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O objectivo do presente trabalho é identificar e caracterizar os climas locais da Serra da Estrela, dando ênfase à sua dinâmica em termos térmicos e distribuição espacial, e procurando identificar os factores que controlam o mosaico topoclimático da montanha. Estudaram-se, para isso, os regimes diários da temperatura do ar em locais com características topográficas contrastadas, utilizando postos termométricos automáticos, bem como o balanço radiativo instantâneo em situações de Verá e Inverno, modelizado a partir de imagens Landsat 5TM. Essas imagens permitiram ainda cartografar o uso do solo, e a sua aplicação com fins topoclimáticos. Uma vez que o relevo e o modo como este interage com a radiação solar, são os principais factores dos climas locais em áreas de montanha, a utilização de um Sistema de Informação Geográfica e de um modelo digital de terreno detalhado permitiu avaliar e modelizar a sua distribuição espacial. Foi assim possível elaborar um mapa dos climas locais da Serra da Estrela, que é apresentado como uma tentativa de síntese dos conhecimentos obtidos.
Aos climas locais, que são o objecto deste trabalho, acresceu ainda a necessidade de caracterização do clima regional da montanha, e em particular, o contraste entre esta e as áreas baixas envolventes. Essa caracterização foi efetuada usando dados das estações meteorológicas do Instituto de Meteorologia e do Instituto da Água, e centrou-se nas temperaturas do ar e sua repartição, e na distribuição da precipitação e origem das assimetrias espaciais encontradas nos sectores planálticos e já descritas por outros autores. Trata-se, contudo, de um tema um pouco marginal ao trabalho e que não tivemos oportunidade de aprofundar com o detalhe necessário.
Para o estudo dos regimes e padrões térmicos, escolheu-se à área mais alta da Serra da Estrela, em particular, a bacia do Zêzere a montante de Manteigas e os interflúvios adjacentes. Apesar de se terem efectuado, numa fase inicial dos trabalhos, medições itinerantes de temperatura, humidade relativa e vento, esses dados acabaram por não ser usados, pois em finais de 1999 tivemos a oportunidade de instalar uma rede relativamente densa de postos termométricos, programada para registar a dados em intervalos bi-horários. Tratou-se de uma iniciativa pioneira em Portugal, em especial numa região de montanha, e que permitiu obter um grande número de dados de muito valor, pois foi possível obter, de forma quase contínua, dados ao longo do ano de 2000. O financiamento para a aquisição dos dataloggers e do material necessário para a sua construção foi obtido através do projecto ESTRELA – “Processos geomorfológicos e biofísdicos e unidades de paisagem em montanhas mediterrâneas. Aplicação à Serra da Estrela”, no qual participamos. Os dataloggers de baixo-custo foram adaptados para a monitorização de temperaturas do ar no laboratório do Centro de Estudos Geográficos, num trabalho de colaboração com Gonçalo Vieira e Miguel Ramos Saínz (Universidade de Alcalá de Henares). […]
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Climas de montanha Climas regionais Climas Locais Serra da Estrela