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- Influência da Condição Social no Declínio Mnésico, Risco de Demência e Depressão, e Envolvimento Social em Idosos InsularesPublication . Vasconcelos, Salomé; Fernandes, Sandra; Querido, Luís; Ramos, Sara; Verhaeghe, ArletteEste estudo pretendeu verificar a influência das condições sociais – residir em lar ou frequentar centros de convívio – no declínio mnésico, risco de demência e depressão e no envolvimento social de adultos idosos da Ilha Terceira-Açores. Foram administradas a Escala de Memória de Weschler – 3ª Edição, a Escala de Avaliação da Demência – 2, a Escala de Depressão Geriátrica – 15 e a Escala de Envolvimento Social. Uma análise de variância multivariada revelou que os adultos idosos frequentadores de centros de convívio tiveram melhores resultados do que os institucionalizados relativamente ao declínio mnésico, risco de demência, sintomas depressivos e envolvimento social. Regressões hierárquicas mostraram a condição social como fator importante do declínio mnésico e risco de demência; o envolvimento social como principal fator associado à depressão; e a idade e o sexo como os principais fatores relacionados com o envolvimento social. Estes resultados sugerem a importância de atividades que promovam o envolvimento social de adultos idosos institucionalizados.
- Learning to Read in an Intermediate Depth Orthography: The Longitudinal Role of Grapheme Sounding on Different Types of Reading FluencyPublication . Fernandes, Sandra; Querido, Luís; Verhaeghe, ArlettePhonological processing skills, such as phonological awareness, are known predictors of reading acquisition in alphabetic languages with varying degrees of orthographic complexity. However, the role of multi-letter-sound knowledge, an important foundation for early reading development, in supporting reading fluency development remains to be determined. This study examined whether two core foundational skills, phonemic awareness and grapheme sounding, have a predictive role in reading fluency development in an intermediate-depth orthography. The participants were 62 children learning to read in European Portuguese, and they were longitudinally assessed on phonemic awareness, complex grapheme sounding, and reading fluency (decoding, word, and text) from Grade 2 to Grade 3. The results showed that grapheme sounding predicted reading fluency development controlled for nonverbal intelligence and vocabulary, short-term verbal memory, and phonemic awareness. Grapheme sounding plays a prominent role in predicting reading fluency outcomes, whereas phonemic awareness (both accuracy and time per correct item) did not contribute to any of the three types of reading fluency. The fact that grapheme-sounding predicted reading fluency is likely due to complex grapheme-phoneme correspondences being required to achieve proficient reading. These findings provide insights into the cognitive processes underlying reading development in intermediate-depth orthographies and have implications for early literacy instruction.
- Fluência na leitura oral de texto e de palavras: Estudo transversal com adolescentes PortuguesesPublication . Fernandes, Sandra; Simões, Cristina; Querido, Luís; Verhaeghe, ArletteNo presente estudo analisamos os níveis de fluência na leitura oral de texto e de palavras em listas e o efeito de contexto (processamento semântico e sintático que beneficia a fluência de leitura oral de texto) em alunos do 8.º e 10.º ano de escolaridade, de duas escolas públicas de Lisboa. Considerou-se como medida de fluência o número de palavras lidas corretamente por minuto e como medida do contexto, a diferença de desempenho entre os dois tipos de fluência. O desempenho dos alunos do 10.º ano foi superior ao dos do 8.º, o que indica que, no Português Europeu, os níveis de fluência evoluem entre estes anos. O desempenho na fluência de texto foi superior ao observado para palavras, e o efeito de contexto mais marcado no 10.º ano, revelando um progresso mais acentuado no processamento semântico e sintático do que na identificação de palavras isoladas.
- L’influence de la scolarisation et de l’alphabétisation sur les capacités de traitement visuelPublication . Verhaeghe, Arlette; Kolinsky, RégineO presente trabalho enquadra-se no estudo do tratamento da informação visual não-linguística, considerando a distinção teórica, recentemente estabelecida em psicologia cognitiva, entre processos perceptivos e processos pós-perceptivos. Constitui um contributo tanto para a compreensão da arquitectura do sistema cognitivo visual como para a compreensão dos efeitos da escolarização e da alfabetização nas capacidades de tratamento da informação visual. Com efeito, o objectivo principal deste trabalho é examinar a influência destas variáveis em diversas tarefas de cognição visual, comparando os desempenhos de adultos que se diferenciam pelo seu grau de instrução escolar. O primeiro volume é consagrado à revisão dos principais estudos transculturais incidindo no papel da escolarização na percepção visual e na cognição. Apresenta também uma revisão de modelos recentes de tratamento da informação visual e a distinção entre processos perceptivos e pós-perceptivos. Esta distinção refere-se à diferenciação entre, por um lado, os processos de análise da informação que levam ao reconhecimento de estímulos, de maneira não intencional (a fala, no domínio da informação linguística e os objectos ou acontecimentos no domínio da informação visual) e, por outro lado, os processos de análise que operam sobre as representações conscientes destes estímulos. Os primeiros - os processos perceptivos - seriam automáticos, obrigatórios, não acessíveis à consciência e o seu desenvolvimento seria função da maturação e da exposição ao ambiente. Os segundos - os processos pós-perceptivos - seriam opcionais, dependentes de estratégias controladas e voluntariamente aplicadas com vista a atingir um determinado objectivo, dependendo o seu desenvolvimento de aprendizagens específicas geralmente proporcionadas no quadro da instrução escolar A contribuição experimental que constitui o segundo volume visa examinar os efeitos da escolarização e da alfabetização nas capacidades de tratamento da informação visual, utilizando um conjunto de tarefas de cognição visual que exigem uma resposta directa e intencional, isto é um tratamento pós-perceptivo. O procedimento seguido consiste em comparar os desempenhos nestas tarefas, de adultos emparelhados quanto à idade, controlando deste modo o factor de maturação, mas diferenciados quanto à instrução escolar. Mais especificamente, são examinados os desempenhos de adultos que frequentaram a escola durante pelo menos nove anos e obtiveram o diploma correspondente (adultos escolarizados) e de adultos que, por razões socio-económicas, nunca frequentaram a escola (adultos não escolarizados), sendo estes últimos iletrados ou ex-iletrados (isto é, adultos que aprenderam a ler e escrever na idade adulta, em cursos de alfebetização). Deste modo, o efeito da instrução escolar é examinado através da comparação dos desempenhos de adultos escolarizados vs. não escolarizados e o efeito da alfabetização através da comparação dos desempenhos de adultos iletrados vs. ex-iletrados. Este procedimento permite assim separar os efeitos da instrução formal num contexto escolar dos efeitos mais restritos decorrentes da alfabetização. As diversas tarefas utilizadas são agrupadas e apresentadas em três capítulos experimentais. O primeiro capítulo examina a influência da escolarização e da alfabetização nas capacidades de análise e de raciocínio no domínio da cognição visual, através da aplicação de provas clássicas ditas de inteligência, nomeadamente quatro sub-testes da escala de realização da WAIS. e as matrizes coloridas - PM47 - de Raven. O segundo capítulo estuda a influência da escolarização e da alfabetização nas capacidades de reconhecimento e/ou de identificação de representações de objectos e de formas com base numa informação visual parcial ou apresentada sob ruído visual. As capacidades de reconhecimento e de identificação de objectos a partir de uma informação parcial são examinadas através de provas de identificação de figuras fragmentadas e de figuras incompletas. As capacidades de reconhecimento de objectos e de formas com base numa informação visual apresentada sob condição de ruído visual são examinadas através de dois tipos de provas: uma de identificação de estímulos com significado em dois níveis hierárquicos de representação (o todo e as partes), e outra, de reconhecimento de figuras sobrepostas. O terceiro capítulo é consagrado ao estudo da influência da escolarização e da alfabetização nas capacidades de tratamento da orientação de estímulos visuais bi-dimensionais. Estas capacidades são examinadas através de quatro paradigmas experimentais: tarefas de classificação acelerada, tarefas de decisão "mesmo-diferente", tarefas de detecção de uma parte numa figura, e finalmente, uma tarefa de rotação mental envolvendo a identificação de representações de mãos direita e esquerda sob diversas orientações no plano. As hipóteses gerais são as seguintes: (i) se as capacidades de tratamento pós-perceptivo dependem da instrução escolar, deveriam ser observadas diferenças nos desempenhos de adultos escolarizados e não escolarizados em tarefas de cognição que implicam uma análise voluntária da estimulação visual; (ii) se a aquisição da leitura e da escrita num sistema alfabético proporciona situações de aprendizagens de discriminações visuais subtis entre símbolos gráficos (por exemplo, a identificação de b e d implica a sua discriminação na base da informação relativa a sua orientação "direita-esquerda"), deveriam ser observadas diferenças nos desempenhos de adultos iletrados e de adultos ex-iletrados em tarefas que exigem a utilização de índices visuais de orientação "direita-esquerda". As principais conclusões que se podem tirar a partir do conjunto de resultados são: 1) O nível de desempenho em provas ditas de inteligência depende, de maneira drástica, das aprendizagens realizadas no contexto escolar. As principais dificuldades de adultos não-escolarizados na realização deste tipo de provas, postas em evidência pela análise das respostas e dos procedimentos de resolução de problemas, permitem inferir o papel fundamental das aprendizagens escolares, nomeadamente na aquisição do conhecimento das regras de representação pictórica, na aquisição de estratégias envolvendo a utilização intencional de processos de análise e de comparação dos elementos da estimulação visual, e no desenvolvimento de um raciocínio de tipo analógico. 2) Os processos perceptivos baseados no fechamento, na boa continuação e no "enchimento" de contornos, envolvidos no reconhecimento de representações de objectos a partir de uma informação visual parcial ou sob condição de ruído visual, não parecem depender nem da alfabetização nem da escolarização. No entanto, esta última variável exerce um efeito no que diz respeito a aspectos cognitivos das tarefas, nomeadamente na elaboração e na verificação de hipóteses elaboradas pelo sistema de tratamento pós-perceptivo. Por outro lado, os resultados indicam que os adultos não-escolarizados tratam, de um modo geral, a informação visual não-linguística a um nível semântico, inclusive funcional. 3) As capacidades de tratamento atentivo da orientação dependem de aprendizagens específicas desenvolvidas no contexto escolar e no contexto da aquisição do código escrito alfabético. Assim, é de salientar que no conjunto das tarefas utilizadas no presente estudo, o único efeito da alfabetização verificado incide sobre o desempenho em tarefas que exigem uma discriminação entre estímulos que se diferenciam em função da sua orientação, em particular entre estímulos orientados em espelho. No seu conjunto, os dados obtidos indicara que as capacidades de análise visual intencional não dependem meramente da maturação e da experiência informal com o mundo visual, mas dependem de aprendizagens específicas como as realizadas no contexto escolar