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Ramos do Ó, Jorge Manuel Nunes

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  • Aventura do texto. Palavra plural
    Publication . Ó, Jorge Ramos do
    Depois do século XVII, a nossa civilização tem tratado as descrições científicas como se fossem elas mesmas divindades e, a partir de finais da centúria seguinte, sobrepusemos a Deus um amor ao sujeito e a nós próprios, na adoração da nossa própria natureza espiritual ou poética profunda.Este texto propõe-se enfrentar essa tradição. Defenderei aqui a tese segundo a qual um mar de possibilidades criativas se abrirão à nossa frente quando nos descentrarmos do sujeito transcendental.
  • O Estado Português e as modalidades enunciativas da Educação Moderna. O Governo do liceu e a subjectivação do aluno no discurso de reitores, professores, médicos e visitadoras escolares durante os anos 30 e 40 do século XX
    Publication . Ó, Jorge Ramos do
    Este texto discute o papel que o Estado português desempenhou no processo de modernização do ensino liceal em Portugal e procura mostrar que o desiderato reformador – insistente na voz dos governantes desde o final de Oitocentos – implicou a construção de um novo regime de enunciação capaz desenvolver poderes, vectores e interconexões que, de facto, viriam a transformar a paisagem dos liceus nas décadas de 30 e 40 do século passado. O Estado surgirá, efectivamente, como aquela instância em cujo interior os problemas de governo da coisa educativa passaram paulatinamente a ser estabelecidos enquanto complexos verbais e linguísticos. Verificar-se-á como ao redor do Estado se foi formando um campo de enunciação discursiva que se dirigiu para a subjectividade dos escolares. Embora se refira a uma temporalidade que coincide com o período histórico do autoritarismo, este texto secundariza deliberadamente a cronologia política. Defender-se-á, assim, que foram os governos da Ditadura Militar e do Estado Novo, chefiados por Oliveira Salazar a partir de 1932, aqueles que, historicamente, conseguiram reunir as condições, quer institucionais quer materiais, para que as ideias e soluções disciplinares relacionadas com a socialização dos alunos, preconizadas insistentemente a partir do último quartel do século XIX quase sempre por educadores democratas, encontrassem finalmente condições materiais de se estenderem a toda a rede pública dos liceus portugueses. Efectivamente, o modelo pedagógico centrado na autonomia dos educandos pôde vincular, um a um, todos os agentes educativos – reitores, professores, médicos e enfermeiras escolares –, obrigando-os a trabalhar institucionalmente em rede e a produzir um mesmo tipo de discurso educativo destinado a intervir sobre as aptidões, as atitudes, as disposições e os comportamentos dos alunos.
  • Governmentality and the Arts That Matter: Producing the Conformed, Flexible and Creative Pupil Since the Turn of the 20th Century
    Publication . Ó, Jorge Ramos do; Szawiel, Wiktoria; Vallera, Tomás
    This article seeks to describe the historical derivations, continuities and displacements that have led to the widely consensual contemporary narratives, adopted by governmental entities and international policymakers, concerning the benefits of the arts to education and the constitution of personal identity. A history of the present approach is used to unveil the strategic purposes of a biopower, which, at its very origin, had efficiently correlated the promotion and inculcation of artistic values with the normalization of infant and child populations. To this end, we propose an analysis of two historical moments – at the turn of the 20th century and the beginning of the 21st century – in which aesthetic experiences, practices of the self and governmental rationalities were articulated in order to produce specific kinds of social actors and manage their fates.
  • Estudo de avaliação do ensino artístico
    Publication . Fernandes, Domingos; Ó, Jorge Ramos do; Ferreira, Mário B.
    A essência do problema deste estudo de avaliação decorre do facto de ser imprescindível conhecer com rigor as realidades do ensino artístico especializado para que se possam conceber estratégias e medidas de política destinadas a superar as suas eventuais dificuldades e debilidades. Qualquer processo que vise transformar, expandir e/ou melhorar aquela modalidade de ensino deverá apoiar-se em informação credível acerca dos seus processos de funcionamento, dos seus projectos, das ideias dos seus dirigentes e professores, ou dos resultados que é capaz de produzir. Mas também deverá apoiar-se em informações relativas aos processos de funcionamento da própria administração que lhe permitam reflectir e pôr em marcha novas e inovadoras formas de se relacionar com uma modalidade de ensino que, num certo sentido, é pouco e mal conhecida e em torno da qual se foi construindo um conjunto de ideias que urge analisar e compreender com profundidade. Nestas condições, parece óbvio que de algum modo se sentiu que a informação disponível não reunia os elementos relevantes para que qualquer intervenção possa, por exemplo, vir a ter efeitos desejáveis ao nível da integral inserção da educação e do ensino artístico no sistema educativo, da expansão da oferta de certas modalidades de ensino artístico e da qualidade do ensino que é prestado às crianças e aos jovens. Consequentemente, é necessário obter essa informação para que possa ser analisada e interpretada.
  • Flows of educational knowledge. The space-time of Portuguese speaking countries
    Publication . Novoa, Antonio; Carvalho, Luís Miguel; Correia, António; Madeira, Ana; Ó, Jorge Ramos do
  • Plural Word and Inventive Writing: The Legacy of Postmodern Social Theory
    Publication . Ó, Jorge Ramos do
    The problem of writing is how to produce utterances that abandon the principles at all times expressed by the law - and by the institutions that introduce it into the social body through all sorts of routines of disciplinary and unitary representation of cultural inheritance, making use of knowledge as a body of prescriptions and a circle in which truths unfold - by drawing language out of its usual furrows and making it communicate with what will be its own exterior. The chapter addresses the great problem of university research, which we try to transpose into the reality of the text, which is and will always be to force the present to leave the existing signification processes and their prohibited correlates and to become available to all kinds of encounters with the unknown. As if writing couldtake on not only a skeptical dimension but more rigorously an agonistic force - in which what is assumed to be universal, necessary and obligatory is perceived as singular, contingent, and arbitrary - and whose ultimate effect is that of unleashing ourselves from the predictability and disciplinary homogeneity with which contemporary identities and ways of life present themselves, even if they are set to circulate with the labeling of subjectivity and the widest individual diversity. As if it compelled us to enter into the unknown and thus pressed us to establish new covenants between the subject of enunciation and the subject of conduct. It is from here that the hypothesis of an inventive, experimental writing derives.
  • Educação
    Publication . Novoa, Antonio; Ó, Jorge Ramos do
  • Memória plural e fidelidade à herança. Considerações a propósito da intervenção de Victor Mestre e Sofia Aleixo no edifício centenário do Lyceu Passos Manuel
    Publication . Ó, Jorge Ramos do
    Os liceus foram fundados em Portugal no ano de 1836, tendo Passos Manuel, o seu criador, tomado como referência a França que os instituíra trinta e quatro anos antes. Mas o ímpeto modernizador dos nossos liberais terá ficado expresso quase só na letra da lei. Na verdade, estes estabelecimentos de ensino conheceram uma fase inicial, que se prolongaria quase até ao termo da centúria, marcada pela instabilidade, o desacerto e uma baixíssima frequência de efectivos. São múltiplos os testemunhos de observadores directos que falaram de “caos” e “anarquia” para caracterizar este subsistema de ensino nos decénios subsequentes à sua criação. A situação só viria a alterar-se quando, no ano de 1894, e pela mão de Jaime Moniz, o Governo de João Franco estabeleceu as bases da modernização do ensino liceal, permitindo, sobretudo entre as décadas de 1910 e 1940, consolidar-se um processo de diferenciação baseado numa nova classe de idade, distinta da infância. Ora, para a consolidação dessa operação a arquitectura viria a ser uma peça essencialíssima. Sabemos que todos os programas educativos da modernidade tiveram suposta a existência do espaço serial, quer dizer, partiram do princípio de que a determinação de lugares individuais tornaria possível tanto o controlo de cada sujeito, tomado como uma unidade autónoma, como a orquestração do trabalho simultâneo de todos. Cumpre, desde logo, salientar que este modelo de enquadramento pedagógico, então denominado semi-internato e que postulou o afastamento físico do aluno do mundo social no interior de um edifício com características específicas, não mais sairia de cena. Estamos perante uma modalidade de poder, tornada natural ao longo de cem anos, que produz a realidade de uma população específica e se imagina ao mesmo tempo capaz de penetrar e conformar a mente, o corpo e a alma de cada escolar. Em Portugal, a máquina de ensinar, vigiar, avaliar e hierarquizar conhecimentos e comportamentos adolescentes iniciou-se com a inauguração do edifício do Liceu Passos Manuel em 1911. E ainda nos governa na sua inteireza.
  • A oficina do fragmento Método e processo historiográfico em Walter Benjamin
    Publication . Ó, Jorge Ramos do; Vallera, Tomás
    Este artigo propõe uma excursão pela obra de Walter Benjamin na perspectiva do fragmentarismo construtivo que a caracteriza. Procura-se capturar os princípios metodológicos e epistemológicos que subjazem à prática historiográfica em Benjamin, no que ela contém de radicalmente experimental, articulando-os quer com a sua condição de existência como investigador-arquivista ou “escritor operante”, quer com o seu fatídico destino pessoal. Examina-se um método focado no particular, na descontinuidade e na concretude dos teores coisais; a criação de um saber histórico monadológico, reticular e constelacional, que arranca imagens do passado à sequência contínua da história universal; o confronto do artesanato benjaminiano com as exigências teóricas do materialismo dialéctico perfilhado pelos seus amigos e contemporâneos; a montagem de um inesgotável dispositivo intertextual e, por fim, a defesa da figura do autor-produtor, arauto de um tempo por vir onde o texto se tornaria um “bem comum”.