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Centre for Languages, Literatures and Cultures

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Os prefácios do tratado de ginecologia de Rodrigo de Castro Lusitano
Publication . Pinheiro, Cristina Maria Nascimento Guerra dos Santos, 1974-
Publicado em Hamburgo em 1603, o tratado De uniuersa mulierum medicina (A medicina completa das mulheres) de Rodrigo de Castro Lusitano, médico português de origem sefardita, que se instalou em Hamburgo nos últimos anos do século xvi, é uma obra sobre ginecologia e obstetrícia em dois volumes, que alcançou notoriedade assina lável na Europa do século xvii. Nesta pesquisa, exploramos a argumentação apresentada por Castro nos prefácios que acompanharam todas as edições do tratado e como neles Castro se esforça por mostrar a relevância da sua obra. A comparação com os prefácios dos Gynaeciorum libri, um compêndio que reuniu tratados antigos, medievais e renascentistas sobre a mesma matéria, permitir-nos-á uma melhor compreensão da evolução dos textos médicos relacionados com a natureza feminina e com as doenças das mulheres.
Inovações na edição de livros ou a metáfora revolucionária
Publication . Medeiros, Nuno
Neste capítulo, sistematiza-se um conjunto de notas em torno do tema da inovação na edição de livros e um dos seus efeitos narrativos, a revolução como consequência transfiguradora de algumas inovações. A partir de dois exemplos, o livro de bolso e o clube do livro, procura-se um enquadramento crítico que ajude a desconstruir algumas perspectivas lineares e automáticas acerca das consequências na cultura impressa da descoberta e da invenção de determinadas fórmulas de produção e circulação do livro.
Narciso nas Metamorfoses de Ovídio e na pintura de J. W. Waterhouse
Publication . Severino, Carlos Mesquita
Desde que começa a expor na Royal Academy of Arts, em 1874, até à sua morte, em 1917, J. W. Waterhouse manteve um relacionamento constante com os textos clássicos, nomeadamente com as Metamorfoses de Ovídio, com base nas quais produziu sete telas admiráveis e vários estudos. Uma dessas obras – Echo and Narcissus (1903; Walker Art Gallery, Liverpool; óleo sobre tela, 109 cm x 189 cm) – é a imagem mais reproduzida da galeria de Liverpool. De facto, ela foi pioneira na aquisição dos direitos de autor, quando a comprou ao artista na Liverpool Autumn Exhibition em 1903. Além deste trabalho, o pintor também usou a flor como motivo recorrente na sua pintura, designando Narcissus uma tela de 1912, cuja composição retrata um prado inglês florido. Propomo-nos analisar Echo and Narcissus, relacionando-o com o texto de Ovídio e, de seguida, estudar algumas das pinturas do artista que evocam a flor e a figura do mito.
A cólera de Aquiles e a Guerra de Tróia na literatura bizantina: da épica e da historiografia do século XII ao romance dos séculos XIV e XV
Publication . Fonseca, Rui Carlos Reis, 1984-
Neste artigo, pretendo analisar representações de Aquiles, da sua cólera e da Guerra de Tróia em algumas obras da literatura bizantina. A análise incidirá na épica, na historiografia e no romance, especialmente nos Carmina Iliaca de João Tzetzes, na Crónica de Constantino Manasses, na Alexíada de Ana Comnena e nos romances anónimos Aquileida e Ilíada Bizantina. Aquiles surge nestes textos bizantinos de acordo com o retrato convencional que dele se faz na poesia homérica: o herói por excelência, possante e implacável, que excede todos os outros combatentes na guerra. Dos epítetos que recebe, uns são de uso homérico, outros, construções eruditas posteriores. O relato selectivo que Homero fornece da Guerra de Tróia difere, porém, da visão alargada apresentada pelos escritores bizantinos, pois episódios fundamentais da Ilíada, como a cólera de Aquiles, a disputa com Agamémnon e o “rapto” de Briseida, são referidos de modo sucinto e/ou irrelevante. Nas obras mencionadas, ganham maior destaque episódios como a morte de Palamedes, a inimizade com Ulisses, o romance com Políxena e a morte às mãos de Páris e Deífobo. Os escritores bizantinos imitam Homero, ao mesmo tempo que recontam a Guerra de Tróia, adaptando-a às circunstâncias da sua época. No entanto, não deixam de reconhecer a autoridade do poeta arcaico. É essa combinação deliberada entre aproveitamento e afastamento da tradição homérica que se procurará enfatizar a propósito da representação literária de Aquiles entre os Bizantinos.
Figuras homéricas na literatura da Restauração
Publication . Simões, André Filipe Veloso Nunes, 1971-
O 1.º de Dezembro de 1640 viu nascer não só uma nova dinastia em Portugal mas também todo um manancial literário de apoio à nova monarquia portuguesa. Ao longo das três décadas de guerra que passaram desde a revolução até à Paz de Lisboa produziram-se em Portugal inúmeros documentos para consumo interno e externo: tratados jurídicos, relações de batalhas, gazetas, memoriais, mas também sermões e panegíricos, sempre com o objetivo de justificar jurídica e politicamente a restauração da monarquia portuguesa, mas também louvar o novo rei e seus descendentes. O nosso estudo foca um tipo particular de louvor e justificação: por um lado os tópicos panegíricos da emulação por parte de D. João IV dos heróis homéricos, concretamente de Aquiles; por outro lado a justificação da antiguidade do reino de Portugal, fundação e descendência dos mesmos heróis homéricos.

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