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Título: Body Broken in Half: tackling an Afro-Brazilian migrant’s experience of obstetric violence and racism in Portugal through art making
Autor: Barata, Catarina
Palavras-chave: Violência obstétrica
Maus-tratos
Racismo
Migrantes brasileiras
Parto
Mulheres negras
Data: 2022
Editora: Universidade de Barcelona : Departamento de Antropologia Cultural e História da América e África
Citação: Barata, C. (2022). “Body Broken in Half: tackling an Afro-Brazilian migrant’s experience of obstetric violence and racism in Portugal through art making”. Revista (Con)textos, 10 (1): 65-84.
Resumo: Neste artigo, abordo a questão da violência obstétrica, através da análise da representação da experiência de parto de uma migrante afro-brasileira em Portugal, materializada numa obra que integra a Galeria das Experiências Obstétricas. Em “Corpo Partido ao Meio”, Maíra expressa a sua experiência de cuidados obstétricos desrespeitosos, intervenções invasivas não consentidas e racismo. O foco principal da obra é a relação entre a parturiente e vários profissionais de saúde, organizada em torno de dois pontos principais: a interação com uma enfermeira especialista (EESMO) que, de forma gentil, enunciou ideias racistas, e a interação com uma médica obstetra que, de forma rude, procedeu a intervenções não consentidas, acompanhada por estudantes. Não descurando outras formas de violência obstétrica experienciadas por Maíra, dou especial foco, neste artigo, a uma manifestação particular de racismo obstétrico, enunciado pela EESMO. Segundo esta, o corpo das mulheres brasileiras não seria apropriado para dar à luz, devido a questões de miscigenação. Problematizo a reificação da cesariana enquanto solução óbvia para lidar com essa suposta incapacidade, como enunciada pela EESMO. Ao mesmo tempo que a experiência de Maíra é consonante com um contexto mais vasto de prestação de cuidados obstétricos onde os maus-tratos estão, em geral, normalizados, ela ecoa em particular uma ideia enraizada acerca de pureza racial que é comum numa sociedade em negação do seu próprio passado colonial e que se traduz em formas de racismo mais ou menos encobertas, não só nos cuidados obstétricos como também noutras áreas da sociedade.
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10451/52229
ISSN: 2013-0864
Versão do Editor: https://revistes.ub.edu/index.php/contextos/article/view/39423
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