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Authors
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Abstract(s)
Este trabalho é uma tentativa de analisar comparativamente as obras Memórias do cárcere e Papéis
da prisão, respectivamente do escritor brasileiro Graciliano Ramos e do angolano José Luandino
Vieira. Ambos presos por suas ideias políticas, os dois escritores mantiveram uma relação
privilegiada com a escrita que, para eles, tornou-se o meio primário para narrar a experiência da
prisão. Para os dois escritores, além de ser um instrumento capaz de contrastar o perigo de um
embrutecimento moral e intelectual, a escrita também tinha um valor literário, já que ambos
consideravam que as anotações tomadas atrás das grades podiam vir a ser úteis em vista de um
trabalho literário posterior. Apesar dos pontos de contato entre os dois autores, pelos contextos e pelas
condições de produção, mas sobretudo pela sua natureza textual, as obras carcerárias de Graciliano
Ramos e Luandino Vieira se posicionam em dois extremos da produção literária que surge da
experiência da prisão. Retomando em parte o título de uma das obras mais conhecidas do filosofo
italiano Giorgio Agamben, o que proponho analisar são as principais caraterísticas das duas obras e
seu papel de testemunha e arquivo.
Description
Keywords
Ramos, Graciliano Literatura carcerária Vieira, Luandino
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Abralic- Associação Brasileira de Literatura Comparada
