Loading...
5 results
Search Results
Now showing 1 - 5 of 5
- Arte Teoria, nº16/17 (2013/14)Publication . Ortigão, Maria João; Duarte, Eduardo; Faria, Alberto; Alves, Alice Nogueira; Marques, Ana Luísa; Nolasco, Ana; Sousa, Ana Matilde; Trindade, António Oriol; Marcelino, Américo; Nogueira, Isabel; Pereira, José Carlos Francisco; Silveira, Maria de Aires; Calado, Margarida; Mendonça, Ricardo; Leandro, Sandra; Rodrigues, Sofia; Santos, Teresa Sequeira; Lopes, Vasco Mendes
- Convocarte, nº11 (Dez. 2020): Arte e Loucura - arte em asilo, arte bruta e história da artePublication . Dias, Fernando; Franco, Stefanie Gil; Cruz, Pedro; Martins, Daniela; Colonnese, Luisa Rosenberg; Andriolo, Arley; Miguel, Marlon; Rivera, Tania; Silva, Sara Gomes da; Lopes, Vasco Mendes; Duarte, Eduardo; Coëllier, Sylvie; Pedro, Raquel; Morais-Alexandre, Paulo; Calado, Margarida; Freitas da Costa, Diogo; Macdonald, JoãoAo lançarmos a chamada para o dossier de número 10 e 11 da Revista Convocarte, era esperado que a escolha temática, o encontro entre arte e loucura, traria uma grande variedade de considerações, nem sempre concordantes e, por vezes, surpreendentes. Por qualificar de “loucura” e não de “doença” e nem de outra coisa qualquer, avaliamos a oportunidade de escutar os diversos entendimentos que, em nossa sociedade, é possível fazer deste termo. É por isso que, no texto que lançava a chamada, propusemos: “tratar as questões da arte na loucura ou da loucura na arte implica uma série de contextualizações e temporalidades que, de antemão, qualificam tanto a obra quanto o sujeito que a produz”. Isto quer dizer que ao falarmos em loucura, ao revermos as suas bases psicológicas, as suas narrativas sociais, os panoramas médicos ou os apelativos artísticos, nós colaboramos em inventar a própria noção de loucura. A loucura não é um estado definido (ou definitivo) e atestado em laudo médico, ela é possibilitada nas relações entre a razão e a desrazão, ponderada pelo desejo de instituir amarras ou potências sobre os sujeitos que habitam este mundo. É e sempre será incitante perceber as variadas formas de produção dos sentidos da loucura. E quando possibilitamos narrativas que levam estes diversos sentidos ao encontro da arte, ou vice-versa, abrimos um sem fim de perspectivas sobre o que pode parecer ilógico ou imponderável: as expressões da loucura.
- O ver e o olhar da loucura, materialidade e a imaterialidade no discurso plástico em William Blake e GoyaPublication . Mendes Lopes, VascoObservando algumas obras de William Blake como experiência da imaginação “interior” e visionária, e Goya através da experiência de uma imaginação “exterior”, resultante do encontro com o horror do real, questiona-se a construção plástica segundo os modos de discurso que derivam de uma visualidade e de um olhar que se estabelece a partir do confronto entre imagem e imaginação, entre o discurso plástico e a sua materialidade, onde esse discurso plástico se materializa como expressão semântica da mania. Neste contexto ocorre a ambi- valência entre o ver e o olhar, que incide tanto sobre a imagem plástica como sobre a imagem mental. Blake configura o espaço da representação como expressão de uma imaterialidade não gravítica que transcende a sua presença, e Goya, a presença de uma materialidade gravítica, de uma queda transcendental em relação à sua condição humana. Em ambos, a configuração dos ex- tremos, entre equilíbrio e absurdo, entre razão e loucura perfaz-se numa linha muito ténue. A loucura “aceite” em Blake como modo descontrolado da imaginação em que o discurso plástico evoca um discurso para o seu interior. A loucura “rejeitada” controlada de Goya que vincula a imaginação a ser expressa plasticamente nas suas formalizações num discurso para o seu exterior.
- «Las Meninas de Velásquez. O jogo de personagens, a obra, o artista, o espetador, no circuito da simulação»Publication . Mendes Lopes, VascoLas Meninas, is a painting that goes beyond the limits of the temporality of its production. The plastic dimension of the picture construction as narrative process offers an approach that inflates the viewing process by the spectator to an anachronic dimension, that both, artist and spectator, exists in the same temporality, this experience function hermeneutically like a game. The construction of mental images derived from the levels of consciousness that are established from the idea of reflected image, the self-representation, the reflected image and the mirror image, drives the spectator to be involved in the enactment, on a mental projection he sees himself reflected, as in the myth of Narcissus, he experience the role of each characters like a role play game. The ultimate reenactment focuses on Velasquez himself, the role of the creator, the circle finally reaches its end, embedded on the dimension of image/painting, the spectator assumes his role, as a product of the artist imagination.
- A Anunciação. Narrativa visual, espaço e tempoPublication . Mendes Lopes, VascoA Anunciação é um pequeno trecho narrativo relatado no Envagelho Segundo São Lucas. A emotividade dramática do relato do encontro e diálogo entre a Virgem Maria e o anjo Gabriel manifestou-se no campo da representação pictórica como modelo temático amplamente explorado. A cadência ritmica da narrativa que se subdivide em fragmentos temporais, porporciona ao nível da leitura das imagens a exploração de diferentes modos expressivos de narratividade visual, onde ocorrem ficções sobre o tempo, onde passado, presente e futuro coabitam numa mesma temporalidade. O discurso narrativo oriundo do texto verbal relaciona-se com o discurso plástico na conceção de uma narrativa visual, onde a intervenção plástica do artista combina com a imaginação do espetador na construção expressiva de uma sensação de temporalidade.