DCST - Teses de Doutoramento / Ph. D. Thesis
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing DCST - Teses de Doutoramento / Ph. D. Thesis by Author "CastelBranco, António da Fonseca Ataíde"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Contributo para a teorização da sustentabilidade da arquitectura e do planeamento territorial. Proposta para o estudo do território da bacia de drenagem a norte de AbrantesPublication . CastelBranco, António da Fonseca Ataíde; Hawes, Phil B.A Questão: Enquanto projectistas (agentes privilegiados de transformação do território) qual é o papel que arquitectos e urbanistas podem representar num mundo que se quer mais sustentável, ou como contribuir para alcançar sustentabilidade? O Tema: Em termos gerais, esta dissertação pretende contribuir para a definição de um enquadramento intelectual de base holística. Em particular, pensa-se que este enquadramento intelectual possa vir a servir de suporte para o desenvolvimento de uma metodologia que promova a sustentabilidade – em planeamento do território, planeamento urbano assim como em arquitectura. Para este efeito, o território em estudo foi dividido em bacias de drenagem, tendo sido seleccionada a Bacia de Drenagem a Norte de Abrantes para experimentar a aplicação de alguns conceitos que se consideraram pertinentes. O Problema: Nesta dissertação assume-se que um dos problemas actuais, com o qual a Sociedade Global se depara, é o da fragmentação. Acresce ainda o facto de este problema/circunstância ser transversal à grande maioria das actividades humanas. Com efeito, existe fragmentação do ponto de vista do território, do ponto de vista social, e do ponto de vista do conhecimento Esta fragmentação resulta da forma em como a Sociedade Global vê e age sobre a Biosfera. Supõe-se que a causa para esta fragmentação assente sobre o paradigma do reducionismo e da compartimentalização. Por sua vez, estes paradigmas estão na base de um enquadramento intelectual que vem da época do Iluminismo. A fragmentação mencionada é visível no sistema educativo que se encontra dividido em dezenas de áreas e disciplinas diferentes, cada uma com as suas subcategorias, e em cujos seus adeptos/profissionais ou docentes geralmente não comunicam suficientemente entre si. No sistema legal e administrativo verificam-se sobreposições e desordens hierárquicas, tanto no conteúdo dos planos territoriais e dos seus regulamentos, como da própria divisão administrativa do território – traçada por linhas e fronteiras que fazem pouco sentido do ponto de vista ecológico. No sistema de controlo das infracções aos planos e condicionantes correspondentes, ou nas pressões políticas que se sobrepõem e se interpõem às questões do território ou do ambiente, é também assinalável esta mesma fragmentação. Em todo o caso, o enquadramento intelectual subjacente a esta fragmentação tem sido adequado, e tem decididamente acompanhado e apoiado o progresso dos últimos 250 anos. Porém, a velocidade e a complexidade com que os progressos humanos se têm verificado (em termos científicos, sociais, informáticos, em transportes e comunicações, etc.) desde o final da 2ª Guerra Mundial, têm colocado pressões antropogénicas excessivas. Estas pressões fazem-se sentir a todos os níveis e sobre todos os ecossistemas da Biosfera, confirmando assim a premência de se arquitectar e de se estabelecer um novo enquadramento intelectual. A Hipótese: Partindo então do princípio que é necessário o desenvolvimento de um novo enquadramento intelectual, passa a ser necessário adoptar um indicador que venha servir de ferramenta de análise, de contabilização e de comércio. Essa ferramenta/indicador é – conforme se vai pretender demonstrar ao longo desta dissertação – o Dióxido de Carbono (CO2). Os efeitos e as consequências das emissões dos gases de efeito de estufa (GEE), e em particular do CO2, tornaram-se, num curto espaço, universalmente aceites para transmitir e entender o significado e a gravidade das pressões antropogénicas sobre a Biosfera. Propõe-se também que este indicador venha a servir de base ao aperfeiçoamento de um paradigma de desenvolvimento sustentável aplicável ao planeamento do território e da arquitectura. Acrescenta-se ainda que arquitectos e urbanistas têm o dever, a competência e a idoneidade para prestarem uma colaboração efectiva na construção do enquadramento intelectual de base holística. Para este efeito, será necessário o conhecimento dos acordos e protocolos internacionais (que estão na base de legislação nacional para a redução das emissões de GEE) e uma noção dos métodos de contabilidade de CO2. Neste sentido, esta dissertação pretende contribuir para o desenvolvimento desse enquadramento intelectual, que venha a dar um contributo para a teorização da sustentabilidade da arquitectura e do planeamento territorial.