FPCE - Teses de Doutoramento
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- Exame do nível intelectual das crianças portuguesas do ensino básico dos 6 aos 13 anos : adaptação, metrologia e aferição de uma escala colectivaPublication . Miranda, Maria José, 1944-; Marques, J. H. Ferreira, 1936-2015O trabalho que se apresenta e se situa no âmbito da psicologia diferencial escolar parte de uma observação transversal realizada sobre uma amostra representativa da população escolar portuguesa do actual Ensino Básico até aos 13 anos, com a bateria de testes colectivos de inteligência organizada no Institut National d'Etude du Travail et d'Orientation Profissionnelle de Paris, a Escala Colectiva de Nível Intelectual. O principal objectivo consistiu em tornar operativo para a população escolar portuguesa abrangida pelo ensino obrigatório, um instrumento científico que tem vindo a ser utilizado com êxito durante a última década no exame psicológico, no contexto da orientação escolar em França, nos mesmos níveis etários. Uma bateria de níveis múltiplos, de aplicação colectiva, concebida para a medição da inteligência geral com distinção dos aspectos verbal e não verbal, construída e aferida no passado recente e num país europeu, oferecia um interesse que constituiu factor determinante da sua escolha entre outras baterias oportunamente consideradas. A perspectiva de investigação é manifestamente psicométrica e ao longo do trabalho houve a preocupação constante de a exposição se situar em concordância com a metodologia escolhida. (...)
- O teste de apercepção para crianças : figuras humanas-CAT-H : um estudo de normasPublication . Silva, Danilo, 1939-; Marques, J. H. Ferreira, 1936-2015No estudo da personalidade da criança, o recurso aos métodos directos de avaliação, corrente no caso do adulto, depara com importante limitações e dificuldades. Em contrapartida, os métodos indirectos encontram aí o seu terreno de eleição, pois adequam-se bem à característica espontânea do comportamento infantil, inerente à sua condição de algo em amadurecimento, em desenvolvimento, em mudança. Neles se incluem os jogos, o desenho, a pintura, as histórias e contos, a organização e construção de formas, o cinema, o teatro, a par de outros de estrutura mais formal como o complemento de frases. Neste grupo de instrumentos ou métodos, está o Teste de Apercepção para crianças de L. Bellak, que utilizámos, tendo sido até a primeira técnica aperceptivo-temática especificamente criada para a investigação de alguns aspectos importantes da personalidade das crianças. A escolha obedeceu naturalmente a razões pessoais e sobretudo à convicção de que a sua aplicação à população portuguesa vai ao encontro de uma necessidade geralmente sentida entre os que intervêm neste campo da Psicologia Clínica. (...)
- Da emoção ao pensamentoPublication . Luzes, Pedro, 1927-2012; Widlöcher, DanielEste trabalho representa, em parte, o retomar de alguns temas que vêm sendo alvo do meu interesse, desde há alguns anos. Escrevi há mais de dez anos, em francês, um trabalho sobre As Alterações do Pensar em Clínica Psicanalítica que desencadeou alguma repercussão entre os especialistas latinos da Psicanálise e da Psicologia Clínica. Neste trabalho investiguei de modo sistemático as modificações do pensar nos diferentes síndromas psicopatológicos, quer do ponto de vista fenomenológico, quer do ponto de vista, mais complexo, dos seus efeitos sobre a organização da estrutura psíquica correspondente. Eram abordados os mecanismos principais que entravam em jogo, para a produção dessas alterações do pensar. O tema, pelo menos na amplitude e no lugar central que lhe procurava atribuir, era inovador, e até hoje não voltou a sair dos índices remissivos de numerosas revistas e livros. Como precursores, do meu interesse pelo tema do pensar, citarei as audaciosas hipóteses de Bion, e certas observações mais naturalistas dos meus Mestres de Genebra. Partindo embora de premissas diferentes, estes tinham-se inclinado sobre problemas vizinhos. Quero especialmente referir-me, por ordem cronológica do meu contacto com eles, a R. de Saussure, M. Gressot, M. Spira, J. de Ajuriaguerra. Ainda que, nesse caso o meu contacto tenha sido muito mais distante, a figura de J. Piaget também exerceu sobre mim uma influência segura. De Frank Philips, notável continuador de Bion, também recebi muitos ensinamentos, referentes a certos pontos menos claros de alguns casos clínicos. As novidades, que o presente trabalho inclui, dizem respeito a um grande alargamento do campo de estudo. A reflexão a que fui obrigado pelos milhares de horas, passados na situação clínica e ao mesmo tempo quase experimental da sessão de psicanálise, levou-me a ver certos problemas numa nova perspectiva. Ao contrário do que pensara anteriormente, constatei, que os aspectos emocionais tinham prioridade cronológica sobre os aspectos mais cognitivos, e que na sequência do desenvolvimento, uns e outros não podiam ser considerados separadamente. (…)
- Desenvolvimento da auto-afirmação em crianças e adolescentesPublication . Silva, Adelina Lopes da, 1945-2022; Moniz, Luís Manuel Joyce, 1945-O valor do comportamento assertivo, ou asserção, tem vindo a aumentar desde a década de setenta, constituindo objecto de intervenção terapêutica e educacional dentro das orientações comportamental e cognitiva. O enorme interesse suscitado à volta deste tema, de que é reflexo o número elevado de artigos e livros publicados em língua inglesa deriva da convicção corroborada pelos autores, que a asserção é um comportamento adaptado à acção interpessoal, que interessa implementar e desenvolver como forma preventiva e terapêutica do desajustamento social e problemas correlativos (e. g ., agressão, passividade, indecisão na tomada de decisões, resolução de conflitos interpessoais, etc.) . Apesar da unanimidade estabelecida quanto ao valor e a finalidade da asserção, actualmente, este campo de estudo não deixa de levantar inúmeras questões conceituais e metodológicas. Por exemplo, quando se procura na literatura existente uma caracterização do comportamento assertivo, constata-se que existem divergências sobre a própria definicão desse tipo de comportamento, os seus principais determinantes e, naturalmente, os processos que levam à sua aquisição, modificação e adaptação aos diferentes contextos onde se manifesta. A análise dos modelos teóricos e estratégias de intervenção relativos a asserção constitui, assim, o tema deste primeiro capítulo. (...)
- Mérito de obtenção e responsabilidade pela dependência na antecipação de comportamento pró-social em sujeitos de 11, 13 e 16 anos : contributo para a compreensão do paradoxo altruístaPublication . Lourenço, Orlando Martins, 1944-; Moniz, Luís Manuel Joyce, 1945-Neste capítulo especula-se porque é teoricamente interessante e pragmaticamente útil a conduta altruísta ou pró-social. Introduzem -se algumas ideias gerais relacionadas com a fundamentação do presente trabalho e sugere-se a conceptualização da conduta altruísta como um "skill" sócio-cognitivo. Dum ponto de vista teórico, a conduta altruísta e das mais interessantes; pragmaticamente, e das mais úteis (e não apenas para o receptor, como geralmente se costuma pensar!); tematicamente, é das mais heurísticas Só por si, estas 3 razões justificam a grande quantidade de pesquisa e de teorização que, a partir dos anos 70, tem sido dedicada ao comportamento altruísta (Bar-Tal et al., I960), por vezes também designado de comportamento pró-social (Eisenberg, 1982), de comportamento social positivo (Staub, 1978) , e de comportamento centrado nos outros (Dlugokinski e Fireston, 1973) . Não admira pois que, a partir dos anos 70, venham aparecendo, com regularidade, sistemáticas revisões de literatura sobre esse domínio (exs: Bar-Tal, 1976; Bryan, 1975; Bryan e London, 1970; De Paulo et al., 1983; Eisenberg, 1982; Fisher et al,, 1983; Krebs, 1970; Macaulay e Berkowitz, 1970; Mussen e Eisenberg-Berg, 1977; Rushton, 1976, 1980; Staub, 1979, 1978; Staub et al., 1984; Wispé,1978; Yarrow et al.,1983). Sendo garantido que um cenário altruísta pode ser considerado uma situação dialéctica particular, porque comporta sempre um potencial doador (que tem e pode dar) e um potencial receptor (que precisa e pode vir a receber), é muito surpreendente que, até agora, a maioria das investigações sobre a conduta altruísta e das teorizações para enquadrar os resultados por elas obtidos (cf. Staub et al.,1984) tenham sido conduzidas quase sempre pelo lado do doador, ou seja, considerando apenas meia parte de um episódio de 2 actos, ou melhor, de 2 actores. Parece que se aceita que o receptor apenas tem que aguardar, passivamente, a generosidade do doador!., . Sendo garantido que num cenário altruísta, ou seja, num encontro entre um potencial doador e um potencial receptor, o doador mantém geralmente determinado tipo de relação sobre os bens que possui (falamos então em Mérito de Obtenção) e o receptor mantém geralmente determinado tipo de relação sobre a dependência em que se encontra (falamos então em Responsabilidade pela Dependência), então o carácter dialéctico desse encontro ainda mais se acentua, e ainda mais surpreendente é constatar que sejam raríssimas as investigações analisando, ao mesmo tempo e em interacção, a influência dessas 2 dimensões quer nas possíveis ofertas do doador ao receptor quer nos possíveis pedidos do receptor ao doador, ou então nos processos psicológicos de aceitação/negação de (certas) interdependências entre Mérito de Obtenção /dever de dar e de (certas) interdependências entre Responsabilidade pela Dependência/direito a receber. (...)
- A análise explícita das unidades da fala nos adultos não-alfabetizadosPublication . Cary, Luz, 1945-; Bertelson, P.; Morais, José, 1943-Este trabalho insere-se no domínio da investigação dos processos cognitivos envolvidos na leitura. O seu objectivo é contribuir para o estabelecimento de uma relação entre a aquisição de leitura num sistema de escrita alfabético e a consciência de certas unidades da fala. A aquisição da leitura é difícil quando comparada com a aquisição da fala. Aprender a ler é difícil na medida em que implica uma instrução explícita. Enquanto todas as crianças submetidas a um mínimo de informação linguística desenvolvem capacidades para falar e compreender a fala, e isto independentemente de qualquer esforço deliberado por parte dos adultos, a aquisição da leitura e da escrita não obedecem a um desenvolvimento idêntico. Todas as sociedades cuja complexificação levou à necessidade de utilização da escrita, criaram estruturas para o ensino deste tipo de comunicação. Quer isto dizer que a simples exposição a material escrito não conduz ao estabelecimento de capacidades ou de habilidades de leitura e de escrita eficazes. Muitas crianças não alfabetizadas e adultos analfabetos desenvolvem espontaneamente a capacidade para identificar palavras em etiquetas de marcas de produtos ou em indicações de estrada (Ferreiro e Teberosky, 1979, Ferreiro e equipa, 1983). Porém, pelo menos entre as crianças, tal capacidade depende muito do aspecto habitual dos símbolos gráficos e diminui fortemente quando estes são apresentados em escrita vulgar (Masonheimer, Drum e Ehri, 1984) e também não parece indicar que a partir dela se possam adquirir capacidades de descodificação susceptíveis de ser aplicadas a palavras totalmente desconhecidas . Além disso, um número considerável de crianças com níveis de inteligência e motivação considerados normais revelam grandes dificuldades em adquirir a leitura e a escrita, o que não se verifica com a aquisição da fala. As actividades de produção e de compreensão da fala, actividades linguísticas primárias (Mattingly,1972), são assistidas por um conjunto de mecanismos cujo desenvolvimento está, em todos os aspectos importantes, sob controlo endógeno. Tais mecanismos funcionam automaticamente, sem reflexão consciente. Normalmente, o falante-ouvinte tem consciência apenas do significado das produções, da sua estrutura profunda, e não de aspectos mais superficiais, sintácticos ou fonológicos destas . A leitura e a escrita são actividades linguísticas secundárias que têm de ser desenvolvidas de maneira deliberada e voluntária. Implicam o conhecimento explícito, consciente dos aspectos da fonologia relevantes num dado sistema de escrita. Este conhecimento explícito é designado por consciência fonológica. A consciência fonológica implica simultaneamente a consciência de que a fala é som e de que pode ser representada pela combinação de certas unidades. Tais unidades podem ser de diferentes níveis: morfemas, sílabas ou segmentos (fonemas ou fones, sendo o fone a superfície e assim a forma perceptivamente mais acessível do fonema). A consciência fonológica refere-se mais precisamente à consciência das sílabas e dos segmentos. (...)
- Representações fonológicas na leitura de alfabetos artificiais : um estudo comparadoPublication . Mendes, Carlos Brito, 1942-2000; Alegria, JesusA descoberta de uma relação estreita entre a linguagem falada e a linguagem escrita não é recente. É, no entanto, o reconhecimento' pela psicolinguistica contemporânea da natureza profundamente linguistica da leitura que vai estar na base de um numeroso conjunto de investigações, iniciado no principio dos anos setenta, no qual se inscreve o presente trabalho, que irá permitir progressos consideráveis no conhecimento dos mecanismos postos em jogo durante a extração do significado a partir de uma mensagem escrita. A linguagem falada e a linguagem escrita têm especificidades próprias. Enquanto a mensagem sonora contem essencialmente traços distintivos relativos a aspectos fonéticos, a escrita alfabética é a representação morfofonémica de uma lingua natural. Fonémica na medida que não é uma representação dos fones que devem ser pronunciados, mas da classe de equivalência dos fones que são os fonemas. A escrita é morfológica na medida que a mensagem escrita informa o leitor sobre uma série de caracteristicas etimológicas e semânticas da língua. Uma segunda diferença importante está relacionada com o facto de a transmissão natural de uma língua ser a fala e não a escrita. A compreensão de uma mensagem falada a partir de uma representação fonética é certamente uma actividade muito complexa, mas que se desenvolve sem que seja necessário fornecer uma instrução formal. Para que uma criança compreenda e produza mensagens linguisticas faladas basta que esteja mergulhada num meio que com ela comunique e que lhe forneça exemplos suficientes. Contrariamente, a leitura não é uma actividade que se desenvolva por simples impregnação. A leitura necessita de uma instrução formal cujo resultado nem sempre é um êxito, mesmo no caso de crianças cujo desenvolvimento é normal em termos de linguagem falada. Do que acabámos de afirmar, retira-se que a leitura é considerada como uma actividade secundária relativamente à linguagem falada. Esta constatação está na origem da posição teórica que considera que a compreensão de uma mensagem escrita consiste na utilização de mecanismos a que os sujeitos normalmente recorrem para compreender uma mensagem falada. Saber se a informação visual é transformada num código fonológico numa fase anterior á do acesso ao léxico continua a ser objecto de acesa controvérsia. As experiências de Rubenstein e colaboradores (1971) apontam para que a, conversão fonológica tenha lugar aquando da identificação de uma palavra. Uma coisa, porém, é certa, a manutenção em memória de uma série de palavras, integradas ou não em frases, é possível pela utilização pelos sujeitos de um código fonológico, como o demonstraram de forma clara e elegante Baddeley (1966), Conrad (1964) e Wickelgren (1966) em situações experimentais de memória a curto prazo. (…)
- Factores de risco psicológico em jovens condutores de motorizada e sua influência relativa na ocorrência dos acidentesPublication . Matos, Manuel, 1943-; Dias, Carlos Amaral, 1946-2019Há dez anos que nos interessamos pelos aspectos psicopatológicos que podem estar subjacentes ao acontecer dos acidentes, sejam eles quais forem, sofridos ou provocados, se é que é licito fazer esta diferença. O nosso interesse centrou-se progressivamente sobre os acidentes de motorizada na adolescência, na medida em que a atracção dos adolescentes pela "moto" constitui uma realidade pungente com consequências imprevisíveis. O ensino e a prática clínica revelaram-nos, de facto, a importância dos aspectos preventivos em saúde mental. Mas se a prevenção se impõe ao nível das perturbações relacionais, impõe-se de maneira ainda mais clara quando as perturbações psicopatológicas podem ter repercussões ao nível da integridade física imediata e, às vezes, de uma maneira irreversível. A vida tem-nos ensinado que aquilo que designamos de acaso tem mais de desconhecimento do que de imprevisível e prever só tem sentido depois de averiguar, de admitir hipóteses e de experimentar. O nosso trabalho é um estudo, por definição procura de conhecimento. Não tem outra pretensão. Embora assente em pressupostos teóricos e práticos aceites cientificamente. Fazemos aqui um estudo sobre os acidentes de motorizada nos adolescentes com base no pressuposto teórico de que os acidentes ocorrem com maior frequência em adolescentes com perturbações psicopatológicas e que, de algum modo, os acidentes de "moto" podem ser comportamentos de natureza autodestrutiva, para-suicidários. Este raciocínio traduz-se no delineamento da nossa tese, no título dos capítulos, nos instrumentos de avaliação que empregamos e nas provas estatísticas que utilizamos. (…)
- A bateria de testes de aptidões GATB e a orientação da carreira em contexto educativoPublication . Pinto, Helena Rebelo, 1937-; Marques, J. H. Ferreira, 1936-2015O presente trabalho enquadra-se num conjunto de tarefas de desenvolvimento da carreira docente universitária. Na perspectiva institucional dessa carreira, traduz-se na apresentação de uma dissertação de doutoramento em Orientação Escolar e Profissional. Na perspectiva pessoal, corresponde à concretização de objectivos de especialização no desempenho do papel profissional. Integra a experiência de mais de dez anos de ensino e de investigação; e também a experiência de actividades de Orientação em escolas secundárias e de supervisão dos Psicólogos Conselheiros em serviço nessas escolas. A escolha do tema para o projecto de investigação conduzido ao longo dos últimos cinco anos e cujos resultados se condensam neste trabalho foi, em grande parte, consequência dessa experiência e da reflexão que proporcionou sobre a teoria e a prática da Orientação. Em primeiro lugar, por motivos de ordem teórica e metodológica. A abordagem das aptidões no quadro dos determinantes pessoais das escolhas vocacionais tem evoluído profundamente nas últimas décadas. Novos modelos de intervenção daí decorrentes exigem novos estudos de medida e a validação de novos instrumentos psicológicos. Em segundo lugar, por motivos ligados ao contexto educativo português. O estudo das aptidões em relação com a estrutura do sistema educativo e as oportunidades de carreira que proporciona, não tem merecido entre nós a atenção que a importância do tema exige - importância que acresce no quadro de reforma em curso. A possibilidade de um contributo neste domínio constituiu, sem dúvida, um factor decisivo na configuração do projecto. Finalmente, a expectativa de que a adaptação e aferição para estudantes portugueses de uma das baterias de aptidões mais conhecidas em todo o mundo pudesse vir a ser útil à prática da Orientação em Portugal, representou mais um estímulo para a conclusão do trabalho.
- Intervenção desenvolvimentista para mães de bebés de riscoPublication . Barros, Luísa; Lourenço, Orlando Martins, 1944-Esta tese tem por objectivos: (1) Analisar a eficácia de uma intervenção construtivista e desenvolvimentista representada pelo confronto com personagens video de níveis diversos de significação para temáticas de controlo dos ritmos fisiológicos, desenvolvimentos cognitivo/psicomotor e social/comunicação, na prevenção de reacções percebidas de ansiedade, depressão e irritabilidade com mães de bebés e neonatologia, assim como a promoção da avaliação positiva do temperamento dos respectivos bebés, comparando os seus resultados pré e pós tratamento com os de uma intervenção cognitiva representada pelo confronto com significações racionalizantes (i.e., modelos de terapia cognitiva, e "problem-solving"), e com os de um grupo de controlo, sem intervenção confrontante mas submetido às mesmas avaliações. (2) Analisar a eficácia da intervenção construtivista e desenvolvimentista na facilitação da mudança das mães para níveis mais flexíveis e integradores de significação, por um lado do desenvolvimento do bebé, por outro, de concepção e resolução dos seus problemas, (em referência a dois modelos de desenvolvimento socio-cognitivo) comparando esses dados com os dos grupos cognitivo e de controlo. (3) Estabelecer a correspondência entre níveis de desenvolvimento e adaptação ao processo educacional, comparando os resultados das avaliações clínicas no pré e pós tratamento (i.e., índices de ansiedade, depressão, irritabilidade, e avaliação do temperamento) dos grupos correspondendo a cada um dos cinco níveis do desenvolvimento socio-cognitivo da intervenção construtivista e desenvolvimentista entre si, e com os grupos correspondentes da intervenção cognitiva e não intervenção/controlo. (4) Analisar os processos de identificação com as significações dos personagens das temáticas dos videos pelas mães da intervenção construtivista e desenvolvimentista e compará-los com os resultados da avaliação desenvolvimentista. O modelo de intervenção construtivista e desenvolvimentista introduzido insere-se no domínio da ajuda psicológica aos pais. No capítulo I, os principais modelos de intervenção com pais são revistos, salientando-se particularmente os comportamentais e os cognitivos. As mães de bebés nascidos em risco constituem a população clínica desta tese. A Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia, as características orgânicas e psicológicas destes bebés, as consequências das complicações do nascimento para o desenvolvimento do bebé e para o equilíbrio emocional dos pais são, assim, apresentadas no Capítulo II. (...)