FPCE-UOE-DCAETE- Comunicações e Conferências
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing FPCE-UOE-DCAETE- Comunicações e Conferências by Title
Now showing 1 - 10 of 20
Results Per Page
Sort Options
- A aprendizagem feita pelo ensino: a questão básica da escolaPublication . Miranda, Guilhermina LobatoA importância da aprendizagem feita por intermédio do ensino de determinados saberes e saberes-fazer, nomeadamente da aprendizagem escolar, não precisa de ser demonstrada. Os alunos têm que aprender mais e melhor para responder às exigências de um mundo cada vez mais incerto, competitivo e complexo. A escola tem um peso cada vez maior na vida das crianças e das famílias e em muitos casos parece não conseguir responder aos desafios actuais. Muitas pessoas se queixam da falta de conhecimentos com que os alunos saem das escolas e os resultados das avaliações não são optimistas. O nível de iliteracia parece ser elevado, mesmo nos alunos que terminam cursos superiores. Num simpósio dedicado aos contributos da psicologia para a inovação educacional, interessa com certeza questionar estes aspectos. E também o que estará a faltar na formação dos professores e no processo de ensino e aprendizagem que conduz a tais resultados e juízos sobre a aprendizagem escolar. Importa ainda saber como alterar esta situação. Como contributo particular para esta temática tentaremos sistematizar os resultados das investigações psicológicas sobre este tipo particular de aprendizagem, a saber, a que é feita por intermédio do ensino explícito de determinados conhecimentos. Com efeito, e como referem Resnick (1983), Resnick & Glaser (1986), Mendelsohn (1994) e De Corte (1995) existem três aspectos que é necessário distinguir quando se fala dessa aprendizagem: 1) uma teoria do conhecimento especializado; 2) uma teoria da aquisição; e 3) uma teoria da intervenção. Propomo-nos neste painel analisar estas três componentes da teoria da aprendizagem pela instrução, fundamentando esta análise nos resultados mais estáveis das investigações realizadas. Por isso, iniciamos a comunicação com uma análise das quatro categorias de aptidões que é necessário que os alunos adquiram se queremos que eles se tornem competentes (num ou em vários domínios do conhecimento). A compreensão das realizações competentes é importante para estudar os processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Num segundo momento analisaremos os processos de aquisição que conduzem os alunos de um estado de iniciados a um estado mais competente, baseando esta análise nos resultados das investigações da psicologia cognitiva. Referiremos ainda o problema da transferência de conhecimentos, pois é um tópico central das investigações da psicologia da aprendizagem e também da aprendizagem escolar. De facto, as aprendizagens escolares só são úteis quando podem ser aplicadas a problemas e situações da vida "real". Se os alunos não forem capazes de transferir os conhecimentos para as situações do seu quotidiano e futuro profissional, a escola não está a cumprir o seu papel.
- Avaliação Alternativa: Perspectivas Teóricas e Práticas de ApoioPublication . Fernandes, DomingosOs conceitos de avaliação formativa e de avaliação sumativa foram inicialmente elaborados há cerca de 40 anos atrás no contexto da chamada avaliação de programas (Scriven, 1967). Nessa altura prevaleciam concepções acerca da aprendizagem que, fundamentalmente, decorriam das teorias da psicologia associacionista e comportamentalista, e ainda colhiam bastante aceitação concepções de currículo e de escola muito subordinadas às ideias de Taylor, que se consubstanciavam no chamado currículo da eficiência social. É, pois, neste contexto que surgem as concepções de avaliação propostas por Scriven. Uma avaliação formativa que, em contextos educativos, se destinava a ir corrigindo e ajustando o ensino e a aprendizagem e uma avaliação sumativa que, no essencial, fazia um balanço e emitia um juízo final acerca do que os alunos sabiam e eram capazes de fazer. Bloom, Hastings e Madaus (1971) enquadram conceptualmente a avaliação formativa com base em princípios behavioristas e neo-behavioristas de ensino e de aprendizagem. Isto significa que, em geral, a avaliação é um processo de recolha de informação que incide primordialmente em produtos de aprendizagem que se medem tendo em conta um conjunto de objectivos definidos em termos comportamentais. Ou seja, definidos de tal forma que se traduzem em comportamentos observáveis. Consequentemente, atribui-se uma relevância particular à utilização de instrumentos, normalmente testes ou grelhas de observação, que permitam medir com rigor e, fundamentalmente, de forma quantitativa, as aprendizagens dos alunos. Neste quadro, a avaliação formativa ocorre normalmente após um dado período de ensino para verificar se os objectivos previamente definidos foram ou não alcançados. Neste último caso, como consequência da avaliação formativa, o professor propõe tarefas de remediação para que o aluno possa ultrapassar os problemas detectados. Trata-se de uma avaliação de regulação retroactiva pois as dificuldades dos alunos são identificadas após um dado período de ensino e aprendizagem e não durante esse mesmo período. Estas breves considerações iniciais destinam-se a enquadrar a discussão a desenvolver neste trabalho que, no essencial, se irá orientar com base nas seguintes ideias (Fernandes, 2005): 1. A avaliação que prevalece nos sistemas educativos é de natureza primordialmente sumativa e orientada para a atribuição de classificações. 2. A avaliação formativa, quando ocorre, é do tipo da que acima se descreveu; ou seja, de referência neo-behaviorista, não integrada nos processos de ensino e aprendizagem e incidindo sobretudo nos resultados. As concepções teóricas que lhe estão subjacentes continuam a predominar largamente nos sistemas educativos. 3. A avaliação formativa de referência cognitivista e construtivista, fundamentalmente orientada para melhorar e regular as aprendizagens e o ensino, mais centrada aos processos e integrada no ensino e na aprendizagem é uma alternativa à anterior. As concepções teóricas que lhe estão subjacentes são emergentes e pouco conhecidas nos sistemas educativos. 4. A clarificação teórica é condição essencial para o desenvolvimento de práticas mais sustentadas e duradouras de avaliação formativa alternativa cuja função primordial é a de apoiar os alunos no desenvolvimento das suas aprendizagens.
- Avaliação das Aprendizagens: Reflectir, Agir e TransformarPublication . Fernandes, DomingosOs sistemas educativos contemporâneos continuam com problemas para garantir que todas as crianças e jovens possam ter acesso a uma educação e formação que lhes permitam integrar-se plenamente nas sociedades. Na verdade, existe um alargado consenso quanto ao facto de muitos alunos não estarem a aprender os saberes, as capacidades e as atitudes de que necessitam para poderem prosseguir dignamente as suas vidas, através da sua participação activa no desenvolvimento das sociedades. Em muitos países, milhões de alunos não conseguem sequer progredir normalmente na escolaridade. Por exemplo, em Portugal, num percurso de nove anos de escolaridade obrigatória, cerca de metade dos alunos acaba por ter de repetir um ou mais anos antes da sua conclusão porque, supostamente, não desenvolveram as competências necessárias para poderem prosseguir. Este facto, que, em si mesmo, é muito preocupante, está muitas vezes associado a fenómenos de abandono puro e simples da frequência das escolas por parte de milhares de estudantes. Milhões de alunos em todo o mundo são assim “atirados” para o chamado mercado de trabalho sem que possuam quaisquer qualificações dignas desse nome. Na ausência de uma verdadeira igualdade de oportunidades surge a ameaça, mais ou menos séria, à coesão social, equilíbrio essencial nas sociedades democráticas. Apesar das necessidades das pessoas e das sociedades actuais, os sistemas educativos continuam a basear-se em modelos em que predomina o ensino de procedimentos rotineiros, pouco mais exigindo do que a reprodução de informação tal qual é transmitida. A escola ainda não consegue garantir que, para todos e cada um dos seus alunos, o essencial do currículo esteja no desenvolvimento dos processos mais complexos de pensamento, através da resolução, mais ou menos contextualizada, de problemas, da interacção com uma diversidade de situações problemáticas da vida real, da recolha, apresentação, análise e interpretação de dados ou da utilização inteligente das novas tecnologias da informação. Simultaneamente, os modelos dominantes de avaliação das aprendizagens estão sobretudo orientados para classificar, seleccionar e certificar os alunos quando o que nos mostra a investigação é que precisamos de uma avaliação que esteja essencialmente organizada para ajudar os alunos a aprender melhor, a aprender com compreensão. Desta forma, a avaliação deve contribuir para que os alunos sejam mais autónomos e mais capazes de aprender utilizando melhor os seus próprios recursos cognitivos e metacognitivos. Mas esta diferença entre uma avaliação orientada para classificar e uma avaliação orientada para melhorar, exige mudanças culturais profundas, requer que suscitemos a reflexão informada dos professores, das famílias, dos investigadores, dos gestores escolares e dos responsáveis pela condução das políticas educativas.
- Avaliação de programas e de projectos pedagógicosPublication . Fernandes, Domingos
- Um breve olhar sobre a relação entre as tecnologias digitais e o currículo no início do Séc. XXIPublication . Costa, Fernando AlbuquerqueO que implica a relação subjacente ao título do painel O Digital e o Currículo, que tivemos a honra de organizar e moderar no âmbito da VI Conferência Internacional de TIC na Educação (Challenges 2009), isto é, a relação entre os objectivos de natureza curricular perseguidos pela Escola e o potencial que as tecnologias digitais têm para oferecer, foi a questão de fundo que tivemos oportunidade de sugerir como base da reflexão e discussão. O que significa, em particular, essa relação, numa altura em que é tão saliente a força das imagens e cada vez mais questionada a perenidade do conhecimento científico? Que mudanças do ponto de vista metodológico terão de verificar‐se nos processos de ensinar e de aprender? Que competências deverão ter professores e educadores? Como poderão os recursos digitais ajudar a resolver os problemas colocados pela aprendizagem? Estas, algumas das interrogações cuja resposta poderá ajudar a fazer luz sobre a problemática mais ampla da utilização das tecnologias digitais em contexto educativo.
- Contributos para um Modelo de Avaliação de Produtos Multimédia Centrado na Participação dos ProfessoresPublication . Costa, Fernando AlbuquerqueA participação dos professores na avaliação de produtos multimédia é aqui considerada como um mecanismo de enriquecimento sucessivo dos próprios professores nomeadamente através da reflexão sobre o seu potencial em termos de exploração pedagógica. Na linha de uma avaliação formadora, os instrumentos de avaliação são entendidos sobretudo como "convites à reflexão sobre o uso que os professores podem fazer do software" (Castañón, 1997) e são utilizados, entre outros, para aumentar a capacidade de reflexão e análise crítica dos professores, bem como para fornecer pistas e sugestões de utilização pedagógica deste tipo de recursos de natureza multimédia. O presente trabalho insere-se nos estudos desenvolvidos em Portugal no âmbito do projecto europeu PEDACTICE "Educational Multimedia in Compulsory School: From Pedagogical Assessment to Product Assessment" (mais informações disponíveis em http://www2.fpce.ul.pt/projectos/pedactice).
- O Currículo e o Digital. Onde está o elo mais fraco?Publication . Costa, Fernando AlbuquerqueA avaliar pela grande difusão e cada vez maior apropriação social das tecnologias digitais, parece já não ser tão questionada hoje a sua exploração para fins educativos e, portanto, a sua integração nas actividades regulares que a escola proporciona. Isso, por si só, não basta, no entanto, para resolver as questões inerentes à utilização didáctica de tão poderosas ferramentas de trabalho e de aprendizagem, num contexto em regra fechado à inovação e tradicionalmente muito lento em termos de reacção às mudanças operadas na sociedade. Pelo contrário, é grande o desafio que os professores enfrentam, nomeadamente os que já reconheceram a importância estratégica que as novas tecnologias detêm no desenvolvimento dos indivíduos e na preparação de cidadãos com sucesso, sendo urgente encontrar estratégias de desenvolvimento profissional que lhes permitam conhecer, experimentar, enquadrar e usar o computador ao serviço da aprendizagem dos seus alunos. Uma aprendizagem de qualidade, profunda e significativa, na linha, aliás, das perspectivas mais recentes sobre o que é aprender e de que o discurso oficial tem sido reflexo, pelo menos ao nível retórico. Partindo de três histórias simples, pretende-se contribuir para a reflexão em torno das potencialidades pedagógicas das tecnologias digitais – aquilo que com elas se pode fazer diferente – e, bem assim, constituir uma achega para as necessárias mudanças ao nível da formação de professores.
- E-learning. Formação de Formadores para a Construção de Contextos de Aprendizagem SignificativaPublication . Costa, Fernando Albuquerque; Peralta, HelenaO termo “e-learning” começa a entrar com insistência, nomeadamente no campo da Formação Profissional e da Educação. Torna-se por isso oportuno reflectir sobre o alcance e implicações desse conceito e sobre formas de o operacionalizar à luz das Ciências da Educação. Como contributo para esse objectivo, apresenta-se nesta comunicação o esboço de um modelo de formação de formadores em que se pretende que as dimensões didáctica e curricular, a par da dimensão tecnológica, constituam fundamento para a construção de uma aprendizagem a distância, autónoma e significativa.
- Estratégias de desenvolvimento de materiais de auto-aprendizagem: Projectos e-Student e e-escolaPublication . Costa, Fernando Albuquerque; Viseu, Sofia; Viana, Joana; Trigo, Ana PaulaMais do que a simples aquisição de saberes, tão característica dos sistemas formais de educação, ensino e formação, exige-se hoje que sejamos capazes de acompanhar os processos de mudança da Sociedade em que vivemos, nomeadamente através do uso das tecnologias de informação e comunicação em rede que estão ao nosso dispor, da participação activa em equipas de trabalho e do envolvimento individual numa aprendizagem autónoma, independente e continuada, ao longo da vida. Uma aprendizagem que não pode, pois, resumir-se apenas aos bancos da Escola, aos momentos formais em que esta continua estruturada, aos conteúdos que ela própria elege, e à figura do professor enquanto principal decisor sobre “o quê” e “como” deve ser aprendido em cada momento. Uma aprendizagem que, pelo contrário, tem de ser equacionada para além da escola formal, quer no que isso significa em termos de deslocação do poder de decisão sobre o que aprender e como aprender para os próprios alunos, adequando-se melhor aos interesses e às necessidades de cada indivíduo, quer no que isso significa em termos de resposta às necessidades da própria sociedade em mudança e que, como já todos pudemos verificar, exige uma adaptação constante ao longo da vida.
- Formação inicial de professores e tecnologiasPublication . Silva, Fátima; Miranda, Guilhermina LobatoA Formação Inicial de Professores é um dos pontos para onde convergem inevitavelmente as questões sobre a vida escolar. Nela deveriam lançar-se os alicerces para a construção do perfil do professor necessário a cada sistema de ensino, de acordo com o contexto e as características específicas de cada sociedade. É neste sentido que este artigo, fundamentado nos resultados obtidos na investigação no âmbito da Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação, na área de Tecnologias da Educação, aborda a Formação Inicial de Professores. Pretende-se, por um lado, reflectir sobre a sua importância na construção da profissionalidade docente integrada na hoje chamada "Sociedade da Aprendizagem", por outro lado, este trabalho tem como objectivo analisar a ligação entre os saberes formais no domínio das tecnologias adquiridos em instituições de ensino superior e o início da actividade docente. Tratando-se de um estudo exploratório, cujo público-alvo foram 501 estagiários dos cursos do Ramo Educacional e das Licenciaturas em Ensino, colocados no ano escolar de 2002-2003 em Escolas do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário da área geográfica da Direcção Regional de Educação de Lisboa, construíram-se instrumentos de recolha de dados (entrevistas e questionário), fundamentados pela revisão da literatura e pela análise da legislação, que possibilitassem identificar os seus conhecimentos em tecnologias e as fontes desses conhecimentos, a utilização que fazem dos recursos tecnológicos, os motivos que as fundamentam e as suas percepções sobre a adequação das tecnologias ao ensino e à aprendizagem. Os resultados obtidos espelham, assim, o estádio em que se encontra a utilização das tecnologias na Formação Inicial de professores, sendo aqui complementados com conclusões de outros estudos realizados sobre o mesmo tema.
