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Mandelli de Marsillac, Ana Lúcia

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  • Estética do Grotesco: interrogações à razão moderna
    Publication . Sousa, João Gabriel Neves de; Lúcia Mandelli de Marsillac, Ana
    Este artigo, fruto de uma pesquisa acadêmica pautada no método da psicanálise, analisa a estética do grotesco e suas interações com a lógica dominante na modernidade, que se pauta na centralidade da razão. Apresenta-se essa dominância racional como um aspecto de um projeto filosófico, estético e político, que estabeleceu uma concepção específica sobre a figura humana na modernidade. Analisa algumas expressões exemplares da estética grotesca, desviantes da lógica das academias de arte, como formas de invocar expressões de uma humanidade mergulhada na desrazão e na loucura, questionando esse lugar exaltado e absoluto do indivíduo racional. A psicanálise auxilia-nos nessas reflexões, para além do método, por ocupar-se de uma estética negativa, que interroga o estranho nas imagens e seu potencial de questionar as certezas subjetivas.
  • Convocarte, nº10 (Set. 2020): Arte e Loucura - Estética e Teoria
    Publication . Dias, Fernando; Franco, Stefanie Gil; Guérin, Michel; Peneda, João; Massaert, Lucien; Delecroix, Marion; Sousa, João Gabriel de; Marsillac, A.L.M.; Molina, Martin; Borges, Viviane; Vaitsman, Marcia; Harvey, Mark; Barroca, Daniel; Pontes, J; Reis, Jorge dos; Oliveira, Richard de; Frayze-Pereira, João Augusto; Gerino, Alain; Nogueira, Isabel
    (...) Sabendo que já superámos essa construção do «louco» da sociedade disciplinar, permitimo-nos nestes dois volumes de Convocarte a desafiar o estigma. Se pensámos inicialmente para tema, e por inibição que assumimos, a palavra Mania (do grego μανία, «estado de loucura», e de mainesthai, «estar em furor, estar com raiva»), aceitámos o desafio de Stefanie Gil Franco, investigadora especializada nas relações entre a arte e a loucura, a quem convidámos para coordenação científica desta abordagem, para esse confronto directo com a questão através do tema: Arte e Loucura. Apesar de já não se confinar o louco na cela da modernidade disciplinar, e os hospitais psiquiátricos terem evoluído bastante desde finais do século XX, o estigma ainda circula na linguagem, sendo visível na dificuldade em abordar o tema, em falar directa e abertamente, como se o estigma, como uma sombra, ainda abafasse o debate franco e crítico. O lançamento deste tema em Convocarte ambicionou focar alguma luz crítica nessa sombra com o propício apoio das relações com a arte. Trata-se de confrontar o estigma e de fornecer um lugar de escuta à voz da loucura para saúde da própria razão, o que nos fez lembrar a frase de Deleuze sobre a doença de Nietzsche: «[...] quando Nietzsche se tornou demente, foi precisamente quando perdeu esta mobilidade, esta arte de deslocamento, ao não poder mais, pela sua saúde, fazer da doença um ponto de vista sobre a saúde».