DMF - Teses de Mestrado
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Browsing DMF - Teses de Mestrado by Author "Dias, Beatriz Rosário"
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- Avaliação do impacto de uma alimentação rica em quinoa, pescado e óleo de peixe no perfil lipídico e acumulação de DHA no fígado de murganhos com propensão para desenvolver doença de AlzheimerPublication . Dias, Beatriz Rosário; Bandarra, Narcisa Maria Mestre; Bispo, Ana Maria Cardoso Lourenço Gomes; Afonso, Fernando Ribeiro AlvesA doença de Alzheimer (AD) é uma doença neurodegenerativa que resulta na diminuição das funções cognitivas. Dada a forte correlação entre a AD e níveis neuronais reduzidos de ácido docosahexaenóico (DHA), o enriquecimento do cérebro por via nutricional pode contribuir para o abrandamento do declínio cognitivo. Considerando a relevância do fígado no metabolismo lipídico, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto de uma alimentação rica em DHA no perfil lipídico e acumulação deste ácido gordo no fígado de murganhos. Deste modo, 32 murganhos transgénicos 5xFAD (modelo animal para a AD) foram divididos em quatro grupos. Cada grupo foi alimentado com uma dieta diferente: Controlo (C) (dieta padrão AIN-93M); Cavala (CV) (AIN-93M suplementada com 10% cavala); Quinoa (Q) (AIN-93M com 5% quinoa); e Cavala+Quinoa (CVQ) (AIN-93M com 10% cavala e 5% quinoa). A fração lipídica hepática destes murganhos foi caracterizada em termos do teor de lípidos totais, perfil de classes de lípidos, e distribuição de ácidos gordos nos lípidos totais e nas classes de lípidos mais relevantes. Assim, se as diferentes dietas não impactaram o teor de lípidos totais, no que se refere ao perfil das classes de lípidos, verificou-se que os grupos CV e CVQ registaram tendencialmente (p<0,05) maiores teores relativos de fosfolípidos (27,6 ± 5,9% e 29,9 ± 5,0% dos lípidos totais, respetivamente) e de 1,3-diacilgliceróis+colesterol (15,9 ± 2,5% e 14,0 ± 2,8%). Em contrapartida, o grupo Q distinguiu-se com os maiores níveis de triacilgliceróis (TAG), com cerca de 37,5 ± 6,9%. Os grupos Q (15,9 ± 2,7%) e CVQ (15,5 ± 2,9%) registaram uma diminuição dos ácidos gordos livres (FFA) face ao grupo C (22,6 ± 6,7%). A adição da cavala às dietas resultou na redução dos ácidos gordos polinsaturados n-6, e no aumento dos ácidos gordos saturados e polinsaturados n-3. Este último grupo foi impulsionado pelo ácido eicosapentaenóico (EPA) e, em particular, pelo DHA, cujos teores se destacaram nos grupos CVQ (12,2 ± 2,8%) e CV (7,9 ± 3,3%). Quanto ao perfil de ácidos gordos das principais classes de lípidos, as maiores diferenças foram registadas nos FFA e TAG, cujos teores de DHA foram mais elevados nos grupos CV (2,9 ± 1,2% e 7,5 ± 3,6%, respetivamente) e CVQ (3,0 ± 1,0% e 8,2 ± 2,1%, respetivamente). Assim, os resultados apontam para um possível benefício na adição de quinoa à cavala com aumento de DHA nos teores hepáticos. A suplementação permitiu uma maior disponibilidade de DHA sob a forma livre e, como tal, disponível para ser transportado ou incorporado noutras classes de lípidos, sugerindo uma incorporação de DHA excedente nos TAG em resposta à suplementação com cavala