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- Dinâmica espacial e temporal do ravinamento na margem esquerda da bacia do Baixo Tejo : formas, processos e factoresPublication . Bergonse, Rafaello; Reis, Eusébio Joaquim Marques dos, 1966-O presente trabalho teve por objectivo geral contribuir para o conhecimento da erosão do solo por ravinamento e estruturou-se em três partes. A primeira consistiu numa revisão da literatura publicada, cujos resultados evidenciam o ravinamento como produto da combinação entre a acção do escoamento e a ocorrência de movimentos de massa ao longo do tempo, em contraste com a abordagem baseada em processos hídricos que tem vigorado. O enquadramento conceptual resultante forneceu sustentação teórica ao restante da investigação. Na segunda parte construiu-se uma perspectiva de conjunto sobre a incidência do fenómeno numa área de estudo abrangendo 2912 km2 da margem esquerda da bacia do baixo Tejo. Fotointerpretação e validação de campo permitiram diferenciar oito grandes padrões de ravinamento e estabelecer um contraste claro entre os sectores N e S da área de estudo, respectivamente associados a sistemas de ravinas de dimensões decamétricas a hectométricas em rede e em complexo, e a formas relativamente incipientes de carácter linear. Salientou-se também a relevância das formas associadas a elementos antrópicos. Na terceira parte do trabalho analisou-se em pormenor um dos grandes padrões referidos. Assumindo como área de estudo as bacias das ribeiras de Ulme e do Vale do Casal Velho (área total 151,3 km2), investigou-se a morfologia geral e a localização de um conjunto de 90 complexos de ravinas, bem como os respectivos factores de controlo. Centrou-se depois a análise num sub-conjunto de 30 formas, relacionando-se quantitativamente morfologia, processos evolutivos e potenciais factores, e investigando-se a evolução entre 1970 e 2006. Os resultados indicam o entalhe fluvial como o mais plausível factor de iniciação, mostrando controlos por parte da topografia antecedente sobre os pontos de iniciação das formas, e do escoamento proveniente de montante sobre o seu desenvolvimento. Estabeleceu-se uma sequência evolutiva geral em termos morfológicos e mostrou-se que as formas continuam em expansão, com a dinâmica actual assente em colapsos nas paredes e cabeceiras. Os resultados sugerem um importante controlo por parte dos movimentos de massa no desenvolvimento e diversificação morfológica dos complexos de ravinas, sublinhando o papel desempenhado pela dinâmica nas cabeceiras.
- Água e Território: um tributo a Catarina RamosPublication . Ramos Pereira, A.; Leal, Miguel; Bergonse, Rafaello; Trindade, Jorge; Reis, Eusébio
- Controlling factors of the size and location of large gully systems: a regression-based exploration using reconstructed pre-erosion topographyPublication . Bergonse, Rafaello; Reis, EusébioThe role of different factors potentially affecting the size and location of large gully systems is explored in two tributary basins of the Tagus River (S Portugal). The hillslopes of these basins, corresponding to tertiary sedimentary formations, are affected by hundreds of large gully systems, varying in extent from somewhat b200 m2 to N3 ha. A study set of 90 gully systems were vectorized from aerial ortophotos and analysed in relation to a set of potential control variables, obtained by reconstructing the pre-erosion topography. Multiple linear regression and logistic regression were combined in order to investigate controls over the general morphometry of these landforms (area, perimeter and sinuosity) and their location in the respective basins. Results indicate that gully systems initiated as bank gullies in response to an incision by the drainage network in both basins and then evolved as a function of upslope contributing area, developing progressively more sinuous outlines as a result of headcut bifurcation. Pre-erosion topographic formwas shown to have only a marginal effect, with results suggesting gully systems have grown essentially throughmassmovements in headcuts and sidewalls, influenced by subsurface water.
- Reconstructing pre-erosion topography using spatial interpolation techniques: a validation-based approachPublication . Bergonse, Rafaello; Reis, EusébioUnderstanding the topographic context preceding the development of erosive landforms is of major relevance in geomorphic research, as topography is an important factor on both water and mass movement-related erosion, and knowledge of the original surface is a condition for quantifying the volume of eroded material. Although any reconstruction implies assuming that the resulting surface reflects the original topography, past works have been dominated by linear interpolation methods, incapable of generating curved surfaces in areas with no data or values outside the range of variation of inputs. In spite of these limitations, impossibility of validation has led to the assumption of surface representativity never being challenged. In this paper, a validation-based method is applied in order to define the optimal interpolation technique for reconstructing pre-erosion topography in a given study area. In spite of the absence of the original surface, different techniques can be nonetheless evaluated by quantifying their capacity to reproduce known topography in unincised locations within the same geomorphic contexts of existing erosive landforms. A linear method (Triangulated Irregular Network, TIN) and 23 parameterizations of three distinct Spline interpolation techniques were compared using 50 test areas in a context of research on large gully dynamics in the South of Portugal. Results show that almost all Spline methods produced smaller errors than the TIN, and that the latter produced a mean absolute error 61.4% higher than the best Spline method, clearly establishing both the better adjustment of Splines to the geomorphic context considered and the limitations of linear approaches. The proposed method can easily be applied to different interpolation techniques and topographic contexts, enabling better calculations of eroded volumes and denudation rates as well as the investigation of controls by antecedent topographic form over erosive processes.