Comércio intra-ramo português por tipos na década de 90: é importante a ascolha do indicador?

Abstract

Este trabalho tem como objectivo analisar o comércio intra-ramo por tipos em Portugal na indústria transformadora ao longo da década de 90, tomando em consideração dois indicadores para proceder a distinção entre comércio intra-ramo e comércio inter-ramo: o de Grubel-Lloyd não ajustado e o indicador do CEPII, proposto mais recentemente por membros desta Instituição. Não existindo razões teóricas ponderosas para preferir a priori um deles, opta-se por utilizar ambos e proceder a sua confrontação. Adicionalmente, discute-se as implicações em termos empíricos da alteração do critério base da construção do indicador do CEPII. A análise e feita em termos multilaterais e bilaterais, desta forma tomando possível não somente obter uma visão mais detalhada do fenómeno mas ainda avaliar as implicacões da agregação geográfica no caso multilateral. Apesar da robustez de algumas ilações genéricas face a utilização alternativa dos indicadores propostos, registou-se em diversos casos uma acentuada sensibilidade dos resultados relativamente ao indicador escolhido e também ao critério associado à construção do indicador do CEPIL Este facto e mais evidente na análise multilateral, que é também a mais frequente em estudos de comércio intra-ramo.

This paper aims to analyse the intra-industry trade by types in the Portuguese manufacturing industry in the nineties by considering two indexes to distinguish inter from intra industry trade: traditional Grubel-Lloyd index (non adjusted) and the newer CEPII index, suggested by members of this Institution. Considering that there are not convincing theoretical reasons to choose one of them, we opt for using both indicators and we confront them. Additionally, we discuss the implications, in empirical terms, of the criterion used to build the CEPII index. The analysis is undergone in multilateral and bilateral terms, what allows us not only to get a more accurate picture of the phenomenon but also to evaluate the implications of the geographical aggregation in the multilateral case. In spite of the robustness of some of the conclusions in general terms, some results appear to be highly sensitive to the index chosen and also to the criterion adopted to build the CEPII index. This fact is more evident in the case of the multilateral analysis, the one more frequently undergone in the intra-industry trade studies.