Untitled

Funder

Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Organizational Unit

Publications

A fúria de Aquiles na literatura latina da Antiguidade Tardia

Publication . Dominik, William J.

2022-09Conference object

Open access

Achilles as an ambivalent hero in Late Antique latin poetry

Publication . Dominik, William J.

An analysis of the role of Achilles in late antique Latin poetry illustrates that he is viewed both as a positive role model and as a negative exemplum or an inferior foil. Both the positive and unfavorable aspects of Achilles’ characterization are linked to the aspirations of the Roman elite and the values emphasized by both pagan and Christian Latin poets.

2023Journal article

Open access

The classical ‘traception’: reconceptualizing classics in Africa (with an analysis of Fugard, Kani and Ntshona’s The Island)

Publication . Dominik, William J.

Classics has been used for various social, cultural and political purposes on the African sub-continent. Part I highlights some theoretical considerations regarding the traditional models of the classical tradition and the classical reception in Africa. The idea of the classical ‘traception’ embraces the classical tradition through its suggestion of linear descendent and the classical reception through its ‘receptive’ and reconfigurative associations. Part II discusses how and when classical ideas and texts reached and extended into Africa from the time of the sixteenth century and the main areas that constitute the classical ‘traception’ on the subcontinent. Part III presents a case study in the area of drama to illustrate some of the interpretive consequences of using the model of the classical tradition as opposed to that of the classical reception. My proposed model of the ‘classical traception’ seems preferable to either of these models when describing the dynamics of Fugard, Kani, and Ntshona’s The Island (1974) since it spans both the European conception of the original Antigone and its linear descent as well as its reconfiguration by its split collective (hybrid) multi-racial ‘author’ in The Island. Considering the elements of the classical tradition along with those of the classical reception—what I jointly term classical ‘traception’—helps to provide a broader view of the ways in which Classics has helped to shape and been received by different African societies and their cultures from the perspectives of both the European colonizers and indigenous peoples.

2023-02-03Journal article

Open access

A fúria de Aquiles: a tradição e relevância na literatura latina da Antiguidade Tardia

Publication . Dominik, William J.

A fúria de Aquiles é a característica mais proeminente da sua personalidade. Μῆνις (“fúria”), que é a primeira palavra do proémio da Ilíada de Homero, é apresentado como tema de toda a epopeia (cf. 1–7). A recepção de Aquiles na literatura grega e latina conheceu uma série de etapas desde Homero até à Antiguidade Tardia. Durante a Antiguidade Tardia, o texto de Homero assumiu um papel significativo como texto didáctico, e o leitor habituou-se a examiná-lo de diferentes perspectivas, o que implicou uma reavaliação das acções e da conduta de Aquiles, incluindo a sua fúria. O papel de Aquiles na cultura e na literatura latinas durante a Antiguidade Tardia ilustra que ele funcionou tanto como exemplum positivo como negativo. Esta ambivalência da sua representação literária é omnipresente na literatura latina da Antiguidade Tardia. Em alguns relatos das acções e palavras de Aquiles, o seu famoso temperamento está ausente; em outros textos, as suas irascibilidade e crueldade estão sublinhadas; e em outros ainda, o uso da violência é retratado tanto negativamente como positivamente por autores latinos, por vezes até pelo mesmo autor. Tanto os aspectos favoráveis como negativos de Aquiles e a sua fúria que aparecem nas obras da Antiguidade Tardia são ligados às aspirações da elite romana e aos valores enfatizados pelos autores cristãos. Aquiles é utilizado como modelo favorável e até mesmo como contraste negativo para o imperador ou para o seu representante quando ele enfrenta o inimigo. Apesar do irascível carácter e da conduta de Aquiles serem vistos negativamente em termos cristãos, a sua reputação como guerreiro feroz parece ter sintetizado, ainda que paradoxalmente, o tipo de carácter forte que apelou à elite romana na luta por manter a sua ascendência, face aos confrontos militares e políticos com os vizinhos bárbaros.

2023-11-22Journal article

Open access

A figura do herói guerreiro na declamação grega da antiguidade tardia

Publication . Fernandes, Ana Vanessa Gonçalves, 1995-; Hadjittofi, Fotini

Concentrando-se nas obras de Libânio e Corício (retores do século IV e VI, respectivamente), este artigo tem como objectivo a exposição das diferentes facetas que a figura do herói guerreiro adquiriu nas declamações. Estas eram exercícios modelares compostos para uso em sala de aula, mas que, ao longo do tempo, adquiriram também um valor lúdico, sendo declamadas fora do contexto escolar. Embora a literatura grega da Antiguidade tardia esteja a tornar-se cada vez mais um objecto de estudo, os estudiosos não têm prestado muita atenção às qualidades literárias da declamação grega. Aqui destacam-se, nomeadamente, a sua capacidade de criar novos mundos, a absorção e apropriação de modelos literários (epopeia, drama e romance) e a crescente tendência de explorar o âmbito pessoal em vez do cívico ou político. Dividido em três secções, este artigo começa por contextualizar a prática da declamação dentro do panorama da educação da Antiguidade Tardia. Em seguida temos dois momentos de reflexão. Um primeiro considera a reformulação do herói iliádico por excelência, Aquiles, analisando a natureza controversa e ambígua do herói em dois progymnasmata de Libânio de Antioquia (8.3 e 9.1) e duas declamações de Corício de Gaza (Decl. 1 e 2). Num outro momento, abordam-se as conotações teatrais da declamação, analisando primeiro o herói guerreiro fanfarrão (Lib. Decl. 33) e depois o herói apaixonado (Chor. Decl. 5 e 6), explorando como ambas as figuras ecoam heróis análogos da Comédia Nova e do Romance Grego. Esta visão geral ilustra não apenas a evolução literária de tais personagens, mas também como essas figuras - e os géneros e autores principais anteriores nos quais estavam inseridas - moldaram a paideia da Antiguidade Tardia e, por sua vez, foram moldadas e adaptadas para se adequarem às expectativas sociais contemporâneas.

2023-11-22Journal article

Open access