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Os economistas corporativistas portugueses e o problema do salário

authorProfile.affiliationClasse operária
authorProfile.affiliationBaixos salários
dc.contributor.authorBastien, Carlos
dc.date.accessioned2021-07-05T15:26:37Z
dc.date.available2021-07-05T15:26:37Z
dc.date.issued1990
dc.description.abstractNa perspectiva de Bastien C. (1990), a redefinição das relações de força entre as diversas camadas e fracções das classes possidentes, e sobretudo destas com o conjunto do movimento operário, constituiu o aspecto fundamental da viragem global que o atrasado e dependente capitalismo português conheceu com a instauração do Estado Novo, a partir de 1933. Um novo poder social, fundamentalmente assente na aliança dos grandes interesses agrários e industriais uma nova ordem jurídico. política, com a criação de um Estado autoritário de tipo fascista, uma nova ordem ideológica, filtrada por uma racionalidade organicista e marcada pelo culto da ordem, da estabilidade e da hierarquia, uma nova ordem económica, que se poderá talvez designar de Capitalismo de Estado para o monopolismo eram os dados fundamentais da nova situação. O exposto sugere que existiu em Portugal, nos anos 30 e na primeira metade dos anos 40, um esforço de criação de uma teoria (em rigor de uma ideologia teórica) económica corporativista — em que a análise do mercado de trabalho e da determinação do salário era uma componente — que de algum modo respondeu às necessidades de legitimação do Estado Novo. Deve no entanto, notar-se que, tanto no plano da produção de falsa consciência como no propriamente cognitivo, só atingiu resultados assaz limitados. Em suma, quando, mesmo por parte dos principais dirigentes da economia corporativa, se entrava no terreno das afirmações de senso comum; o salário justo, corporativo, humanamente suficiente, ou igual à produtividade do trabalho levava sumiço e só ficava o mais adequado «salário baixo», arbitrado por conveniência política, facto que era só por si revelador das insuficiências da ideologia teórica é corporativa e, consequentemente, da sua fraca aptidão para se constituir em meio de representação ideal da realidade económica, fosse essa representação de natureza objectiva ou dissimuladora.
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationBastien, Carlos (1990), "Os economistas corporativistas portugueses e o problema do salário". In A. Almodôver (Org.), Estudos sobre o pensamento económico em Portugal: pp. 229-240. Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Porto.1990.pt_PT
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.5/21593
dc.language.isoporpt_PT
dc.publisherFaculdade de Economia do Portopt_PT
dc.subjectPensamento económico
dc.subjectDoutrina económica
dc.subjectCorporativismo
dc.subjectEstado Novo
dc.subjectMercado de trabalho
dc.subjectOperários
dc.subjectBaixos salários
dc.subjectBaixa produtividade
dc.subjectCondições de trabalho
dc.subject(In) Justiça Social
dc.titleOs economistas corporativistas portugueses e o problema do saláriopt_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT

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