Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Perspetivas terapêuticas na doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
MICF_Catarina_Belchior.pdf1.21 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

A doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica é cada vez mais prevalente no mundo. Isto deve-se ao aumento da incidência de outras patologias como diabetes, síndrome metabólica e dislipidémia, e associa-se a um estilo de vida sedentário, a par de uma alimentação pouco saudável. Esta doença hepática caracteriza-se por acumulação de gordura no fígado, a qual causa um quadro inflamatório e fibrótico que culmina na diminuição de função do órgão. O excesso de gordura no fígado pode ter origem na desregulação da lipólise, consequência da resistência à insulina, e no excesso de carboidratos, que favorecem a síntese de ácidos gordos livres. A progressão patológica para esteatohepatite e carcinoma hepatocelular, dependem de processos de inflamação e fibrose. O firsocostat e o clesacostat inibem a acetil-CoA carboxilase, essencial à lipogénese de novo. Os agonistas do fator de crescimento dos fibroblastos 21, como o pegbelferim, atuam no metabolismo glicolipídico e permitem obter efeitos benéficos na doença hepática. Outros fármacos em estudo incluem o ácido obeticólico, que atua nas células hepáticas, e a pioglitazona e o saroglitazar, que se ligam aos recetores ativados por proliferadores do peroxissoma, também presentes nos hepatócitos. Por outro lado, a lesão hepática ativa o sistema imunitário desencadeando um estado inflamatório que acentua o dano hepático. Assim, as células imunitárias são também consideradas alvos terapêuticos. A continuidade do ciclo de lesão celular contribui para a diferenciação das células hepáticas estreladas, aumentando a deposição de matriz fibrótica no fígado com diminuição das suas funções. A empagliflozina é um fármaco promissor, com atuação no metabolismo das células estreladas. Uma vez que as estratégias farmacológicas são escassas e muitas ainda se encontram em desenvolvimento, a cirurgia bariátrica e o transplante hepático são frequentemente considerados como opção. Considerando que os primeiros fármacos para a doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica estão só agora a começar de ser aprovados, uma das formas mais eficazes de tratar essa condição parece ser uma dieta regrada e o exercício físico, que devem integrar qualquer regime de tratamento. Apesar dos progressos, é essencial estimular a investigação nesta área.
Metabolic dysfunction-associated steatotic liver disease is increasingly prevalent in the world, associated with the growing increased incidence of other pathologies such as diabetes, metabolic syndrome and dyslipidemia, along with a sedentary lifestyle and unhealthy diet. This liver disease is characterized by the accumulation of fat in the liver, which causes an inflammatory and fibrotic condition that culminates in decreased organ function. Excess fat in the liver can originate from the deregulation of lipolysis, a consequence of insulin resistance, and from excess carbohydrates, which favour the synthesis of free fatty acids. Steatohepatitis and hepatocellular carcinoma developed from processes of inflammation and fibrosis. Firsocostat and clesacostat inhibit acetyl-CoA carboxylase, which is essential for de novo lipogenesis. Fibroblast growth factor 21 agonists, such as pegbelferim, act on glycolipid metabolism and provide beneficial effects in liver disease. Other drugs being studied include obeticholic acid, which acts on liver cells, as well as pioglitazone and saroglitazar, which bind to peroxisome proliferator-activated receptors that are also present in hepatocytes. On the other hand, liver damage activates the immune system, triggering an inflammatory state that accentuates liver damage. Thus, immune cells are also considered therapeutic targets. The continuation of the cell damage cycle contributes to the differentiation of hepatic stellate cells, increasing the deposition of fibrotic matrix and significantly impacting on liver fibrosis with a decrease in its functions. By acting on the metabolism of these cells, empagliflozin is a promising drug. Pharmacologic strategies are scarce, and many are still under development. Bariatric surgery and liver transplantation are often deemed alternatives. Considering that the first drugs for metabolic dysfunction-associated steatotic liver disease are only now being approved, one of the most effective ways of treating this condition seems to be a rigorous diet and physical exercise, which should be part of any treatment regimen. Despite the progress, it is essential to stimulate research in this area.

Description

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, 2024 Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia.

Keywords

Fígado Inflamação Fibrose Esteatose Doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica Mestrado Integrado - 2024

Pedagogical Context

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue

Publisher

CC License