Baumgarten and the problem of obscure representations

Abstract

Baumgarten is perhaps the first philosopher to approach the problem of the obscure representations of the soul aiming at discerning in them not obscurity or irrationality, rather a new clarity and hence a new perspective towards a better cognition of the human soul. The objective of this article is to verify how Baumgarten achieves this; namely, by understanding how the philosopher inscribes obscure representations, the “ground of the soul”, within empirical psychology, and hence within metaphysics, as a topic of an aesthetic order; by identifying that which, according to Baumgarten, is the problem inherent to obscure representations, between the necessary and the impossible exteriorization (chiaroscuro) of the latter, and to attempt to discern Baumgarten’s solution for this dilemma, which is to be found in the conscious-unconscious sfumato of poetry and is occasioned by the inherent poeticity of obscure representations themselves.

Baumgarten será porventura o primeiro filósofo a abordar o problema das representações obscuras da alma tendo em vista nelas discernir algo que não obscuridade, ou irracionalidade, antes nova claridade e, portanto, uma nova perspectiva para o conhecimento da alma humana. O objectivo deste ensaio é verificar como Baumgarten faz isto; a saber, perceber como o filósofo institui as representações obscuras, “fundo da alma” humana, no seio da psicologia empírica, e portanto da metafísica, enquanto tópico de ordem estética; identificar aquele que, para Baumgarten, é o problema inerente às representações obscuras, entre a necessária e a impossível exteriorização (chiaroscuro) das mesmas, e procurar ver a solução baumgartneriana para este dilema, a qual se encontra num sfumato consciente-inconsciente próprio da poesia, e é suscitado pela própria poeticidade das representações obscuras.