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Verifica-se presentemente um aumento acelerado da procura e consumo de recursos metálicos, muitos deles críticos, incluindo terras raras, cobalto, níquel, tungsténio, molibdénio, cobre, titânio, nióbio, platinídeos, índio, gálio, telúrio e muitos outros. A sociedade em geral mal se apercebe deste facto, alimentado pelo crescimento da população e sobretudo pelo aumento generalizado do poder de compra, e o concomitante crescimento do consumo de bens de alta tecnologia. A chamada economia circular terá de continuar a ser alimentada por mineração. A situação é particularmente grave para a UE, pois nela produzem-se apenas 5% dos recursos minerais utilizados pela indústria dessa mesma UE. Por este motivo, aumentou muito a procura de novas fontes de matérias-primas minerais, nomeadamente alvos a grande profundidade nos continentes, o Árctico, e os fundos marinhos, destacando-se estes últimos, onde são já conhecidas vastas quantidades de recursos. Mais que partir apressadamente para mineração sub-oceânia profunda em larga escala, precisamos de prontidão, o que implica, entre outras condicionantes, conhecer melhor o ecossistema. À ciência compete indicar o caminho, à indústria adoptar as descobertas científicas, à governança criar o quadro legal, e fazê-lo cumprir. A primeira regra terá de ser sempre “as operações ilegais ou não reguladas têm de ser encerradas”. Urge criar “mineração azul”, que respeite o ecossistema, da mesma forma que necessitamos de pescas e agricultura sustentáveis. Há bons exemplos a seguir, com relevo para o da Noruega. Sem prejuízo da necessária mudança de mentalidades (com menos consumismo), não queremos escolher entre indústria e ambiente, queremos ambos.
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Keywords
Earth Sciences Deep seafloor mining Seafloor sulphides
Pedagogical Context
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Academia das Ciências de Lisboa