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Negrão Abranches Guerreiro, Cristina Maria

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  • Fontes clássicas em Histórias Falsas de Gonçalo M. Tavares
    Publication . Abranches, Cristina, 1963-
    Na “Breve Nota” introdutória a Histórias Falsas (Tavares 2014: 11), Gonçalo M. Tavares filia a composição desta série de contos no propósito de “exercer um ligeiro desvio do olhar em relação à linha central da história da filosofia” e de “perceber o modo como a ficção (verosímil ou nem tanto) se pode encostar suavemente a um fragmento da verdade até ao ponto em que tudo se mistura e se torna uniforme”. Como personagens ou como referências filosóficas a propósito da acção narrada, célebres pensadores da Antiguidade Clássica figuram em quase todas estas Histórias Falsas, em cuja criação se reconhecem elementos das principais fontes clássicas para o conhecimento desses autores.
  • Beatus ante mortem nemo – Creso, Sólon e o conceito de felicidade
    Publication . Abranches, Cristina, 1963-
    O diálogo de Sólon e Creso acerca da felicidade (Hdt. I, 30-33) é idêntico a um episódio protagonizado pelo seu trisavô Giges (Val. Max. VII, 1, 2), que orgulhoso da sua felicidade e riqueza foi consultar o oráculo de Apolo Pítio, para inquirir se haveria alguém mais feliz do que ele. A ideia de que a verdadeira felicidade nada tem a ver com a riqueza é um tópico mencionado por muitos autores (e.g. Plínio, HN, VII, 46; Pausânias VIII, 24, 13-14).
  • What’s in a name? – Algumas notas sobre etimologia e literatura
    Publication . Abranches, Cristina, 1963-
    Tendo por público privilegiado os que habitualmente procuram entender e traduzir os textos da Hélade, um dicionário de grego não é apenas um instrumento filológico de inestimável valor para decifrar um código linguístico. Na composição das palavras residem, por vezes, pistas de análise literária, alicerçadas na multiplicidade de sentidos ou em referências etimológicas que permitem associar à leitura novos matizes. Evidenciando a correspondência entre os nomes de algumas personagens e a sua história, as entradas lexicais dos antropónimos seleccionados para esta breve comunicação figuram entre os inúmeros exemplos do contributo de um dicionário de grego para a interpretação de um texto literário.
  • O anel de Polícrates: da historiografia de Heródoto à ficção dramática de Eugénio de Castro e Machado de Assis
    Publication . Abranches, Cristina, 1963-
    Pelo seu valor simbólico, o episódio do anel de Polícrates foi retomado em diversos géneros da literatura antiga (e.g., Cic., Fin., V, 30, 92; Plínio, HN, XXXVII, 2, 3-5; Estrabão XIV, 1, 16; Valério Máximo, Vi, 9, 5; Frontão, De Bello Parthico, 4-6,; Eugénio de Castro e Machado de Assis).
  • Citações da literatura latina em A Queda dum Anjo
    Publication . Abranches, Cristina, 1963-
    Able to speak Latin “as his own language” (Castelo Branco 2016: 86), Calisto knew all the great Latin authors. Famous sentences of Horace (Od. II, 19, 2; Epist. I, 7, 44; II, 5, 51), Virgil (Aen. I, 462; II, 774; III, 48; Georg. III, 513), Juvenal (X, 122) and Quintilian (IX, 4, 41; XI, 1, 24; XII, 10, 74) adorn the erudite character’s speech and the narrator’s words about him. The eminent Latinist also quotes Terence (Andria, 194), Pliny the Elder (HN 35, 36), and Suetonius (Titus, 8). The meaning of these quotations is the aim of this paper.
  • “Le roi Candaule” de La Fontaine – um conto, na diversidade de géneros dos ecos literários de um célebre episódio de Heródoto
    Publication . Abranches, Cristina, 1963-
    «Force gens ont été l’instrument de leur mal: / Candaule en est un témoignage” – assim começa La Fontaine o conto “Le roi Candaule et le maître en droit”, inspirado num célebre episódio de Heródoto (I, 8-13). Refere o historiador que, orgulhoso da beleza da esposa, o rei lídio Candaules propôs a Giges (membro da sua guarda pessoal) que a visse nua, escondido nos aposentos reais. Sentindo-se injuriada por o marido assim a expor aos olhos de outro homem, a rainha ordenou a Giges que escolhesse entre matar Candaules ou sofrer a morte por ter visto o que não devia. Giges optou pelo regicídio, desposou a viúva e alcançou o poder. Na versão narrada por Platão (Rep. II, 359c-360b; X, 612b), Giges (um ambicioso pastor da casa real) sobe ao trono da Lídia, com os poderes de um anel mágico, que lhe permite entrar invisível no palácio, seduzir a rainha e matar o rei. Em diversos géneros literários, não faltam testemunhos da recepção deste episódio. Foi tema de tragédia (Gyges und sein Ring de Friedrich Hebbel; König Kandaules de Hugo von Hofmanns-thal), drama (Le Roi Candaule de André Gide) e comédia (El anillo de Giges, y máxico rey de Lydia de José de Cañizares; Le Roi Candaule de Henry Meilhac e Ludovic Halévy; Le Roi Candaule, comé-dia lírica com libreto de Maurice Donnay e música de Alfred Bruneau). Além do conto de La Fontaine, a novela Le Roi Candaule de Théophile Gautier e o romance The English Patient de Michael Ondaatje são alguns dos textos narrativos que retomam a história de Giges e Can-daules, que poderá ter sido também uma das fontes de inspiração de Cervantes na “Novela del Curioso impertinente”.