FL - CLEPUL - Livros e Capítulos de Livros
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- As Vozes da Balada. 30º Aniversário de Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso PiresPublication . Oliveira, Marcelo G.; Petrov, PetarUm aniversário, uma celebração do passado e do presente, a oportunidade de revisitar a nossa memória pessoal e colectiva a partir de uma sempre inédita perspectiva. A memória de um autor, um dos maiores do século XX português, e de uma obra, ela própria uma memória de um tempo entretanto desaparecido. No seu conjunto, o actual volume pretende oferecer uma súmula das vozes que ao longo dos últimos trinta anos se juntaram às desta magnífica Balada. Um cântico de aniversário, uma celebração e a oportunidade de voltar a conviver com a obra de um magnífico escritor, cuja (re)visitação decerto continuará, agora e no futuro, a impressionar o mais exigente dos leitores e a possibilitar um sentido para o nosso sempre renovado presente.
- Azulejaria de S. João de Deus em Portugal, séculos XVII-XXI. Roteiro Cultural e TurísticoPublication . Borges, Augusto MoutinhoO presente livro aborda a representação de S. João de Deus na azulejaria. S. João de Deus ainda não tinha sido abordado na azulejaria em Portugal de forma sistemática, comparativamente às outras figurações iconográficas do Santo e de outros Santos, que têm por base a pintura e a escultura e estão, inúmeras vezes, referenciados em livros temáticos. Sendo Portugal o paí do azulejo, também a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus não foi indiferente, em fazer representar o seu fundador neste suporte cerâmico. Os motivos para tal arte são facilmente encontrados na extensa bibliografia, desde o século XVII até ao presente, que enriqueceu o interior das obras literárias, com inúmeras gravuras e estampas. Os gravadores têm sido, para a obra de Frei António de Gouveia, de 1659, e de Manuel Trinchería, de 1773, solicitados a conceber e produzir registos evocativos da vida e obra do Santo, permitindo aos encomendadores, quer reais, quer religiosos e públicos, elementos suficientes para a obra azulejar que chegou até ao presente. O desenvolvimento artístico em torno de S. João de Deus deve-se, fundamentalmente, à devoção que os Irmãos Hospitaleiros desenvolveram em Portugal em torno do seu fundador, essencialmente a partir do Convento-Hospital em Lisboa, desde os inícios do século XVIII.
- Nenhum vestígio de impureza: da necessidade estética na ética e na poética de Sophia de Mello Breyner AndresenPublication . Teixeiro, AlvaEste ensaio estuda a obra ímpar de Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto, 1919 - Lisboa, 2004) que, à margem dos "standars" estéticos do seu tempo, representa uma das vias possíveis de retorno à pura necessidade intelectual de beleza, verdade e sabedoria. Através de valores como o de um domínio estético excecional, um luminoso saber intuitivo equilibrado com uma poderosa capacidade intelectual e uma certa vontade tutelar, a representação literária que a autora nos oferece apresenta-se como fundadora de um mundo diferente ou, antes, de um sentido diferente para o mundo. Dos géneros diversos em que se manifesta a sua escrita, emana um certo valor arcangélico e, ao mesmo tempo, perturbador, mas sempre luminoso dentro de uma met¡eorologia escritural variável. Neste sentido, a essência da poesia de Sophia deriva da exigência de esclarecimento, a partir da oposição contra qualquer forma de mistificação ontológica e/ou moral, como a indeferença, a alienação, a mentira ou a injustiça. Essa orientação conduz, necessariamente a uma separação, a maior possível, da banalização do real. A possibilidade da literatura numa civilização dominada por um estreito racionalismo conformista ou, na melhor das hipóteses, cinicamente pessimista torna-se assim um problema específico da escrita da utora portuguesa que esta soluciona por duas vias: afasta-se do mundo para oferecer uma idealidade só possivel no espaço da arte ou, num movimento oposto, encara desde o seu próprio centro a circunstância contemporânea como única possibilidade de negá-la de modo fundamentado. O Ensaio é o resultado do Projeto de Pós-Doutoramento “Nenhum vestígio de impureza. Poéticas da obra de Sophia de Mello de Breyner Andresen” que, orientado pelo Professor Carlos Mendes de Sousa, foi realizado pela autora no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho.
- O projecto literário de Mia CoutoPublication . Petrov, PetarNo presente livro é recuperado e desenvolvido o teor das seguintes comunicações apresentadas em certames científicos e publicadas em actas e revistas ou em forma de capítulos de livros: – “Intertextualidade e Criação Literária: Guimarães Rosa, Luandino Vieira e Mia Couto”, Veredas, v. 7, Porto Alegre, 2006, pp. 67-81. – “O Universo Romanesco de Mia Couto”, Estudos de Literaturas Africanas. Cinco Povos, Cinco Nações, Coimbra, Novo Imbondeiro e ILLP, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2006, pp. 672-681. – “Modalidades Representativas na Ficção de Mia Couto”, COUTINHO, Eduardo F. (ed.), Identities in Process: Studies in Comparative Literature, Rio de Janeiro, Aeroplano Editora, 2009, pp. 253-262. – “Transparências e Ambiguidades na Narrativa Moçambicana Contemporânea”, PETROV, Petar, Ficção em Língua Portuguesa. Ensaios, Lisboa, Roma Editora, 2010, pp. 19-34. – “A Obra de Mia Couto e a Questão do Género Literário”, PETROV, Petar, Ficção em Língua Portuguesa. Ensaios, Lisboa, Roma Editora, 2010, pp. 97-107. – “O Realismo Mágico-Maravilhoso de Mia Couto”, PETROV, Petar (org.), Lugares da Lusofonia. Actas de Encontro Internacional, Lisboa, Colibri, 2010, pp. 125-132. – “O Projecto Ficcional de Mia Couto”, DIAZ-SZMIDT, Renata (org.), Identidades Revisitadas, Identidades Reinventadas, Varsóvia, Biblioteka Iberyjska, 2012, pp. 305-314. – “Identidades Ambivalentes nos Romances de Mia Couto”, MEUNIER, Philippe, SAMPER, Edgar (dir.), Le Masque: une “inquétante étrangeté”, Saint-Etienne, Publicationas de l’Úniversité de Saint-Etienne, 2013, pp. 358-367.Saint-Etienne, Publicationas de l’Úniversité de Saint-Etienne, 2013, pp. 358-367. – “Projectos Literários em Diálogo: Guimarães Rosa e Mia Couto”, ANDREEVA, Yana (coord.), Horizontes do Saber Filológico, Sófia, Editora Universitária Sveti Kliment Ohridski, 2014, pp. 301-308.
- José e Asenet: Um apócrifo pouco conhecido do Antigo TestamentoPublication . Alves-Jesus, Susana MouratoNeste estudo pretendemos analisar José e Asenet, texto apócrifo do Antigo Testamento, à luz das diversas perspectivas espaciais onde se movem as personagens da narrativa. Ainda que José e Asenet continue a estar envolto em diversos problemas de datação, autoria e contexto literário, a verdade é que não deixa de ser um testemunho antigo que suscita as mais diversas interpretações da parte de quem o lê. Não é um texto que reúna um consenso em relação à sua intenção última e todo o simbolismo que o envolve continua a estar longe de uma única explicação. É nosso objectivo tomar por base a estrutura diegética onde o material alegórico do texto encaixa e estudar, especialmente, o papel das descrições espaciais e a sua função na construção da malha narrativa. À luz de outros exemplos da literatura antiga, principalmente da época helenística, José e Asenet aparece como uma criação peculiar no que diz respeito à forma como descreve diversos espaços de acção e à maneira como os gere na articulação de um todo literário. Num último momento, iremos analisar de que forma a originalidade imagética do texto se expressa, ou não, em termos de recepção artística.
- As Argonáuticas de Apolónio de Rodes: A arquitectura de um poema helenísticoPublication . Carreira, PaulaAs Argonáuticas de Apolónio de Rodes são um dos paradigmas da literatura helenística. Considerada como uma epopeia, esta obra foi várias vezes analisada como uma pálida tentativa de imitação dos poemas homéricos. O que pretendo com esta dissertação é, antes de mais, analisar a obra per se, ainda que isso implique fazer paralelos com outros textos que a influenciaram. Contudo, não se trata de um trabalho comparativo. As características estilísticas e estruturais deste poema revelam a riqueza de conteúdos, doseada com uma versatilidade típica do autor, na recusa de repetições monótonas que encontramos em alguns dos poetas que o antecederam. Por isto, e porque são escassos os estudos escritos em português sobre este tema, não será despropositado apresentar uma dissertação sobre o que o tempo nos legou de Apolónio de Rodes.
- Uma experiência poética surrealista de África: Artur do Cruzeiro SeixasPublication . Sousa, RuiCruzeiro Seixas é um dos mais importantes artistas do Surrealismo em Portugal, tendo integrado a partir de 1948 as actividades do grupo surrealista dissidente. Na sequência da fragmentação desse segundo agrupamento português, Cruzeiro fixou-se em Angola, a partir de 1952, onde permaneceria até 1964. Ao longo desses anos reuniu uma coleção etnográfica, realizou polémicas exposições de pintura em Luanda, criou um salão de pintura no Museu de Angola e escreveu muitos dos poemas que só recentemente começaram a ser publicados. Nesta comunicação procuraremos perceber em que medida o contacto com África contribuiu para o desenvolvimento do imaginário do poeta-pintor e para a visão surrealista que orientou sempre a sua actividade. Pois, como em 1953 Cesariny declarou: “ÁFRICA É O ÚLTIMO CONTINENTE SURREALISTA, TUDO O QUE ANTECEDE, COMBATE OU ULTRAPASSA A INTERPRETAÇÃO ESTREITAMENTE RACIONALISTA DO HOMEM E DOS SEUS MODOS TEM A VER COM UM SENTIDO SURREALISTA DA VIDA. ÁFRICA GOZA DO PRIVILÉGIO RARO DE NÃO TER PRODUZIDO NEM O CARTESIANISMO NEM NENHUM DOS SISTEMAS DE PENSAMENTO E ACÇÃO BASEADOS EM UNIVERSOS DE CATEGORIAS. ÁFRICA CONHECE UM MITO QUE NÓS IGNORAMOS. JULGAMO-LA ADORMECIDA NO PASSADO E ESTÁ TALVEZ PERFAZENDO O FUTURO”.
- Uma África de africanidade variável: afluências e divergências a respeito do imaginário cultural africano e afro-brasileiro na ficção de Alberto MussaPublication . Teixeiro, AlvaO texto foca a 'africanidade' na obra de Alberto Mussa (Rio de Janeiro, 1961), neto de imigrantes libaneses e palestinos ortodoxos. Obra que se situa no estágio literário de maturidade, de convívio e entrecruzamento entre a literatura oral e memorialística e a sua reescrita romanesca, mostrando-se a sua obra como um importante lugar de renovação a respeito de qualquer evolução previsível.
- Novas cartografias marítimas, novos rumos da arte guineensePublication . Fernandes, Evelyn Blaut; Guimarães, Adriana MelloCom a Independência da Guiné-Bissau, em 1973, o mar, considerado inimigo durante os séculos em que o oceano foi veículo do tráfico negreiro, assume uma dimensão utópica de liberdade e de vitória recém-conquistada. Uma vez elaborado o passado de dor, o mar pode ser revestido de conotações positivas: é o momento de revisitar o imaginário marítimo das eras primordiais. A dor explícita na arte guineense contemporânea remete ao período da escravidão, bem como ao presente de um país que ainda não resolveu questões elementares de sobrevivência e que há muito pouco tempo estava ainda envolvido com guerras internas. Quer seja relativa à ruptura, ao trauma ou à reação, a dor recobre um conceito mais amplo, a dor histórica cujas raízes culturais foram submersas pelos movimentos opressivos do mar português. A poesia (especialmente o livro Entre o ser e o amar, 1996) de Odete Semedo e a filmografia de Flora Gomes refletem, cada um a seu modo, sobre estas perspectivas que perpassam a história recente da Guiné-Bissau, questionando e inscrevendo novos sentidos para o Atlântico.
