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Infeção por Leishmania spp./Leishmaniose em gatos na Península de Setúbal
Publication . Sequeira, Catarina Isabel Lopes; Sampaio, Isabel Maria Soares Pereira da Fonseca de; Alves, Cristina Maria dos Santos, Tutor
A leishmaniose é uma doença parasitária infeciosa zoonótica, causada por um
protozoário do género Leishmania que é transmitido durante a refeição dos flebótomos
fêmeas. Sabe-se que Leishmania infantum infeta carnívoros domésticos e selvagens,
lagomorfos, roedores, entre outros animais, incluindo o Homem. Os gatos são
naturalmente infetados e suscetíveis às espécies de Leishmania que afetam cães e
humanos, e nos países da bacia do Mediterrâneo a maioria dos casos envolve L.
infantum.
A Leishmaniose Felina (LFel) é uma doença emergente, contudo, em Portugal,
onde a Leishmaniose canina causada por L. infantum é endémica, só recentemente têm
sido realizados alguns estudos em gatos.
A presente dissertação teve como objetivos investigar a proporção de infeção
por Leishmania spp./Leishmaniose em gatos na Península de Setúbal tendo as colheitas
de sangue sido realizadas em gatos observados no Hospital Veterinário Principal Dra.
Cristina Alves, na Charneca da Caparica.
No Laboratório de Parasitologia e Doenças Parasitárias da FMV-ULisboa foram
analisadas amostras de soro para deteção de anticorpos anti-Leishmania pela técnica
de imunofluorescência indireta e observados esfregaços de sangue para deteção de
hemoparasitas. Os resultados obtidos foram associados à história pregressa dos
animais, aos sinais clínicos e à análise das respostas obtidas após realização de
questionários pelos tutores/cuidadores dos gatos. Num total de 34 gatos, a proporção
de animais com anticorpos anti-Leishmania spp. foi de 53% (limiar de positividade 1:40)
e de 32,4% (limiar de positividade 1:80). Relativamente à presença de outros
hemoparasitas, verificou-se que 65% dos gatos estavam infetados com Mycoplasma
spp., dos quais 8 eram seropositivos a Leishmania spp. Foi ainda detetada, através de
técnicas moleculares e de sequenciação, a presença de Hepatozoon felis num gato.
Dos animais com anticorpos anti-Leishmania spp., 54,5% eram fêmeas e a média de
idade dos gatos positivos foi de 7 anos.
Os resultados obtidos permitiram um melhor conhecimento desta infeção/doença
em gatos na Península de Setúbal. Salienta-se ser fundamental que os veterinários que
atuem em áreas endémicas estejam cientes da suscetibilidade dos gatos à infeção por
L. infantum/LFel, de modo a incluírem-nas no diagnóstico diferencial e a proporem
medidas preventivas alertando os tutores sobre a importância desta prevenção.
Deteção de anticorpos anti-Leishmania em roedores, lagomorfos e mustelídeos tidos como animais de companhia na Área Metropolitana de Lisboa
Publication . Laranjo, Vera Polónia Marques; Sampaio, Isabel Maria Soares Pereira da Fonseca de; Azinheira, Susana (Tutora)
A leishmaniose é uma doença parasitária de distribuição mundial provocada por um protozoário do género Leishmania, que em Portugal pertence à espécie Leishmania infantum. A infeção por L. infantum já foi detetada em diversas espécies de carnívoros domésticos e selvagens, lagomorfos, roedores, entre outros animais, incluindo o Homem. Entre as espécies de novos animais de companhia (NAC), sabe-se que os coelhos e furões são naturalmente infetados e suscetíveis à infeção por L. infantum. Contudo, pouco se sabe ainda acerca da infeção por Leishmania e leishmaniose em NAC. A presente dissertação teve como objetivos contribuir para uma melhor compreensão da infeção por L. infantum em NAC e sobre o seu potencial papel como reservatório na transmissão do protozoário a outros vertebrados, bem como para o estudo de outras possíveis hemoparasitoses que afetam estes animais de companhia, cada vez mais populares. Neste contexto, foi realizado um rastreio de infeção por L. infantum através da pesquisa de anticorpos pela técnica de imunofluorescência indireta (IFI) em 33 animais, entre os quais 24 coelhos, 6 porquinhos-da-Índia, 1 chinchila e 2 furões. Adicionalmente procedeu-se à pesquisa de outros parasitas através da observação de esfregaços sanguíneos de 26 destes animais, tendo alguns dos resultados sido confirmados por análises moleculares. Foi ainda realizado um questionário a todos os detentores dos animais incluídos no estudo. Através da técnica de IFI não foram detetados anticorpos anti-Leishmania infantum em nenhum dos animais testados e a observação dos esfregaços sanguíneos revelou-se negativa para outros parasitas. Embora os resultados tenham sido negativos, a presença de parasitas no organismo do animal não pode ser totalmente excluída. Através do inquérito realizado no âmbito deste estudo foi também evidente a falta de conhecimento dos detentores quanto à infeção por L. infantum e leishmaniose em NAC. O controlo da infeção por Leishmania/leishmaniose apoia-se no esclarecimento da comunidade científica e dos detentores dos animais. Neste sentido, os resultados obtidos neste estudo epidemiológico pioneiro realizado na região de Sintra, Portugal, permitiram um melhor conhecimento desta infeção em NAC na Área Metropolitana de Lisboa.
Zoonotic visceral leishmaniasis : new insights on innate immune response by blood macrophages and liver kupffer cells to leishmania infantum parasites
Publication . Rodrigues, Armanda Viana; Valerio-Bolas, Ana; Alexandre-Pires, Graça; Aires Pereira, Maria; Nunes, Telmo; Ligeiro, Dario; Pereira da Fonseca, Isabel; Santos-Gomes, Gabriela
L. infantum is the aetiological agent of zoonotic visceral leishmaniasis (ZVL), a disease that affects humans and dogs. Leishmania parasites are well adapted to aggressive conditions inside the phagolysosome and can control the immune activation of macrophages (MØs). Although MØs are highly active phagocytic cells with the capacity to destroy pathogens, they additionally comprise the host cells for Leishmania infection, replication, and stable establishment in the mammal host. The present study compares, for the first time, the innate immune response to L. infantum infection of two different macrophage lineages: the blood macrophages and the liver macrophages (Kupffer cells, KC). Our findings showed that L. infantum takes advantage of the natural predisposition of blood-MØs to phagocyte pathogens. However, parasites rapidly subvert the mechanisms of MØs immune activation. On the other hand, KCs, which are primed for immune tolerance, are not extensively activated and can overcome the dormancy induced by the parasite, exhibiting a selection of immune mechanisms, such as extracellular trap formation. Altogether, KCs reveal a different pattern of response in contrast with blood-MØs when confronting L. infantum parasites. In addition, KCs response appears to be more efficient in managing parasite infection, thus contributing to the ability of the liver to naturally restrain Leishmania dissemination
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Funding agency
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Funding programme
3599-PPCDT
Funding Award Number
PTDC/CVT-CVT/28908/2017
