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- Escola António Arroio (1919-1969) : uma escola artística entre escolas técnicasPublication . Paiva, José Castanheira de, 1960-; Barroso, João, 1945-Escola António Arroio (1919-1969): uma escola artística entre escolas técnicas... Sendo um professor daquela Escola dos dias de hoje (de algum modo insatisfeito com a sua situação presente), que nunca foi seu aluno nem sequer seu professor naquele tempo de ontem (mas completamente deslumbrado com o que terá sido o seu passado), ousei lançar-me na empresa da desocultação de uns quantos sentidos que - segundo creio - terão preenchido aquele tempo ido de uma forma sublime... Para quê? Talvez para “honrar o problema”, na mira de compreender o presente e alcançar, amanhã, um futuro melhor. E claro está: se resolvi tomar esta proposição assim disposta em jeito de contraponto - uma escola artística entre escolas técnicas - e como chave mestra para entrar no problema, foi tão só porque me pareceu poder ela abrir uma porta de acesso aos traços de autenticidade ou, melhor dito, ao lastro distintivo da Escola o qual, porventura, terá sido sempre o seu. Mas como é óbvio, muitas outras chaves poderiam ter aberto ou vir a abrir outras tantas portas! Certo é que, sem nunca ter entrado por estes meandros da história da educação, e portanto, sem verdadeiramente saber na trabalheira em que me metia, assim me introduzi nesta empreitada! E vá-se lá saber porquê - quiçá por vício de formação - resolvi complicar ainda mais a conjuntura forçando a entrada nela pela mão dos esquissos, movido pela intuição. Foi, pois, por via desta, que emergiram uns quantos esquissos e como é natural, muitos mais poderiam ter surgido sob o mesmo critério metodológico adoptado que foi, como não podia deixar de ser, baseado no acaso. É sabido como pelo esquisso, trabalhado manualmente, se acede livremente à intuição, se exercita o poder do individuo que, no papel, realiza tudo o que é capaz e a mão lhe permitiu. Já pelo projecto, trabalhado intelectualmente, procura-se, através de uma actividade cognitiva que se fecha progressivamente à possibilidade da intuição, servir uma encomenda do grupo em ordem a responder a anseios de tipo diverso que ele mesmo determinou como sendo necessários de satisfazer. Em todo o caso - convém precisar - o projecto não deixa de envolver, na sua teia fundamentalmente intelectual, os ingredientes sentimentais num processo em que a intuição se encarrega de fornecer, sem quaisquer pruridos, alguns dos contributos fulcrais. Para aquele que esquissa, cada esquisso é uma tarefa concluída e singular, gerada através de um processo conflituoso, exaltado, e carregando sempre atrás de si a memória pessoal dos esquissos anteriores. Para aquele que projecta, saber e conhecimento existem desligados da sua realização. Nestes moldes, torna-se fácil de entender que: do esquisso possa brotar a imagem que nos ocorre, oriunda de uma experiência intensa sobre a realidade ou simplesmente de um sonho, pois que pela sua natureza intrínseca, não está presente nele o desejo de transformar o resultado de um processo numa realidade concretizável; no projecto, esteja subjacente a necessidade de intervir para melhorar e na medida em que qualquer transformação possa implicar riscos, haja que recorrer a um método como tentativa e esforço de racionalização e sistematização. Por outro lado, enquanto esquissar é possuir o presente, projectar é antecipar, ainda que muitos projectos não passem daqui mesmo, desta fase de antecipação, assim assumida como meio de atingir o utópico sem realizar, de todo, o projecto no concreto. Neste quadro, enquanto o esquisso é já obra, o projecto é tão só processo. Se no esquissar não se é movido pelo desejo de se alterar seja o que for, isto é, não há qualquer função que ultrapasse o contexto expressivo do acto em si, a fruição é total, não precisa de tempo nem de espaço, é pura espiritualidade, já no projectar, embora a intuição, a subjectividade ou a inconsciência sejam determinantes no avanço da sua acção, esta preocupa-se essencialmente com o funcionamento das coisas, e nesta medida, actua-se sobre a circunstância, valorizam -se situações e produtos, decide-se sobre o que fica e o que se recusa. Ora foi entre estas duas atitudes - a do esquissar e a do projectar- que balanceei quando, logo no início (no programa do projecto), tive de equacionar os termos com que devia vir a orientar o desenvolvimento deste trabalho. E francamente indeciso, lá pendi para a segunda mas sem deixar de incluir a primeira e assim, posso mesmo dizer que acabei, no fundo, optando por ambas! Em boa verdade, interessava-me tanto a tarefa - livre, concluída, singular, de sonho, de presente, onde me podia envolver tão só individualmente - do esquisso, quanto o desejo de intervir para melhorar, de transformar o resultado de um processo em algo de concreto, numa antecipação, num problema que importava equacionar num projecto que interessasse ao grupo.(...)
- Le Szondi des Alcooliques : Alcoolisme et ToxicomaniePublication . Gonçalves, Bruno
- Para uma caracterização da linguagem jurídicaPublication . Nunes, Helena Sousa
- Applying Genre Analysis to EMS Design: The Example of a Small Accounting FirmPublication . P. Antunes; C. Costa; J. Dias
- O espaço público da educação: imagens, narrativas e dilemasPublication . Novoa, Antonio
- O desafio ambiental: as políticas e a participação dos actoresPublication . Queirós, Margarida; Gaspar, JorgeA escolha de um tema de investigação decorre de um processo simultaneamente racional e subjectivo, resultado de circunstâncias muito particulares. Em 1991, quando integrei o corpo docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e iniciei actividades de investigação no âmbito do Centro de Estudos Geográficos, poucos colegas de geografia humana se interessavam pela discussão acerca do desenvolvimento sustentável. Porque havia lecionado a disciplina de Ambiente e Território na Universidade Católica de Viseu e dedicado a minha dissertação de Mestrado a um tema ambiental, rapidamente me apercebi que o meu melhor contributo para a comunidade geográfica derivaria do seu aprofundamento. Porém, não posso negar que o maior incentivo a prosseguir a investigação resulta de uma necessidade intrínseca em partilhar a minha preocupação com a crescente produção e acumulação de resíduos contendo substâncias perigosas a que se alia, muitas vezes, um elevado potencial de persistência e bioacumulação. […] Perante esta ameaça que se coloca ao equilíbrio da Natureza e ao bem-estar da Humanidade, procuro reflectir nas transformações da política económica e ambiental, sem as quais seriam impensáveis novos modelos de produção e tecnologias compatíveis com os objectivos de minimização dos impactes ambientais. Porém, os problemas da sustentabilidade não são apenas técnicos, nem resolúveis num curto horizonte temporal. Do meu ponto de vista, as soluções para o problema ocorrem através de um longo processo de aprendizagem, para o qual é necessário optar, negociar e adaptara continuamente. É neste jogo de interesses que o debate se coloca. É também minha convicção, que quando se discutem os limiares necessários para o país satisfazer os desafios ambientais do futuro, é necessário não menosprezar a ocorrência de problemas ambientais diferenciados, que exigem políticas específicas. A aposta no desenvolvimento sustentável não significa uniformizar. Cada problema ambiental deve ser equacionado em função da sua dimensão e especificidade, assim como da sua contextualização territorial. E por isso estou certa que a infra-estruturação ambiental ou a procura de procedimentos tecnológicos sustentáveis, em boa parte se constroem com base nas relações que as sociedades estabelecem no seu território. Um número relativamente pequeno mas influente de geógrafos, na área da geografia humana, tem desenvolvido trabalhos, desde há algum tempo, que reflectem a relevância do ambiente para o desenvolvimento dos territórios – já na década de 60, Orlando Ribeiro afirmava que a geografia humana se havia desenvolvido entre duas tendências: a ecológica e a corológica. No presente, as ligações da geografia à análise ambiental são particularmente oportunas devido ao incremento do interesse da sociedade contemporânea na expressão espacial das suas contingências, incertezas e complexidade. Numa tentativa de sumariar e sistematizar tendências recentes da abordagem aos problemas ambientais, procurei trabalhar a trajectória da política de ambiente em Portugal no contexto europeu. Trata-se, afinal, de uma pesquisa sobre as dinâmicas de uma sociedade que se depara com o compromisso assumido do desenvolvimento sustentável e que se confronta, simultaneamente, com as deficiências relativas às condições básicas de vida e os desafios da competitividade. […]
- Escala de Representações dos Professores acerca da Sobredotação: Construção de uma escala de avaliação (ERPAS)Publication . Veiga, Feliciano Henriques; Marques, PauloA falta de instrumentos de avaliação da perceção dos professores acerca dos alunos sobredotados justificou o desenvolvimento da denominada "Escala de Representações dos Professores acerca dos Alunos Sobredotados" (ERPAS). Esta escala revelou adequadas qualidades psicométricas.
- Recolha de dados de biomassa de azinheiras (Quercus ilex). Protocolo para a instalação de parcelas temporárias e medição de árvores amostraPublication . Paulo, Joana Amaral; Tomé, Margarida; Uva, José SousaObjectivo: Instalação e medição de parcelas temporárias de Azinheira, para calculo de volumes e biomassas totais e por componentes de árvores desta espécie. Os dados biométricos recolhidos, após serem armazenados numa base de dados em formato Access 2000, irão ser utilizados em estudos biométricos da Azinheira e ajustamento de equações de biomassa.
- Modulation of steady-state messenger RNA levels in the regenerating rat liver with bile acid feedingPublication . Kren, BT; Rodrigues, CMP; Setchell, KDR; Steer, CJLiver regeneration after two thirds partial hepatectomy (PH) is an orchestrated hyperplastic growth process requiring coordinated expression of many genes. The synchronous progression of 95% of the remnant hepatocytes through the cell cycle provides an in
- Interacção entre pares : contributos para a promoção do desenvolvimento lógico e do desempenho estatístico, no 7º ano de escolariedadePublication . Carvalho, Carolina; César, Margarida, 1958-A presente investigação centra-se no estudo das interacções entre pares, na sala de aula.de Matemática, mais precisamente após a unidade curricular de Estatística do 7º ano de escolaridade ter sido leccionada. O problema em estudo é a compreensão dos progressos gerados quando os alunos trabalham em díade, quer em termos do desenvolvimento lógico quer dos desempenhos estatísticos. Partindo do problema orientador definiram-se como objectivos principais: (a) averiguar se os alunos, quando trabalham em díade, enquanto resolvem tarefas não-habituais de Estatística, revelam mais progressos no seu desenvolvimento lógico (Grupo Experimental) comparativamente a alunos que não experimentam esta forma de trabalho ou de tarefas (Grupo de Controlo); (b) verificar se os alunos, quando realizam tarefas não-habituais de Estatística (Grupo Experimental), revelam mais progressos entre o pré-teste e o pós-teste comparativamente a alunos que não experimentam esta forma de trabalho (Grupo de Controlo); (c) analisar alguns erros e dificuldades mais frequentes na resolução de tarefas habituais e não-habituais de Estatística; (d) pesquisar quais as estratégias de resolução mais frequentes utilizadas pelos alunos quando realizam tarefas não-habituais de Estatística; (e) identificar o tipo de díade responsável por uma evolução mais nítida dos alunos em relação ao estádio de desenvolvimento lógico, isto é, entre a primeira e a segunda aplicação da Escala Colectiva de Desenvolvimento Lógico e aos desempenhos estatísticos (entre o pré-teste e o pós-teste); (O enunciar as dinâmicas de interacção facilitadoras de resoluções, com êxito ou fracasso, utilizadas pelas díades. A metodologia escolhida baseou-se num plano empírico de inspiração quasi-experimental, com um grupo de controlo e um grupo experimental. O trabalho empírico foi realizado em dois anos lectivos consecutivos, sendo o segundo ano de replicação do estudo. Os alunos das duas escolas onde a investigação foi desenvolvida resolviam, no início do ano lectivo, uma Escala Colectiva de Desenvolvimento Lógico (E.C.D.L.) e duas tarefas habituais de Estatística que serviam de pré-teste. Os desempenhos conseguidos pelos alunos serviram de critério para a formação do grupo de controlo e experimental, tendo em atenção que a unidade de formação dos grupos tinha de ser a unidade a turma. Em momentos diferentes, e para cada uma das turmas pertencentes ao grupo experimental, os alunos resolviam em díade três tarefas não-habituais de Estatística e participavam numa discussão gerai com a investigadora. Passada uma semana do trabalho em díade ter sido terminado, os alunos pertencentes aos dois grupos realizavam a tarefa habitual de estatística, correspondente ao pós-teste e, no final do ano lectivo, resolviam novamente a Escala Colectiva de Desenvolvimento Lógico. Os resultados principais do estudo mostram que os alunos pertencentes ao grupo experimental, que trabalharam em díade com tarefas não-habituais durante três sessões, apresentam progressos mais nítidos quanto ao desenvolvimento lógico avaliado através da Escala Colectiva de Desenvolvimento Lógico e uma evolução mais acentuada nos desempenhos das tarefas habituais, quando se comparam os desempenhos do pré-teste com os do pós-teste. Verifica-se, ainda, que no ano em que se replica o estudo estes resultados são mais significativos. Um outro resultado encontrado mostra que o tipo de díade que formamos tende a ser responsável por um padrão de desempenho dos sujeitos e são as díades que considerámos como sendo de Tipo IV, heterogéneas quanto ao desenvolvimentos lógico e ao desempenho na tarefa de pré-teste, aquelas que parecem gerar mais progressos nos desempenhos estatísticos dos sujeitos. Contudo, quanto ao desenvolvimento lógico os dados obtidos não são tão claros. A presente investigação possibilitou ainda um outro resultado; os conteúdos de Estatística não são isentos de dificuldades para os alunos e, mesmo aqueles que os trabalham de uma outra forma, como os alunos do grupo experimental, quando realizam o pós-teste continuam a encontrar obstáculos na resolução de alguns itens. De igual modo, quando se analisam os desempenhos dos alunos de uma outra forma, nomeadamente através da análise de interacções, observa-se que o domínio do conhecimento estatístico, para muitos alunos, se resume a um conhecimento instrumental, que não vai além do uso de um procedimento ou do recurso a um algoritmo: Por fim, foi ainda possível identificar as diferentes estratégias de resolução usadas pelos alunos quando resolvem as tarefas não-habituais, como a estratégia de resolução por tentativa e erro, de resolução gráfica com e sem suporte estatístico; a estratégia de resolução aritmética e a estratégia de resolução algébrica. As recomendações emergentes deste estudo apontam no sentido de se rever a forma como se tem trabalhado a Estatística nas aulas de Matemática. O trabalho em díade é uma das formas possíveis de alterar essas práticas mas, para isso, o modo como juntamos os alunos não pode continuar a ser fruto de um acaso sob pena de não se rentabilizar todas as suas potencialidades, facilitando o processo de apropriação de conhecimentos e a mobilização de competências.