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- Hamulak : linguagem ritual de tradição oral de uma comunidade tétum em Fohorem, Timor-LestePublication . Gomes, Nuno da Silva; Tavares, Ana Paula Ribeiro; Gomes, Nelson PinheiroA pesquisa conducente à realização desta tese teve lugar junto de uma comunidade tétum, no posto administrativo de Fohorem, em Timor-Leste. O objeto do estudo é a análise de um texto do hamulak por ocasião do ritual designado “hamulak haa uma ween uma lulik manewalu (HHUW-ULM). O foco do estudo abrange a estrutura, a função, o significado e o mecanismo de herança. As teorias utilizadas são as hipóteses de Parry-Lord, teoria da comunicação de Jakobson, teoria semiótica e teoria da mudança cultural. A estrutura da narrativa consiste em episódios e sub-episódios, enquanto a estrutura formal do texto consiste num sistema de composição, tal como as conexões das estrofes, linhas ou versos e palavras, incluindo também a utilização de um certo número de palavras e fórmulas. A linguagem figurativa também é utilizada no texto de hamulak através de paralelismo, metáfora e personificação. Hamulak possui função manifesta e latente. A primeira inclui a função referencial, conativa, emotiva e poética. A função latente revela-se em variados aspetos:1). Função de projeção religiosa; 2). Projeção de valores educativos tais como obediência, solidariedade, unidade social, respeito aos ancestrais falecidos, aos lugares sagrados e aos familiares de fetoswa e uma mane”; 3). Função de projeção dos valores históricos; 4). Validação cultural; e 5). Função de entretenimento. De acordo com o contexto sociocultural da comunidade Tétum, o hamulak HUW-ULM possui significado religioso, social, histórico, estético e didático. O mecanismo de herança do HHUW-ULM consiste em mecanismos natural e não natural. O mecanismo natural ocorre nas práticas da imitação pelos makoan1 mais jovens dos makoan mais experientes por ocasião de rituais tradicionais. Enquanto o mecanismo não natural ocorre nos treinamentos dos jovens nos eventos festivos praticados espontaneamente pela comunidade. O resultado do estudo também revela que a (re)construção da casa sagrada é um esforço da (re)descoberta dos habitus do passado que se renova ao ser praticada no presente e se torna como um novo habitu.
- Tracking kinetic typography : a comparative analysis between eye movements in kinetic typography and serial presentationPublication . Kuraiyté, Milda; Duarte, Jorge Manuel dos Reis Tavares; Bessemans, AnnA investigação “Tracking Kinetic Typography” pretende analisar os movimentos oculares e a leitura digital provocados pelo uso de tipografia cinética (kinetic typography) em comparação com tipografia digital estática (serial presentation). Partindo da taxonomia da tipografia temporal (temporal typography) criada por Brownie, analisamos o impacto do movimento nas diferentes categorias de tipografia cinética, sob a hipótese de que este provoca diferentes movimentos oculares e leitura digital. Com recurso ao registo dos movimentos oculares na leitura de palavras e texto apresentados utilizando tipografia cinética, definimos recomendações para a utilização de tipografia cinética em situações onde esta possa substituir ou até superar tipografia digital estática. O aparecimento e disseminação de novas tecnologias causou um crescimento rápido do uso de tipografia cinética, ao ponto de esta fazer parte do nosso dia a dia sem que demos por ela. No campo da psicolinguística existem vários estudos sobre o impacto da tipografia digital estática nos processos de leitura. Factores como o tipo de letra ou o corte podem influenciar a leitura, por exemplo em termos de velocidade de leitura ou compreensão Franken et al. (2015). O impacto da tipografia nem sempre é evidente: estudos mostram que tipos de letra que provoquem disfluência, ou seja, dificuldade no processamento cognitivo, podem provocar um processamento mais profundo e melhorar a aprendizagem (Diemand-Yauman et al., 2010). O potencial da tipografia digital estática também já é utilizado, por exemplo, para melhorar os processos de leitura de pessoas com distúrbios na leitura como dislexia ou perturbação de hiperatividade com défice de atenção (Rello & Baeza-Yates, 2016). No âmbito da tipografia cinética, o cenário é totalmente diferente. Os estudos sobre tipografia cinética existentes focam sobretudo aspectos como a definição e estruturação do conceito (Wong, 1995; Brownie, 2014) ou a técnica para a criação do movimento (Lupton, 2014). Infelizmente, praticamente não existem estudos sobre o impacto do uso de tipografia cinética nos processos de leitura, resultando num atraso significativo no conhecimento académico em comparação com o uso generalizado e crescente de tipografia cinética. A contribuição desta investigação para o conhecimento sobre tipografia cinética divide-se em duas fases. Na primeira fase, estabelecemos a medida em que a tipografia cinética é parte integral da nossa sociedade e analisamos estudos sobre o impacto da tipografia na leitura digital de modo a inferir a sua aplicação à tipografia cinética. Procuramos inicialmente entender a origem e evolução da tipografia cinética, assim como as razões que nos levam a crer que esta tendência se manterá. Fazemos também uma cronologia das contribuições científicas mais significativas deste campo de estudo que permitiram a sua progressiva estruturação, culminando na taxonomia de tipografia cinética criada por Brownie (2014). Os critérios para a criação desta taxonomia são discutidos em detalhe como ponto de partida para a sua eventual remodelação com vista a uma nova taxonomia de tipografia cinética baseada em movimentos oculares. Contextualizada a tipografia cinética como um campo da investigação de design relevante e inovador, traçamos um paralelo com os estudos na área da leitura da tipografia digital estática com o intuito de mostrar o enorme atraso no conhecimento entre leitura de tipografia digital estática e cinética. Introduzindo os conceitos relevantes para a análise dos processos de leitura, iniciamos aqui a exploração do potencial da tipografia cinética para manipular a leitura através do seu movimento, recorrendo a teorias sobre atenção, memória e em particular disfluência. Com vista a provar as hipóteses consideradas, avaliamos as metodologias existentes para análise de leitura de tipografia digital estática e estabelecemos o seu potencial para avaliação de tipografia cinética. Devido à novidade da metodologia no campo da tipografia, fazemos uma explicação particularmente detalhada da metodologia de eye-tracking, mostrando a sua relevância no campo da psicolinguística e do design e enquadrando o potencial de eye-tracking para estabelecer e interpretar as diferenças entre leitura de tipografia digital estática e cinética. Para ilustrar o potencial da metodologia eye-tracking, debruçamo-nos sobre a aplicação de eye-tracking na análise de distúrbios de leitura como dislexia e perturbação de hiperatividade com défice de atenção, sugerindo hipóteses de como a tipografia cinética poderia ser utilizada nestes casos. Na segunda fase desta investigação, testamos a nossa hipótese através de um conjunto de trabalhos experimentais utilizando eye-tracking de modo a avaliar a leitura digital provocada pelas diferentes categorias da tipografia cinética. A abordagem geral destes trabalhos passa pela criação de estímulos contendo uma palavra ou texto apresentados utilizando tipografia cinética. Os estímulos criados são mostrados a um grupo de leitores enquanto são recolhidos dados sobre os movimentos oculares dos mesmos. No final da visualização, são recolhidos dados adicionais sobre a compreensão, memorização ou preferências pessoais do participante sobre o estímulo. Os dados recolhidos são analisados com recurso a métodos estatísticos de modo a identificar as diferenças significativas entre a leitura de tipografia digital estática e cinética. Estas diferenças são então interpretadas à luz das teorias sobre o impacto da tipografia digital estática na leitura, estabelecendo-se a sua aplicação ou não no campo da tipografia cinética. O primeiro trabalho experimental aborda as semelhanças entre a tipografia digital estática e cinética, através de uma análise dos movimentos oculares e compreensão de texto utilizando tipografia rolante vertical (scrolling vertical typography). Os resultados mostram que, apresentada a uma velocidade baixa, os movimentos oculares provocados pela tipografia rolante vertical não diferem significativamente dos provocados pela tipografia digital estática, embora o mesmo não se verifique para estímulos apresentados a velocidade média ou alta, que apresentam um menor número de fixações. Contudo, em todas as velocidades a compreensão do texto foi igual, ou até ligeiramente melhor, quando utilizada tipografia rolante vertical, sugerindo que esta pode substituir a leitura de texto em tipografia digital estática. O segundo trabalho analisa a leitura de todas as categorias de tipografia cinética definidas por Brownie (2014), rolante, fluida (fluid) e elástica (elastic), mas limitada a uma palavra por estímulo. Os resultados revelam que, ao nível da leitura da palavra, não existem quaisquer diferenças significativas entre os movimentos oculares de tipografia digital estática, rolante e elástica. Por outro lado, a tipografia fluida provoca movimentos oculares distintos tais como um maior número de sacadas, maior duração total de sacadas e menor duração média de fixações. As sub-categorias de tipografia fluida construção (construction) e revelação (revelation) resultaram adicionalmente um menor número de fixações, mostrando que não existe uniformidade em nível de movimentos oculares ao nível das categorias definidas por Brownie (2014). Os resultados obtidos pelas categorias de construção e revelação, as suas semelhanças com os movimentos oculares de pessoas com distúrbios de leitura, levantam a possibilidade de estas poderem ser utilizadas como apoio para a leitura por estes grupos. O terceiro trabalho experimental aborda aspectos complementares da leitura como a memorização e preferências dos leitores, através da análise dos mesmos estímulos do segundo trabalho, de modo a facilitar a interpretação das diferenças em movimentos oculares identificadas anteriormente. Os resultados mostram uma tendência clara: as categorias de cinética local (local kineticism), nomeadamente tipografia fluida e elástica, apresentam melhores resultados tanto em termos de memorização como de preferência da parte dos participantes, embora não seja possível estabelecer uma relação concreta com os movimentos oculares provocados por estas categorias. A combinação dos resultados do segundo e terceiro trabalhos mostram como a tipografia elástica se apresenta como uma alternativa forte à tipografia digital estática, apresentando movimentos oculares semelhantes e resultados significativamente melhores em termos de memorização e preferência pessoal. Por fim, discutimos um quarto trabalho experimental, desenhado e preparado, onde se pretendia analisar em maior detalhe os resultados da tipografia fluida na leitura de frases. Embora este trabalho não tenha sido executado devido à situação de pandemia, discutimos a criação dos estímulos em tipografia fluida, assim como o potencial da tipografia fluida para provocar disfluência desejada (desired disfluency). Os nossos resultados confirmam o impacto de tipografia cinética nos movimentos oculares de diversos modos. Esta nova informação permite-nos propor uma nova taxonomia para a tipografia temporal baseada em movimentos oculares. As categorias propostas reflectem diferentes propósitos do uso de tipografia cinética, propondo uma nomenclatura que se quer simultaneamente intuitiva e estimulante, capaz de ajudar designers na exploração do potencial da tipografia cinética. Esta nova taxonomia difere da taxonomia criada por Brownie, ilustrando como a leitura de tipografia cinética é influenciada pelo movimento de um modo subtil e por vezes inesperado. Descobertas como a duração de fixações mais baixas observadas em cinética local e melhores resultados de memorização obtidos com tipografia fluida e elástica parecem confirmar as teorias existentes sobre disfluência desejada e sugerem que a tipografia fluida poderá ser utilizada para ajudar pessoas com problemas de leitura. Por fim, e não menos relevante, as semelhanças entre tipografia digital estática e as tipografias rolante e elástica sugerem que, num futuro próximo, poderemos pensar em incluir estas categorias nos nossos métodos de comunicação escrita
- Música de resistência timorense como repertório popular na reafirmação da identidade nacional e identidade cultural do povo de Timor-Leste : estudo exploratórioPublication . Dias, Cipriana Santa Brites; Tavares, Ana Paula Ribeiro; Gomes, Nelson PinheiroA presente investigação intitula-se "A música de resistência como repertório popular na reafirmação da identidade nacional e identidade cultural do povo de Timor-Leste". Este estudo procura identificar a importância e função da música de resistência timorense, incluindo os seus elementos que formam as identidades do povo de Timor-Leste, desde a presença portuguesa até 1975 e a presença indonésia de 1975 a 1999. O centro da análise é tocando nos elementos das identidades que a música de resistência nos apresenta, nomeadamente no que diz respeito às quatro canções de "Eh Foho Ramelau, Nahe Biti Bo'ot, oras to'o ona Hakotu ba e Lemo-Lemo Rai". Timor-Leste é um país de multiculturais com diversidade etnolinguística, sendo importante refletir a importância e a função da música de resistência como fator da identidade. Note-se que o povo de Timor, devido ao seu legado musical como produto cultural do local, afirma e reafirma as suas identidades. Sublinhe-se também que a legitimidade da soberania de Timor-Leste enquanto país independente é um dos resultados do contributo da música de resistência de 1975 a 1999. Este estudo identifica ainda elementos e características essenciais destes objetos, como o inventário e a história de preservação e a prática da cultura e cerimónia ritual relacionada com a música de resistência como repertório popular na afirmação das suas identidades e a divulgação pelo Secretário de Estado da República Democrática de Timor-Leste (RDTL) é uma ação que corresponde ao Decreto-Lei n.º 33/2017 do Regime Jurídico do Património Cultural em vigor.
- Contribuição da perceção do ambiente educativo inclusivo para a satisfação das necessidades básicas psicológicas e bem-estar em estudantes do ensino superior portuguêsPublication . Lopes, Carla Sofia de Jesus; Teixeira, Maria Odília, 1957-Apoiado no Index e fundamentado na Teoria da Autodeterminação, este estudo analisou as perceções de estudantes do ensino superior português acerca do ambiente académico inclusivo e da satisfação das necessidades básicas psicológicas, e teve como objetivos: 1) Analisar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da escala de Inclusão; 2) Analisar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da escala de Satisfação das Necessidades Básicas Psicológicas; 3) Analisar em que medida a perceção de um ambiente educativo inclusivo contribui para a perceção da satisfação das Necessidades dos estudantes do ensino superior em Portugal; 4) Analisar em que medida a perceção de um ambiente educativo inclusivo e a perceção da satisfação das Necessidades contribuem para o Bem-Estar dos estudantes do ensino superior em Portugal; 5) Analisar o efeito da perceção de competência e a perceção de um ambiente educativo inclusivo nos resultados dos estudantes do ensino superior da amostra; 6) Analisar a variabilidade dos resultados das subescalas de inclusão, das Necessidades e da escala de Bem-estar considerando as variáveis “Imigrante”, “Estatuto trabalhador-estudante” e “Níveis escolares”. A amostra foi constituída por 800 estudantes de instituições públicas e privadas de ensino superior de Portugal (continente e ilhas). O conjunto dos resultados revelou boas qualidades psicométricas das versões portuguesas das Escalas de Inclusão e de Satisfação de Necessidades. Nos resultados destacam-se os indicadores do efeito positivo de um ambiente inclusivo na satisfação das Necessidades, nomeadamente na necessidade de competência e também no Bem-estar e Resultados escolares. A análise dos resultados revela a necessidade de se dar continuidade ao aprofundamento e esclarecimento do paradigma inclusivo.
- Science journalism in pandemic times: perspectives on the science-media relationship from COVID-19 researchers in Southern EuropePublication . Marín-González, Esther; Navalhas, Inês; Dijkstra, Anne M.; De Jong, Anouk; Luís, CristinaSeveral studies have investigated the relationship between scientists and journalists. However, Southern Europe has been less studied when it comes to understanding the nature and effectiveness of collaborations between these two groups of professionals. To address this gap, this study focused on researchers (i.e., academics and scientists from different fields, including clinical researchers and medical doctors) who conducted research activities on COVID-19-related topics in three Southern European countries (Italy, Portugal, and Spain). Using an approach that combined survey data (n = 317) with semi-structured interviews (n = 40), we explored researchers’ personal beliefs, opinions, and experiences regarding their encounters with the media during the pandemic. Our results show that researchers’ motivations, concerns, and benefits in their interactions with the media remained largely unchanged during the pandemic. Despite the additional challenges posed by the health emergency, most researchers in Italy, Portugal, and Spain rated their interactions with journalists positively. Several practices to promote and maintain trustful and fruitful cooperation with journalists were also identified. Additionally, lessons learned were extracted from the interactions between researchers and journalists during the pandemic. They hold particular relevance in a context of uncertainty, fake news, high demand for information and high expectations in science and technology. These findings aim to support both the scientific community and media professionals to deal with current and future communicative challenges such as health, environmental and social crises that require joint efforts from multiple societal actors.
- Perfil de sensibilização de cães com dermatite atópica na Área Metropolitana de LisboaPublication . Ataíde, Madalena Ferreira da Silva Queiroz de; Lourenço, Ana Mafalda Gonçalves Xavier Félix; Neves, Solange Judite Roque Coelho Alves GilA dermatite atópica canina (DAc) é uma doença pruriginosa, inflamatória e crónica da pele, que resulta da interação de fatores genéticos e ambientais, podendo refletir a hipersensibilização a alergénios ambientais (non-food-induced atopic dermatitis - NFIAD). O diagnóstico de NFIAD consiste na exclusão de outras entidades capazes de mimetizar sinais clínicos, seguindo-se a identificação dos alergénios aos quais o canídeo sensibilizou, maioritariamente, por teste intradérmico (TID) ou serológico (SAT). O principal objetivo do presente estudo consistiu em identificar frequências de sensibilização a alergénios no seio de uma população canina, comparando-os com dados previamente reportados. Para tal, identificaram-se canídeos diagnosticados com NFIAD residentes na Área Metropolitana de Lisboa que realizaram TID no Serviço de Dermatologia do Hospital Escolar Veterinário (HEV), no período compreendido entre 2012 e 2017, bem como de cães que efetuaram SAT por intermédio de um laboratório externo, entre 2019 e 2022. Um total de 257 canídeos realizaram provas alergológicas, dos quais 13,23% (n=34) apresentaram resultados negativos. Desta forma, integraram o estudo 223 canídeos com resultados positivos, 118 recorrendo a TID e 105 através de SAT. O grupo de alergénios que registou a maior frequência de sensibilizações foi o dos ácaros domésticos, com 86,44% nos TIDs e 87,62% nos SATs. Neste grupo, verificou-se que a positividade a dois ou mais ácaros ocorreu em mais de 92% dos indivíduos, sendo a situação mais frequente, a sensibilização a três ácaros (29.38%), seguindo-se a positividade aos 5 ácaros em estudos (28,35%). Dermatophagoides farinae registou a maior frequência individual nos TIDs (75,42%) e nos SATs (74,29%). O grupo dos pólenes foi o segundo com a maior frequência de sensibilizações (44,07% nos TIDs e 30,48% nos SATs). Dentro deste grupo, o tipo polínico com maior frequência de sensibilização foi o de gramíneas, o qual apresentou 29,66% nos TIDs e 21.9% nos SATs. O pólen de Festuca pratensis nos TIDs (12,71%) e o pólen de Cynodon dactylon (16,19%) nos SATs foram aqueles que registaram as maiores frequências dentro deste grupo. No grupo dos fungos, observou-se uma frequência de sensibilização de 25,42% nos TIDs e 24,76% nos SATs, destacando-se Malassezia pachydermatis (22,03% nos TIDs e 16,19% nos SATs). A comparação com resultados previamente publicados identificou novos padrões de sensibilização caninos, sendo pioneiro no período considerado. Destacou-se o aumento da frequência de sensibilização ao grupo dos ácaros domésticos, bem como a alteração dos tipos polínicos responsáveis pelas maiores frequências de sensibilização
- O sol que aquece, ilumina e nos dá vida: uma experiência didática em Geografia no 10.ºano de escolaridadePublication . Oliveira, Inês Madeira de; Claudino, SérgioO presente relatório surge no âmbito da unidade curricular de Iniciação à Prática Profissional III, do Mestrado em Ensino de Geografia. Aborda as atividades e as experiências desenvolvidas no âmbito da disciplina de Geografia, numa turma do 10.º ano de escolaridade da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, em Lisboa, constituída por 28 alunos sob a orientação de uma professora cooperante, a Dra. Maria Eduarda Pina. Numa sequência de dez aulas, foi abordado com os alunos o tema “Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades” e subtema “A Radiação Solar”. Esta sequência foi desenvolvida tendo em vista os objetivos previstos nas Aprendizagens Essenciais do 10.º ano (2018), bem como no desenvolvimento das competências associadas ao Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017). Através das atividades realizadas, foram aplicadas várias estratégias de ensinoaprendizagem, de forma a dinamizar as aulas de Geografia e a motivar os alunos para com os conteúdos geográficos, potenciando desta forma a participação ativa dos mesmos e o desenvolvimento de um conjunto de competências. No que diz respeito à avaliação, esta assentou essencialmente na avaliação formativa, valorizando assim a assiduidade, a participação e a realização das tarefas propostas, tendo sido igualmente desenvolvidas dinâmicas em grupo na sua vertente colaborativa. Relativamente à avaliação sumativa, esta sucedeu logo após o término da sequência letiva, onde se encontravam contidas algumas questões referentes à temática abordada. No fim desta experiência, foi possível aferir que os alunos retiveram e aplicaram os conhecimentos associados à temática através de diversos momentos de avaliação, sendo que, tiveram igualmente, a oportunidade de refletir sobre a sua importância. A exploração dos conteúdos através de estratégias diversificadas, possibilitou aos alunos desenvolverem competências individuais e coletivas relacionadas com a pesquisa e a comunicação e de mobilizarem, igualmente, as suas ideias prévias.
- Multi-Drug Resistance in Bacterial Genomes—A Comprehensive Bioinformatic AnalysisPublication . Domingues, Célia P. F.; Rebelo, João S.; Dionisio, Francisco; Nogueira, TeresaAntimicrobial resistance is presently one of the greatest threats to public health. The excessive and indiscriminate use of antibiotics imposes a continuous selective pressure that triggers the emergence of multi-drug resistance. We performed a large-scale analysis of closed bacterial genomes to identify multi-drug resistance considering the ResFinder antimicrobial classes. We found that more than 95% of the genomes harbor genes associated with resistance to disinfectants, glycopeptides, macrolides, and tetracyclines. On average, each genome encodes resistance to more than nine different classes of antimicrobial drugs. We found higher-than-expected co-occurrences of resistance genes in both plasmids and chromosomes for several classes of antibiotic resistance, including classes categorized as critical according to the World Health Organization (WHO). As a result of antibiotic-resistant priority pathogens, higher-than-expected co-occurrences appear in plasmids, increasing the potential for resistance dissemination. For the first time, co-occurrences of antibiotic resistance have been investigated for priority pathogens as defined by the WHO. For critically important pathogens, co-occurrences appear in plasmids, not in chromosomes, suggesting that the resistances may be epidemic and probably recent. These results hint at the need for new approaches to treating infections caused by critically important bacteria.
- Contribuição da perceção do ambiente educativo inclusivo para a satisfação das necessidades básicas psicológicas e bem-estar em estudantes do ensino superior portuguêsPublication . Lopes, Carla Sofia de Jesus; Teixeira, Maria Odília, 1957-Apoiado no Index e fundamentado na Teoria da Autodeterminação, este estudo analisou as perceções de estudantes do ensino superior português acerca do ambiente académico inclusivo e da satisfação das necessidades básicas psicológicas, e teve como objetivos: 1) Analisar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da escala de Inclusão; 2) Analisar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da escala de Satisfação das Necessidades Básicas Psicológicas; 3) Analisar em que medida a perceção de um ambiente educativo inclusivo contribui para a perceção da satisfação das Necessidades dos estudantes do ensino superior em Portugal; 4) Analisar em que medida a perceção de um ambiente educativo inclusivo e a perceção da satisfação das Necessidades contribuem para o Bem-Estar dos estudantes do ensino superior em Portugal; 5) Analisar o efeito da perceção de competência e a perceção de um ambiente educativo inclusivo nos resultados dos estudantes do ensino superior da amostra; 6) Analisar a variabilidade dos resultados das subescalas de inclusão, das Necessidades e da escala de Bem-estar considerando as variáveis “Imigrante”, “Estatuto trabalhador-estudante” e “Níveis escolares”. A amostra foi constituída por 800 estudantes de instituições públicas e privadas de ensino superior de Portugal (continente e ilhas). O conjunto dos resultados revelou boas qualidades psicométricas das versões portuguesas das Escalas de Inclusão e de Satisfação de Necessidades. Nos resultados destacam-se os indicadores do efeito positivo de um ambiente inclusivo na satisfação das Necessidades, nomeadamente na necessidade de competência e também no Bem-estar e Resultados escolares. A análise dos resultados revela a necessidade de se dar continuidade ao aprofundamento e esclarecimento do paradigma inclusivo.
- Predizer a mudança de comportamentos de higiene do sono em estudantes universitários : um estudo com o modelo HAPAPublication . Sousa, Sara Beatriz Jardim de; Alvarez, Maria João, 1963-Estudar os comportamentos de higiene do sono é, hoje em dia, muito pertinente pelas alterações que neles ocorrem e pela importância que têm para o bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. A adoção de comportamentos saudáveis de higiene do sono, como limitar o uso de tecnologias antes de dormir e evitar o consumo de álcool, cafeína e nicotina tem uma relação positiva com a qualidade do mesmo. Sabe-se que os estudantes universitários são uma população particularmente suscetível a problemas de sono pelas alterações biológicas, ambientais e psicossociais que ocorrem nesta fase do desenvolvimento, sendo cada vez mais frequente que tenham padrões irregulares de sono. Com o objetivo de investigar os preditores do comportamento de criar rotinas de sono relaxantes antes de dormir, tendo por base o modelo HAPA, 265 estudantes universitários responderam a um questionário de autorrelato, em dois momentos distintos com um mês de intervalo. Foram analisadas as variáveis motivacionais em T1 e as variáveis de autorregulação e o comportamento em T2. Na fase motivacional, a autoeficácia de ação foi preditora da intenção e, na fase volitiva, o planeamento de ação, a autoeficácia de recuperação e o controlo da ação foram preditores do comportamento. Como teoricamente esperado, a intenção não se mostrou preditora do comportamento. Conclui-se que o modelo HAPA é um modelo capaz de predizer e explicar o comportamento de criar rotinas de sono relaxantes antes de dormir, através de um estudo longitudinal e com uma amostra heterogénea. As variáveis envolvidas são alvos importantes para a construção de intervenções com vista à promoção de comportamentos de sono saudáveis.