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DE - Teses de Doutoramento / Ph.D. Thesis

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  • Essays on macroeconomics and structural change in the Eurozone
    Publication . Alcobia, João André Ferreira; Sobreira, Nuno Ricardo Martins Farropas; Cabral, Ricardo João Nunes dos Santos
    Esta tese de Doutoramento procura investigar o impacto da intensificação do processo de integração económica Europeia ocorrido desde meados dos anos 1990 nos denominados estados-membros da Periferia (Espanha, Grécia, França, Itália e Portugal), com particular destaque para o estabelecimento da União Económica Monetária (UEM). A integração económica Europeia visava e deveria em teoria contribuir para um aumento da taxa de crescimento económico e a convergência económica real dos estadosmembros menos desenvolvidos da UEM, ao promover um aumento da concorrência e da taxa de crescimento do comércio internacional entre estados-membros, ao criar novas oportunidades de expansão de negócios e ao facilitar a transferência de tecnologia e conhecimento. A partir de 1992, com o Tratado de Maastricht, a União Europeia (UE) criou as bases para o estabelecimento de uma moeda única, o euro, e uma política monetária comum através do Banco Central Europeu (BCE). Contudo, a crescente integração económica das últimas décadas foi acompanhada por um processo de crescente polarização económica, social e política no seio da UE e da Área do Euro, exacerbada pela Grande Recessão de 2007-2009 e pela Crise das Dívidas Soberanas Europeia de 2010-2012, aumentando as desigualdades de rendimento entre os países e resultando numa trajetória de divergência das taxas de crescimento dos mesmos. No mesmo período, do ponto de vista social, verificou-se uma tendência de queda do peso dos salários (aumento do peso dos rendimentos de capital), em paralelo com uma tendência de estagnação económicas. Os quatro ensaios desta tese de doutoramento apresentam uma linha condutora comum, argumentando que falhas de governação e da arquitetura económica da União Económica e Monetária (UEM), a perda de importantes instrumentos de política económica (como sejam a política monetária e cambial) ou ainda a a definição de regras europeias de política orçamental, podem ter contribuído para um fraco ou mesmo negativo desempenho económico dos estados-membros da periferia da Área do Euro. No primeiro ensaio procedemos a uma caracterização do desempenho económico (negativo) dos estados-membros da periferia da Área do Euro desde meados da década de 1990 até ao período pré-covid-19 e a uma revisão da literatura sobre os factores explicativos para este desempenho económico. No entanto, este ensaio investiga e propõe um fator explicativo adicional, pouco explorado na literatura, o designado efeito de Doença Holandesa, que contribuiu para uma tendência de apreciação da taxa de câmbio real interna e uma alteração estrutural do perfil de especialização destas economias. Ao contrário do efeito de Doença Holandesa original, esta situação não se deveu à descoberta de campos de gás natural e posterior exportação desta matéria-prima. Pelo contrário, este ensaio argumenta que o principal fator que despoletou o efeito de Doença Holandesa foi a disponibilidade de fluxos de capitais externos de volume em teoria ilimitados associados à participação desses estados periféricos na UEM desde meados dos anos 1990s. Paradoxalmente, esse choque aparentemente favorável, que resultou numa redução das taxas de juro reais e num aumento do investimento privado e público, teve os efeitos adversos acima identificados. O segundo ensaio, que recorre ao Modelo de Crescimento restringido pela Balança de Pagamentos e ao Modelo de Convergência/Divergência de Produtividade de Ali e Pérez-Caldentey (2011, 2007), estima a possibilidade de convergência económica e de produtividade dos estados-membros da periferia da Área do Euro face aos estadosmembros do centro da Área do Euro (e face a todos os países da Área do Euro). O ensaio conclui que no período pós crise de 2009, estes países apresentaram uma tendência de divergência de produtividade devido aos menores retornos crescentes à escala. Entre os fatores que podem ter contribuído para menores taxas de crescimento da produtividade incluem-se a implementação de políticas de austeridade orçamental (mais intensa no primeiro grupo de países), ou a mudança estrutural verificada neste grupo de países, com um aumento da preponderância de setores de reduzida intensidade tecnológica, como o turismo ou o imobiliário. No terceiro ensaio, através da utilização do método de controlo sintético, procedemos a uma análise contrafactual do efeito da UEM na Posição de Investimento Internacional Líquida (PIIL) dos estados-membros da periferia da Área do Euro. Concluímos que em 2010, os PIIL destes países apresentariam uma melhoria acentuada face à situação verificada estimada, em média ponderada, em 42% do PIB de 2010. O ensaio argumenta que as diferenças de estruturas produtivas na Área do Euro traduzemse em transferências orçamentais implícitas dos estados-membros da periferia para os estados-membros do Centro que não sendo compensadas por transferências orçamentais explícitas no sentido oposto, resultam em desequilíbrios externos recorrentes com a concomitante deterioração da PIIL dos estados-membros da periferia. No quarto ensaio, investigamos dois factos observados na generalidade das economias desenvolvidas. Em primeiro lugar, estas economias têm apresentado nas últimas décadas uma tendência de crescimento económico cada mais vez mais anémico, ao mesmo tempo que o peso dos salários no produto tem também diminuído. Aplicando ao caso da economia Portuguesa, procuramos avaliar empiricamente a relação entre o crescimento do peso dos salários e o crescimento económico, através de uma análise econométrica de séries temporais. O ensaio concluí que o crescimento do peso dos salários contribui para uma aceleração do crescimento económico porque os efeitos positivos no consumo privado mais do que se sobrepõem aos efeitos adversos no consumo privado e nas exportações líquidas.
  • Three Essays on Tourism and Housing
    Publication . Barros, Vera Maria Gouveia; St. Aubyn, Miguel; Aguiar-Conraria, Luís
  • Ajuda pública ao desenvolvimento : insuficiências conceptuais, determinantes da afetação e efeitos nos recipientes
    Publication . Francisco, Paulo Jorge Santos; Moreira, Sandrina Berthault; Caiado, Aníbal Cristóvão
    Official Development Assistance (ODA), also known as foreign aid, is one of the most important sources of development finance for numerous countries. The present research aims to answer to distinct, but interrelated questions, regarding the nature, motivations and consequences of the aid flows established between developed and developing countries: (i) Does the concept of ODA accurately reflect the aid nature of the flows with origin in advanced countries? (ii) What are the motivations and constraints that influence the decisions of donors regarding the volume and the beneficiaries of ODA? (iii) What are the possible effects of ODA in certain socio-economic indicators of the recipient countries? The use of data on ODA is widespread in either academic work, governments’ planning, or public discourse. This research points out that the use of such data should take into consideration a number of relevant shortcomings of the underlying concept of ODA. The way that ODA is defined, which has recently been subject to significant changes, can decisively influence the way that its impact on recipients is appraised. It is concluded that, indeed, the ODA concept has a number of relevant insufficiencies, namely: the definition is primarily focused on the donor effort perspective and not on the benefits for recipients; the discount rate applied to loans has been excessive for a considerable number of years; the record of debt relief has implied a lag between the moment in which the recipients benefit from the actual entry of goods and services and the moment in which these become ODA; technical cooperation activities have included items which are, in effect, pure internal costs for the donors; and, the payment of interest on ODA loans was not reportable as negative ODA. With regards to aid allocation, a comprehensive theoretical framework for the subject is presented, establishing that ODA allocation results from a complex interaction between several components, namely the donors’ motivations (ideational, political, ideological, commercial, securitarian and cultural) and the recipients’ characteristics (invariant structural conditions, stable structural conditions, domestic policies and exceptional events). Empirically, this study analyses a vast number of bilateral and multilateral donors and recipients. In addition to regression analysis, and for the first time, to the best of our knowledge, principal-component factor analysis is used to identify distinctive groups of donors and recipients during the period 1990-2015. The results revealed four distinct clusters: (i) the proportionally largest Western European donors, characterized by a significant number of beneficiaries, especially low-income countries; (ii) donors that are predominantly driven by structural links with recipients, especially derived from colonial connections; (iii) a group of mainly Eastern European donors who are engaged with lower-income countries in Eastern Europe and Western Asia; and (iv) a group of Asian and Oceanian donors that select their partners mainly based on the geographical proximity criterion. The results also show that the level of income of recipients has a significant negative association with the aid received, while the level of democracy has a positive association. There is no evidence that the level of corruption of recipients is a significant criterion for bilateral aid allocation, and disaster aid may not be additional, but could simply be replacing other aid. The former colonies of the United Kingdom and France suffer from a negative bias from other donors. The European Union seems to pay special consideration to the level of democracy, but not to the level of corruption, as opposed to the World Bank. With respect to ODA impacts, this study examines the role of aid within the different theoretical approaches to development and, for the first time in the literature, establishes and systematises an integrated perspective of such role. The arguments against and in favour of granting official aid, postulated by each of the theories, are presented, as well as the way aid should be primarily allocated to maximise its positive effects. This work also empirically assesses ODA’s possible macro-effects through a GMM dynamic panel data model, resorting to an instrumental variables approach based on a model of donors’ aid allocation. The results reveal a statistically non-significant effect of ODA by itself on growth, but the interactive term between aid and the absence of corruption shows a positive and significant sign. The results therefore suggest that ODA has been less effective for boosting economic growth in more corrupt countries. As corruption is non-significant for aid allocation, but positively significant for growth, it can be postulated that the absence of the evidence of a positive impact of aid on growth could be due to the fact that aid has not been primarily granted to low-corruption countries, which thus makes it more difficult to materialize its supposed macro-impact. The main policy recommendations associated with the findings of the present study establish that donors should ensure that disaster and conflict-related aid is additional and not a substitute, and that the reasons for certain allocation biases should be pondered. Furthermore, in order to maximise its effects on recipients’ growth, it is advisable that aid should be granted primarily to less corrupt countries (a situation that, according to the results of the assessment on aid allocation, did not occur), consequently improving its potential macroeconomic effectiveness. This does not necessarily mean that donors should not grant aid to countries with higher levels of corruption, but rather that, instead of focusing initially on large scale assistance, whose reproductive effect in terms of economic growth may not be assured due to the prevailing institutional framework, donors should instead, during an initial phase, focus on activities and programs that contribute to improving the level of governance and the institutional framework of recipients, namely to reduce the risk of corruption, with the objective to foster conditions for future growth.
  • Essays on sovereign risks and government debt demand
    Publication . Ferreira, Carlos Alberto Piscarreta Pinto; St. Aubyn, Miguel
    0 objetivo geral da presente tese de doutoramento e contribuir para uma melhor compreensão do papel dinâmico e heterogéneo dos diferentes agentes que compõem a base de investidores nos mercados de divida publica das economias avançadas. A estreita ligação ao entre os riscos soberano e bancário motiva uma atenção especial a procura de dívida soberana dos bancos nacionais. Os temas abordados são relevantes designadamente para a gestão da dívida publica, em particular no âmbito da nova perspetiva macrofinanceira que surgiu na sequencia da Crise Financeira Global e da Crise da Dívida Soberana da Zona Euro (ZE) para substituir a tradicional abordagem de sustentabilidade da dívida (Das, et al., 2012}. A sua importância e ainda mais relevante se atendermos àreconhecida necessidade de coordenar a gestão da dívida publica, com as políticas monetária, fiscal e macro prudencial para criar urn quadro de política macroeconómica global tendo em vista melhorar a resposta aos desafios colocados pelas interligações diretas e indiretas observadas entre fatores globais e nacionais, entre diferentes emitentes soberanos e entre governos, bancos e outros investidores privados. No segundo capítulo da tese avaliamos o impacto da composição da base de investidores no custo da dívida pública e, para aferir o risco de refinanciamento, examinamos a forma como os investidores reagem aos cheques nas taxas de rendimento (yields) das obrigações soberanas. 0 estudo abarca 24 países e 3 maturidades compreendendo o período entre o 1º trimestre de 2004 e o 2º trimestre de 2019. A nossa abordagem, combinando VAR individuais e em painel, possui a vantagem de modelizar a causalidade bidirecional entre as taxas de rendimento e o volume da exposição dos diferentes investidores. Constatamos que um maior volume de investimento estrangeiro esta associado a taxas de rendimento mais baixas, mas este efeito encontra-se exclusivamente relacionado com bancos estrangeiros e essencialmente com a maturidade de 10 anos. Na ZE, as taxas de rendimento da dívida dos países com taxas tradicionalmente mais elevadas e as dos países do seu núcleo central reagem em direções opostas aos choques no volume de investimento estrangeiro. 0 investimento estrangeiro é pró-ciclico, nomeadamente nos prazos longos da curva de rendimentos e onde os equilíbrios macroecon6micos são mais débeis. Assim, a possibilidade de uma repeti ao da crise da dívida soberana da ZE não pode ser descartada, requerendo prontidão para mobilizar mecanismos de apoio para evitar o contagio e urna escalada que possa comprometer a própria União Monetária. A resposta das taxas de rendimentos da dívida aos choques no volume de investimento domestico é heterogénea e parece não ter qualquer relação significativa com o enviesamento em favor do investimento no país de residência. Não e possível associar de forma clara nenhum padrão cíclico de negocia ao a cada tipo de investidor domestico. 0 terceiro capitulo analisa o papel do comportamento da base de investidores na explica ao da volatilidade da taxa de rendimento das obrigações soberanas em 23 economias desenvolvidas, entre o 1º trimestre de 2004 e o 2º trimestre de 2019. 0 estudo complementa trabalhos anteriores ao investigar o papel dos investidores não oficiais não apenas estrangeiros, mas também domésticos, e ao utilizar o método das projejões locais para abordar de forma parcimoniosa a endogeneidade entre as variáveis. Os nossos resultados mostram que a compra e a venda possuem impactos distintos na volatilidade. Os investidores estrangeiros contribuem para aumentar a volatilidade da taxa de rendimento das obrigações, principalmente através das vendas liquidas. As compras líquidas dos investidores nacionais podem ajudar a proteger o emitente soberano contra a volatilidade, mesmo que o seu efeito amortecedor não seja sentido instantaneamente ou seja observável no contexto rnais crucial da subida das taxas de rendimento. A ZE, dividida em dois grupos de países que não respondem uniformemente as vendas líquidas estrangeiras nem gozam do mesmo nível de proteção das compras líquidas internas, afigura-se vulnerável, exigindo, do ponto de vista politico, vigilância e prontidão para contrariar riscos de fragmentação. 0 quarto capitulo investiga as decisões de carteira dos bancos relativamente a sua aloca ao de ativos a obrigações soberanas, utilizando dados anuais de 130 bancos japoneses no período compreendido entre 2002 e 2021. 0 Japão representa urn caso interessante, por três razoes. Primeiro, os bancos japoneses estão entre os bancos das economias avançadas com uma maior percentagem do total da dívida soberana nacional que não se encontra nas mãos do setor oficial, doméstico ou estrangeiro. Segundo, a media do seu racio de crédito bruto ao governo central sobre 0 total de ativos é cerca de três vezes superior aos valores médios nos EUA ou na ZE. Terceiro, as carteiras de dívida governamental, muito concentradas em dívida domestica do governo central, são relativamente mais homogéneas que nos EUA ou na ZE. 0 nosso contributo para a literatura existente incorpora, designadamente, o explorar do impacto da política monetária não convencional na procura de obrigações governamentais por parte dos bancos, o testar da importância do risco nas decisões de carteira dos bancos e a utilização de um enquadramento dinâmico, em alternativa àtradicional abordagem estática. Os nossos resultados mostram que os bancos menos capitalizados, menos diversificados, em forte expansão,com elevada rentabilidade no passado, bern como os bancos com maiores riscos de refinanciamento, tendem a deter relativamente mais obrigações governamentais. Adicionalmente, grandes bancos em termos de ativos tendem a aumentar relativamente mais a exposição à dívida soberana durante recessões e períodos de elevada volatilidade macroeconómica. Embora de forma menos clara, os dados sugerem também que os bancos com maiores níveis de crédito em incumprimento ou problemático e os bancos regionais com necessidades mais significativas de colaterais também detêm uma proporção mais elevada de obrigações soberanas. A política quantitativa e qualitativa de acomoda ao monetária teve um efeito disruptivo sobre a procura de obrigações do governo japonês por parte dos bancos. As reservas excedentárias dos bancos no Banco do Japão tornaram-se uma alternativa de igual perfil baixo risco/baixo retorno as obrigações do governo japonês, uma vez que os bancos com reservas excedentárias relativamente mais elevadas tem relativamente menos obrigações do governo japonês nos seus ativos. No futuro,apenas o fim ou inversão da expansão da base monetária pode ajudar as de obrigações do governo japonês a recuperar o seu papel único de ativo sem risco para os bancos japoneses. Os resultados relativos à resposta dos bancos a um choque económico adverso sugerem também que e necessário um grande cuidado na calibração dos requisitos de capital impostos à concentração da carteira de dívida soberana e seus limiares, nos moldes como estão a ser estudados na União Europeia. Em resumo, esta tese assinala a necessidade de ter presente a heterogeneidade dos diferentes tipos de investidores em dívida publica e estabelece uma rela ao entre a composição da base de investidores e os custos da dívida soberana, os seus riscos de refinanciamento e a volatilidade do mercado de obrigações governamentais. As nossas conclusões indicam que os institutos de gestão da dívida pública devem preocupar-se com a sua base de investidores e procurar o equilíbrio mais adequado entre os custos e os riscos que cada tipo de investidor representa. As conclusões relativamente à ZE alertam para a continua presença do risco de fragmenta ao e, por conseguinte, conferem suporte à decisão do BCE de aprovar o lnstrumento de Proteção da Transmissão da política monetária no dia 21de julho de 2022. Por último, o caso do Japão evidência a importância das condções do balanço dos bancos e do risco para a sua procura de dívida soberana e ilustra o impacto da política monetária não convencional, designadamente a substitui ao das obrigações do Tesouro pelas reservas excedentárias dos bancos no banco central no seu papel de ativo "sem risco".;
  • Topics on Financial Stability
    Publication . Ramos, Ângelo Miguel Calmeiro; Garcia, Maria Teresa
    This thesis consists of three papers on topics related to financial stability. The first essay describes the dynamics of key macro-financial variables around systemic banking crises for 18 developed countries over the 1870–2017 period. Our results provide evidence that credit, house prices and banks’ loan-to-deposit ratio are the variables with the strongest predictive power for systemic banking crises. In addition, the results suggest that systemic banking crises have persistent effects on several key economic and financial variables. Then, the second essay, using quarterly data spanning from 2003 to 2021, assesses potential price imbalances in the residential real estate market in Portugal, and examines the factors associated with the dynamics of these prices. By combining different methodologies, we conclude that there is a set of imbalance periods in the time span under analysis. We find undervaluation in the periods that followed the international financial crisis and the sovereign debt crisis, and overvaluation in the recent period characterized by a sharp price growth. Prices in the residential real estate market in Portugal show signs of overvaluation, in aggregate terms, since 2019-2021, depending on the methodology used. Finally, the third essay assesses, for a group of 42 countries between 1990 and 2019, the effectiveness of macroprudential policies in reducing imbalances in the financial sector, focusing on the credit-to-GDP ratio gap, and economic growth volatility. Our analysis provides evidence that macroprudential policy instruments can achieve their objectives. They prevent the build-up of imbalances in the financial system and lead to a more stable economy, potentially reducing the likelihood of a financial crisis.
  • Essays on macroprudential policy and growth
    Publication . Teixeira, André Manuel Ventura Soares; Afonso, António
    The relationship between MaPP and growth is examined in four related chapters. Each chapter uses a novel empirical approach to estimate the causal effects of MaPP on some of the most important determinants of growth. The first chapter is a joint work with Zoe Venter and it is published in the International Journal of Central Banking. Using a novel difference-in-differences with staggered adoption, we show that MaPP reduces household consumption and increases firm investment. We find that some prudential tools have pernicious effects on consumption, while others lead to higher firm investment. The effects of MaPP are found to be relatively mild in the short run but become more pronounced in the long run. These findings point to a weaker macroeconomic impact of MaPP than suggested in previous studies. The second chapter is published in the Journal of Policy Modeling. I use micro-level data from 122 countries to examine how MaPP affects individual behaviour. I find that people save more and borrow less after the adoption of MaPP. These effects are then disaggregated by policy tool , interest rate, and country income level. The results show that the effects of MaPP depend more on the design of the policy tool and the country's income level and less on the interest rate. These findings stand up to a variety of endogeneity tests that include propensity score matching and an instrumental variable approach. The third chapter is published in the Journal of Financial Stability. I examine the effects of MaPP on wealth inequality based on a large sample of 171 countries. I find that, after the adoption of MaPP, wealth concentration in the treated countries increases by 3.4 percentage points in a decade. This finding is explained by a rise in the wealth share of the top 1% combined with a sharp decline in the wealth share of the bottom 50%. These effects are stronger for prudential rules based on income, particularly in advanced economies. The fourth and final chapter is a joint work with Antonio Afonso and is under review in a similar-level journal. We investigate the impact of banking prudential regulation on sovereign risk. As long as prudential regulation improves financial stability, it lowers sovereign risk and enables governments to increase their spending. Consequently, countries with prudential regulation have lower primary budget balances and accumulate more government debt over time. These results suggest that prudential regulation reduces private debt, while paradoxically increasing public debt. We explore several explanations for this paradox. Our results indicate that prudential regulation induces governments to accumulate debt because it improves a nation's credit rating and its borrowing conditions in sovereign bond markets.
  • Essays on the reform of the European Union’s corporate tax system
    Publication . Vicente, Joana Andrade Vilela; Pais, Joana
    In this thesis we start by theoretically analysing the European Union (EU)’s ongoing political impasse regarding the choice of a single method to allocate multinational enterprises’ profits across countries and we find that this strategic situation resembles a coordination game with distributional consequences. The two Nash equilibria involve no efficiency trade-off, but the conflictual distribution of welfare gains and the presence of heterogeneous preferences have been preventing the implementation of a long-term comprehensive tax policy reform. By continuing to rely on the current transfer pricing standard-based model, the EU has been allowing multinational enterprises to artificially shift profits across Member States. Such actions challenge a fair taxation in the Single Market, distorting European internal competition and hampering tax revenues collection. We then conduct an empirical analysis to assess the redistributive impact of implementing a Formulary Apportionment approach in the EU, compared to the current system based on the separate entity approach, aiming to contribute with data-based evidence to the ongoing political debate about a change in the European corporate tax system. More specifically, we estimate which Member States will likely gain and lose in terms of corporate tax base and revenues after the transitional period of the Business in Europe: Framework for Income Taxation (BEFIT) initiative, recently launched by the European Commission. Using recently published Country-by-Country Reporting data released by the Internal Revenue Service, our findings show that the redistributive impact among Member States would be significant. Larger economies with higher tax rates (such as Germany and France) would experience a considerable tax base increase, transferred away from smaller countries with lower tax rates (like the Netherlands and Ireland), as multinational enterprises would have more restricted opportunities to engage in artificial profit shifting activities. This analysis highlights the urge for the EU to overcome the internal political impasse and adopt a factor-based Formulary Apportionment approach, overhauling a century-old set of global tax rules.
  • Essays on survival of small and medium-sized enterprises and new ventures
    Publication . Wang, Weiyu; Guedes, Maria João
    Small and medium-sized enterprises (SMEs) failure prediction and new venture survival have become increasingly relevant fields of study, expanding rapidly due to their critical roles across various disciplines. These firms are pivotal in driving economic development, productivity, and business innovation. However, they differ in their inherent characteristics, which can influence their choices and success. New ventures, in particular, face distinct challenges as they are in the nascent stages of their organizational life cycles and must contend with the liabilities of smallness and newness. In this context, this thesis is dedicated to investigating the determinants of survival among SMEs and new ventures from different perspectives. First, the second chapter investigates how financial ratios, company size, and age contribute to predicting the risk of failure for SMEs and new ventures. This is achieved by using logistic regression to create one-year prediction models for each type of firm in Portugal. The findings confirm that size and age are consistently important factors in assessing the failure risk for both SMEs and new ventures, although the specific financial indicators used in the final models for predicting default differ between them. Additionally, the predictive model for SMEs, which incorporates financial measures, age, and size, is more accurate in its predictions than the model for new ventures based on classification accuracy. This suggests that SMEs and new ventures should be evaluated separately when forecasting their likelihood of failure. Second, to further analyze the special determinants of new venture survival, internationalization-related factors and family ownership are introduced in the third chapter. Compared with non-family counterparts, new ventures owned by families, prioritize preserving their socio-emotional wealth and focus on long-term orientation toward survival, making them survive for longer. The third chapter intends to investigate whether family ownership can act as a safeguard for international new ventures against the perils associated with early internationalization. Our study scrutinizes how family ownership affects the associations among four internationalization dimensions (international intensity, earliness of internationalization, post-entry speed of international expansion, and export regional diversification) and the survival of new ventures. Using longitudinal panel data from 2010 to 2018 and applying the Cox proportional hazard model, our findings suggest that family ownership moderates the relationships, demonstrating that family-owned new ventures have a heightened sensitivity to internationalization risks. Additionally, this study helps clarify the reasons behind family firms’ hesitancy to internationalize and provides new insights into the fields of family firm internationalization and international entrepreneurship. Lastly, with the rise of global competition and technological progress pushing manufacturing firms to reevaluate their competitive advantages, servitization emerges as an innovative strategy. By incorporating services into conventional product offerings, manufacturers present greater value added to customers on the international stage. In the context of international entrepreneurship, the fourth chapter explores the relationship between servitization and the survival of new manufacturing ventures in the global arena through the application of the Cox proportional hazards model. Furthermore, it examines the moderating effects of pre-internationalization preparation and post-internationalization experience on the servitization-survival relationship, considering the costs, resources, and capabilities developed at different stages. Our findings corroborate the perspective that global new manufacturing ventures are more susceptible to risk and incremental costs that come with servitization, along with the uncertainty of global markets. Entering foreign markets later and possessing extensive international experience equip manufacturing ventures with the capacity to withstand the perils associated with servitization and the internationalization process. In doing so, we contribute to explain the service paradox through a processual view on internationalization. This thesis offers a comprehensive study of the determinants of new venture survival from various perspectives, including financial ratios, ownership structure, internationalization, and servitization.
  • Determinantes socioeconómicos da pobreza em Moçambique
    Publication . Dadá, Yasser Arafat Ismael; Mosca, João Manuel Ferreira dos Santos
    Em Moçambique, a redução da pobreza é, desde o final da guerra civil (em 1992), um objetivo central nos enunciados das políticas públicas. Ainda assim, atualmente, uma importante parte dos moçambicanos está privada de rendimentos suficientes para satisfazer as necessidades de consumo consideradas básicas. A pobreza está presente em todo o país, mais nas zonas rurais, que nos centros urbanos, com destaque para as províncias do Norte, mas também nas províncias do Centro e do Sul. A persistência da pobreza pode revelar uma baixa eficácia das políticas públicas, resultante de opções desajustadas, incoerentes e instáveis, dispersas e de curto prazo, sem consideração de quais os determinantes que mais influenciam a redução da pobreza. Este estudo, tem como objetivo investigar e comparar o comportamento dos determinantes socioeconómicos da pobreza das famílias em Moçambique, em diferentes contextos (nível nacional, rural e urbano) e considerando o género do chefe das famílias. A pesquisa baseia-se em dados secundários recolhidos de organizações nacionais e internacionais (PNUD, OMS, UNICEF, BM, FMI, INE, BdeM, entre outros), em revistas e livros cujo tópico central está relacionado, direta ou indiretamente, com os determinantes da pobreza. A principal fonte de informação quantitativa é a base de dados do IF (Inquérito às Famílias), realizado entre agosto de 2014 e agosto de 2015. O IF 2014/15 é uma pesquisa contínua e integrada, resultante da amostragem e recolha de dados de 11.515 AFs selecionados, distribuídos proporcionalmente pelas províncias do país. A base de dados está organizada em cross-section. Os resultados revelam que existem diferenças na magnitude dos impactos dos determinantes socioeconómicos na pobreza, quando se considera o género do chefe da família e a localização do agregado familiar e que as políticas públicas adotadas têm resultado na intensificação da pobreza e das desigualdades sociais e espaciais.
  • A trajetória do financiamento da educação básica no Brasil : conjunturas críticas constitucionais e persistência das desigualdades (1823 a 1988)
    Publication . Silva, Jane Machado da; Mah, Luís; Carvalho, Alexandre Filordi de
    O reconhecimento do direito à educação no Brasil ocorreu de forma tardia. Enquanto alguns países europeus e sul-americanos podiam avaliar os resultados da criação de seus sistemas de ensino e da definição da obrigatoriedade de frequência escolar, ocorria a transição da Monarquia à República (1889). Naquele momento ainda havia dissensos entre os parlamentares sobre as competências do governo central e dos governos subnacionais em relação à oferta da educação escolar, assim como dificuldades das antigas províncias com suas finanças para subsidiar serviços públicos. Desde o início do seu processo de institucionalização, a educação pública e o seu financiamento foram negligenciados, tendo sido franqueados às instituições religiosas pela Coroa Portuguesa durante a colonização. Nestes termos, realizou-se uma análise histórico-institucional para compreender a trajetória do ensino público e de padrões do seu financiamento. O ensino primário tornou-se etapa obrigatória apenas na Constituição de 1934 e desde então, a vinculação orçamentária de determinados impostos, tornou-se a principal estratégia dos atores sociais e políticos para garantir o financiamento mínimo da “escolarização básica” da população, atendida pelos sistemas públicos de ensino. Nessa perspectiva, analisou-se os arranjos institucionais derivados dos contextos de produção das sete constituições brasileiras (1827, 1891, 1834, 1937,1846, 1867 e 1988), particularmente da primeira Constituição Republicana de 1891 e da sexta Constituição Republicana de 1988, considerando-os, inicialmente, como conjunturas críticas passíveis de instituir dispositivos potencialmente redutores das desigualdades educacionais, tendo em vista as características que circunscreveram esses dois períodos da história política brasileira.