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- Geografia Física em regiões de montanha: a Ilha da Madeira e as Serras da Arrábida e da Estrela. Homenagem a Orlando RibeiroPublication . Mora, Carla; Alcoforado, Maria João; Jansen, Jan; Fragoso, Marcelo; Lopes, António; Lopes, Sérgio; Vieira, GonçaloO presente livro é composto por dois textos, partindo de alguns trabalhos de Orlando Ribeiro e mostram como o Zephyrus tem estudado os temas seleccionados. O primeiro trata do clima e da vegetação da Arrábida e da Madeira, embora estes não sejam temas centrais na obra de Orlando Ribeiro. O. Ribeiro dedicou-se primeiro à investigação sobre a Arrábida, tema da sua tese de doutoramento em 1935 e estudou a Madeira em 1947 e 1948, quando preparava o livro-guia de uma das excursões do XVIº Congresso Internacional de Geografia, que o CEG de Lisboa organizou em 1949, sob a sua orientação. O segundo texto refere parte de uma investigação, feita na sequência do Projecto ESTRELA, liderado pelo Professor António de Brum Ferreira, falecido em 2013, que lembramos com saudade e admiração, e que muito contribuiu para o conhecimento da Geografia Física de Portugal, em particular no campo da Geomorfologia. Apresenta-se um estudo de unidades de paisagem, em que se investigam as interacções entre o clima, a dinâmica geomorfológica e as comunidades vegetais no circo glaciário do Covão Cimeiro, na Serra da Estrela, cuja glaciação quaternária foi inicialmente estudada por E. Fleury e H. Lautensach e, posteriormente, por Suzanne Daveau. O trabalho é feito a uma escala muito detalhada, com o objectivo de delimitar unidades de paisagem, adaptadas ao sistema de classificação de habitats Natura2000. A metodologia pode ser extrapolada e permite aplicação no ordenamento e na gestão do território. A ligação com o trabalho de Orlando Ribeiro tem aqui a ver com a selecção da metodologia (seguindo-se uma perspectiva de Geografia naturalista, focada nas inter-relações entre os elementos físicos e biofísicos da paisagem) e com os trabalhos que desenvolveu na Cordilheira Central, onde guiou excursões de numerosas gerações de geógrafos. Os dois textos mostram que, apesar da evolução dos conceitos em torno da paisagem, os trabalhos de Orlando Ribeiro são muito inovadores para a época, apresentando já a paisagem como um conceito dinâmico, resultado das relações entre geomorfologia, clima e vegetação e incluindo a marca do Homem.
- Climas da Serra da Estrela: características regionais e particularidades locais dos planaltos e do Alto Vale do ZêzerePublication . Mora, Carla; Alcoforado, Maria JoãoO objectivo do presente trabalho é identificar e caracterizar os climas locais da Serra da Estrela, dando ênfase à sua dinâmica em termos térmicos e distribuição espacial, e procurando identificar os factores que controlam o mosaico topoclimático da montanha. Estudaram-se, para isso, os regimes diários da temperatura do ar em locais com características topográficas contrastadas, utilizando postos termométricos automáticos, bem como o balanço radiativo instantâneo em situações de Verá e Inverno, modelizado a partir de imagens Landsat 5TM. Essas imagens permitiram ainda cartografar o uso do solo, e a sua aplicação com fins topoclimáticos. Uma vez que o relevo e o modo como este interage com a radiação solar, são os principais factores dos climas locais em áreas de montanha, a utilização de um Sistema de Informação Geográfica e de um modelo digital de terreno detalhado permitiu avaliar e modelizar a sua distribuição espacial. Foi assim possível elaborar um mapa dos climas locais da Serra da Estrela, que é apresentado como uma tentativa de síntese dos conhecimentos obtidos. Aos climas locais, que são o objecto deste trabalho, acresceu ainda a necessidade de caracterização do clima regional da montanha, e em particular, o contraste entre esta e as áreas baixas envolventes. Essa caracterização foi efetuada usando dados das estações meteorológicas do Instituto de Meteorologia e do Instituto da Água, e centrou-se nas temperaturas do ar e sua repartição, e na distribuição da precipitação e origem das assimetrias espaciais encontradas nos sectores planálticos e já descritas por outros autores. Trata-se, contudo, de um tema um pouco marginal ao trabalho e que não tivemos oportunidade de aprofundar com o detalhe necessário. Para o estudo dos regimes e padrões térmicos, escolheu-se à área mais alta da Serra da Estrela, em particular, a bacia do Zêzere a montante de Manteigas e os interflúvios adjacentes. Apesar de se terem efectuado, numa fase inicial dos trabalhos, medições itinerantes de temperatura, humidade relativa e vento, esses dados acabaram por não ser usados, pois em finais de 1999 tivemos a oportunidade de instalar uma rede relativamente densa de postos termométricos, programada para registar a dados em intervalos bi-horários. Tratou-se de uma iniciativa pioneira em Portugal, em especial numa região de montanha, e que permitiu obter um grande número de dados de muito valor, pois foi possível obter, de forma quase contínua, dados ao longo do ano de 2000. O financiamento para a aquisição dos dataloggers e do material necessário para a sua construção foi obtido através do projecto ESTRELA – “Processos geomorfológicos e biofísdicos e unidades de paisagem em montanhas mediterrâneas. Aplicação à Serra da Estrela”, no qual participamos. Os dataloggers de baixo-custo foram adaptados para a monitorização de temperaturas do ar no laboratório do Centro de Estudos Geográficos, num trabalho de colaboração com Gonçalo Vieira e Miguel Ramos Saínz (Universidade de Alcalá de Henares). […]
- Penultimate Glacial Cycle glacier extent in the Iberian Peninsula: new evidence from the Serra da Estrela (Central System, Portugal)Publication . Vieira, Gonçalo; Palacios, David; Andrés, Nuria; Mora, Carla; Vázquez Selem, Lorenzo; Woronko, Barbara; Soncco, Carmen; Úbeda, Jose; Goyanes, GabrielThe objective of this work is to present a first assessment on the age of the glacial features of the Serra da Estrela, in the central Portugal, Iberian Peninsula (40°19′ N, 7°37′ W, 1993 m), using Cosmic-Ray Exposure dating (in situ cosmogenic 36Cl). A total of 6 samples were dated, 4 extracted from exposed moraine boulders and 2 from glacially polished bedrock surfaces. Despite the low number of samples, the results are consistent, reinforcing previous dating obtained by other methods and geomorphological and paleoclimatic information. The maximum extension of the glaciers occurred at the end of the Penultimate Glacial Cycle (Marine Isotope Stage 6), during Heinrich Stadial 11, around 140 ka. At the end of the Last Glacial Cycle, slightly before the Last Glacial Maximum, at around 30 ka, the Estrela glaciers reached again a similar extent. Finally, the glaciers disappeared fromthe Serra da Estrela at the beginning of the Bølling-Allerød Interstadial, at around 14.2 ka. These data confirm a certain synchronicity in the major glacial phases in most the Mediterranean and also European mountains, although there are notable differences in the maximum extent in the two cycles.
- Regime térmico do ar no Alto Vale do Zêzere (serra da Estrela): caso de estudo numa situação anticiclónicaPublication . Mora, CarlaNeste caso de estudo, recolheram-se dados da temperatura do ar em 5 postos termométricos, situados no sector superior do Vale do rio Zêzere, entre o dia 11 e 15 de abril de 2001, num período de estabilidade atmosférica. Os postos foram instalados a várias altitudes e exposições, de forma a conhecer as modificações do campo térmico do ar junto ao solo ao longo do dia. Verificou-se que o gradiente térmico vertical tem um comportamento diferente de dia e de noite e escolheu-se um dia para exemplificar a variação. Pela 1h da manhã de 12 de abril, registou-se uma diminuição de -0,3ºC/100m, mais tarde o gradiente térmico inverteu-se sendo de 0,25ºC/100m às 7h20min. Duas horas após o nascer do Sol, o gradiente térmico vertical volta a ser negativo e vai aumentando gradualmente até se atingirem as temperaturas máximas por volta das 16h (-1ºC/100m). Durante a noite, o ar frio foi drenado para o fundo de vale e foi possível observar dois ciclos de drenagem (1h e 6h da manhã). Acrescenta-se, por fim, que a cintura de ar quente situada acima do lago de ar frio esteve presente ao longo de todas as noites, mas teve uma distribuição espacial irregular, devido à exposição das vertentes a oeste e a este. Este facto é também responsável por um campo térmico dissimétrico ao longo do dia.
- Evaluation of water resources in a high-mountain basin in Serra da Estrela, central Portugal, using a semi-distributed hydrological modelPublication . Espinha Marques, J.; Samper, J.; Pisani, B.; Alvares, D.; Carvalho, J. M.; Chaminé, H. I.; Marques, J. M.; Vieira, Goncalo; Mora, Carla; Sodré Borges, F.High-mountain basins provide a source of valuable water resources. This paper presents hydrological models for the evaluation of water resources in the highmountain Zeˆzere river basin in Serra da Estrela, Central Portugal. Models are solved with VISUAL BALAN v2.0, a code which performs daily water balances in the root zone, the unsaturated zone and the aquifer and requires a small number of parameters. A lumped hydrological model fails to fit measured stream flows. Its limitations are overcome by considering the dependence of the temperature and precipitation data with elevation and the spatial variability in hydrogeomorphological variables with nine sub-basins of uniform parameters. Model parameters are calibrated by fitting stream flow measurements in the Zeˆzere river. Computed stream flows are highly sensitive to soil thickness, whereas computed groundwater recharge is most sensitive to the interflow and percolation recession coefficients. Interflow is the main component of total runoff, ranging from 41 to 55% of annual precipitation. High interflows are favored by the steep relief of the basin, by the presence of a high permeability soil overlying the fractured low permeability granitic bedrock and by the extensive subhorizontal fracturing at shallow depths. Mean annual groundwater recharge ranges from 11 to 15% of annual precipitation. It has a significant uncertainty due to uncertainties in soil parameters. This methodology proves to be useful to handle the research difficulties regarding a complex mountain basin in a context of data scarcity.
- Daily minimum air temperatures in the Serra da Estrela, PortugalPublication . Mora, Carla; Vieira, Goncalo; Alcoforado, Maria JoaoThe Serra da Estrela is part of the Iberian Central Cordillera and is the highest mountain in Portugal (1,993 m ASL). The Torre-Penhas Douradas and Alto da Pedrice-Malhada Alta plateaus with altitudes between 1,400 and 1,993m, which are separated by the Alforfa and Zêzere valleys dominate the highest part of the range. The central massif is dissected by several glacially sculpted valleys that originate reliefs from 200 to 700m. This morphological diversity controls to a great extent the local climates of the mountain. Nine air temperature data loggers were installed in contrasting topographic situations, with special emphasis to valley floors and interfluve sites. Data collection was made each 2-hours from 27th December 1999 to 27th March 2000. Minima temperature most of the times occurs at 7 UTC. The minimum air temperature patterns based on the data from the nine sites were classified using k-means. Two contrasting events were chosen for the centroids of the classification. Cluster 1 represents the stable events with thermal inversions in the valleys and higher temperature in the interfluves. The valley floors at higher altitudes present lower temperatures than the ones at lower positions. Cluster 2 groups the unstable episodes with more turbulence and a temperature decrease controlled by altitude. In this group temperature does not depends on the topographic position.
- Geografia física em regiões de montanha: a Ilha da Madeira e as Serras da Arrábida e da Estrela: homenagem a Orlando RibeiroPublication . Mora, CarlaComemorou-se, em 2011, o 100º aniversário do nascimento de Orlando Ribeiro. Depois de uma reestruturação dos agora denominados Grupos de Investigação do Centro de Estudos Geográficos (CEG), o grupo Zephyrus - “Alterações Climáticas e Sistemas Ambientais”, resolveu divulgar dois textos em memória do Professor Orlando Ribeiro, numa colecção que agora se inicia. Directa ou indirectamente, os autores dos textos aqui editados sofreram influência dos trabalhos, das reflexões e da personalidade de Orlando Ribeiro. No entanto, de entre as pessoas do grupo, fui eu quem mais conviveu com Orlando Ribeiro que, embora não tenha sido meu Professor, orientou o meu trabalho de fim de curso sobre a Arrábida e acompanhou-me em numerosas excursões. A relação de amizade com o “Professor Orlando” e com a “Professora Suzana”, que se foi cimentando ao longo dos anos e que ainda hoje perdura com Suzanne Daveau, foi (e continua a ser) fonte de grande enriquecimento pessoal e intelectual para mim. Nestes dois últimos anos, o nosso grupo foi reorganizado. No início de 2013, faleceu o nosso Colega Henrique Andrade, grande Geógrafo e Amigo dedicado, quando eu tinha acabado de me aposentar. Retirei-me também da liderança do núcleo “Clima e Mudanças Ambientais” (CLIMA), depois de mais de 20 anos de serviço de coordenação dos grupos de Geo-Ecologia e, depois, CliMA do CEG; nessa altura, os investigadores seniores do CliMA, Carlos Neto (com preferência por temas de biogeografia e conservação da natureza), Marcelo Fragoso (climatologia sinóptica e histórica) e António Lopes (climatologia urbana e ordenamento do território) decidiram que este ficaria a liderar o grupo, tarefa que cumpriu com eficácia e generosidade. Na sequência da reestruturação da investigação do CEG no final de 2013, formou-se o Grupo de Investigação Zephyrus, resultante da fusão dos núcleos CLIMA e AntECC (“Ambientes Antárcticos e Alterações Climáticas”, então coordenado por Gonçalo Vieira, um dos pioneiros nacionais da investigação antárctica) [...]
- A synthetic map of the climatopes of the Serra da Estrela (Portugal)Publication . Mora, CarlaThe Serra da Estrela is part of the Iberian Central Cordillera and is the highest mountain in mainland Portugal (40◦ 20’N, 7◦ 35’W, 1993 m a.s.l.). The topoclimates are controlled by the NNE-SSW direction of the mountain range, asymmetric exposure to the prevailing westerly air masses, high relief and irregular morphology. Supported by a network of air temperature data loggers, the influence of the topography on the temperature patterns has been examined. A thorough analysis of climate data from meteorological stations, bibliographical references and the study of the terrain characteristics, including field work, remote sensing and GIS-based digital elevation model analyses, allowed the information to be synthesised in a map of the climatopes at the scale 1:75,000. The climatopes are based on the variation of climatic factors as a result of topography and land cover. Each climatope unit responds similarly to the forcing induced by the atmosphere boundary layer and represents a local climate. The map includes 18 types of climatope and contains a simple, easy-to-understand legend for the non-specialist in climatology, with the possibility for application in land planning.