Departamento de Sanidade Animal
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Browsing Departamento de Sanidade Animal by contributor "Almeida, Cristina Rosa (Tutora)"
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- Caracterização dos parasitas gastrointestinais em pequenos mamíferos de companhiaPublication . Martins, Sara Correia; Carvalho, Luís Manuel Madeira de; Almeida, Cristina Rosa (Tutora)Os pequenos mamíferos de companhia ou animais exóticos estão cada vez mais presentes no quotidiano da população portuguesa e centros de atendimento Médico-Veterinário. Apesar dos relatos de doenças zoonóticas atribuídas a estas espécies serem raros, com a crescente popularidade e a exposição amplificada de crianças e indivíduos com sistema imunológico comprometido, a incidência destas doenças pode aumentar. São exemplo de parasitas gastrointestinais com potencial zoonótico em mamíferos exóticos, protozoários como Cryptosporidium spp. e Giardia spp. e por cestodes como Rodentolepis nana e Taenia serialis. No período de novembro de 2021 a abril de 2022 foram colhidas amostras fecais de 86 pequenos mamíferos de companhia: 59 coelhos (68,60%), 25 porquinhos-da-Índia (29,07%) e 2 chinchilas (2,33%), com idades compreendidas entre os 2 meses e os 14 anos. Nessas amostras foram aplicadas 6 técnicas de pesquisa e quantificação de formas parasitárias: Mini-FLOTAC, McMaster, coloração de Ziehl-Neelsen modificada, flutuação de Willis, sedimentação em meio saturado e técnica da fita-cola transparente para pesquisa de Passalurus ambiguus. Após cada resultado positivo os animais foram submetidos a tratamento e foi colhida uma nova amostra fecal de modo a comparar as contagens obtidas pelos métodos Mini-FLOTAC e McMaster. Foi detetada a presença de parasitas em 13 animais (15,1%), incluindo 11 coelhos (18,6%, 11/59), 2 porquinhos-da-Índia (8,0%, 2/25). No caso das chinchilas a pesquisa de parasitas gastrointestinais revelou-se negativa. Dos 13 animais positivos, 92,3% (n=12) revelaram-se positivos a coccídias e 7,7% (n=1) a Paraspidodera uncinata. Os resultados identificaram coccídias como o parasita mais comum em animais jovens, pelo que deverá sempre suspeitar-se da presença destes parasitas numa primeira observação do animal. Portanto, é recomendável o exame coprológico para deteção de parasitas gastrointestinais antes do tratamento e a sua repetição para reavaliação após o mesmo. A média de OPG nas contagens obtidas pelo método de Mini-FLOTAC foi superior ao obtido pelo McMaster, embora esse resultado não tenha sido estatisticamente significativo. Neste estudo é relatada, pela primeira vez, a utilização de Mini-FLOTAC como enquanto técnica coprológica quantitativa em pequenos mamíferos de companhia, o que, aliado às diferentes técnicas aplicadas, contribuiu para a caraterização dos parasitas gastrointestinais em mamíferos exóticos, sendo uma metodologia de diagnóstico a recomendar, em especial na primeira consulta.