Acompanhamento fitotécnico de um romanzal e de um amendoal na Herdade Torre das Figueiras, Monforte

Abstract

O estágio de 5 meses na Herdade Torre das Figueiras em Monforte visou de acompanhar as diferentes práticas culturais das principais culturas: olival, romanzal e amendoal, identificando-se os principais problemas fitotécnicos ao longo da campanha, em culturas, em modos e objetivos de produção distintos. Acompanharam-se, nas três culturas, os diferentes tipos de colheita, tratamentos no solo e na cultura, regas e fertirregas, análise dos frutos e monitorizações das diversas pragas, bem como a plantação de um novo olival; neste relatório foram detalhados os aspetos associados à colheita no romanzal e amendoal, por constituírem a maior limitação na produção da herdade atualmente, destacando-se no romanzal os problemas do escaldão e rachamento e no amendoal os problemas associados à colheita mecanizada. Para abordar os problemas do escaldão e rachamento, com grande influência na quantidade e qualidade dos frutos colhidos e comercializados, reviram-se as recomendações teóricas e analisaram-se as práticas culturais em curso na herdade associadas a este problema. No amendoal, reviu-se o conhecimento estabelecido sobretudo para olival para analisar a eficiência da colheita mecanizada em dois sistemas de produção, o intensivo e o superintensivo, identificando a influência de cada sistema na produção e nos ganhos obtidos durante a colheita. Para atenuar os primeiros, sugere-se a adoção de práticas como complemento da fertirrega com potássio, utilização de CaCl2 em pulverizações foliares, de reguladores de crescimento em combinação com flavonoides e ZnSO4, ou de filme de partículas à base de caulino ou redes de sombreamento com propriedades específicas. Para melhorar a eficiência da colheita no amendoal, sugere-se adequar as máquinas à densidade do amendoal, otimizar a condução para garantir raminhos de 35/40 cm para cada lado e implementar podas mecanizadas combinadas com podas manuais, para ajustar a amendoeira à passagem de uma máquina que ainda não está otimizada para ela.