FP - Dissertações de Mestrado
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- A relação entre dissonância emocional e o burnout em bancários : o papel mediador do conflito trabalho-famíliaPublication . Semedo, Nair da Costa Fernandes; Carvalho, Vânia SofiaO presente estudo teve como objetivo analisar o papel mediador do Conflito trabalho-família (CTF) na relação entre a dissonância emocional e o burnout, numa instituição bancária. Os dados obtidos mediante a participação de uma amostra de colaboradores portugueses (N = 573) resultaram no suporte da relação positiva entre a dissonância emocional e o burnout desses bancários, nomeadamente com as dimensões exaustão e cinismo. Mais, o estudo suporta a hipótese de mediação do CTF nessa relação entre a dissonância emocional e o burnout. Esta investigação constitui um importante contributo para a problemática da gestão das emoções dos bancários que trabalham diretamente com o público, apresentando importantes implicações práticas. Além disso, fornece evidencias para a necessidade de se atuar tanto a nível da dissonância emocional como a nível do CTF para reduzir o burnout desses profissionais.
- A relação entre a perceção do suporte organizacional e a satisfação geral com a vida numa empresa de telecomunicações : o papel mediador do conflito trabalho-famíliaPublication . Laporte, Nicole Angrimani; Carvalho, Vânia SofiaA forma como as transformações recentes no panorama mundial do trabalho têm impactado a conciliação entre a vida profissional e pessoal tem sido objeto de interesse crescente, especialmente em tempos de pós-pandemia. Neste contexto, este estudo propõe-se analisar as respostas recolhidas por um inquérito realizado a 1451 trabalhadores de uma empresa de telecomunicações em Portugal, com o objetivo de compreender a relação entre a perceção do suporte organizacional e a satisfação geral com a vida, considerando o papel mediador do conflito trabalho-família. Os resultados evidenciam uma relação significativa e positiva entre a perceção do suporte organizacional e a satisfação geral com a vida, confirmando o efeito mediador do conflito trabalho-família. Este estudo destaca, assim, a necessidade de investir no suporte organizacional para diminuir o conflito trabalho-família e, consequentemente, o bem-estar dos colaboradores, com implicações positivas nas organizações.
- Regime de trabalho adotado na realidade pós-pandémica : fatores organizacionais e satisfação de colaboradores e chefiasPublication . Ferreira, Tânia Neves; Chambel, Maria José, 1962-No atual mundo pós-pandémico, as organizações encontram-se numa fase de adaptação a uma nova realidade de trabalho. Neste estudo, pretendeu-se perceber de que forma a escolha do regime de trabalho é influenciada pelo grau de satisfação dos colaboradores e das chefias percebido pelos Diretores de Recursos Humanos (DRH) e por certos fatores organizacionais (e.g., setor, dimensão, antiguidade da empresa e experiência prévia de teletrabalho). Pretendeu-se ainda compreender qual a influência que o regime de trabalho adotado tem no suporte organizacional fornecido aos colaboradores. Para isso, entrevistaram-se 22 DRH de 21 organizações de diferentes setores e contextos. Através de uma análise qualitativa, os resultados demonstraram que a experiência prévia de teletrabalho e o setor de uma organização pode, de facto, influenciar o regime de trabalho adotado. Observou-se ainda uma grande preocupação pela maioria das organizações em corresponder às necessidades dos seus colaboradores, realizando inquéritos com o intuito de analisar a satisfação com o modelo de trabalho implementado, assim como avaliar a realização de possíveis adaptações ao mesmo. Por último, a nível do suporte organizacional não se verificaram diferenças consideráveis entre os diversos regimes de trabalho, à exceção do suporte instrumental. Organizações com um regime maioritariamente de teletrabalho disponibilizam aos seus colaboradores mais apoio tecnológico e ergonómico do que organizações com um dos restantes regimes.
- O papel dos outros no bem-estar dos bombeiros : o impacto da liderança transformacional, motivação e efeitos psicológicos associados às características relacionais do trabalhoPublication . Raposo, Soraia Raquel Varandas; Curral, Luís, 1963-Os bombeiros são um grupo profissional que demonstra possuir riscos relativamente ao seu bem-estar e integridade (e.g., burnout, stress). Dada a importância desta classe para a sociedade, perceber o que influencia o bem-estar destes trabalhadores torna-se pertinente. Neste estudo, pretendeu-se perceber o impacto que o líder transformacional tem no bem-estar dos bombeiros, avaliado através do nível de engagement (i.e., oposto de burnout). Hipotiza-se que o impacto da liderança transformacional (LT) no bem-estar, ocorre através da fomentação de motivação autónoma (i.e., motivação intrínseca e motivação extrínseca internalizada) e dos efeitos psicológicos associados às características relacionais do trabalho (i.e., impacto pró-social percebido; compromisso afetivo; valor social percebido). Estes propostos mediadores são conceptualizados no âmbito da Teoria da Autodeterminação (e.g., Deci & Ryan, 1985, 2000) e Modelo das Características Relacionais do Trabalho (Grant, 2007). Os resultados demonstram que os líderes com comportamentos transformacionais impactam positiva e significativamente o bem-estar dos bombeiros e que os efeitos psicológicos associados às características relacionais do trabalho são mediadores desta relação. Apesar disso, os comportamentos transformacionais possuem impacto por si só no engagement dos bombeiros, não sendo uma mediação completa. Outro resultado interessante obtido neste estudo, é a relação entre a liderança transformacional, a motivação autónoma e os efeitos psicológicos subsequentes, que parece indicar que a liderança transformacional fomenta estados autónomos nos seus subordinados. Após análises posteriores, a motivação intrínseca, isoladamente, demonstra ser uma variável mediadora entre LT e engagement. São discutidos os resultados e abordadas implicações teóricas e práticas destes resultados para os bombeiros e os seus líderes.
- Fatores de risco e de proteção para o ajustamento dos militares da Marinha Portuguesa às missõesPublication . D'Orey, Maria do Carmo Neiva Correia de; Anjos, Joana Faria; Ribeiro, Maria Teresa, 1962-O presente estudo tem como tema central os fatores de risco e proteção para o ajustamento dos militares da Marinha Portuguesa às missões. Procura explorar as dinâmicas específicas que influenciam as diferentes fases do ciclo de destacamento de uma missão – prémissão, durante a missão e pós-missão – identificando os principais fatores que afetam o bemestar físico e mental dos militares. Entre os fatores de risco mais relevantes destacam-se o stress operacional e ocupacional, a falta de suporte por parte da instituição Marinha, a distância familiar, as expectativas, a exposição a eventos potencialmente traumáticos, o isolamento, a falta de sono e descanso, a falta de motivação e o uso de substâncias. Estes fatores demonstraram ter um impacto significativo na saúde mental, bem-estar, desempenho dos militares e, consequentemente, na sua adaptação às missões. Em relação aos fatores de proteção, a rede de suporte, coping proativo, motivação, expectativas, idade e antiguidade, experiências anteriores, lazer, robustez psicológica e motivação, foram os fatores que prevaleceram enquanto promotores da adaptação às missões. Os resultados destacam o impacto das duas primeiras fases da missão como críticas em termos de recursos e desafios a vários níveis. Na fase Pós-Missão, os desafios de reintegração familiar foram identificados como os maiores fatores de risco. No entanto, a rede de apoio familiar foi destacada como fundamental nesta fase da missão, revelando aqui ambivalência da rede de suporte familiar. Implicações práticas do estudo sugerem a necessidade de intervenções que promovam a resiliência e o desenvolvimento de estratégias de coping, além de uma maior preparação das famílias para o regresso dos militares.
- O apoio psicossocial pós-emergência no SMPC de LisboaPublication . Mendonça, Filipa Andreia Faria; Ângelo, Rui Pedro Castela Pacheco Almeida, 1976-Este trabalho explora a atuação da Unidade de Apoio Psicossocial à População (UAPP) do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Lisboa no contexto da intervenção psicossocial no pós-emergência. A UAPP desempenha um papel fundamental em todas as fases do ciclo de gestão de crise, com especial foco na fase de recuperação, que visa mitigar os impactos físicos, psicológicos, sociais e económicos nas populações afetadas. Foram identificadas várias limitações no sistema de apoio psicossocial atual, incluindo a escassez de recursos humanos especializados e a falta de coordenação eficaz entre as entidades envolvidas. Para superar estas lacunas, propõe-se a implementação de ferramentas digitais, como um repositório comum de informações, para otimizar a comunicação e garantir um acompanhamento contínuo das vítimas. Além disso, sugere-se a criação de programas estruturados de follow-up para monitorizar o bem-estar emocional das vítimas a longo prazo e prevenir o desenvolvimento de transtornos psicológicos graves. Conclui-se que investimentos adequados em recursos humanos e tecnológicos, juntamente com uma maior coordenação interinstitucional, podem melhorar significativamente a mitigação dos impactos das crises e promover uma recuperação mais sustentável para as populações afetadas em Lisboa.
- Text-based psychological crisis intervention : a systematic review (2007-2023)Publication . Costa, Mónica Gonçalves Barbeito; Anjos, Joana Faria; Ribeiro, Maria Teresa, 1962-Com o aumento na prevalência de perturbações na área da saúde mental (como a ansiedade e a depressão) em todo o mundo, a expansão da tecnologia digital abriu caminho para formas inovadoras de oferecer apoio psicológico. O COVID-19 acelerou o desenvolvimento e o uso destas novas tecnologias na área da saúde, especialmente na saúde mental. Este rápido desenvolvimento tecnológico também teve um impacto nos serviços de intervenção em crise, aumentando a procura no apoio psicológico à distância e oferecendo novas formas de ajudar as pessoas. A intervenção em crise, expandiu assim ainda mais para meios de comunicação remotos, como por chamada telefónica ou por mensagens escritas (chats online ou mensagens de texto). A intervenção em crise por mensagem apresenta vantagens como ser grátis/ baixo-custo, disponibilidade imediata, anonimato, confidencialidade, acessibilidade através de qualquer localização, entre outros. Este tipo de ajuda tipicamente está disponível através linhas de ajuda que funcionam 24 horas por dia, oferecendo suporte para uma diversidade de preocupações do foro psicológico (incluindo psicopatologia agudizada ou vivência de um evento potencialmente traumático). Revisões sistemáticas prévias mostram um impacto positivo a curto prazo da intervenção em crise por mensagem, mas não reúnem evidências especificamente para a intervenção em crise através de mensagem escrita em crise psicológica. Deste modo, este estudo trata-se de uma revisão sistemática que tem por objetivo reunir evidência acerca da viabilidade e eficácia da intervenção síncrona por mensagem escrita durante crises psicológicas (chat online e mensagens SMS). Com esse fim, visámos descrever em detalhe quem são os usuários destes serviços de crise por mensagem escrita no que refere as suas características demográficas e clínicas, o impacto clínico destas intervenções e como se comparam a outros modos de intervenção com eficácia comprovada (i.e., chamada telefónica). Esta revisão ajudará assim a avançar o conhecimento no que concerne como é que estas intervenções psicológicas em crise por mensagem são aplicadas, qual é a sua eficácia e como podem contribuir para informar a prática clínica e as políticas no que toca à expansão de serviços de crise para estas novas modalidades. Seguindo as diretrizes PRISMA para revisão, análise e descrição de resultados de um modo sistemático, começámos por recolher informação em bases de dados científicas, incluindo a PubMed, Web of Science Core Collection e Scopus. As palavras-chave utilizadas para esta pesquisa incluíram termos relacionados com intervenção em crise (e.g., acute psychological intervention) juntamente com termos relacionados com meios de comunicação escritos (e.g., text-line). As combinações dos termos de busca foram traduzidas e adaptadas dependendo das especificações da base de dados científica. No processo inicial de triagem, identificámos um total de 464 artigos publicados em revistas submetidas a processo de revisão por pares, que fossem relevantes para as nossas questões de investigação. Após a remoção de artigos duplicados com base nos critérios de inclusão e exclusão definidos previamente à pesquisa, 328 artigos foram excluídos durante o processo de avaliação do título e resumo, e 28 durante o processo de avaliação do artigo na sua extensão. No final, um total de 22 artigos cumpriram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na revisão. Outros 8 artigos foram recuperados através de revisão bibliográfica, totalizando 30 artigos incluídos para síntese e análise. Estes estudos incluíram uma diversidade de contextos de crise, entre suicídio, preocupações múltiplas do foro da saúde mental, agressão sexual, COVID-19 e maus-tratos infantis, bem como diferentes designs de estudo. Os nossos resultados mostram que estas linhas de ajuda em crise que oferecem apoio através de mensagem escrita parecem ser utilizadas predominantemente por populações mais jovens e do sexo feminino. Os contextos de crise abordados por estas linhas de ajuda são diversos, incluindo suicídio, violência sexual, COVID-19, negligência e abuso de menores, e preocupações múltiplas do foro da saúde mental. A aderência a estas linhas de ajuda é positiva, com usuários a reportarem altos níveis de satisfação no atendimento, e considerando este tipo de serviço útil para situações de crise psicológica devido ao seu fácil acesso e disponibilidade imediata. Relativamente à eficácia, os resultados sustentam que a intervenção psicológica em crise por mensagem escrita tem um impacto clínico positivo, reduzindo o sofrimento psicológico, risco de suicídio e stress. A prevalência de linhas de ajuda por mensagem escrita direcionadas a prevenção de suicídio é elevada nesta revisão (43%), mostrando o papel importante que este meio de comunicação pode ter na ideação e intenção suicida. No entanto, esta evidência da eficácia deve ser cuidadosamente considerada, já que a amostra de estudos incluída que reporta impacto clínico é limitada e apresenta inconsistências entre estudos na forma como medem e reportam o impacto clínico. Alguns estudos também caracterizam a relação entre impacto clínico e outros fatores, relatando resultados interessantes como uma maior correlação entre qualidade da intervenção e o número de palavras trocadas entre o indivíduo em crise e o operador, ao invés do tamanho das mensagens. Apresentando assim resultados mais positivos quando os operadores das linhas de ajuda exploram mais os recursos e possíveis soluções colaborativamente com quem está em crise. Quanto a como as intervenções psicológicas em crise por mensagem escrita e por chamada telefónica se comparam, não parecem existir diferenças notáveis, ambas reduzindo o sofrimento psicológico do indivíduo. Ainda que mais uma vez a amostra de estudos que compare estas duas variáveis seja limitada. Esta revisão contribui assim para uma descrição mais abrangente de intervenções em crise por mensagem no que concerne a saúde mental, da sua eficácia e impacto clínico em sintomas, e como se compara a outras modalidades de intervenção (i.e., chamada telefónica). Os nossos resultados quanto à sua eficácia são mistos, devido à falta de estandardização nas medidas e descrições dos resultados. No entanto, apesar de limitações no rigor metodológico, a evidência converge para a intervenção psicológica em crise por mensagem escrita aliviar sintomas durante uma agudização da sintomatologia psicopatológica (e.g., ideação suicida) ou eventos potencialmente traumáticos (e.g., violência sexual). No seguimento desta linha de investigação, existe necessidade de mais pesquisa acerca da eficácia da intervenção em crises por mensagem a curto e longo-prazo, incluindo quais os contextos que podem adicionar mais valor na melhoria de sintomas psicológicos. Outras direções futuras incluem explorar diferenças entre os dois meios de intervenção em crise que existem para comunicar de forma escrita (mensagem SMS vs. chat online), indagando em maior profundidade se o facto de os usuários destas linhas de ajuda serem maioritariamente jovens é resultante do tipo de intervenção em si, ou de uma maior literacia de saúde mental (que caracteriza estas populações) promover a procura de ajuda independentemente do meio de comunicação utilizado. Esta revisão contribui também melhor informar a prática clínica e políticas de expansão de intervenção em crise para estas novas modalidades na área pública da saúde. Examinando assim como e em que circunstâncias a intervenção psicológica em crise por mensagem escrita pode ser melhor utilizada no setor de saúde pública mental, e quais os possíveis constrangimentos que podem surgir aquando da sua implementação. Com o rápido crescimento de novas tecnologias, a capacidade de oferecer cuidados de saúde mental remotamente, como é o caso de intervenção psicológica em crise por mensagem escrita, continuará a expandir e transformar os serviços de saúde mental.
- Famílias de acolhimento : será a inteligência emocional um recurso capaz de modificar a relação entre as estratégias de coping familiar e a resiliência?Publication . Capela, Ana Cláudia Reis; Ribeiro, Maria Teresa, 1962-O presente estudo, enquadra-se na mudança de paradigma que emergiu nas últimas décadas em Portugal, que levou ao repensar das políticas que visam o desenvolvimento do acolhimento familiar, reduzindo progressivamente a institucionalização de crianças e jovens. Contudo, e apesar da sua relevância, é um tema, ainda, pouco desenvolvido na literatura científica portuguesa. Considerando o contexto stressante e desafiante, a que as famílias de acolhimento estão sujeitas, este estudo teve como principal objetivo analisar e compreender, através duma abordagem positiva, qual o papel da inteligência emocional na relação entre as estratégias de coping usadas pelas famílias de acolhimento, e a promoção da resiliência. A amostra foi constituída por 31 indivíduos, responsáveis pelo acolhimento, e recolhida através da plataforma Qualtrics. Para o efeito, recorreu-se a uma metodologia quantitativa, usado as seguintes escalas: Family Crisis Oriented Personal Evalution Scales (F-COPES) (McCubbin, et al., 1981), traduzido e adaptado para Portugal por Vaz Serra, et al., (1990); a Connor- Davidson Resilience Scale (CD-RISC) (Connor & Davison, 2003), na versão portuguesa traduzida e adaptada por Faria-Anjos e Ribeiro (2008); e a Wong and Law Emotional Intelligence Scale (WLEIS) de Wong e Law (2002), traduzido e adaptado para Portugal por Carvalho et al. (2016). Os resultados mostraram que Inteligência Emocional mediou aproximadamente 63,71% da relação entre as estratégias de Coping e a Resiliência, em famílias de acolhimento. Destacou-se, ainda, a existência de uma associação forte entre a dimensão regulação das emoções, da variável inteligência emocional, e a variável resiliência.
- Implementação de programa de suporte de pares numa companhia aérea no Médio OrientePublication . Mira, Alexandra Cristina Fernandes Santana Franco; Ângelo, Rui Pedro Castela Pacheco Almeida, 1976-; Chambel, Maria José, 1962-A Indústria aeronáutica e sem dúvida uma das mais exigentes em relação aos seus grupos ocupacionais, devido as especificidades técnicas exigidas. Como tal também são responsáveis por dotar quer a organização quer os seus colaboradores de ferramentas para gerir essas exigências. No âmbito do Mestrado em Psicologia em Crise e Emergência, durante o seu estágio, a autora pediu autorização superior, sob um acordo de confidencialidade, para analisar quais os meios de suporte e intervenção em crise existentes na Qatar Airways. Após várias entrevistas aos gestores das Operações de voo, equipa de Medicina Aeronáutica, e Equipa de Psicologia Ocupacional, chegou a conclusão, que os recursos existentes não eram suficientes. Durante o estágio da autora, efetuou várias sessões de Fatores Humanos, pós debriefing de formação, onde foi possível analisar que era de facto necessário uma ferramenta mais robusta, e organizada de acesso a todos, em que o fator confidencialidade estivesse bem presente. Este é sem dúvida o principal pilar de aceitação do programa pelos pilotos, pois o medo de perder a licença ou o trabalho, são um dos principais stressores deste grupo ocupacional, que leva a que em situações críticas, não procurem suporte.
- A cultura de aprendizagem e o empenhamento afetivo : o papel mediador dos comportamentos de autogestão de carreiraPublication . Silva, Madalena Neto Clara de Alarcão e; Lima, Rosário, 1959-A presente investigação surge da necessidade de ajudar as organizações a responder aos atuais desafios, como a retenção de talento, a facilitação da aprendizagem contínua dos indivíduos, e, ainda, o reconhecimento do seu papel cada vez mais ativo, nomeadamente na gestão das suas carreiras. Tem-se, assim, como principal objetivo estudar a relação entre cultura de aprendizagem, empenhamento afetivo, e comportamentos de autogestão de carreira. A amostra abrangeu um total de 119 participantes, trabalhadores de uma empresa portuguesa do sector marítimo e portuário, que responderam à Versão Reduzida do Questionário das Dimensões da Organização Aprendente, à Escala de Empenhamento Afetivo e ao Questionário sobre Estratégias de Carreira. Os resultados revelaram que os indivíduos, que percecionam que a sua organização lhes proporciona uma cultura de aprendizagem, têm tendência para ser mais proativos na gestão das suas carreiras e para experienciar níveis mais elevados de empenhamento afetivo. Adicionalmente, os resultados revelaram, o efeito de mediação parcial dos comportamentos de autogestão de carreira na relação entre a cultura de aprendizagem e o empenhamento afetivo. Foram, ainda, encontradas diferenças no empenhamento afetivo em função das variáveis sexo, idade e anos de trabalho na organização, e diferenças nos comportamentos de autogestão de carreira em função do sexo. No final é feita referência a limitações do presente estudo, a investigações futuras no âmbito da temática abordada, e a implicações teóricas e práticas, como os benefícios da cultura de aprendizagem para as organizações e seus colaboradores.