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Authors
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Abstract(s)
Em geral, trabalhos como os que se debruçaram sobre a distribuição de verbo e
negação em francês ou a posição do verbo em alemão mostram que uma caracterização
das primeiras combinações de palavras das crianças como “telegráficas” é
demasiado superficial. Estes dados permitem argumentar contra posições como
a defendida por Radford (1988), que vê as primeiras combinações de palavras produzidas
pelas crianças como meras projeções de categorias lexicais, despojadas
de domínios funcionais, como é o caso de IP. Mostramos, ao longo do capítulo,
que há evidências contundentes contra esse tipo de análise, sustentando a presença, no caso deste capítulo, de material no IP e mesmo no domínio CP. As
evidências foram trazidas pelo movimento do verbo, através da distinção entre
verbos finitos e infinitivos em línguas como o francês, V2 no alemão e dados de
elipse de VP no português e inglês.
Vimos, ainda, que crianças adquirindo o português, ou outras línguas de sujeito
nulo, não passam por um estádio de infinitivos raiz. Esse tipo de evidência
mostra que as crianças reconhecem muito precocemente a estrutura da sua língua
a partir justamente das categorias funcionais relevantes.
Finalmente, mostrou-se que o “estádio de sujeito nulo” por que passam as crianças
adquirindo línguas de sujeito preenchido ou parcialmente preenchido encontra
uma melhor explicação em abordagens gramaticais.
Description
Keywords
Pedagogical Context
Citation
Santos, Ana Lúcia; Lopes, Ruth E. V. (2017): Primeiros passos na aquisição da sintaxe: direcionalidade, movimento do verbo e flexão. Em Maria João Freitas & Ana Lúcia Santos (eds.), Aquisição de língua materna e não materna: Questões gerais e dados do português, 155–175. Berlin: Language Science Press.
Publisher
Language Science Press