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O transfeminicídio no Brasil : vidas precárias, violência e reconhecimento

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Abstract(s)

O trabalho aborda o homicídio de mulheres transexuais e travestis no Brasil, destacando o país como líder global nesses crimes. Essa violência resulta da marginalização histórica e contínua, amplificada por discriminações sociais e institucionais. O estudo explora as raízes dessa violência na desigualdade de gênero, examinando como a construção social de papéis de gênero e a binaridade sexual contribuem para a exclusão e vulnerabilidade dessas pessoas. Nos primeiros capítulos, o texto aborda a origem das desigualdades de gênero e como o patriarcado subordina as mulheres, inclusive as trans, tornando-as invisíveis e vulneráveis. A obra discute a construção social de sexo e gênero, questionando a essencialização do sexo biológico e afirmando a existência de outras identidades. Também reflete sobre as vidas precárias transgêneras, em grande parte afetadas por preconceito, discriminação e transfobia. Na parte legislativa, examina leis como a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a decisão do STF que criminaliza a homotransfobia, destacando que elas podem proteger mulheres trans mas sua aplicação é limitada, pois não foram criadas com este objetivo. Através de uma pesquisa jurisprudencial, o trabalho realiza análise de julgados dos Tribunais Brasileiros, mostrando as poucas decisões que reconhecem a população transgênero. Indica que as leis de proteção de gênero são raramente aplicadas as vítimas transgênero e, quando aplicadas, de forma controversa e possivelmente contrária ao princípio da legalidade no direito penal. Diante disso, o texto discorre sobre a conceituação do crime de transfeminicídio, uma proposta de tipificação penal que reconhece os homicídios por transfobia como uma forma de violência de gênero específica que se afasta dos casos de legislação já existentes e demandando um reconhecimento próprio. Por fim, o estudo enfatiza a importância da tipificação para o reconhecimento das transgêneros femininas e para a interrupção do ciclo de violência e marginalização dessas mulheres.
El trabajo aborda el homicidio de mujeres transgénero y travestis en Brasil, destacando al país como líder mundial en estos crímenes. Esta violencia es el resultado de una marginación histórica y continua, amplificada por la discriminación social e institucional. El estudio explora las raíces de esta violencia en la desigualdad de género, examinando cómo la construcción social de los roles de género y los binarios sexuales contribuyen a la exclusión y vulnerabilidad de estas personas. En los primeros capítulos, el texto aborda los orígenes de las desigualdades de género y cómo el patriarcado subordina a las mujeres, incluidas las trans, haciéndolas invisibles y vulnerables. La obra discute la construcción social del sexo y el género, cuestionando la esencialización del sexo biológico y afirmando la existencia de otras identidades. También reflexiona sobre las vidas precarias de las personas transgénero, en gran medida afectadas por los prejuicios, la discriminación y la transfobia. En la parte legislativa, examina leyes como la Ley Maria da Penha, la Ley de Feminicidio y la decisión del STF que criminaliza la homotransfobia, destacando que pueden proteger a las mujeres trans pero su aplicación es limitada, ya que no fueron creadas con ese objetivo. A través de investigaciones jurisprudenciales, el trabajo analiza decisiones de la Corte brasileña y muestra las pocas decisiones que reconocen a la población transgénero. Indicando que las leyes de protección de género rara vez se aplican a víctimas transgénero y, cuando se aplican, de manera controvertida y posiblemente contraria al principio de legalidad en el derecho penal. Ante esto, el texto analiza la conceptualización del delito de transfeminicidio, una propuesta de tipificación penal que reconoce los homicidios por transfobia como una forma específica de violencia de género que se aparta de la legislación existente y exige su propio reconocimiento. Finalmente, el estudio enfatiza la importancia de la tipificación para el reconocimiento de las mujeres transgénero y para interrumpir el ciclo de violencia y marginación de estas mujeres.

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Homicídio Violência de género Jurisprudência Teses de mestrado - 2025

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