Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
204.47 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Este relatório dá conta da posição de Portugal em dois índices internacionais
do envelhecimento ativo - o Active Ageing Index (AAI) e o AgeWatch Index
(AWI) -, avaliando ainda a sua utilidade para a monitorização das políticas
públicas.
Estes índices revelam que Portugal está abaixo da média europeia no que
respeita ao envelhecimento ativo. Há, naturalmente, aspetos em que está
melhor e outros em que está pior. Pela positiva, destaca-se sobretudo a esfera
económica em sentido lato, tendo-se registado uma pontuação satisfatória no
que respeita à participação no mercado de trabalho ou à proteção do
rendimento das pessoas idosas. Pela negativa, sobressai a fraca qualificação
escolar, a limitada vida independente e a reduzida participação social.
Apesar de a modesta posição portuguesa nos índices e dos acréscimos
registados na pontuação serem inferiores à média europeia, o país fez
progressos ao longo dos últimos anos, ainda que esses acréscimos sejam
inferiores aos verificados no conjunto dos países europeus. As contribuições
positivas provêm dos aspetos estruturais, ou seja, Portugal melhorou o
ambiente favorável ao envelhecimento ativo. Inversamente, os aspetos que
mais penalizam a pontuação portuguesa estão relacionados com a esfera do
emprego à qual está associada a conjuntura recessiva dos últimos anos. Com
a inversão da situação económica é expectável que o país apresente
melhorias significativas no próximo exercício dos índices do envelhecimento
ativo.
Os progressos registados não são, no entanto, equitativos em termos de
género. A evolução do índice (apenas o AAI é usado) ao longo do período
analisado (entre 2010 e 2014) mostra que, de modo geral, os homens saem
mais beneficiados do que as mulheres.
Numa comparação mais alargada, a análise da posição portuguesa nas
diferentes dimensões que compõem os índices mostra que o país tem mais
semelhanças com países como a França, a Bélgica ou a Espanha, e menos
com outros países periféricos com os quais, em outros casos, surge mais
associado. Ainda que a pontuação obtida nos índices seja pouco satisfatória, o
perfil das dimensões do envelhecimento aproxima-se ao de sociedades
economicamente mais desenvolvidas.
O relatório considera que os índices proporcionam uma base comparativa
entre países e oferecem uma perspetiva longitudinal que permite medir os
progressos realizados no âmbito do envelhecimento ativo. Neste sentido, seria
recomendável que os índices e as suas dimensões fossem contemplados na
elaboração programática das políticas públicas, facultando assim aos decisores
políticos um instrumento de monitorização e avaliação capaz de orientar a sua
execução ao longo do tempo.
O relatório salienta ainda a importância de se contemplarem outros indicadores
de envelhecimento ativo, designadamente os de âmbito local, pelo que
recomenda o desenvolvimento de uma bateria mais alargada de indicadores
de modo a monitorizar o impacto das ações e dos programas em curso a nível
do município e, se e quando possível, da freguesia.
Description
Keywords
Envelhecimento activo Active Ageing Index AgeWatch Index
Pedagogical Context
Citation
Ferreira, P. M., Moreira, A., Azevedo, A. B., Manso, L. P. (2017). O Envelhecimento ativo em Portugal através do Active Ageing Index e do AgeWatch Index. Policy Brief 2017. Instituto do Envelhecimento. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Publisher
Universidade de Lisboa. Instituto de Ciências Sociais