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  • Espaços alternativos em Lisboa e a resistência à gentrificação
    Publication . Rego, Raquel; Lopes, João Braga; Sadock, Mateus; Estevens, Ana
    Entre o início da crise financeira (2007-08) e a crise pandémica (2020-), Lisboa estava no auge como destino turístico europeu da moda. Nesse período, numa singular concentração na capital portuguesa, associações e outros coletivos proliferaram como espaços alternativos, imbricando ação política e cultural. Neste dossiê, através de uma metodologia qualitativa de pendor etnográfico, mostramos que estes espaços configuram um modelo de desenvolvimento urbano próprio. Se, desde os anos 1970, os espaços alternativos têm desempenhado um papel de resistência à gentrificação em vários países ocidentais, o caso de Lisboa sobressai pelo contraste com um contexto nacional de fraca participação cívica.
  • As artes e a cultura nas práticas hegemónicas e alternativas na cidade de Lisboa. O caso do Largo do Intendente
    Publication . Estevens, Ana; Cocola-Gant, Agustín; Calvo, Daniel Malet; Matos, Filipe
    A arte, a cultura e a criatividade são, atualmente, vendidas como um símbolo de status e passaram a fazer parte de narrativas e práticas hegemónicas relacionadas com processos de regeneração. Neste artigo, examinamos as contradições e as tensões entre a implementação de políticas públicas de regeneração urbana e a emergência de espaços alternativos culturais e artísticos, utilizando como estudo de caso o Largo do Intendente. Utilizando uma perspetiva crítica e métodos cruzados (entrevistas, observação e registo etnográfico), analisámos o papel das artes e da cultura no processo de gentrificação promovido pelas políticas públicas. Num momento de rápidas mudanças, onde os mesmos modelos são usados em diversas cidades por todo o mundo, importa continuar a acompanhar e a perceber o modo como na cidade de Lisboa estes processos se manifestam.
  • Arte e cultura, hegemonia e resistência: uma leitura comparada de diferentes territórios de Lisboa
    Publication . Estevens, Ana; Carmo, André
    Neste artigo, colocamos em destaque a importância da arte e da cultura enquanto elementos de transformação da cidade contemporânea. Adotando uma perspetiva urbana crítica, desenvolvemos trabalho de campo etnográfico entre 2018 e 2019, tendo como ponto de partida as ambivalências da arte e da cultura na transformação dos territórios. Olhamos para três territórios de Lisboa onde a relação entre a cidade e as artes se destaca: o Intendente, enquanto caso de referência de políticas públicas que transformaram um espaço decadente num espaço da moda; Marvila, enquanto antigo espaço industrial que tem passado por importantes mudanças; e a Colina de Santana, enquanto espaço projetado para o futuro, onde o património edificado, estruturas e eventos culturais e artísticos alavancam o processo de transformação. As evidências sugerem que Lisboa tem replicado o modelo urbano neoliberal predominante. Para além disso, a dinâmica social de resistência, apesar de ténue e, muitas vezes, impotente para alterar as dinâmicas hegemónicas, é uma importante força nos territórios. Os três casos apresentados permitem compreender o sentido da mudança socioterritorial, ficando clara a importância da presença de património edificado classificado, estruturas e eventos artísticos e culturais na valorização dos espaços, fomentando a sua mercantilização e contribuindo para a competitividade urbana.