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Freire Ribeiro Ferreira, Maria Isabel

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  • Medição da evapotranspiração de um coberto vegetal por métodos micrometeorológicos: o método das flutuações instantâneas
    Publication . Valente, Fernanda; Paço, Teresa Afonso do; Ferreira, Maria Isabel
    A quantificação do consumo de água pelos diversos cobertos vegetais é fundamental para uma gestão sustentável dos recursos hídricos. Neste artigo é apresentado o método das flutuações instantâneas (eddy covariance na terminologia anglo-saxónica), um método direto para a medição da evapotranspiração. Para além da descrição do método e dos instrumentos necessários à sua aplicação, apresentam-se alguns aspetos práticos a ter em consideração na implementação desta técnica e as principais correções a efetuar na fase de processamento dos dados. Descreve-se ainda a medição de outras componentes do balanço energético, em particular, do fluxo de calor sensível à superfície do solo e aborda-se resumidamente o problema do fecho do balanço de energia. No final é feita uma síntese dos ensaios experimentais onde este método foi aplicado por equipas do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa.
  • Nota introdutória
    Publication . Ferreira, Maria Isabel; Lopes, João Rui Rolim Fernandes Machado; Paço, Teresa Afonso do; Paredes, Paula Cristina Santana; Fernandes, Maria Rosário
  • Medições de fluxo de seiva pela equipa de Engª Rural do ISA - balanço de 30 anos de experiências e aspectos metodológicos
    Publication . Ferreira, Maria Isabel; Paço, Teresa Afonso do; Silvestre, José; Silva, Rodolfo; Conceição, Nuno
    As técnicas de medição do fluxo de seiva (FS) são apresentadas como a alternativa viável para obter longas séries contínuas do uso da água pelas plantas lenhosas, embora não apresentem a fiabilidade das técnicas micrometeorológicas, designadamente a mais apropriada para cobertos altos, a das flutuações instantâneas (conhecida como de eddy covariance) que exige grandes extensões uniformes e em que as medições nem sempre são contínuas devido a condições meteorológicas adversas, mas que serve de referência em articulação com medições de evaporação do solo. Com estas técnicas de FS obtêm-se valores que, à escala diária, aproximadamente correspondem à transpiração, a principal componente da evapotranspiração. Existem muitas abordagens diferentes, sendo que a técnica de dissipação de calor designada por de Granier se tornou popular pela sua aparente simplicidade e baixo custo, embora a sua aplicação em comparação com técnicas de referência tenha evidenciado a necessidade de resolver vários problemas. Esta contribuição apresenta uma visão geral da aplicação desta técnica, seu desenvolvimento e resultados desde 1992, pela equipa de Engenharia Rural (ER) do ISA. Inclui-se a breve descrição do princípio, sensores, instalação, tratamento de dados, identificação das principais dificuldades e algumas soluções encontradas para minimizar erros, bem como a comparação com as técnicas de referência mencionadas, permitindo uma calibração caso-a-caso, de forma a obter longas séries fiáveis. Usou-se ainda uma simulação do campo das temperaturas pelo método das diferenças finitas e simulações em laboratório, para lidar com questões como a que foi designada por gradiente natural, a heterogeneidade azimutal e radial, a mudança de escala espacial, as equações de calibração. Este intenso trabalho pioneiro permitiu quantificar o uso da água por longos períodos em muitos e representativos cobertos florestais e agrícolas, em regadio ou em sequeiro, obtendo-se ainda a informação complementar para diagnosticar o estado hídrico, para interpretar os resultados e assim contribuir para afinar modelos de uso da água para a respectiva gestão, designadamente os coeficientes culturais e de stress para uso na rega.
  • Medições de referência de evapotranspiração, transpiração e evaporação direta do solo em pomar de pessegueiro, em Portugal
    Publication . Paço, Teresa Afonso do; Ferreira, Maria Isabel; Conceição, Nuno
    Descreve-se a determinação das necessidades hídricas da cultura do pessegueiro utilizando um método de medição directa da evapotranspiração. Estes ensaios decorreram na região da Península de Setúbal durante a década de 1990, em cinco épocas de rega e em dois pomares de diferentes variedades e com distintos sistemas de rega e modos de condução, conferindo-lhes uma variabilidade espacial e temporal de aplicação da água. Para medir a evapotranspiração recorreu-se ao método das flutuações instantâneas. Utilizou-se ainda um conjunto alargado de técnicas adicionais, permitindo a quantificação da transpiração das plantas e da evaporação directa do solo, e a consequente extensão dos valores de evapotranspiração temporalmente ou espacialmente, e a avaliação do estado hídrico das plantas. Os resultados mostraram-se similares com gamas de variação e valores médios de evapotranspiração e transpiração, para os períodos amostrados, sendo, no entanto, distintos no que diz respeito à evaporação directa do solo, se bem que esta componente dos fluxos evaporativos tivesse reduzida relativa expressão. A avaliação conjunta de diversas variáveis relacionadas com o estado hídrico das plantas mostrou um comportamento similar para as duas variedades quando se relacionou a condutância estomática com o potencial hídrico, mas diferenciado quando se observou simultaneamente a progressão do défice hídrico com a evolução de transpiração. Apresenta-se uma breve descrição das técnicas utilizadas nos dois ensaios experimentais, bem como uma súmula e diversos exemplos dos resultados mais representativos. Comparam-se os resultados obtidos em ambas as situações e indicam-se semelhanças, passíveis de generalização para o tipo de pomar observado, e diferenças, explorando-se as suas razões. Os dados obtidos permitiram contribuir para a melhoria da estimativa da evapotranspiração em pomar de pessegueiro, quando se recorre a modelos baseados em coeficientes culturais, para aplicações práticas no domínio da rega.
  • Evapotranspiração, balanço energético e estado hídrico numa plantação de Quercus suber na região de Lisboa
    Publication . Ferreira, Maria Isabel; Silva, Rodolfo; Pacheco, Carlos Arruda; Silva, Adriano Leovigildo; Paço, Teresa Afonso do; Irace, Pierluigi
    No âmbito do projecto WATERUSE (www.isa.utl.pt/wateruse, 2000-2004) sobre uso da água em cobertos lenhosos mediterrânicos, foi medida a evapotranspiração (ET) ou fluxo de calor latente (LE) pela técnica micrometeorológica das flutuações instantâneas, num estudo pioneiro em sobreiros com sobcoberto usado em pastorícia, em Rio Frio (Palmela), 30 km a Leste de Lisboa (238 dias de dados de boa qualidade). Entre 2002 e 2005, decorreram medições complementares, mas não contínuas, no solo (0-130 cm), plantas e atmosfera. Os resultados de 2003 respeitam às componentes do balanço energético, designadamente a evapotranspiração (ET) ou fluxo de calor latente (LE), cuja relação com a evapotranspiração de referência e o estado hídrico do solo e plantas é apresentada. O erro de fecho das medições foi genericamente muito baixo graças às excelentes condições do local. Erros de fecho maiores tiveram reduzido impacto já que ocorreram para ET abaixo de 1 mm/dia. A razão de Bowen (fluxo calor sensível/ calor latente, H/LE) aumentou entre ca. de 1 e 6, durante o período de dessecamento do solo, devido à redução de ET. Consoante o estado do sobcoberto mudava entre Primavera e final do estio (verão seco), G/Rn (fluxo de calor para o solo/balanço da radiação) semi-horário aumentou entre 10% e 17%. Entre Maio a Setembro de 2003, ET variou de ca. de 4 mm/dia em Maio, para ca. de 2 mm/dia em Junho e 1 mm/dia, em final de Setembro. ET/ETo em Maio, Junho, Julho e Setembro foi de 78%, 37%, 24% e 21%, respectivamente, correspondendo a ca. de 80%, 40%, 10% e 0-5% da reserva utilizável de água no solo, na camada de 0 a 130 cm de profundidade. Tal sugere extracção de água pelo estrato arbóreo de camadas inferiores e toalha freática, como os estudos de redistribuição hidráulica também evidenciaram. O estado hídrico do solo nas camadas superficiais não pareceu relacionado com o estado hídrico das árvores. Entre Maio de 2004 e Setembro de 2005, ET variou entre 1 e 2 mm/dia, valores muito baixos devido à seca extraordinária do Outono/Inverno 2004/2005. O potencial hídrico das folhas das árvores medido de madrugada desceu até -1,7 MPa, como medido noutros locais em Portugal, correspondendo em Rio Frio a ET/ETo de 10%, raro numa estação normalmente chuvosa.