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- Projeto “Estado atual da ostra portuguesa (Crassostrea angulata) no estuário do Sado, ameaças e oportunidades para a sua exploração como recurso – CRASSOSADO”Publication . Cabral, Henrique; Costa, José Lino; Chainho, Paula; Marques, Filipa; Portela, Teresa; Ruano, Francisco; Angélico, Maria Manuel; Lourenço, Helena; Brás de Oliveira, Paulo; Bandarra, Narcisa; Grade, Ana; Freitas, Rosa; Chiesa, Stefania; Moreira, Anthony; Pires, Adília; Fernandes, Maria de Jesus; Falcão, Cristina; Silva, CarlosO projeto CRASSOSADO nasceu do desafio lançado pelo ICNF - RNES às instituições científicas portuguesas com trabalhos de investigação recentes sobre as populações portuguesas de ostra, nomeadamente o MARE/FCUL, a Universidade de Aveiro/CESAM e o IPMA, tendo sido solicitado que se identificassem e estudassem os aspetos mais prementes para assegurar a conservação e a exploração sustentada deste recurso no estuário do Sado, sendo o seu financiamento assegurado pelo Grupo Portucel Soporcel ao abrigo do Protocolo celebrado em 2014, entre o ICNF e a Portucel, S.A., no âmbito das medidas de compensação previstas na Declaração de Impacte Ambiental do projeto “Nova fábrica de papel nas instalações de Setúbal da Portucel, S.A.”. Seguidamente é feita uma breve súmula sobre a evolução recente das populações selvagens e a exploração de ostra no estuário do Sado e discutidos os assuntos considerados prioritários para cumprir o desiderato de assegurar a conservação e a exploração sustentada deste recurso no sistema em análise, e ainda enunciados os objetivos específicos estabelecidos para o atingir. A ostra-portuguesa, Crassostrea angulata (Lamark), teve uma elevada importância comercial na Europa até finais de 1970, altura em que praticamente desapareceu devido a elevadas mortalidades (FAO, 2007). A ostra do Pacífico, Crassostrea gigas (Thunberg), foi introduzida para substituir a ostra portuguesa e é atualmente a espécie com produção maioritária na Europa. Durante as décadas de 1960 e 1970 e devido, sobretudo, a um forte aumento da poluição industrial, urbana e agropecuária das áreas envolventes dos estuários do Tejo e Sado, ao aparecimento de patologias graves nas suas populações e, por fim, a uma sobre exploração dos bancos naturais, assistiu-se à extinção/desaparecimento da ostra portuguesa no estuário do Tejo e ao fim da sua produção comercial no estuário do Sado. Esta situação foi generalizada em toda a Europa, no entanto, algumas populações de C. angulata, localizadas sobretudo no Sul de Europa, resistiram à mortalidade massiva da década de 1970, bem como à introdução de C. gigas (Batista, 2007). O estuário do Sado é um bom exemplo desta situação, onde a presença da espécie passou a ser vestigial, resumindo-se a pequenos bancos na zona do canal daquele estuário, onde subsistiram escassos hectares de bancos naturais. Contudo, nos últimos quinze anos tem-se assistido a uma recuperação assinalável das antigas ostreiras do Sado, verificando-se a sua expansão para as zonas da baía. A melhoria significativa das condições ambientais do meio terá sido a causa próxima daquela recuperação. De facto, no estuário do Mira, sistema relativamente bem preservado em termos ambientais, onde sempre existiram populações naturais da espécie, sem contudo terem sido objeto de uma exploração comercial consistente, os fenómenos de declínio e extinção das populações de C. angulata nunca se verificaram. Ultimamente tem-se assistido a uma forte pressão no sentido de reforçar a introdução da ostra do Pacífico, C. gigas, sobretudo no estuário do Sado, mas também no estuário do Mira, à semelhança do que aconteceu noutras zonas da costa portuguesa, nomeadamente na Ria Formosa e na Ria de Aveiro. Apesar disso, o conhecimento de base necessário para a tomada de decisões sobre o licenciamento destas introduções é ainda deficitário, em particular no que diz respeito ao estado atual das populações de C. angulata e às condições que influenciam o sucesso do recrutamento. Foi nesta perspetiva que se decidiu focar o presente estudo na análise de alguns aspetos ecológicos, como a distribuição e a reprodução, de alguns constrangimentos importantes para estes organismos, nomeadamente a sua patologia e contaminação por metais, e ainda das caraterísticas genéticas nas populações presentes no sistema.
- Ecological aspects and potential impacts of the non-native hydromedusa Blackfordia virginica in a temperate estuaryPublication . Marques, Filipa; Angélico, Maria Manuel; Costa, José Lino; Teodósio, Maria Alexandra; Presado, Patrícia; Fernandes, António; Chainho, Paula; Domingos, IsabelThe hydrozoan Blackfordia virginica has been reported over a wide geographical area, although it is mainly restricted to scattered records within estuarine areas of temperate and tropical regions. The aim of this study was to understand the spatial and temporal variability of an established population of this non-indigenous species on a temperate estuarine ecosystem, and its impacts over the plankton community. Sampling was conducted from 2011 to 2013 in the Mira estuary (Portugal) and higher densities were observed during the summer of 2013, with a maximum of 1689.3 medusae.m−3. Spatially, higher abundances of medusae were associated with sites of higher abundance of oyster shells and higher percentage of hard substrate in the river bed. Smaller jellyfish were sampled in the vicinity of these hard substrate locations, suggesting these might be habitats for polyp fixation. A higher potential predation impact on the copepod population along the estuary was estimated for the summer of 2013, with a median half life of 6.1 days.
- Allochthonous-derived organic matter subsidizes the food sources of estuarine jellyfishPublication . Morais, Pedro; Dias, Ester; Cruz, Joana; Chainho, Paula; Angélico, Maria Manuel; Costa, J.L.; Barbosa, Ana B; Teodósio, Maria AlexandraJellyfish modulate the energy fluxes between compartments of aquatic ecosystems and the period that energy remains within each compartment. However, the contribution of different sources of organic matter (OM) to the production of most estuarine jellyfish species is unknown. Therefore, this study aimed to identify and quantify the putative sources of OM for Blackfordia virginica (Cnidaria, Hydrozoa) Mayer, 1910 in two temperate estuaries, based on the analyses of carbon and nitrogen stable isotope ratios. Zooplankton was the main source of OM assimilated by B. virginica in both Mira and Guadiana estuaries. However, particulate organic matter (POM) also contributed to B. virginica biomass, up to 26 and 37% in Mira and Guadiana estuaries, respectively. The POM pool was apparently comprised by terrestrial-derived OM, as based on stable isotope ratios and C:NPOM. Terrestrial-derived OM is an undescribed carbon source for estuarine jellyfish. Our results support a working hypothesis stating that terrestrial-derived OM might support good physiological condition of B. virginica during periods of low metazooplankton abundance, through a detritus-based microbial food web transformation. Subsequent studies on trophic pathways ought to evaluate the temporal contribution of autochthonous and allochthonous OM and its consequences, accounting for the connectivity across ecosystems (terrestrial-estuarine-marine) and the interactions within compartments (pelagic-benthic).
- What are jellyfish really eating to support high ecophysiological condition?Publication . Morais, Pedro; Parra, María Parra; Marques, Raquel; Cruz, Joana; Angélico, Maria Manuel; Chainho, Paula; Costa, José Lino; Barbosa, Ana B.; Teodósio, Maria AlexandraThe feeding ecology of Blackfordia virginica was evaluated concurrently with their ecophysiological condition in a temperate estuary. The diet of B. virginica is composed not only of metazooplankton, as commonly observed for other jellyfish species, but also of phytoplankton, ciliates and detritus. This feeding behavior might explain their good nutritional condition and sustainable growth during bloom peaks, when zooplankton abundance has already decreased significantly.