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http://hdl.handle.net/10451/48902
Título: | Garção e a gramática ou a ficção do teatro português |
Autor: | Alves, Hélio J. S. |
Palavras-chave: | Teatro Garção, Correia, 1724-1772 Portugal Artigo gramatical |
Data: | 2021 |
Citação: | "Garção e a gramática ou a ficção do teatro português", Românica, 24, Departamento de Literaturas Românicas, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2021, 203-215. |
Resumo: | Em Teatro Novo, assistimos, paradoxalmente, à desmontagem dos mecanismos da ficção teatral. A representação corresponde ao estado real das coisas (sociedade, condutas), tornando a verdadeira representação, a do teatro, impossível. Em Garção, o teatro é ocupado pelo mundo. O teatro serve o mundo, em particular o mundo dos esquemas de fraude capitalista, com Aprígio, o «corretor dourado», e Bigodes, o explorador colonialista, à cabeça. Ao mesmo tempo, este mundo não depende de fases históricas, pelo menos quanto às gerações ainda vivas; para velhos e novos, é sempre igual a si próprio, sem que a interferência das mudanças (de moda, estilo, forma, hábito) altere a essencial hipocrisia, ou ficção estabelecida, que o rege. Neste mundo, o teatro não só é impossível, como é desnecessário e inútil, uma vez que não consegue oferecer-se como alternativa. Teatro Novo permite-nos sair do mundo para entrar no teatro, de maneira a mostrar que não escapamos do primeiro. Daí o seu fracasso original: a peça de Garção não nos deixa ir ao teatro. O artigo que lhe falta é o sinal da falha: teatro novo não tem teatro nenhum. |
Peer review: | yes |
URI: | http://hdl.handle.net/10451/48902 |
ISSN: | 0872-5675 |
Aparece nas colecções: | FL - CEComp - Artigos em Revistas Nacionais |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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