FBA-CIEBA: Revista Estúdio
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A Revista Estúdio publica artigos originais na área de Estudos Artísticos com o objetivo de debater e disseminar a inovação e a investigação nesta área do conhecimento. Trata-se de apresentar pesquisa, dentro da Arte, feita pelos artistas. Os autores estudam a obra de um outro profissional, seu colega. A revista Estúdio segue princípios de qualidade científica, pluralismo e relevância cultural.
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- A (des)figuração animalista da pintura de Sofia Torres: estranhamento e repetiçãoPublication . Charréu, L.A pintura de Sofia Torres incide essencialmente sobre a figuração de um imaginário animalista muito particular que, atravessado por um conceito base — o uncanny — obriga-nos a uma análise relativamente complexa e que, consequentemente, não pode esgotar-se na mera apreciação do virtuosismo técnico evidente. De facto, é o que parece vibrar num primeiro momento perceptivo e num primeiro contacto com as suas pinturas. O estranhamento e a repetição, no conjunto da sua obra, ainda curta, mas a apontar para caminhos instigantes, assumem-se igualmente como conceitos secundários que se articulam com o conceito principal. Resgatam e desafiam a pintura figurativa a sair de uma espécie de torpor representacional e a experimentar iconografias que nos inquietam.
- :Estúdio, nº36 (Out./Dez. 2021)Publication . Queiroz, João; Márquez Casero, María Victoria; Vázquez Carpio, Leticia; Moreira, Raquel; Casanova Fernández, Ramón; Ramón Soriano, María del Mar; Oliveira, Bruno Marcelino de; Llobet, Jasmina; Fernandez Pons, Lluís; Barbeito Andrés, Leticia; Araujo, Fernanda M. O.; Toda, Egidio Shizuo; Elidio Adão, Edson; Furegatti, Sylvia; Stoco, Sávio Luís; Maneschy, Orlando; Ferreira, Joseane Alves; Marques, Jane Aparecida; Macedo, Daniela Remião de; Vázquez Carpio, Leticia Azahara; Zanón Cuenca, María José; Mengual, ImmaA inovação integra a manifestação artística de um modo que parece ser-lhe essencial. É uma renovação constante, de dentro para fora, reconstrói-se e restrutura-se quase em permanência, interrogando paradigmas. As novas formulações as próprias categorias e géneros são reformulados em permanência, reorganizados e reconstruídos. A complexidade adensa-se com as estruturas organizadas de salvaguarda, de acervo e de disseminação, partilhando-se a autoria em direção a um coletivo cultural e civilizacional. Os artigos reunidos neste número 36 da Revista Estúdio propõem uma abordagem entre pares: são, como aqui é apanágio, os próprios artistas que escolheram e analisaram as obras dos seus companheiros de profissão que aqui são apresentados
- :Estúdio, nº35 (Jul/Set. 2021)Publication . Queiroz, João; Franco, Orlando Miguel Gaspar; Rodrigues, Teresa Palma; Matos, Joana; Albuquerque, Isabel; Rizolli, Marcos; Carralero, Isabel; Hermo, Alberto Santos; Monroy Pérez, Eva; López Páez, M. Montserrat; Paraguai, Luisa; Davila-Rubio, Andrea; Fayos Bosch, Leticia; Palazón Cascales, Bartolomé; Pereira, Cláudia Matos; Valesini, María Silvina; Berta De Souza, Marise; Gordeeff, Eliane MunizEntre a pele da pintura e a pele do pintor, existe uma continuidade interrompida pelo encerramento da peça, em que o autor se despede e abre caminho aos novos participantes. Estes são seres políticos, pois são público, são relação. As quinze propostas de abordagem à obra de outros tantos artistas que aqui são apresentadas, neste número 35 da Revista Estúdio, transportam um desejo interior de uma expansão para os vivos, para novas relações, novos trânsitos, no círculo aberto das artes
- :Estúdio, nº34 (Abr./Jun. 2021)Publication . Queiroz, João; Prieto, Margarida; COLEMAN, SARA; Blanco-Barrera, Ramon; Negre Busó, Marta; Quiroga, Berio Molina; Pinheiro, Daniela F.; Almeida, Teresa; Loureiro, Domingos; Egialde, Elena Mendizabal; Figueiredo Vieira Da Cunha, Eduardo; Luiz Garcia, Claudio; Cardoso, Silvia Helena; Pires, Susana; Barros Marins Bamonte, Joedy Luciana; Coelho, Maria José Marino Marcela; Couto, Sabina; Lopes, AlmerindaPropõe-se neste número uma estética da materialidade, em cada um dos quinze artigos aqui reunidos. Há nas propostas artísticas a expansão estética que se alarga com tranquilidade a partir da materialidade das obras de arte. As matérias suportam a arte, o seu pensamento, a sua estética. A relação com o público está em permanente adiamento e, ao mesmo tempo, renovação. As matérias, enunciadas pelos artistas, suportam o seu próprio resgate, na possibilidade de uma relação. O espectador, o novo curador, segue em construção no processo.
- :Estúdio, nº33 (Jan./Mar. 2021)Publication . Queiroz, João; Marcondes, Neide; Marcondes Martins, Nara Silvia; Viladomiu Canela, Ángels; Marques, Ines Andrade; Cantalozella, Joaquim; Corujo, Cecília; Perez, Karine; Del Río Comesaña, Diego; Charréu, L.; Santiago Martín De Madrid, Paula; Maneschy, Orlando; Santos, Thayfani Eduarda; Almozara, Paula; Frade, Isabela; Zielinsky, Mônica; Loureiro, Domingos; David, DianaDentro do imaginário, movido de dentro, pelos artistas, sente-se uma falta emergente de conteúdo artístico. A arte torna-se ressonância de desamor, encerra um vazio interior, esvaziado o humanismo e a vontade de partilha. Impõe-se um rasgar de imaginários, pois existe uma fome de imaginação, uma carência generalizada de arte, devido talvez a uma profunda ausência de amor. É uma crise epidémica, quase ausência generalizada de saúde, falta de relação, de calor, e de pulsão. Em fundo, a profunda solidão, a frieza e o mal-estar da vida urbana e moderna. O desafio é manter a comunicação, chegar ao outro, amar. Será uma proposta a colocar aos artistas, esta proposição de um imaginário de resgate. Afinal de que se trata, este “imaginário de resgate”? Trata-se de um desejo pelo imaginário, uma vontade de comunicar, uma pulsão de partilha, uma verdade a colocar em comum. É um verdadeiro caminho, trilhado pelos homens desde que há pensamento, e desde que há pensamento artístico. Em comum, uma inclinação para uma beleza, para um valor em comum, para uma descoberta das formas, para uma concretização plástica, material, do que é sonhado e pensado como mais belo. Para este número 33 da Revista Estúdio foram selecionados 15 artigos que tomam como escopo o olhar de artistas sobre outros artistas, num olhar de resgate entre criadores.
- :Estúdio, vol.10, nº28 (Out./Dez. 2019)Publication . Queiroz, João; Lopes, Almerinda; Hernández Simal, Iratxe; caseirao, armando; Rodríguez Cañestro, Sheila; Garcerá Ruiz, Javier; Cole, Ariane Daniela; Maneschy, Orlando; Stoco, Sávio Luis; Lesnovski, Ana Flávia Merino; Larín, Letícia; Cantalozella, Joaquim; Rodrigues, Teresa Palma; Padilla Machó, Oscar; Viruete, Joaquín Escuder; Linhares, Mário; Corujo, Cecília; Alberti, Raquel Sampaio; Esther Santamaría Fernández, AnaNunca como agora se conviveu com tanta invisibilidade: as imagens são hegemónicas, omnipresentes, e por isso invisíveis. Já não são dramáticas, são virais. São baratas, pervasivas, instantâneas. Aceites no seu valor micro, as imagens são monetizada, transformadas em liquidez. As imagens, cada vez mais visíveis, são por isso invisíveis. De certo modo poderemos acompanhar estas perplexidades na presente edição, onde os artistas são desafiados à visibilidade, através dos artigos aqui reunidos.
- :Estúdio, vol.10, nº27 (Jul./Set. 2019)Publication . Queiroz, João; López Villar, Rebeca; CUETO PUENTE, MARIA JESUS; Ferreira, Pedro Daniel da Costa; Apostolou, Thomas; Weymar, Lúcia Bergamaschi Costa; Trochmann, Bruno; Paraguai, Luisa; Oliveira Carvalho, Francione; Silva, Karina Pereira; Cidade, Daniela Mendes; Silva, Pedro Miguel dos Santos; Geirinhas, Alice; Padilla Machó, Oscar; Paiva, Anderson dos Santos; Mendes, Mónica Sofia Santos; Perienes, Luísa; Basso, Aline; Batista De Assis, Sissa Aneleh; Jesús Osorio Porras, Antonio; Macedo, Daniela Remião deRefletindo sobre a arte enfenta-se coisa difícil, e não raro temos de encarar o regresso à partida: é coisa antiga, ligação funda ao que diferencia o humano, assentando na arbitrariedade da sua cultura e na sua transmissão sígnica. A pergunta, na busca dos grandes signos, é quase simples: o que há de novo? Poderia dizer-se que a esta pergunta respondem, cada um a seu modo, os 16 artistas, agora autores, desafiados pela convocatória desta revista: no Estúdio se faz a Estúdio.
- :Estúdio, vol.10, nº26 (Abr./Jun. 2019)Publication . Queiroz, João; Villeroy Corona, Marilice; López Villar, Rebeca; Cartaxo, Zalinda; García Calvente, Pablo; Costa, Sara Antunes Prata Dias da; Sanzo San Martín, Irantzu; Marcondes, Neide; Marcondes Martins, Nara Silvia; Anes Silveira, Rodolfo Nuno; Pereira, Teresa Isabel Matos; BRONZE, MANUELA; Sousa, Carolina O. Marques de; Vigna, Carolina; Brächer, Andréa; Brandão, Cláudia Mariza Mattos; FABRIS, Yasmin; Corrêa, Ronaldo de Oliveira; Lima, Thomaz Carvalho; Loureiro, Domingos; Torres, Sofia; Gordeeff, Eliane MunizSobre arte e viagem pode-se estabelecer um paralelo continuado, irónico, expressivo. Entre as duas, a síntese do signo, a justaposição associativa. A viagem mostra o mundo, a viagem mostra quem somos. A caminho se desenha, se imagina, se fantasia, se mente. Neste ensejo, e neste mote da descoberta, se apreentam os 16 artigos que compõem o número 26 da revista Estúdio.
- :Estúdio, vol.10, nº25 (Jan./Mar. 2019)Publication . Queiroz, João; Prieto, Margarida P.; HERRERA RUIZ DE EGUINO, NAIARA; Fukelman, Maria Cristina; García López, Antonio; Herberto, Luís; Duarte Piña, Olga María; Gandul Verdún, Lauro; Rodríguez Casado, Javier; Ribeiro Gomes, Paulo César; Paraguai, Luisa; Pinheiro, Beatriz ; Amaral, Beatriz Pinheiro Do; Amaral, B.F.P; Pinheiro, B.; Rizolli, Marcos; Fuentes Cid, Sara; José Rey Villaronga, Gonzalo; Oliveira, Ronaldo Alexandre de; Alves, Carla Juliana Galvão; Palazón Cascales, Bartolomé; Fayos Bosch, Leticia; Negre Busó, Marta; Bucksdricker, Luciane Silva; Torrezan, Gustavo HenriqueOuvir os criadores, os artistas, pode ter uma pertinência resistente. Pertinência, se for um exercício continuado. Resistente se se propiciarem discursos alternativos, fora dos circuitos de legitimação, descentrados, e verdadeiramente críticos, sem interesses no teatro da arte contemporânea. É possível descolonizar a arte? Entre a arte o poder estabelece-se ora oposições ora alianças, ambas construtoras de identidades e de discursos, no contexto da crise de descentramento em torno do etnocentrismo, do género, do pós-colonialismo. As imagens tornaram-se hoje mais letalmente políticas (as fakenews, os memes, as redes): são as ‘imagens armadilha,’ ou as ‘imagens ofensivas.’ Ao museu, tingido de hibridação, sobra a desconfiança da sua génese colonial: afinal o oriente foi lá imaginado primeiro.
- :Estúdio, vol.9, nº24 (Out./Dez. 2018)Publication . Queiroz, João; Pelayo, Raquel; Akutain, Ainhoa; Arnaiz Gómez, Ana; Wolff, Daniel; Pires, Susana Maria; Cidade, Daniela Mendes; Machado, João Carlos; Domínguez Torres, Andrea; Rizolli Moreira, Hugo Daniel; Gonçalves, Sandra Maria Lúcia Pereira; RITA, DORA-IVA; Corrêa, Adriane Rodrigues; Gonçalves, Eduarda Azevedo; PEREIRA, CLAUDIA; Gomes, Paulo; Torres, Sofia; Brächer, Andréa; Paraguai, LuisaNinguém vive sem passar uma parte muito importante da sua vida fazendo tarefas sem nada de especial, ou habitando espaços quotidianos, caseiros, sem muito interesse. E, contudo, essas ações constituem a identidade profunda, a singularidade radica na banalidade. Na maior parte do tempo, os humanos têm pouco interesse, ocupados em repetir gestos e funções vitais. Convivemos com a alienação há pouco tempo: ela é denunciada na sociedade industrial através da relação prioritária do homem com os objetos, e pela redução crescente da relação do homem consigo próprio, e com os seus semelhantes. O homem, mais rico, hoje, é no fundo muito mais pobre. Assim se apontem instâncias de auto-descolonização, de reflexão, de resistência, de libertação, de emancipação: a arte pode ser uma delas.
