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Radburn Nunes, Sheila Christina

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  • A Escola-Oficina n.º 1 (1905-1918): o ensino artístico inovador num modelo de ensino libertário
    Publication . Nunes, Sheila Radburn
    A Escola-Oficina n.º 1 (1905-1987) foi o primeiro modelo inovador de ensino a acompanhar os movimentos educativos que na Europa e nos Estados Unidos procuravam uma alternativa ao modelo de ensino existente. Foi a primeira a colocar em prática os ideais libertários e anarquistas inspirados na chamada Educação Nova, tendo o apoio da Maçonaria, bem como do Estado a partir da implantação da República em 1910. A Escola-Oficina n.º 1 procurou combater a desigualdade social existente no ensino tradicional, ao criar um sistema educativo que conjugava os aspetos científicos, artísticos e culturais do ensino clássico com os aspetos manuais do ensino profissional, com a particularidade de utilizar o Desenho também como método de consolidar a aprendizagem, enquanto procurava incutir no aluno um sentido de autonomia, independência e forte conduta moral. Apesar da direção ser maçónica, o sucesso deste modelo de educação integral dar-se-ia através do seu corpo docente, maioritariamente formado por anarco-sindicalistas, cuja visão da sociedade privilegiava o ensino e a educação, que acreditavam ser a única forma de conseguir indivíduos íntegros e uma sociedade mais justa. O período em que estes pedagogos puseram em prática o Plano de Estudos de 1906, delineado por Luís da Matta, e que apenas durou até à saída deste em 1918, corresponde ao período áureo da Escola-Oficina n.º1, e representa um capítulo ímpar na história do ensino durante a I República.
  • Jornadas internacionais de cenografia e figurinos : livro de atas
    Publication . Dias, Fernando Rosa; Cordeiro, Marta; Morais-Alexandre, Paulo; Calixto, Joao; Trindade, António Oriol; Augusto, Michele; Nunes, Sheila Radburn; Franqueira, Sara; caseirao, armando; Rodrigues, Dárida; Pinela, Leonor; Cruz, Miguel
    A obra incorpora as atas das 1ªs Jornadas Internacionais de Cenografia e Figurinos, que decorreram em vários espaços de Lisboa; Faculdade de Belas Artes, Escola Superior de Teatro e Cinema, e no Museu do Teatro e da Dança, nos dias 2, 3 e 4 de maio de 2022
  • Convocarte, nº13 (dez. 2022): Arte e Paideia - práticas e culturas
    Publication . Dias, Fernando; Sousa, Ana; Eça, Teresa; Saldanha, Ângela; Laven, Rolf; Salgueiro, Mariana; Nunes, Sheila Radburn; Mesquita, Ana Catarina; Lousa, Teresa; Serjouie-Scholz, Ava; Lavelberg, Rosa; Lucena, Ana-Vanessa; Carreira, Ana Rita; Dias, Andreia; Huerta, Ricard; Baptista, Mónica; Godói, Vagner; Vékony, Délia; Calado, Margarida; Macdonald, João
  • Simultaneidades e sincronismos na modernidade portuguesa (1915-1918)
    Publication . Nunes, Sheila Radburn
    O início da I Guerra em 1914 veio interromper de forma drástica o percurso artístico de vários artistas estrangeiros que na altura residiam em Paris, como os portugueses Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), Eduardo Viana (1881-1967) e José Pacheco (1885-1934), que assim se viram obrigados a um regresso forçado a Portugal. Durante o período da guerra, as poucas actividades em torno das artes na Europa surgiam perifericamente: no ano de 1916, Amadeo de Souza-Cardoso expôs no Porto e em Lisboa; e Sonia (1885-1979) e Robert De- launay (1885-1941) expuseram na Escandinávia. As deslocações forçadas abriram espaço à criação de novas relações e a novas dinâmicas artísticas, como é o caso da chegada a Portugal do casal Delaunay em 1915. Foi neste país, no extremo da Europa, que eles exploraram a simultaneidade na pintura de forma mais intensiva, ao observarem os aspectos visíveis da teoria do contraste das cores no Minho rural. Esta ruralidade, culturalmente rica, reflectiu-se não só na pintura dos Delaunay, com um regresso à figuração e com novos temas, como nas obras de Eduardo Viana e de Amadeo de Souza-Cardoso. A permanência do casal em Portugal, até 1917, permitiu que se criasse uma «relação do cubismo órfico com a situação portuguesa [...] notória do ponto de vista dos resultados inter-culturais» (Ferreira, 1990: 166). Para Almada Negreiros (1893-1970), que apenas iria a Paris em 1919, estava reservado o fenómeno único da vanguarda artística a vir ao seu encontro, que aconteceu com a chegada do casal Delaunay, que representavam um «símbolo vivo de uma vanguarda francesa» (Ibidem). A visita a Lisboa da companhia de bailado Ballets Russes de Serge Diaghilev (1872-1929), entre dezembro de 1917 e março de 1918, iria trazer a Almada um estímulo acrescido, que se manifestaria noutro acontecimento ímpar. Nesse ano, ele apresentaria ao público o primeiro bailado português pensado em termos de arte total, sob um programa de mecenato cultural privado proveniente da aristocracia lisboeta. Através de Sonia Delaunay, Almada teria a revelação de que não havia separação entre arte maior ou menor, ao serem aplicados os princípios da simultaneidade em tudo. Ambos partilhavam de um gosto pela performance estética: ela, usando os seu «vestido simultâneo» como uma obra de arte em movimento, combinada com o ambiente circundante; ele, nos teatrais manifestos futuristas e na balletomania. O convívio com os Delaunay e com a companhia de Diaghilev iria estimular em Almada uma evolução na sua produção artística — na passagem de uma actividade literária e performativa para a criação de bailados —, visível no seu trabalho para figurinos.