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DHTAUD - Teses de Doutoramento / Ph. D. Thesis

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  • A influência da forma e da cor sobre os aspectos perceptivos da usabilidade e interação biomecânica em embalagens de água mineral
    Publication . Bonfim, Gabriel Henrique Cruz; Paschoarelli, Luís Carlos; Silva, Fernando José Carneiro Moreira da
    A interação ‘homem-objeto’ é um tema de grande interesse para a prática do Design e da Ergonomia, visto que trata tanto de aspectos físicos quanto de aspectos de percepção. O presente estudo teve por objetivo realizar uma avaliação com atividades simuladas para verificar se a forma e a cor das embalagens influenciam os aspectos perceptivos da usabilidade e a transmissão de força de preensão manual. Foram realizados seis experimentos envolvendo 120 sujeitos brasileiros e 120 sujeitos portugueses, igualmente divididos entre jovens, adultos e idosos; e entre homens e mulheres. Os procedimentos metodológicos foram fundamentados em raciocínio indutivo, caracterizados por um estudo transversal com experimentação laboratorial. Foram avaliadas 5 embalagens de água mineral 500ml no Brasil e outras 5 embalagens com características semelhantes em Portugal. Os resultados apontam que o dispêndio de maior tempo para realização de uma tarefa, nem sempre, implica em menor satisfação dos usuários. Os materiais mais rígidos foram relacionados a uma melhor qualidade dos produtos. A presença de cintura nas embalagens foi um fator positivo, no entanto ela não pode estar abaixo do centro. A tampa muito baixa esteve relacionada à maior dificuldade de uso. A eficiência dos idosos foi significativamente menor em todos os casos. Diferentes diâmetros não influenciam o ato de despejo, porém influenciam diretamente a percepção quanto à facilidade de realização da tarefa. Os fatores determinantes para o posicionamento das mãos nas embalagens foram o centro de massa e a forma do produto. Em todos os casos os homens exerceram forças significativamente superiores às das mulheres. As médias de força dos idosos foram significativamente menores em todos os casos. Tampas mais altas (12mm e 13mm) possibilitaram melhor aplicação de forças. A embalagem vermelha foi relacionada ao maior esforço a ser aplicado na abertura. No entanto, não houve diferença significativa quando as embalagens azul e transparente foram comparadas entre si. Conclui-se que a forma e a cor da embalagem foram fatores que influenciaram os aspectos perceptivos e a interação biomecânica. O mesmo pôde ser observado com relação aos diferentes gêneros e faixas etárias.
  • A tridimensionalidade da superfície vestível e a impressão 3D
    Publication . Silva, Dailene Nogueira da; Januário, Pedro Miguel Gomes, coorientador; Menezes, Marizilda dos Santos
    A fabricação digital se tornou uma realidade para a produção em diversos setores da indústria nos últimos anos. Com seu uso desenvolvido e consolidado em alguns setores como a medicina, a arquitetura e a robótica, ela ainda é pouco explorada na moda apresentando um grande potencial para construção de superfícies que possam ser vestidas. O uso da fabricação digital implica na concepção tridimensional da superfície vestível o que traz ao Design de Moda desafios a serem superados no que diz respeito ao custo, ao uso dos materiais, à distribuição de produtos e, principalmente, às formas de criação e construção. Sendo assim, esta pesquisa se propõe a investigar odesenvolvimento de superfícies tridimensionais mediante os processos de manufatura aditiva sob a ótica do Design de Superfícies. Analisa-se a viabilidade do uso destes métodos para a construção de superfícies vestíveis e são propostas estratégias para a utilização, de maneira a contribuir com o conhecimento teórico acerca do Design de Superfícies no que tange a tridimensionalidade e ao uso das tecnologias de fabricação digital. Para tal, inicia-se o trabalho com uma revisão bibliográfica sobre o Design de Superfícies, a fabricação de superfícies vestíveis ao longo da história e sobre a manufatura aditiva, em seguida, parte-se para a análise dos projetos realizados por designers envolvendo as superfícies tridimensionais e a fabricação digital, para então proceder com experimentações. Propõe-se a construção por meio de módulos como principal estratégia para criação de superfícies vestíveis por meio da manufatura aditiva.
  • Sistema de signos para informação turística
    Publication . Neves, João Vasco Matos; Silva, Fernando José Carneiro Moreira da; Solá-Segalés, Joan, coorientador
    A maior afluência de pessoas a determinados locais, como aeroportos, zonas comerciais, eventos, serviços públicos, instalações turísticas, etc., suscitou a necessidade de orientar essas pessoas num espaço desconhecido e comunicar mensagens básicas com uma linguagem compreendida por uma maioria. Por outro lado essa mesma mobilidade trouxe consigo desenvolvimento rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo associado a um crescente fluxo de indivíduos que se deslocam por necessidades várias de um ponto para outro. Esse deslocamento, muitas vezes efectuado em espaços desconhecidos, despoletou a necessidade em apreender novas regras, as quais passam a ser formalizadas através de signos que facilitam o acesso ou a circulação a determinados locais. Para o presente projecto de investigação identificou‐se um problema concreto: os sistemas de signos para informação turística em Portugal, na Europa e no mundo são díspares, na sua maioria não se relacionam graficamente, são incoerentes do ponto de vista da sua concepção gráfica e não existe a nível europeu um sistema normalizado. Estrategicamente, encontra‐se no design uma resposta concreta para a obtenção de metodologias aplicadas à concepção e desenvolvimento de sistemas de signos para informação turística.
  • A janela no contexto urbano do início do século XX à actualidade
    Publication . Serrano, Inês Domingues; Mesquita, Marieta de Morais Dá; Ribeiro, Jorge Manuel Tavares, coorientador
    O objecto desta tese está de certo modo definido no título: a janela como elemento arquitectónico, no espaço doméstico de contexto urbano. É através da janela que se pretendem enquadrar as mudanças nos modos de habitar na cidade, Lisboa em particular, e num arco temporal que corresponde ao século XX. A habitação de carácter urbano seja unifamiliar seja plurifamiliar, observa certas condicionantes prévias à sua construção: a matriz fundiária do espaço, a malha urbana, ou as relações estabelecidas quer empiricamente quer por obediência a regulamentos. Por conseguinte, é também deste cruzar de factores que se constrói a arquitectura da cidade, onde se cruzam a jusante os privados, e o autor de projecto como mediador activo destes dados objectivos, subjectivos, formais ou informais. Os vãos de janela constituem-se então como um indicador sensível do processo intrínseco à construção invisível da arquitectura. Um elemento que de algum modo, ajusta os pretextos da arquitectura. A janela é aqui entendida como interface entre exterior e interior. É o elemento material dessa relação que configura as fronteiras entre o território do público e do privado. O sistema relacional que a janela corporiza é ele próprio dependente dos modos de habitar: num sentido lato do “habitar/fruir a cidade” mas fundamentalmente na inscrição no espaço doméstico.
  • Arquitectura e cinema
    Publication . Serrano, Inês Domingues; Mesquita, Marieta de Morais Dá; Rodrigues, Maria João Madeira, (coorientador)
    Neste trabalho procurou—se construir um espaço entre duas disciplinas: a arquitectura e o cinema. Revelando uma cumplicidade inesperada, o cinema submerge nos ritmos da cidade, tornando—os visíveis. Ä cidade como cenário mutável, de estratos cumulativos de memórias e vestígios materiais dos gestos, dos tempos que a vão construindo. O cinema descobre esse território de utopias e apropria—se dos seus desejos materializando—os no suporte fugaz das imagens, do falso movimento que projecta a realidade num devir. Através da análise de filmografia, estabeleceram—se paralelismos com a cidade Moderna; assumindo uma relação simbiótica com as dinâmicas da cidade, o olho da câmara é comovido pelo impacto dessa realidade, restituindo, num espaço ilusório, a sua ordem invisível. Um espaço urbano que flutua por um mundo de imagens imateriais, espaço fictício e tecnificado. Habitamos num cenário fixo embora procuremos um espaço fugaz, em trânsito. A arquitectura vive aprisionada entre a imagem e a sua materialidade, entre a ilusão e a realidade. Entre a ideia e o "desejo de ser da forma". É nesse espaço heterotópico entre o sonho e a realidade que o cinema opera construindo num espaço verossímil a cidade impossível.
  • Sustentabilidade no ensino do design
    Publication . Plentz, Natália Debeluck; Almendra, Rita Assoreira
    A sustentabilidade é uma temática cada vez mais importante, discutida no meio académico e na media, amplamente estudada e fundamental para garantir o futuro da humanidade e do planeta. Apesar de já se falar em sustentabilidade no design há algum tempo, acredita-se que o ensino ainda não está a explorar todo o potencial dessa área de atuação. Isto porque muitas vezes se foca apenas no aspecto ambiental, ou o conhecimento adquirido pelos alunos não é suficiente para actuarem no mercado, ou ainda, a difusão do conhecimento depende de alguns poucos professores, não sendo amplamente expandido. Assim, esta pesquisa procurou avaliar a inserção da sustentabilidade no ensino do design no Brasil e em Portugal, com o intuito de propor possíveis melhorias, pois acredita-se que a sustentabilidade no design nos dois países apresenta lacunas. O estudo iniciou-se com um levantamento dos cursos de design nos países estudados, tendo sido recolhidos dados a respeito das disciplinas específicas de sustentabilidade. Com isso, pode-se ver que nem todos os cursos possuem disciplinas específicas e procurou-se analisar se o tema estava sendo trabalhado em outras disciplinas. Foram feitas também entrevistas com especialistas para se ter uma ideia do estado actual do ensino do design no Brasil e em Portugal. Foi realizado então um estudo piloto numa universidade portuguesa para averiguar como a temática era inserida. Após este piloto foram feitos estudos de casos em quatro universidades dos dois países, que incluíram entrevistas com professores e coordenadores e questionários com alunos e ex-alunos. Se levantaram ainda dissertações e teses para perceber-se se a sustentabilidade é uma temática presente e como é apresentada. Com estes estudos verificou-se que o ensino muitas vezes depende de um professor vector; que os alunos acreditam ainda saber pouco, principalmente em relação a materiais e ferramentas e que a sustentabilidade ensinada apenas de forma teórica tende a não ser levada pelos alunos para seus projectos. Com isso chegou-se a algumas directrizes para o ensino do design voltado para a sustentabilidade. Também foram definidos conteúdos e competências que devem ser trabalhados, tendo-se desenvolvido um modelo de inserção da sustentabilidade no ensino do design para os países estudados.
  • O design em assembleias projetuais
    Publication . Rodrigues, Carlos Delano; Almendra, Rita Assoreira; Franzato, Carlos, coorientador
    Esta tese investiga como a cultura de design pode ajudar a criar e dar sustentabilidade às Assembleias Projetuais, espaços simbólicos montados a partir de questões de interesse comum, onde designers especialistas e amadores se juntam a outras partes interessadas para dialogar e projetar soluções destinadas aos bairros em situação de vulnerabilidade social. Para esta finalidade, foi realizada uma revisão teórica a respeito do papel social do designer e das abordagens históricas do design social e participativo. A partir disso, foi desenvolvido um experimento de campo no Bairro do Desterro, centro-histórico da cidade de São Luís do Maranhão, Brasil, através da metodologia da investigação-ação, que utilizou instrumentos de coleta de dados como as anotações, o diário de campo e as entrevistas em profundidade. Nele, foi possível confirmar que o trabalho do design participativo em contextos de bairros em situação de vulnerabilidade é de difícil continuidade, e a sua sustentabilidade em longo prazo é prejudicada pela ausência de uma infraestrutura sociotécnica e pela carência de mecanismos de financiamento adequados. Em seguida, foi realizado um estudo de caso no Bairro Prodac, em Marvila, zona oriental de Lisboa, para observar a experiência participativa entre o Ateliermob (estúdio lisboeta de arquitetura e design) e as associações de moradores do Prodac Norte e Prodac Sul, que apresentaram possibilidades para a formação e sustentabilidade de Assembleias Projetuais e para a sobrevivência financeira de designers que atuam na área social, através do BIP/ZIP, programa de financiamento da Câmara Municipal de Lisboa. Os resultados indicam a necessidade do designer desenvolver a capacidade de compreensão dos instrumentos de diálogo burocrático, legal e político, e, assim, atuar como mediador entre a micropolítica e a macropolítica. Além disso, há a necessidade de adoção de uma postura ativista e política que, por meio da transferência de cultura de design, proporcione autonomia às pessoas que vivem nesses contextos.
  • Arquitetura e ética
    Publication . Ribeiro, Ana Maria Oliveira Lau; Duarte, Rui Barreiros; Baptista-Bastos, Miguel Calado, coorientador
    Nos últimos duzentos anos a historiografia da arquitetura alcançou um progresso notável, contudo não existe uma história da arquitetura doméstica que reúna, num todo coerente, as várias arquiteturas – de elite, vernacular e primitiva – narrando a evolução da habitação na Europa. A presente investigação é um contributo para a preparação de uma futura história da arquitetura doméstica na Europa. Na primeira parte, são estudados os preconceitos centrais da cosmovisão europeia, alicerçada na teoria da evolução das espécies, e que são um obstáculo à integração das várias arquiteturas numa só historiografia. Na segunda parte, os preconceitos falsos são ultrapassados, e os preconceitos verdadeiros são integrados com o conhecimento científico atual, nos campos da arqueologia, da genética e da história, para estabelecer o esboço de uma história da habitação europeia até ao final da Idade Média. Neste período a cabana foi o tipo de construção predominante, tendo ocorrido uma transição significativa da cabana comunitária para a cabana unifamiliar, que correspondeu ao início da propriedade privada e, consequentemente, da desigualdade entre os seres humanos. Na terceira parte, à habitação primitiva europeia é devolvida a sua dignidade histórica, recordando como foi incorporada na teoria da arquitetura moderna por Laugier, através da correspondência entre a filosofia de Rousseau com o arquétipo da cabana primitiva – símbolo da sociedade gentílica igualitária – e do templo grego, enquanto cabana de pedra – símbolo da sociedade democrática. Ao final da experiência hermenêutica, é possível compreender como a cabana primitiva, inserida na tradição do arcadismo, é representação da Idade de Ouro, do tempo em que não existia a desigualdade social, e como a arquitetura do helenismo é representação da luta pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade, por sua vez origem das democracias europeias atuais, e fundamento da Modernidade.
  • Indiscipline social design principles and practices
    Publication . Veiga, Maria Inês Costa da; Almendra, Rita Assoreira; Binder, Thomas, coorientador
    ABSTRACT: This thesis is an exploratory study of moves and movements of the design discipline towards social and activist critical practices. It departs from a growing concern for design as a socially committed activity that has been around since the 1960s. The social turn, as we describe it, was a historical plea for designers to expand the nature and complexity of the problems addressed by design, moreover, to involve the users and stakeholders in designing processes. Turning to work with different sectors and diverse publics, the ‘social design’ movement emerged in opposition to the industrial and the commercial paradigms. As participatory and co-design approaches spread to general practice and for all kinds of purposes, social design became increasingly seen as a culture to represent a wider historical actualisation of the discipline. Still, in recent years, authors point to the difficulties of becoming socially engaged. Although literature on the ‘how of’ collaboration abounds i.e. the motivations, structure and techniques to involve others in design processes; it appears co-design entails ambiguous practices where designers often find themselves without a discipline. Struggles to craft a role for design in initiatives coordinated by networks of communities and institutions too often has led to actions imported from other fields hence the end of design. Coming from a background in graphic design, taking steps to become a social designer, we experienced how difficult it is to do away with the discipline. Specific gestures, actions and products in our social engagements that destabilized the visual communication design process also revealed visual communication design practiced in unknown or unexpected ways. Shifting the perspective to consider, beyond destabilization, it is indiscipline that happens to design in the encounter with others we articulated the question: what if choosing to become social is not to lose the discipline? This matter is worth to research because while social design became known for its risky participatory moves, some authors point to shifts in the politics of designing that have not yet been clarified. Through a mixed methodology based on action research and grounded theory we devised case studies to better describe, explain and explore, from a performative perspective and deeper anthropological stance, all that happens in co-design beyond exclusive attention to the design expert. While disclosing different social form-acts of social interaction within design, four images of indiscipline emerged. 1) IT’S ABOUT THE HOW, 2) DESIGN IS THE SITUATION, 3) BEGININGS NOT ENDS, and 4) DESIGN IS A LIVING THING, all point to different sides of the performative and politics turn that happens to design when it becomes social. Addressing the lack of discourse that does not treat the social as a irreducible complexity, this thesis develops a theory of design that reclaims the encounter with others as the space and possibility to grow the discipline in ways that even unexpected may also be radically social. The main conclusion is that indiscipline is not anti-design but an expansion of design possibilities in the encounter with others, which not yet seen or made visible can potentially represent moves from conventional practices towards critical socially engaged designing. Recommendations for future research are to expand the inventive and pedagogic potentials of indiscipline as a concept to understand the social turn and to practice becoming socially engaged in ways that are deemed better for others and ourselves. Another opening is to understand how indiscipline may be articulated in design education how and when students may be ready for design practice to become a more living thing.
  • O design de informação e o seu ensino em Portugal
    Publication . Silva, Sandra Cristina Gonçalves da; Silva, Fernando José Carneiro Moreira da; Riobom, Maria de Lourdes Rodrigues de Victória, coorientadora
    O design de informação tem as suas origens em diferentes áreas onde as pessoas foram reconhecendo a necessidade de uma melhor, mais eficaz e mais clara apresentação das informações visuais. Definido como uma arte e uma ciência que prepara a informação para ser usada pelos seres humanos de forma eficaz, o seu principal objetivo é garantir a efetividade das comunicações. As práticas que utiliza são comuns às utilizadas no design de comunicação, na psicologia cognitiva, na pesquisa de fatores humanos, no design industrial e em todas as áreas que acrescentam conhecimentos sobre o modo como os seres humanos adquirem e compreendem a informação, e os meios de comunicação através dos quais ela é transmitida. No entanto, como área emergente, o design de informação é cada vez mais reconhecido pela especificidade com que trata os processos de informação e pelo modo como utiliza as suas tecnologias. O ensino do design de informação tem sido, consequentemente, convocado pela necessidade da sua aprendizagem como disciplina com princípios próprios, geradora de uma nova profissão. A existência de uma oferta alargada de cursos específicos em design de informação revela o empenho e o compromisso que diferentes sistemas de ensino, em diferentes países, têm dedicado a esta área de estudos. Este estudo pretende identificar de que modo o ensino em Portugal acompanha esta tendência. Quisemos saber se o design de informação é ensinado nos cursos superiores de design em Portugal, ainda que com diferentes designações ou interpretações. Para isso investigámos, numa primeira fase, se os conteúdos relativos ao design de informação estão a ser ensinados como curso, área de investigação, unidade curricular ou parte dela, através da análise dos curricula dos cursos de design e dos programas educativos em vigor no ensino português. Confirmada a existência dessa área de estudos, particularmente presente nos cursos de design de comunicação, quisemos então saber o que está a ser ensinado e de que modo. Para isso reunimos, num encontro nacional, um grupo de quarenta docentes que lecionam esta área de estudos, representando dezoito instituições de ensino universitário e politécnico. A riqueza de informações decorrentes desse encontro permitiu identificar, por análise e comparação, procedimentos, conteúdos, metodologias e objetivos de ensino, assim como analisar resultados através de exemplos de trabalhos dos alunos. Pudemos encontrar nesses resultados matéria para propor um conjunto de recomendações que pretende disponibilizar informação organizada sobre o tema, desde conteúdos a metodologias de ensino comuns. Este estudo permitiu-nos também o reconhecimento da existência de um grupo de docentes particularmente envolvidos e interessados nesta área, com quem num futuro próximo podemos vir a trabalhar na criação de um currículo próprio para o ensino do design de informação, que certamente se refletirá na consolidação da área disciplinar em Portugal.