Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCE)
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Browsing Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCE) by advisor "Aguiar, Maria Stela, 1949-"
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- Competências cognitivas em bebés : um estudo sobre a formação de categoriasPublication . Costa, Cláudia do Rosário Rodrigues da, 1974-; Aguiar, Maria Stela, 1949-Este estudo pretende contribuir para a compreensão do desenvolvimento da actividade de categorização e, mais precisamente, compreender se o desempenho de bebés de 6 meses de idade, na tarefa de exploração dos objectos, é influenciado por representações categoriais pré-existentes, pelo conhecimento dos bebés sobre as categorias de estímulos apresentadas na situação experimental, ou se o seu desempenho depende da familiarização com determinada categoria em contexto experimental, sendo a discriminação de categorias baseada apenas nos atributos perceptivos dos estímulos. Para testar estas hipóteses, submetemos dois grupos de 15 bebés (30 bebés no total) de 6 meses de idade, a quatro fases experimentais da tarefa de exploração de objectos, distribuídas por duas sessões diferidas de uma semana (pré-teste, familiarização e teste na 1º sessão e pós-teste na 2" sessão). Nas fases de pré-teste, teste e pós-teste, eram apresentados 4 objectos (animal terrestre branco e preto, animal terrestre castanho, animal marinho e camião branco e preto) com o objectivo de medir o tempo que o bebé despendia a explorar cada um dos objectos. Na fase de familiarização, os dois grupos de bebés eram confrontados à exploração de objectos conceptualmente idênticos que variavam na cor, ou seja, o Grupo 1 era familiarizado com animais terrestres brancos e pretos e o Grupo 2 com animais terrestres de várias cores. Os resultados evidenciam, nos dois grupos experimentais, um padrão de distribuição do tempo de exploração dos objectos idêntico no pré-teste, teste e pós-teste, ou seja, os bebés mostram preferência pelo camião (4° objecto apresentado), seguido do 1º objecto apresentado (zebra ou cavalo castanho), sendo o 2° (cavalo castanho ou zebra) e o 3º objectos apresentados (foca/golfinho) aqueles que são explorados durante menos tempo. Pode portanto concluir-se que o processo de familiarização não produziu alterações significativas no desempenho dos dois grupos de bebés e que a forma como reagem aos objectos em diferentes momentos do tempo (pré-teste, teste e pós-teste) permanece globalmente estável. Argumentamos que estes resultados podem ser interpretados à luz de dois referenciais teóricos, o que mostra a fragilidade da metodologia utilizada. De acordo com uma linha de pensamento recente (e.g. Mandler, 2004), pode inferir-se que: (a) a actividade de categorização está presente em bebés de 6 meses de idade; (b) a discriminação de categorias, em contexto experimental, apela para o conhecimento prévio dos bebés sobre as categorias apresentadas e não para a formação de categorias "on line"; e (c) os bebés de 6 meses de idade parecem agrupar os objectos de forma mais global (animais versus veículos) em detrimento de distinções mais especificas ou básicas (animais terrestres versus animais marinhos). De acordo com a teoria Piagetiana, pode concluir-se que a distinção entre o grupo dos animais e o camião permanece ainda uma classificação prática e elementar realizada no decurso da actividade sensório-motora do bebé.
- Indução de raciocínio pró-social como promotor da tomada de perspectiva cognitivaPublication . Espírito Santo, Alice Cabral Santos, 1973-; Aguiar, Maria Stela, 1949-O tema da cognição social tem sido foco de interesse da psicologia do desenvolvimento nos últimos anos. De entre as várias competências relacionais a tomada de perspectiva cognitiva tem sido empiricamente relacionada com maior capacidade de comunicação, estabelecimento de relacionamentos interpessoais e resolução de problemas de natureza social e pró-social. O presente estudo tem por objectivo determinar se o desenvolvimento da competência de tomada de perspectiva cognitiva é favorecido pela exposição de crianças de 6/7 anos a uma condição experimental que confronta o sujeito à resolução de dilemas relativos a duas modalidades de conduta pró-social e que induz a experiência de conflito cognitivo entre o ponto de vista próprio e os pontos de vista contraditórios de vários modelos sociais. Avaliaram-se 40 crianças de 6/7 anos (1° ano do 1° ciclo do ensino básico) quanto à competência de tomada de perspectiva cognitiva através de uma prova adaptada de FlavelI (1968). As crianças foram divididas em dois grupos; controlo e experimental. O grupo experimental foi confrontado a dois dilemas pró-sociais adaptados de Lourenço (1991), modalidade repartir e ajudar, nos quais o sujeito deve antecipar a conduta de vários modelos sociais, promovendo-se assim o confronto de outros pontos de vista com o ponto de vista próprio. Verificámos que 60% das crianças do grupo experimental aumentam o nível de desempenho do pré-teste, o que só ocorre com 5% do grupo de controlo, o que confirma o efeito positivo da metodologia de treino utilizada para promover a competência da tomada de perspectiva cognitiva. Nas sessões de treino, dominam globalmente a opção altruísta (com excepção do modelo do ladrão), a construção de ganhos sobre a percepção de custos e os argumentos de natureza psicológica com orientação para a descentração, e aumentam relativamente a estudos anteriores os argumentos morais orientados para o estereótipo na justificação das respectivas opções.
- Prova de linguagem oral para os anos pré-escolares : uma perspectiva desenvolvimentistaPublication . Pacheco, Patrícia Riscado de Barros, 1973-; Aguiar, Maria Stela, 1949-Objectivos: A avaliação da linguagem oral nos anos pré-escolares é uma tarefa que confronta educadores de infância e psicólogos educacionais. Os instrumentos de avaliação desta competência propõem um conjunto de tarefas típicas, associadas a domínios típicos do desenvolvimento da linguagem, mas existem acentuadas diferenças inter-instrumentos nas idades previstas para a resolução de tarefas objectivamente semelhantes De um ponto de vista desenvolvimentista, esta divergência coloca um problema, pois sugere pouca consistência inter-instrumentos de avaliação, e justifica a elaboração de uma Prova de Desenvolvimento da Linguagem Oral para os anos pré-escolares em que ordenação de tarefas seja função do seu nível de complexidade estrutural. Metodologia: Comparámos cinco instrumentos anteriores de avaliação do desenvolvimento psicológico, seleccionámos um conjunto de tarefas linguísticas típicas na população pré-escolar e agrupámos essas tarefas nos domínios lexical-semântico e morfo-sintáctico e nas modalidades, receptiva e expressiva, de funcionamento da linguagem. As tarefas incluídas em cada domínio linguístico foram então ordenadas por nível de complexidade progressiva e testadas em duas amostras de 35 e 60 crianças entre os 3 e os 6 anos de idade. Resultados: Embora esta versão da Prova de Desenvolvimento da Linguagem Oral permaneça ainda provisória, a metodologia de construção parece adequada e os resultados obtidos propõem: (a) um conjunto de tarefas linguísticas típicas na população pré-escolar (b) uma sequência desenvolvimentista de tarefas que foi globalmente confirmada pelo estudo piloto; e (c) um novo modelo de avaliação da linguagem receptiva e expressiva e dos domínios lexical-semântico e morfo-sintáctico da fala nos anos pré-escolares.