapeutic strategies in feline medicine
- Avaliação do uso de bedinvetmab no contexto clínico da sua utilização no maneio da dor associada a osteoartrite em cãesPublication . Silva, Daniela Guimarães; São Braz, Berta Maria Fernandes Ferreira; Oliveira, Bruno Alexandre Garcia (Tutor)A osteoartrite é uma doença degenerativa que provoca deterioração da cartilagem, instabilidade e dor articulares. O seu maneio médico é multimodal e inclui prevenção da progressão da doença, bem como gestão dos sinais clínicos. Esta doença está normalmente associada a diversos fatores de risco como a raça, peso, idade avançada, entre outros. Os principais objetivos deste estudo foram descrever o uso de bedinvetmab (Librela) enquanto fármaco de maneio da dor associada a osteoartrite em cães, bem como investigar possíveis efeitos adversos associados à sua administração. Pretendeu se ainda identificar as apresentações clínicas mais comuns que motivaram a recomendação desta terapêutica. Este estudo retrospetivo utilizou uma amostra de 36 cães, cujos resultados foram recolhidos fazendo recurso a um questionário preenchido pelos seus detentores. A maioria dos animais deste estudo eram animais de grande porte (n=21), esterilizados (n=24) e com mais de 8 anos de idade (n=30). Grande parte dos animais já tinha realizado outros tratamentos previamente ao início da terapêutica com bedinvetmab, e iniciaram o tratamento como alternativa para o maneio da dor após terem sido aconselhados pelo seu médico veterinário assistente. Os detentores mostraram-se em grande parte satisfeitos com os efeitos do bedinvetmab (n=24), e ainda com a sua tolerância, apesar de existirem alguns relatos de reações adversas nesta amostra (n=6), que contudo estão em linha com o descrito na bibliografia. Os resultados deste estudo, ainda que a amostra não seja extensa, indicam que o bedinvetmab é uma alternativa viável e segura para o tratamento da osteoartrite, principalmente em animais com comorbilidades ou que apresentem contraindicações para a realização de outras terapêuticas
- A utilização de gel de poliacrilamida 2,5% em cavalos com osteoartrite : 2 estudos de casoPublication . Silva, Guilherme António Cordeiro Canas da; Ave, Rodrigo Riba deA osteoartrite é a doença articular mais comum em seres humanos e animais, resultando em dor crónica e deficiência motora. Existem inúmeras formas de tratamento da osteoartrite, sendo o tratamento intra articular muito comum. Os fármacos mais utilizados são os corticosteroides, o ácido hialurónico e os glicosaminoglicanos polisulfatados. Mais recentemente surgiram terapêuticas regenerativas, com recurso, por exemplo, à utilização de soro autólogo condicionado, de plasma rico em plaquetas e de células estaminais. Contudo, nenhum tratamento apresenta efeito e eficácia prolongada. Na última década surgiu o gel de poliacrilamida 2,5% que se tornou uma terapêutica de grande interesse para a osteoartrite em cavalos e, inclusivamente, com resultados promissores em medicina humana. Este trabalho engloba dois estudos de caso em cavalos, em que foram feitas administrações intra-articulares de 1ml de gel de poliacrilamida 2,5% em duas quartelas e um boleto, após diagnóstico de osteoartrite. Foi realizada avaliação da claudicação 1 mês após a administração. Foi realizada segunda reavaliação 6 meses após o tratamento. Em um dos casos observou-se melhoria na claudicação ao primeiro mês, tendo o segundo caso evidenciado melhoria clínica aos 6 meses. Os nossos resultados sugerem que a administração intra-articular de gel de poliacrilamida 2,5% poderá ser um tratamento a ter em consideração em casos de osteoartrite em cavalos