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FBA-CIEBA - Artigos em Revistas Nacionais

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  • No Mesh
    Publication . Gonçalves, Carlos Miguel
    O presente artigo tem como objetivo utilizar criativamente o programa Blender 3D como ferramenta de resistência e elucidação do fenómeno da subversão do espaço público na web 2.0, enquanto processo paradoxal entre um aumento da participação e interação social e a manipulação digital. Para isso, apresenta-se um pensamento progressivo sobre o espaço digital e sobre o problema do Novo Espaço Público (Innerarity, 2010). Inicia-se por uma breve exposição do conceito de Spatial Turn (Warf & Arias, 2009) em comparação com a autonomia do software em oposição ao ciberespaço (Hand, 2010) e o seu impacto n’O Direito à Cidade (Lefebvre, 1968, 1974). De seguida, convoca-se o conceito de Softspace (Lally & Young, 2007), de modo a observar a fronteira entre público e privado. Como resultado, as Imagens Operativas (Paglen, 2014) do momento de renderização sem meshes no Blender 3D, fixam a imagem latente, analisadas à luz de um novo campo da cultura designado por Filosofia da Internet (Ropolyi, 2018). Conclui-se o artigo refletindo-se sobre a subversão do espaço público na web 2.0, a partir dos nexos que se pretendem atingir com esta rede própria de conceitos estabelecidos neste espaço outro entre binários, na sua relação com as imagens operativas da prática artística dai resultante, com vista a uma configuração de uma nova urbanidade digital na Internet.
  • Soundscapes
    Publication . Simão, José; Pedro, Daniela
    The present investigation consists of the design of sound energy ab-sorption panels with the aim of promoting well-being in both the aesthetic and acoustic aspects of the spaces where they are applied. The design project, titled " Soundscapes", aims to contribute to the comfort of users by addressing the usage and enjoyment needs of spaces, resulting in favor-able conditions for communication and minimizing the undesirable effects of re-verberation. The dimensions of the panels have been carefully designed to adapt to differ-ent types of spaces, either through the repetition of a module or arranged individ-ually, providing visual harmony. The construction of the panels involves a support made of black cork parti-cleboard, onto which layers of 5mm cork particleboard are applied. The selection of these materials meets the product's requirements, as they exhibit natural acous-tic properties and have a warm surface, aligning with the environmental consid-erations demanded in today's context.
  • Exhibitor System
    Publication . Pedro, Daniela; Simão, José
    The present document introduces the "Exhibitor System" project. These display system are composed of a set of flat elements that allow the ar-rangement of bi and three-dimensional objects. Additionally, the system contrib-utes to the dynamism and organization of exhibition spaces. The solution enables easy transportation and storage of components, consid-ering that they are flat pieces constructed from lightweight materials. Assembly and disassembly are facilitated by adaptable interlocking mechanisms, without the need for any gluing or hardware. This project was financed by the INOVC+ proof of concept, with ranking 2, and had a team of five researchers: Ana Alice Afonso (main investigator), Ângela Henriques, Daniela Pedro, Estrela Nunes and José Simão (Co-investigators).
  • A multiplicidade da arte contemporânea: explorando o artivismo, a arte participativa e a mediação
    Publication . Charréu, L.
    Propõe-se neste texto discutir algumas dimensões da arte contemporânea e a forma como de desmultiplica numa profusa constelação de “ismos”, particularmente, no período do século XX que se abre a seguir ao término da segunda guerra mundial, atingindo cerca de 21 movimentos artísticos simultâneos na década sessenta. Assistimos nesta importante década do século passado à génese do artivismo, uma nova prática e atitude dos criadores que vai ter um impacto crescente na sociedade. Surgem os conceitos de arte participativa, de escultura social e de estética relacional, num complexo processo de desmaterialização da arte que a desloca dos seus espaços expositivos tradicionais para a rua e para o seu uso em contextos sociais e de interação humana mais alargados. A arte-objeto começa a perder relevância a favor da arte-ideia o que obriga a repensar também novas formas de trabalhar conceitos fundamentais na mediação.
  • Trabalhe para fora cá dentro
    Publication . Machado, Tiago
    Melhores salários, projetos desafiantes, perspectivas de crescimento profissional e algumas das mais aliciantes empresas mundiais. Tudo isto mantendo um invejável balanço entre trabalho e vida pessoal a partir de Portugal. Estamos à espera do quê? A exponencial adesão aos modelos de trabalho remoto e distribuído, e o consequente esbatimento das fronteiras geográficas, abre todo um novo mundo de oportunidades e desafios para profissionais e empresas. Um estudo recente conduzido junto de executivos seniores na área das Tecnologias de Informação demonstra que 75% das empresas implementaram, ou planeiam implementar, políticas alargadas ou universais de trabalho remoto, com 38% destas a assumirem estas mudanças como permanentes ou de longa duração. Twitter, Square, Coinbase, Quora, Shopify, VMware e Slack encontram-se entre as empresas que já anunciaram o trabalho remoto como uma possibilidade permanente para a generalidade dos seus trabalhadores, adoptando uma política remote-first. O estudo State of Remote Work 2020 anuncia que 98% das pessoas que já experimentaram trabalho remoto gostariam de continuar a trabalhar neste registo, pelo menos parcialmente, durante o resto da sua carreira, com 97% a assumirem que recomendariam este modelo de trabalho a outras pessoas. Mas nem tudo o que reluz é ouro: comunicação, colaboração e solidão continuam a ser apontados como os maiores desafios. Apesar de tendermos a denominar genericamente o trabalho à distância como trabalho remoto (ou teletrabalho), há diferenças significativas entre as empresas a operarem de forma remota (remote- first ou remote-friendly) ou distribuída (fully distributed). Isso está patente inclusivamente em diretórios online de empresas remotas, que diferenciam de forma objetiva os dois modelos (e as suas gradações). Uma empresa remote-first assume o trabalho remoto como padrão mas dispõe por norma de escritórios físicos, tendendo a operar com trabalhadores em fusos horários convergentes, privilegiando comunicação síncrona, e com possíveis deslocações pontuais ao escritório. Já uma empresa remote-friendly assume o trabalho no escritório como padrão, mas admite trabalhadores total ou pontualmente em teletrabalho (sendo este modelo também denominado de work from home). Na verdade este modelo é uma caracterização das empresas tradicionais que decidiram flexibilizar a política de trabalho, introduzindo como regalia a opção de trabalhar a partir de casa durante alguns dias da semana. Um modelo remote-first permite facilmente trabalhar a partir de Portugal para geografias como Londres ou Berlim, mas dificulta-o para São Francisco ou Tóquio, devido às diferenças horárias e custos de deslocação. O Twitter é um bom exemplo disto: para alguns cargos nos Estados Unidos aceita trabalhadores em formato remoto, mas apenas residentes no país ou no Canadá. Não é incomum ver empresas norte-americanas a estender a admissibilidade de trabalhadores em formato remoto a qualquer geografia nessa latitude (i.e. qualquer país dos continentes norte e sul americanos). Já uma empresa distribuída não dispõe de escritórios físicos e tende a operar com trabalhadores em fusos horários divergentes, privilegiando comunicação assíncrona, e organizando pontualmente encontros globais de toda a empresa, em locais escolhidos para o efeito. Estes eventos privilegiam a criação de laços afetivos entre as equipas e trabalhadores, em detrimento de produtividade ou agendas do negócio. Um modelo distribuído permite facilmente trabalhar a partir de Portugal para qualquer ponto do globo sem grandes constrangimentos. No que concerne à produtividade, os desafios divergem. Se no trabalho remoto esta depende fundamentalmente da assertividade individual do trabalhador, no trabalho distribuído requer um esforço bem orquestrado da organização. Ou seja, um novo modelo de contrato social, no qual os métodos, ferramentas e políticas de trabalho são desenhadas para potenciar a autonomia, a confiança e o alinhamento das equipas. O expoente deste modelo coloca a abertura e transparência como um dos pilares da operação da empresa. Alguns exemplos: a Buffer tornou públicos a lista dos salários e os resultados financeiros, e a GitLab o seu guia de trabalho remoto e os objetivos e resultados-chave trimestrais (OKRs). Mas que não se tenha a inocência de achar que o salário numa empresa distribuída é agnóstico à localização: as empresas foram desenvolvendo as suas próprias fórmulas para calcular os valores tendo em conta critérios como o cargo, o desempenho e o custo de vida. Algumas destas fórmulas apresentam-se sob a forma de calculadoras e estão disponíveis publicamente, tais como a da Buffer e da GitLab. A portuguesa remote-friendly Codacy, inspirada por estes dois exemplos, desenvolveu também a sua própria calculadora de salários. Mas mesmo com estas vicissitudes, os salários tendem a ser bastante superiores à média nacional. Com tantas vantagens aparentes a questão parece óbvia: estamos à espera do quê? Antes de mais, as oportunidades são globais, mas a concorrência também. Deixamos de concorrer num mercado local onde a oferta de talento é limitada, e entramos num campeonato mundial. Apesar da inclusão e diversidade ser uma prioridade para a generalidade destas empresas, cada país tem as suas especificidades legais, regras e regulamentos. Esta realidade pode condicionar a capacidade das empresas operarem em determinadas geografias e de empregarem os seus cidadãos e residentes, tal como exposto pela GitLab. Depois entram variáveis como a segurança profissional, política fiscal ou questões legais. Muitas destas empresas não têm escritórios ou entidades legais no país o que implica que muitos destes profissionais acabam por não ter um contrato de trabalho. Em termos legais e fiscais são na verdade empresários, que têm apenas um único cliente: a empresa para a qual trabalham. Isto significa que em muitos casos não só têm poucas ou nenhumas garantias enquanto trabalhadores, mas têm também de lidar com questões tipicamente asseguradas pelas empresas, tais como contribuições para a segurança social, fundos de pensões, seguros de saúde, e outras questões legais e fiscais. Combinando esta realidade com a pesada carga fiscal do país, rapidamente podemos ver um salário extremamente interessante para os padrões nacionais minguar para valores líquidos menos sedutores. Isto propicia a engenharia fiscal típica do empreendedorismo unipessoal português: muitos destes “sócios-gerentes” a declarem o salário mínimo, para garantirem o maior retorno imediato e menor carga fiscal possível, utilizando a empresa como um instrumento de gestão financeira pessoal. Ponderando bem todas estas dimensões, acabamos por perceber que a maior vantagem destas ofertas acaba por estar na liberdade de gestão pessoal do trabalhador, no balanço entre trabalho e vida pessoal, na possibilidade de trabalhar em projetos internacionais desafiantes, e no facto de o poder fazer para empresas que seriam inacessíveis num registo presencial em território nacional. Resumindo: falta legislação específica e procedimentos simplificados para empresas e trabalhadores, maior segurança profissional, e uma política fiscal mais razoável. A Estónia, e o seu programa e-Estonia, é um excelente exemplo de como a transformação digital e desburocratização sistémica do estado podem potenciar a dinamização da economia e a atração de novas empresas. Com o programa e-Residency é possível criar e gerir uma empresa de forma totalmente remota a partir de qualquer ponto do globo. E nós?
  • Olhares ao sul: uma experiência de desenho em viagens ao sul de Portugal
    Publication . Charréu, L.
    O presente artigo procura dar conta de uma experiência contínua do seu autor desenhando, em esboço rápido (sketching), o quotidiano e o enquadramento paisagístico das férias de verão familiares numa limitada região de praias, no sul de Portugal (Algarve). Cruzam-se desenhos coloridos, realizados in situ, com algumas reflexões marginais com o que se conhece de algumas figuras-referência das artes visuais.
  • Museus e Guerra: da Convenção de Haia (1954) aos “tesouros nacionais” (2006)
    Publication . Garrett Pinho, Elsa
    Em 7 de agosto de 1956, entrou em vigor a Convenção para a proteção dos bens culturais em caso de conflito armado (Convenção de Haia). Neste contexto, Portugal equacionou pela primeira vez a necessidade de assegurar a salvaguarda do património artístico da Nação. Cinquenta anos mais tarde, após o furto das joias da Coroa, em Haia, seriam decretados os “tesouros nacionais”, mas o Plano Nacional de Emergência continua a ser uma miragem.