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Indicador conjuntural ou descendência final? — Da quebra à retoma da fecundidade nas sociedades europeias

dc.contributor.authorPeixoto, João
dc.date.accessioned2023-01-10T15:27:58Z
dc.date.available2023-01-10T15:27:58Z
dc.date.issued1993
dc.description.abstractTodos os argumentos pessimistas ligados à queda da natalidade e que o INED normalmente veicula - o envelhecimento populacional e o peso das cargas fiscais futuras; a perda da dinâmica societal; o declínio da população e o peso crescente dos imigrantes. A Europa conhece, finalmente, algumas tensões na absorção de imigrantes. Até 1973, a imigração não conheceu grandes problemas de integração: a expansão económica europeia suportou facilmente um elevado número de estrangeiros - provenientes, na maior parte, de outros países europeus (Europa do Sul). Depois de 1973, porém, a crise económica tendeu a afastar os próprios nacionais do mercado de trabalho e criou um conflito importante pelo emprego (conflito que é, em larga parte, ilusório: o tipo de actividades oferecido aos imigrantes - baixos salários, insegurança, clandestinidade. E em Portugal? As causas da quebra da fecundidade portuguesa são múltiplas e ligam-se à modernização das estruturas sociais e económicas que Portugal conheceu a partir de finais da década de 60 - e que se acentuaram após 1974. Na prática, datam de então diferentes fenómenos: a diminuição das actividades agrícolas e a expansão do secundário e terciário; a alteração no papel económico da mulher; a urbanização; o aumento das expectativas de mobilidade social; a perda de dominância da religião; e as mudanças nos modelos culturais predominantes. A divulgação do planeamento familiar a partir dos próprios serviços médicos, após 1974, reforçou, certamente, esta tendência; e a precariedade económica ou a incipiência do apoio social à criança e à maternidade não devem também ser desprezadas. Da conjunção de todas as mudanças num curto período de tempo resultou a queda quase vertiginosa da fecundidade. O baixíssimo valor de reprodução que hoje conhecemos não está, assim, desligado de um período rápido de transição para um novo modelo de sociedade; é provável que após a estabilização das estruturas surja uma nova situação.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationPeixoto, João .(1993). “Indicador conjuntural ou descendência final? — Da quebra à retoma da fecundidade nas sociedades europeias”. Análise Social, Vol. 28, Nº. 120: pp. 145-159 at JSTOR. (Search PDF in 2022).pt_PT
dc.identifier.issn eISSN. 2182-2999
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.5/26808
dc.language.isoporpt_PT
dc.publisherInstituto Ciências Sociais da Universidade de Lisboapt_PT
dc.subjectImigração internacionalpt_PT
dc.subjectMercado de trabalhopt_PT
dc.subjectIntegração socialpt_PT
dc.subjectImpacto socioeconómicopt_PT
dc.titleIndicador conjuntural ou descendência final? — Da quebra à retoma da fecundidade nas sociedades europeiaspt_PT
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typearticlept_PT

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