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- Heaven on earth. On systematicity and aesthetic pleasure in Kant’s Universal Natural HistoryPublication . Silva, Fernando M. F.In addition to its intense and innovative cosmological dialogue with predecessors, Kant’s Theory of the Heavens (1755) and its systematising goal tell us something more about the young Kant’s thoughts concerning humanity and the world. We intend 1) to show how Kant’s approach to the question of the order of the universe finds a middle path between the extremes of theology and naturalism; b) to show how purposiveness [Zweckmäβigkeit] exemplifies this middle path, and how this progressive resistance is a theoretical device to which Kant would frequently resort; c) to examine the extent to which the discernment of purposiveness and its theoretical order are felt by us as a singular aesthetic pleasure.
- Returning to itself, in itself: on the meta-hermeneutic dimension of Fichte’s principle of identityPublication . Silva, Fernando M. F.Despite its general omission, the “Aenesidemus-Review” stands among a pair of fundamental texts for the initial conception of Fichte’s philosophy. The present article intends to show just how fundamental the “Aenesidemus-Review” is in this scope; namely, we intend to prove the key role the “Aenesidemus-Review” has in establishing a theoretical dialogue, as well as a positional confrontation, between Fichte, Schulze, and Reinhold; how the main problem from thence arisen is a problem of a hermeneutic nature, inasmuch as it deals with the language and the communicability between concept and idea, as well as idea and human spirit (or lack thereof); and hence, how the “Aenesidemus-Review”, and its main problem, subsequently stimulate Fichte for further reflection on the topic: how, from this small writing, Fichte sets out to acquire a new first, uninterpretable, and hence universally communicable principle for all philosophy: the principle of identity.
- “A maximum in its kind”. The problem of the absolute between Novalis and KantPublication . Silva, Fernando M. F.The problem of the absolute, in its religious, political, aesthetic and/or philosophical scopes, is one of the fundamental propeller springs of 18th century thought, especially in Kant’s time and until the period of German Idealism. This paper intends to approach the problem in its philosophical-aesthetic dimension and to discern how the problem of thinking or experiencing the absolute, in the form of philosophical systematicity, as it was legated by Kant and his generation, was one of the main theoretical questions received by a whole generation of young authors. In order to best demonstrate this, we chose the example of the poet and philosopher Novalis. Our objective is, therefore, to investigate how openly, or how negatively Novalis read Kant’s proposition of the a priori and the critical edifice based upon it, and to render evident Novalis’ negation of the possibility of experiencing the absolute but in an “infinite approximation”. We also seek to suggest what could have been Kant’s reply to the objections, namely, an anthropological reply that might have shown the full reach of Kant’s conception of his critical edifice and his philosophical reflection, which might have displayed a new dimension of the reflection on the human in Kant, and thus might have partially exempted the philosopher from the reproaches of his younger readers. Finally, we want to present both Novalis’ and Kant’s (to a certain extent) surprisingly close conception of poetry as the key for the philosophical problem of the absolute.
- Sentimento e reflexão : crítica da identidade nos «Fichte-studien» de NovalisPublication . Silva, Fernando M. F.; Justo, José Miranda, 1951-No início da sua produção filosófica, a partir do Outono de 1795, o poeta Novalis colige uma longa série de anotações fragmentárias sobre a doutrina da ciência de Fichte, recolhidas sob a ampla designação «Fichte-Studien». Muitos, e não menos importantes são os temas aí abordados, todos versando a filosofia de Fichte. Mas este conjunto de manuscritos não serve o exclusivo propósito de ler criticamente a teoria fichteana, e muito menos o pensamento filosófico de Novalis nasce com os «Fichte-Studien»; o problema que preside à primeira filosofia de Novalis, e que impregna estes seus manuscritos, é um problema maior, um conflito espiritual entre contrários, a saber, poesia (vida) e filosofia, ou sentimento e reflexão, que Novalis vinha experienciando desde que frequentara as lições de Reinhold sobre Filosofia Elementar, em Jena (1790), que viria a ser decisivamente acentuado pela Doutrina da Ciência, de Fichte (a partir de 1793), e que só então vem a ser trabalhada nos «Fichte-Studien». Nesta dissertação, procurar-se-á expor como Novalis resolve o seu conflito espiritual sob a forma de uma teoria dos contrários, à luz da leitura do mesmo problema em Reinhold e Fichte. A conclusão a que Novalis sobre isto chega é a hipótese de um dinamismo recíproco, uma alternância viva e cumulativa entre contrários, a qual originará o Eu, e o lançará para a sua compreensão reflexiva de si próprio; a saber, a proposta de unir sentimento e reflexão, constituintes essenciais do Eu enquanto ser de contrários, sob a forma de uma união na desunião, na qual coexistem a um tempo a impossibilidade real de unir os contrários e a possibilidade ideal de o fazer; uma proposta que levará Novalis a cindir-se dos seus Professores, e que dele requer uma profunda reflexão sobre a necessidade de repensar os conceitos de Eu, da identidade e do próprio pensar – uma genuína crítica da identidade –, que paulatinamente talha a imagem de Novalis como um pensador autónomo e original no seio do Idealismo Alemão. Por fim, e porque o problema dos contrários é de facto um problema entre poesia e filosofia, e ainda porque os «Fichte-Studien» servem justamente o objectivo de acentuar o conflito espiritual do poeta mediante a filosofia, Novalis transporá este mesmo dinamismo recíproco da união na desunião dos contrários para a questão do filosofar. No filosofar, enquanto pensar natural do humano, se procurará ver a possibilidade de um superior estrato de auto-compreensão do Eu: por um lado, na constatação de que Eu e filosofia nascem no mesmo momento, e que nesse momento ambos ganham uma actividade subjectiva, mas rompem também com a unidade originária, que sempre tentarão recuperar através dessa mesma actividade, e através do pensar dos contrários; por outro, na recondução da questão dos contrários, da noção de dinamismo recíproco, ao pensar filosófico, segundo o que à possibilidade de a filosofia alcançar o absoluto da reunião dos contrários, sempre se opõe a impossibilidade disto mesmo; por fim, à conclusão de que à filosofia e ao Eu não resta senão progredir por uma saciação relativa do absoluto, ou uma aproximação infinita a este, uma insuficência que para Novalis se traduzirá numa tendência de auto-supressão, de morte do pensar e da linguagem da filosofia, que por fim levará a um gradual apagamento e dissolução da imagem do Eu. Esta dissolução, este fim de curso da filosofia, dirá Novalis, é uma transição para uma nova consciência, uma nova linguagem, uma nova vida do Eu – a reescrição de uma nova existência poiética do Eu, que para este significa o retorno possível a uma idade áurea do ser humano, e para Novalis a resolução possível do seu conflito espiritual.
- Kant, filósofo da linguagem?Publication . Silva, Fernando M. F.Tem-se por um facto indelével que Kant não pensou a questão da linguagem, ou os seus problemas adjacentes, e que a questão não era para o grande filósofo de grande relevância. O presente ensaio propõe-se oferecer um contributo para uma opinião contrária. O objecto da nossa reflexão é a abordagem kantiana ao tópico antropológico da faculdade de designação (Bezeichnungsvermögen, Facultas Signatrix). A saber, propomo-nos abordar a oposição kantiana entre palavra e símbolo, enquanto diferentes aplicações da faculdade de designação; pensar as diferentes disposições das faculdades do ânimo por estas requeridas, e suas diferentes potencialidades de dizer o Eu no mundo; e, uma vez pensada até ao extremo a diferença entre estas, pensar a sugestão kantiana de uma possível cooperação entre palavra e símbolo, como ela tem lugar na metáfora poética.