Loading...
42 results
Search Results
Now showing 1 - 10 of 42
- Atitudes face à divisão do trabalho familiar em Portugal em 2002 e 2014: mudanças e continuidadesPublication . Ramos, Vasco; B. Correia, Rita; Rodrigues, Leonor BettencourtEste artigo pretende analisar a evolução das atitudes face à divisão conjugal do trabalho em Portugal, entre 2002 e 2014. Um dos objetivos centrais é o de aferir em que medida a evolução observada corresponde a uma modernização das atitudes. Avaliam-se igualmente as hipóteses de uma complexificação dos padrões atitudinais ou, em alternativa, de uma cristalização em torno de padrões atitudinais dicotómicos. Para tal foi efetuada uma análise comparativa das atitudes dos portugueses aferidas nos módulos Família e Género do ISSP (International Social Survey) em dois períodos distintos — 2002 e 2014 — sendo, de seguida, avançados alguns fatores explicativos para os padrões atitudinais encontrados. Mas se os padrões atitudinais encontrados em 2002 sofrem em 2014 uma evolução inequívoca, é também clara alguma incongruência nas atitudes dos portugueses em relação à conciliação do trabalho com a família, especialmente quando existem filhos pequenos. Estes e outros resultados são analisados à luz das especificidades do contexto socioeconómico português no período analisado e dos contributos de alguma investigação recente sobre as questões de género nas atitudes dos portugueses.
- Como evoluíram as famílias em PortugalPublication . Atalaia, Susana; Wall, Karin; Cunha, Vanessa; Marinho, Sofia; Ramos, VascoEm Portugal a dimensão média das famílias reduziu-se significativamente em 50 anos, passando de 3,8 pessoas por família, em 1960, para 2,6 pessoas, em 2011. O casal (com e sem filhos) continua a ser a forma predominante de organização da vida familiar (62% das famílias em 1960 e 59% em 2011). Nos últimos 50 anos assistiu-se ao aumento do peso relativo dos casais sem filhos (de 15% em 1960, para 24% em 2011), dos núcleos familiares monoparentais (de 6% em 1960, para 9% em 2011) e das pessoas que vivem sós (de 12% em 1960, para 20% em 2011) e à diminuição do peso das famílias complexas (de 15% em 1960, para 9% em 2011).
- Entre percurso de vida e desigualdades sociais: propostas de articulação e resultados de pesquisaPublication . Ramos, VascoEste artigo reconstitui um percurso conceptual que articulou a perspetiva do percurso de vida com a sociologia das desigualdades e das classes sociais. Apresenta-se a perspetiva do percurso de vida, refletindo-se sobre a centralidade que confere aos processos de regulação institucional. Partindo de uma crítica às explicações de cariz atomista, bem como aos determinismos de cariz estruturalista, advoga-se uma leitura diacrónica dos efeitos das desigualdades sociais sobre as trajetórias, mobilizando conceitos propostos por Bourdieu. Demonstra-se a potencialidade de tal abordagem para a discussão em torno das trajetórias de vida na modernidade tardia, convocando resultados de pesquisas sobre a sociedade portuguesa
- Alimentação em tempos difíceis - entre a família e a escolaPublication . Truninger, Monica; Ramos, VascoEm Portugal, os dados estatísticos mais recentes apontam para uma diminuição da taxa de pobreza, face ao pico da crise de 2008-2015. Apesar da evolução positiva, os números continuam a ser muito elevados, estimando-se que 2,2 milhões de pessoas estivessem em risco de pobreza ou exclusão social em 2018. Existe igualmente um número muito significativo de pessoas que continua a recorrer a ajuda de emergência para suprir necessidades alimentares básicas. Alguns estudos revelam que os impactos da crise financeira global e a intervenção musculada de medidas de contenção orçamental no período austero da Troika (2011-2014) atingiram com mais força as famílias com crianças, sendo o risco de pobreza maior entre as famílias monoparentais e as famílias numerosas. No entanto, são muito escassos os dados sistemáticos sobre as famílias com crianças em situação de pobreza alimentar ou acerca das suas experiências alimentares quotidianas.
- School meals as a resource for low-income families in three European countries: a comparative case approachPublication . O’Connell, Rebecca; Brannen, Julia; Ramos, Vasco; Skuland, Silje; Truninger, MonicaIn the context of successive global crises and rising household food insecurity in wealthy European countries there is renewed attention to the role of school meals as a welfare intervention. However, little is known about the extent to which school meals are a resource for low-income families living in different contexts. Drawing on a mixed methods study of food in low-income families in three European countries, this paper adopts a realist ontological stance and an embedded case study approach to address this question. The research concerns low-income families with children aged 11–15 years in the aftermath of the 2008 financial crisis in the UK, Portugal and Norway. Based on a comparative, multi-layered analysis of macro-, meso- and micro-level contexts, we argue that publicly funded, nutritious school meals protect children from the direct effects of poverty on their food security, whilst underfunded and weakly regulated school food provision compounds children’s experiences of disadvantage and exclusion. The paper concludes with recommendations for public policies that conceptualise school meals as a collective resource, like education, to which young people as bearers of the right to food are entitled.
- Percurso de vida em Portugal : o impacto das desigualdades e dos contextos sociais nas trajectórias profissionais e familiaresPublication . Ramos, Vasco; Wall, KarinO objetivo principal desta tese é identificar características paradigmáticas do percurso de vida no Portugal Contemporâneo. A pesquisa articula a perspetiva teórico-metodológica do percurso de vida com a problemática das desigualdades e das mudanças sociais. Especificamente, analisa-se a construção das trajetórias familiares e profissionais em contextos sociais e históricos distintos, mapeando a diversidade dos percursos individuais e a forma como os mesmos são moldados pela classe e pelo género. A discussão enquadra-se nos debates contemporâneos sobre as transformações nos percursos de vida nas sociedades ocidentais ao longo das últimas décadas, nomeadamente o pressuposto da erosão das bases institucionais, sociais e políticas da modernidade organizada, que se crê estar na génese do aumento da variabilidade (inter)individual nas trajetórias familiares e profissionais (pluralização) e do desaparecimento de padrões sequenciais fixos e previsíveis (individualização e destandardização). Estes temas são abordados com recurso a uma metodologia extensiva, retrospetiva e ego-centrada das trajetórias familiares e profissionais. A investigação assenta em resultados de um inquérito nacional sobre trajetórias familiares e redes sociais, que foi aplicado a uma amostra representativa de homens e mulheres de três coortes etárias (1935-40, 1950-55 e 1970-75), correspondentes a diferentes tempos sociais e históricos da sociedade portuguesa. A reconstrução das trajetórias individuais desmantela algumas idealizações acerca do passado recente. Desafia igualmente a narrativa contemporânea da escolha ou do declínio familiar, questionando a oposição entre individualização e estandardização do percurso de vida. Os resultados apontam ainda para uma pluralização limitada e socialmente estruturada do percurso de vida, em que classe social e o género continuam a desempenhar um papel fundamental.
- Critical Review of Research on Families and Family Policies in Europe Conference ReportPublication . Wall, Karin; Leitão, Mafalda; Ramos, VascoThe aim of this Critical Review Report is to describe and report on the international conference "Families and Family Policies in Europe - A Critical Review", wich took place in Lisbon, at the Institute for Social Sciences (University of Lisbon), in May 2010. Organized by FAMILYPLATFORM consortium, the main objective of this 3 day conference was to carry out a critical review of existing research on families and family policies in Europe. Drawing on expert reviews of the state of the art, critical statements by stakeholders and policy makers, and debate on the major challenges for research and policies, the conference was organized with a view to providing a major forum for discussing and identifying the design of future family policies and research.
- Linking family trajectories and personal networksPublication . Ramos, Vasco; Česnuitytė, Vida; Aeby, Gaëlle; Gauthier, Jacques-Antoine
- The de-standardisation of the life course in Portugal. A cross-cohort analysis using entropy analysisPublication . Ramos, VascoThis article addresses the question of life course de-standardisation in Portugal, drawing on a trajectory-based holistic approach. The de-standardisation hypothesis presupposes that, over recent decades, occupational and family trajectories became gradually more variable. Our methodological strategy to test these hypotheses uses entropy measures and assesses how cohort and gender influence standardisation. We used these measures to determine the heterogeneity in co-residence and occupational trajectories between the ages of 7 and 35. In a second stage, we used regression models to estimate if cohort, gender, education and socio-economic class associate with co-residence and occupational entropy. The paper draws on data from the ‘Family Trajectories and Social Networks: The life course in an intergenerational perspective’ research project (n = 1500), which included questions on co-residence and work employment history of Portuguese individuals born in three different cohorts (1935-40; 1950-55; 1970-75). Findings show that standardisation and de-standardisation dynamics coexist, operating differently depending on the life domain and the stage of life. While early family trajectories are more standardised in younger cohorts, later stages are slightly more diverse, particularly among women. As far as occupational trajectories are concerned, formative years are much more standardised in the younger cohort, while adulthood is de-standardised in all cohorts. We discuss results in light of the life course regime and gendering hypotheses.
- Food poverty and informal network support in a changing Portuguese rural areaPublication . Ramos, Vasco; Truninger, MonicaDifferent representations of the ‘countryside’ coexist in contemporary Portugal, from idyllic depictions to portrayals of emptiness and loneliness. Rural contexts close to urban areas are assumed to have informal support networks that can alleviate poverty and exclusion when institutional support fails. The incidence and intensity of food poverty are presumed to be lessened by proximity to food production sites and land ownership. In this article, we aim to analyse how living in an intermediate area shapes the experience of food poverty. We draw on qualitative case studies of low-income families living in between a predominantly rural and a predominantly urban territory in Portugal, which has been through a process of restructuring of its rural territory since the second half of the 20th century. Paying attention to the specificities of this intermediate context, including the availability of formal support, we will investigate to what extent informal support networks alleviate food poverty for these families. Our discussion adds to the scientific debate on food poverty and its links to social networks in intermediate areas previously embedded in predominantly rural territories. We also discuss the highly gendered nature of informal support and its significance for women enduring food poverty.